3.14.2015

Afinal Havia outra (#14) - Nunca mais fui a mesma.

É muito estranho dizer que engravidei às 23 horas do dia 23 de Outubro de 2012. Mas foi. E no dia 5 de Novembro senti com toda a certeza que estava grávida. Toda eu era fogo-de-artifício, arco-íris e haagen-dazs de felicidade.

E depois caiu-me a ficha. Ai Virgem Santa, e agora? Não que achasse que não dava conta do recado, mas porque queria dar conta da melhor forma possível. E antes que as hormonas do sétimo círculo do Inferno se apoderassem, decidi fazer as coisas como sei: em grande.

E assim começou.

Primeiro foram os livros sobre a gravidez, daqueles com fotos de grávidas giras com ar de quem só engoliu a criança e não em modo “os meus pés só cabem em havaianas e mesmo assim…”.

Depois foram os livros da moda como o do Dr. Oz, que me dizia para comer semente de linhaça quando me apetecesse um chocolate. Foi exatamente isso que fiz. Quando comia um snickers, imaginava um campo de linhaças ao vento.

E segui com os livros técnicos de desenvolvimento psicológico, psico-motor e comportamental das crianças, com nomes esdrúxulos e impercetíveis. E com um dicionário ao lado.

E, claro, o Brazelton e o Cordeiro, que passaram a ser meus companheiros de cama e sofá. (Até hoje juro que o meu marido tinha ciúmes!)

Preparações para o parto foram logo três. Assim de enfiada! Uma de ioga, para ela ter as energias equilibradas e porque me dava a desculpa perfeita para usar as únicas calças que me serviam. Uma aquática, não fosse a “piquena” ser meia peixe. E ainda uma teórica, onde me sentava na fila da frente, a apontar tudo com esmero e com sublinhados às cores. Sim, mesmo à totó!

E mesmo sendo naba nabíssima com as tecnologias, inscrevi-me no BabyCenter - coisa maravilhosa que ainda hoje tanto jeito me dá -, em blogs, em grupos de facebook e tudo o mais mamã-internético;

Ele foi tudo e mais alguma coisa. Papei tudo.

E quando a Maria do Carmo nasceu, a 24 de Julho de 2013, estava de facto calma e preparada. Preparada para a amamentação, para o mecónio, para as alterações hormonais e para todas as outras três mil coisas que acontecem com a maternidade.

Só não estava preparada para uma coisa: nunca mais ser a mesma pessoa.

Nunca mais ser o centro do meu mundo.

Nunca mais ser a pessoa que mais amo (imensamente egocêntrica, eu sei).

Nunca mais conseguir ver um telejornal sem chorar pelo menos 3 vezes.

Nunca mais conseguir ver qualquer reportagem sobre fome, maus-tratos ou negligência infantis. Não consigo simplesmente.

Nunca mais passar por uma criança sem lhe sorrir, meter conversa, perguntar a idade e o nome e todas as outras coisas absurdas que via os outros fazerem. Mas (ainda) não cheguei ao bilu bilu.

Nunca mais ver filmes parvos como o “Pai da Noiva” sem carpir este mundo e o outro.

Nunca mais acordar de mau humor, porque acordo com um doce “mamã” que já me faz ganhar o dia.

Nunca mais ter a mala maior quando vamos de fim de semana.

Nunca mais passar horas a preocupar-me com a nova coleção, com as tendências e com os coordenados. Pelo menos não em ponto grande…

Nunca mais ter um péssimo dia que um abraço tão pequeno não cure.

Nunca mais não ser mãe.

Felizmente.


Filipa Caroto Escórcio, mãe da Maria do Carmo, de 18 meses
Mãe Patinha

a Mãe sugere (#04) - Plasticina Caseira

Não sei se se lembram mas há uns tempos fui com a Irene a uma actividade de tintas comestíveis (aqui). Deu-me imensa vontade de começar a fazer estas coisas em casa, até porque acho parvo pagar tanto dinheiro por uma coisa que até eu consigo fazer. 

Pesquisei por plasticina caseira no Google e fui dar a um site do caraças! Não conhecia e além de ser muito giro (acho que todas vemos isso primeiro), parece-me ser óptimo! Está aqui a receita e o site. 

Tinha pedido à minha querida sogra, no dia anterior, para me trazer os corantes mas, sinceramente, acho que para primeiras experiências, eles estão a borrifar-se se a "massa" tem cores ou não. 

É tão giro vê-los a experimentarem uma textura nova. No caso da Irene arrepia-se toda enquanto faz cara de nojo. :) 

Não tinha também um dos ingredientes, aquele esquisito que só se compra em farmácias, mas também não me pareceu fazer muita falta. 

O único inconveniente é que, seguindo esta receita, é preciso por muito sal e assim não fico confortável que a Irene a coma... Que, claro, foi logo das primeiras coisas a fazer...








Vão experimentar?

3.13.2015

Inventam tudo (#10) - Colchão para barrigudas

Mas a sério? Só agora é que avisam? Isto é genial!

Ou é só parvo? Será que nos andam a criar necessidades onde elas não existem?

Bem, mas que me tinha dado jeito, lá isso tinha! Uma das coisas que eu mais gosto é de dormir de barriga para baixo. Quer dizer, neste momento, é de dormir, só, pelo que até numa traineira em alto mar e a levar com sardinhas na cara eu conseguiria adormecer.

Mas quando estava grávida, principalmente no último mês, uma das coisas de que mais tinha saudades era de me poder virar de barriga para baixo, a minha posição favorita. As pessoas bem me diziam: "aproveita agora para dormir, porque depois queres e não podes!", mas era o dormias! Insónias e mais insónias e depois no trabalho sono e mais sono. Por isso, o que quer que criem para nos ajudar a relaxar e a descansar aquele corpinho com mais uns quilos no bucho, inchado e com dores nas costas, é bem-vindo.

Esta sugestão, enviada por uma leitora (obrigada!!!), é da marca Holo, mas não me armei em detective e, por isso, não consegui descobrir se se vende em Portugal.
Se souberem, avisem, que isto no futuro pode dar jeito.

O que vos parece, hein?