3.20.2015

a Isabel tem varicela

Não, não tem, mas o problema é mesmo esse. 

Joana, não me leves a mal, mas até preferia que ela tivesse (já explico). 




Não sei se se aperceberam mas a Joana Paixão Brás anda a organizar há mais de um mês a festa de aniversário das nossas filhotas em conjunto. Reservou um espaço, comprou milhares de coisinhas betas e fofinhas, fez imensas parcerias com sites de betinhas e de coisas muuuito queridas aqui no Facebook e depois diz-me qua há um surto de varicela na creche da Isabel.

Estou pior que estragada. Primeiro porque, vá e estou a falar a sério, não gostava que a Isabel apanhasse varicela tão cedo e depois porque lá se foi a nossa festa de aniversário em conjunto pelo cano abaixo. 

Os putos ficam a incubar a varicela até 21 dias e a varicela começa a ser contagiosa dois dias antes de aparecerem os primeiros sintomas. Sim, é esse o problema. Não sabemos se a Isabel já tem varicela e anda para ali silenciosamente a incubar ou não. Daí o "preferir" que ela já tivesse e que já tivesse crostas nas borbulhas.

Confesso, aqui entre nós, que foi a primeira vez que me senti a vacilar e me senti mesmo muito muito tentada em tomar a decisão errada e fazer a festa na mesma com a Isabel, borrifando-me para o assunto, numa de mãe super prática: "ela vai apanhar um dia, vamos lá despachar isto que eu não posso ficar sem festa". 

Precisei de enviar uma mensagem à pediatra para ser ela a desempatar. Até porque uma amiga minha até já me tinha falado de festas da varicela para os putos se pegarem todos uns aos outros "para despacharem o assunto porque mais vale agora que mais tarde". 

Ora bem, segundo a minha pediatra, quem eu escolho seguir em quase tudo (apesar de não ser obrigada a concordar em pleno), é preferível eles apanharem "mais cedo" que "mais tarde", mas o mais cedo é entre os 2 e os 10 anos. Depois dos 10 é que já começa a ser preocupante e antes dos 2 também. Claro que há excepções, mas contam lá elas para isto. Não, não contam. 

Teve de ser o meu marido a pôr-me juízo na cabeça: "se depois a miúda apanhar varicela, como é que te vais sentir todos os dias enquanto ela estiver desconfortável? Se já te sentes culpada quando ela fica com um bocadinho de tosse...".

E é verdade. Não consigo ir com a Irene à festa, apesar de certamente ir ser a festa mais bonita que ela (claro) e eu alguma vez iríamos ter. 


Ainda por cima não vamos e o mais provável é a Isabel não ter nada porque anda mais tesa que um carapau (quero dizer que nada lhe tem pegado ultimamente, mas acho que não me saiu bem). 

Assim sendo, vamos ter a festa que a minha capacidade de organizadora de eventos permite: um bolo cá em casa depois do almoço. 

Estou mesmo muito triste, mas ser crescida é isto, não é?

* Já sei que imensas de vocês iriam num piscar de olhos, que teriam a festa das vossas vidas, recordações brutalíssimas e que os vossos miúdos não só não apanhariam nada como aprenderiam a dar os primeiros passos por lá, mas eu não consigo. Não tenho estômago para lidar com más consequências no que toque com a Irene. Ainda. 

A Mãe dá (#14) - Vencedor Laços Little I

Cá está o resultado do passatempo mais girly deste estaminé!



Do azul bebé ao rosa salmão, do rosa velho ao bordeaux... a vencedora vai poder escolher 5 LAÇOS, porque a Mãe dá!

E a touca que deixa a Isabel "um amooooor" também vai parar a uma caixa do correio. Quer dizer, não é esta, que esta não sai cá de casa! É uma parecida.



E a vencedora é... 

Ana Filipa Santos! 

Parabéns!!!

A todas as que participaram, obrigada!

(E, em vez de ficarem tristes, saquem o cartão de multibanco ao vosso mais-que-tudo e façam umas encomendas na Little i que vão ficar muito bem servidas!)

a Mãe dá (#15) - Esperança (peça com César Mourão)

Não vou tecer grandes comentários à qualidade do espectáculo porque, por ser esposa de um dos autores (o outro é o próprio César), acho que não me levariam a sério. Mesmo que não fosse esposa dele, já não me levariam na mesma, não é? 

Posso dizer-vos o que senti ao ver a peça. Senti que estava a ver um daqueles filmes que, mesmo com sono, não iríamos para a cama sem ver o final. Mesmo que estivesse gravado na box. Mesmo que tivéssemos tido uma daquelas noites, por causa dos nossos filhos, em que acordámos 41 vezes. 

Ficamos a gostar da velha Esperança. Costumemos dar ouvidos aos nossos velhotes ou não, temos muito gosto em ouvir esta Esperança que tanto desconversa mas, afinal de contas, vai conversando durante toda a peça. É uma velha que está muito viva apesar de estar num hospital. Apesar de só ter sido "o que a deixaram ser". É uma velha à portuguesa, que se vai queixando de estar cansada, mas que manda as suas larachas para fazer rir, aproveitando as histórias dos outros. Nós conhecemos esta velha que, segundo César Mourão, é a junção de muitas velhas que ele já conheceu e observou. 

Sugiro que conheçam a Esperança. Que vejam o César a dar corpo (que, estranhamente até lhe assenta bem) a esta velha e também que oiçam o coração que foi posto neste texto. 





19 março a 5 abril

4ª a sábado - 21h30 | domingo 18h | M16

3 abril não há espetáculo

autoria CÉSAR MOURÃO E FREDERICO POMBARES

interpretação CÉSAR MOURÃO

encenação ANDRÉ PAES LEME

produção H2N


Temos, claro, um bilhete duplo para vos oferecer. 

Condições:
O vencedor será anunciado no dia 21 de março de 2015, sendo aceites inscrições até às 23h59 do dia anterior.
O vencedor será escolhido aleatoriamente através de random.org.
Só é válida uma participação por endereço de e-mail.
O bilhete duplo atribuído é para domingo, dia 22 de Março às 18h.