6.13.2015

Começaste há seis anos, Isabel

Faz hoje seis anos. Seis anos desde que comecei a namorar com o teu pai, Isabel. Somos amantes de Santo António. O nosso amor é fácil, é leve, calmo. Nem sempre, quase sempre.

Desde que chegaste, a nossa história mudou. Já não somos só nós dois. Somos três, para sempre. Vamos ser sempre três, por mais voltas que a vida dê. Os laços que nos unem atam em ti e não desatam. Vamos ser sempre os teus pais.

Hoje celebramos este dia pela primeira vez a três. No ano passado, o pai estava a trabalhar no Brasil. Ficámos só as duas, enamoradas, agarradinhas, cheias de saudades. Este ano, acordaste e brincámos os três na cama. Dançaste agarrada às minhas pernas e deste gargalhadas que se ouviram pelo prédio todo com as cócegas do pai. Brincaste na tua cozinha e fizeste-me olhinhos bonitos.

A noite não foi fácil, como eu previa. Acordaste muitas vezes. Durante a noite, eu e o teu pai discutimos. É a única altura do dia em que isso acontece. Ficamos vulneráveis, estamos cansados, batemos com o punho cerrado na cama, assim que te ouvimos chorar. "Vai lá tu". "Não, não, vais tu". Parecemos crianças. Mas sabemos que, de manhã, vai estar tudo bem. O amor é mais forte. O nosso amor é mais forte. E começou há seis anos atrás. Começaste há seis anos atrás, Isabel.












Vestido e bolero - PetitAmour

6.12.2015

E almoçar fora com eles? É muita giro é..

Hã? Hã? Hã?

Vamos lá a ver quais são as dificuldades.




Pelo menos para mim (e, atenção, para vocês isto pode não ser nada, mas para mim que sofro de ansiedade, parece o final do mundo, embora não saiba explicar bem porquê):

- Ir numa boa altura de acordo com o sono dela. Ela ainda faz, maioritariamente duas sestas. Quando não faz, a única sesta calha em cima do almoço.

- Dar-lhe o almoço em casa é desperdiçar tempo dela num bom intervalo de sono. Quando chegar ao restaurante já pouco tempo de vigília com boa disposição lhe resta.

- Dar-lhe o almoço enquanto almoço no restaurante é uma chatice, porque queria estar a comer em paz.

- Ela não fica quieta e embuchá-la de pão não serve para aguentar o almoço todo.

- Até já cedi aos vídeos no youtube e também não. O meu rico telefone já está rachado ao meio.

- Ela querer mama e para não impressionar as pessoas mais sensíveis, ter que me ausentar e ir para a casa de banho (até prefiro para lhe dar maior atenção e estar tudo mais calmo, sinceramente).

- Ela estar sempre a pedir-nos para ir andar e não se calar até um de nós se levantar da mesa e ir com ela passear à porta e voltar, passear à porta e voltar.

- Já não fica confortável na cadeira do Ikea que os restaurantes têm e não adora ficar parada no carrinho.



Isto vai ser assim para sempre? Preciso de truques e de apoio, sinceramente. Não só porque não estou a usar soutien neste momento, mas acima de tudo palavras de apoio, vá.

Não me digam para me borrifar para a questão do sono porque já tentei e foram os piores almoços da minha vida.

Tem mais sapatos do que eu!

A minha filha tem mais sapatos do que eu. O facto de eu calçar o 41 forma grande também deve explicar esta equação. 

Não lhe comprei um único par de sapatos nos primeiros - quê? oito? - meses da vida dela, para agora me perder. Só não me perdi muito porque a avó ofereceu uns, uma amiga outros, e há ali alguns que custaram 6 euros, outros 8 e outros com 50% de desconto em cartão. Até sou poupadinha, afinal. Hehe Também é verdade que não me ando a preocupar muito com a ergonomia da coisa, mas não a deixo mais de uma hora por dia calçada, se tanto. Anda descalça ou com meias antiderrapantes o dia todo. Os sapatos, no fundo, são só para fazer número nos bocadinhos que vamos à rua e tirar umas fotos todas bimbas, como já estão habituadas a ver por aqui. Acho que ela anda mesmo, mesmo confortável é descalça, em casa e na creche.

Mas vamos ao que interessa, o mega closet a la Carrie Bradshaw?











Claro que a arrumação nesta casa só dura uns segundos. Vocês sabem como é, não preciso de vos fazer um desenho, pois não?