4.14.2015

Preparem-se: a Mãe vai dar!

Domingo de manhã foi assim. A mãe cheia de olheiras e com cara de sono, a filha fresca que nem uma alface. O tempo estava uma delícia, os campos floridos, os passarinhos cantavam... mas vá, deixemo-nos de rodeios.

Aproveitei a manhã de calor para lhe vestir este conjunto tão querido da Maria Pipoca. E já que estávamos numa de estreias, também me pus gira com esta camisola/capa linda e a cheirar a Verão da Ivens









Ah, ainda bem que perguntam! A Isabel estava a usar Spray Solar 50+ da Mustela que espalha tão bem, tão bem, que nem se nota (e pode ser borrifado a 360º, que ele funciona mesmo virado ao contrário). Já eu podia ter usado ao menos um BB Cream para disfarçar o acne juvenil, mas não me dei ao trabalho.

Post mais publicitário só se eu dissesse de que marca é o meu BB Cream. Mas antes assim, preto no branco, e com uma garantia: a mãe vai dar roupinhas destas para embonecarem os vossos bebés (calma, mãe de rapazes, já temos uma solução pensada para eles) e também para os protegerem, com creme solar, spray solar e after sun da nossa marca preferida.

E outras prendinhas que não vamos revelar já, mas que vocês vão a-do-rar!
Estejam atentas porque, ainda esta semana, vamos ter mais um MEGA PASSATEMPO. Já temos este fantástico de 100 € na La Redoute e ninguém nos para (pára. para. raio do acordo...)

4.13.2015

a Mãe dá (#17) 100€ com a La Redoute

Ahhhhhhhhh nem imaginam o quanto estávamos desejosas de partilhar esta notícia convosco, caramba!! Andei a perseguir as meninas da La Redoute dia e noite para vos darmos isto o mais rapidamente possível porque sei que iriam ficar todas contentes! 

100 euros em roupa não é brincadeira nenhuma! E o quanto gostamos nós de gastar dinheiro com eles, não é? Numa de Nenucos, mas que em vez de fazerem "toc" quando caem ao chão, choram a sério. 

Gostamos imenso de vos dar coisas e estamos mesmo entusiasmadas porque, se bem se lembram (claro, claro...) fomos ao lançamento da nova colecção da La Redoute e adorámos as coisinhas para criança (e não só, mas estamos a tentar focarmo-nos). 

Querem ir começando a salivar com as coisas que podem mandar vir? E o que nós, mulheres, adoramos "mandar vir", não é? ;) 

Não sei se sabiam, mas também já podem "mandar vir" Móveis & Decoração para os quartos das nossas criaturas!!! Adoramos!





Caso não precisem de nada desse campo, ficam aqui uns conjuntos que a Joana Paixão Brás fez para se inspirarem nos looks La Redoute: 

Primeiro os looks menina.

Look Isabel


Look Irene
E agora, surpresa, um look menino:


Look namorado da Irene (que a Isabel está terminantemente proibida até aos 32 anos)

Para participarem e se habilitarem a ganhar os 100 euros em produto La Redoute é simples (é mesmo):

Para participar é preciso:
1) Fazer like na página da La Redoute
2) Fazer like na página d'a Mãe é que sabe (mas isso já está, não é?)
3) Partilhar publicamente este link no perfil do Facebook
4) Preencher o formulário em baixo (o link da partilha é o endereço do seu perfil do Facebook)

Condições:
O vencedor será anunciado dia 27, sendo aceites inscrições até às 23h59min do dia anterior.
Os vencedores serão escolhidos aleatoriamente através de random.org.
Só é válida uma participação por endereço de e-mail.
Só serão consideradas válidas as participações oriundas de Portugal Continental e Ilhas.
Os dados dos participantes serão utilizados para fins comerciais pela empresa patrocinadora.






Afinal Havia Outra (#19) - As crianças são pessoas horríveis

Tem um narizinho pequenino, amoroso, tão fofinho. Uma boquinha delicada, de lábios bem desenhados, dentes pequeninos com um espacinho entre os da frente como eu quando era pequena.

Tem umas mãos e uns pés pequenos que me dá vontade de os comer, umas perninhas de alicate macias e umas costas e ombros que me comovem. E a pancita? Não há palavras para descrever. Os olhos enormes e redondos de pestanas compridas a olhar para mim, o sorriso malandro, os caracóis despenteados. Uma falsa. Acha que me pode conquistar só com os atributos físicos e com aquela voz pequenina que me enche o coração de alegria.

A minha filha é um monstro horrível que se está nas tintas para mim. Tanto se lhe dá se o meu braço está dormente de ficar pendurado na cama de grades porque a menina precisa de companhia para adormecer de todas as sete vezes que acorda de madrugada. Tanto se lhe dá se estou cansada, a morrer de sono, com frio ou dor de cabeça.

A minha filha quer lá saber se eu estou prestes a perder a paciência quando sou obrigada a repetir dez vezes que não, “não podes pôr a comida do cão no vaso da planta/bolsos/boca/chão/nariz”. Ri-se e continua a fazer disparates enquanto olha para mim, divertida, não sei se com o meu olhar incrédulo se com o meu tom avermelhado raiva.

A minha filha não podia estar-se mais a cagar para mim quando me chama a cada dois minutos e me diz “mão” que é código para “dá-me já a mão antes que desate a chorar mesmo que estejamos dentro de casa e não haja estrada para atravessar e estejas a tentar fazer o meu jantar/almoço/lanche.”

A minha filha não quer saber se ao fim de semana eu mereço preciso de um pequeno-almoço calmo a ler o meu livro enquanto enfardo as melhores coisas que consigo arranjar em casa às nove da manhã: ela quer ficar ao meu colo a enfiar os dedos nas minhas torradas e fruta e não há espaço para negociações. Nem para o meu livro. Ela faz de propósito quando aos dias de semana se recusa a acordar antes das 9h e ao fim-de-semana salta da cama às 7h30.

A minha filha não se comove com o sono que me ataca à tarde nem se deixa convencer com um “vamos fazer ó-ó as duas, na cama da mãe”. Grita “yoyo” que é código para Pocoyo e pede o iPad para ver os episódios e nem os olhos posso fechar porque ela passa o tempo a tocar no ecrã e a pôr aquela merda na pausa e depois não sabe carregar no play. Quer dar cambalhotas e atirar-se para cima de mim, encher-me a cara de baba porque acha divertido.

Ela quer lá saber se estamos atrasados para sair quando lhe pedimos para vestir o casaco e ela foge e diz que não e cruza os braços. O mesmo se aplica a pôr calças e meias, peças de roupa que ultimamente rejeita. Não podia estar-se mais nas tintas por ter transformado a hora de vestir numa espécie de wrestling patético alternado com tentativas desesperadas de a distrair, seja com canções infantis ou com histórias inventadas que metam as palavras “mamã, papá, cão, avô e avó”.

Ela não quer saber se me apetece mais ver o “Lei e Ordem, unidade especial” ou a “Miss Marple” do que a porra do Piggy, dos Heróis da Cidade, do Ruca ou a Ovelha Choné. Ou se não me apetece cantar pela 34ª nesse dia “a barata diz que tem…”. 

Ela simplesmente não quer saber. Deve ser bom viver assim com total omnipotência. Pena que não se irá lembrar destes tempos quando for adolescente e esta sensação de omnipotência for substituída pela de impotência face à tirania parental, castigando-nos com esgares de desdém e olhares acusatórios até quando espirro. É que mal posso esperar.

Leididi