1.06.2015

O pânico da porcaria da mala da maternidade (#02)

A Joana lançou o pânico aqui. Ela tem razão, a verdade é que não temos de levar a casa às costas. Não vamos para o Big Brother, vamos continuar a ter contacto com o exterior e continuar a ter cérebro (apesar de parecer mirrar substancialmente).

A par de preparar o quartinho da Isabel, fazer a mala para a maternidade foi das coisas que mais gozo me deu fazer. Sou mega romântica, gosto de detalhes, sou apegada a coisas como a primeira fralda de pano, o primeiro conjunto, o primeiro babygrow. Sou muito de memórias visuais. 
Andei a namorar as roupinhas e o que eu adorava dobrá-las, fazer os conjuntos, definir qual a primeira roupa, a segunda e a terceira e ainda levar um conjunto extra. Um babygrow querido e quentinho (com golinha, óbvio) caso nascesse durante a noite, e foi o que aconteceu. As roupas (cueiros e respetivas collants, bodies e casaquinhos, pelo sim, pelo não) iam separadas por "envelopes" de fraldas de pano, fechadas com alfinetes de dama cor-de-rosa.

Para mim, uma mala normal de viagem com três camisas de dormir, um robe fininho e bonito, chinelos e pouco mais. Levei kit de banho, claro, cremes e - não gozem! - maquilhagem para a saída (sim, tipo estrela de cinema, pronta a ser fotografada pelos paparazzi).

Como ia para um hospital privado (Hospital da Luz), também não tinha de levar muita coisa. Mesmo assim, não dispensei:

- Spray de água termal da Vichy - Naquelas longas horas de espera em trabalho de parto em que não se pode comer nem beber, borrifar-me foi o que me safou, palavra! Sentia a cara e os lábios sempre hidratados.
- Purelan, da Medela - Pomada para os mamilos - os primeiros tempos da amamentação podem não ser a coisa mais maravilhosa do mundo, porque nem sempre a pega está a ser bem feita, por isso usar purelan ajudou-me bastante.
- Tena Pants - Ah, pois é, minhas amigas, também eu pensava que me ia guardar lá para os 70 anos, mas segui o conselho, experimentei e não quis outra coisa (quer dizer, quis, quis outra coisa, mas enfim, teve de ser). Ainda experimentei uma vez um penso numa daquelas cuecas de rede que nos dão no hospital e não tem nada a ver. Com estas cuecas (ou fraldas, chamemos as coisas pelos nomes) não há risco de nada sair de sítio, ajustam-se bem e estamos sempre confortáveis. Recomendo, sem dúvida!

OUTRAS DICAS:

- Fraldas de recém-nascido não vale a pena levar, fazem parte do "pacote"

- Sei que parece óbvio, mas quando (se) vos rebentarem as águas não se vão lembrar disto: elástico para o cabelo.

- Se forem esquisitinhas aqui como eu, levem máquina fotográfica "à séria" porque, mesmo que não seja para emoldurar ou partilhar no Facebook, vão adorar rever fotografias como deve ser do vosso bebé acabadinho de sair, ainda ensaguentado no vosso colo ou a mamar, com minutos de vida (ainda hoje me comovo a ver essas imagens).

VISITAS:

- Como podem chegar a ter lá 40 macacos enfiados no quarto na hora das visitas, umas 23 horas por dia (não é tanto, mas é essa a sensação), decidam já como querem fazer e vão pedindo - sem vergonhas, porque o momento é VOSSO! - a algumas pessoas para vos visitarem depois em casa. Aquilo já é quente, então com muita gente, não se torna nada confortável.
Para decidir quem vos pode visitar, aconselho a usarem um medidor de décibeis - acreditem que não vão querer a tia surda a perguntar-vos 5 vezes o peso da criança.

Respirem fundo e lembrem-se: é mais fácil do que parece!


1.05.2015

A Isabel foi (FINALMENTE) à rua!

Depois de longos 15 dias de hospital e de casa, a Isabel voltou a respirar ar puro. Estava sol, 16 graus e não estava vento, condições perfeitas para ir ver o mar. 

Não chorou nem um segundo. Podem dizer-me que eles ainda não fazem a distinção entre casa e rua e que lhes é igual, mas eu acho que a Isabel é feliz lá fora. Adora andar de carro (canta, bate palminhas e adormece quase sempre) e adora andar no carrinho a ver o Mundo. Desde cedo que vejo nela um olhar atento a tudo e até franze o sobrolho, como que a reflectir profundamente sobre tudo o que vê. Ou então está só incomodada de levar com o sol na cara, se calhar é mais isso.




No fim-de-semana fomos felizes. E o Pai Natal voltou a descer da chaminé. Então não é que depois do meu pedido de ajuda para escolher um carrinho neste post, a Greentom resolveu oferecer este carrinho 100% reciclado à Isabel?

Fiquei logo rendida ao conceito. Com 5,6 kg de plástico reciclado fazem o chassis e o assento é feito de 62 garrafas PET. Quando a Isabel e os irmãos da Isabel (que hão-de vir, mas só daqui a uns 20 anos - tenho de dar este timing para ninguém se assustar) já não usarem o carrinho, podemos devolvê-lo à marca para esta reutilizar os materiais em novos produtos.

Depois é giro que se farta: linhas e design simples e bonito e super fácil de conduzir. Escolhi a base branca e o tecido menta e acho que a combinação ficou linda. 
É super fácil de fechar e abrir, de reclinar e - tchan tchan tchan - cabe na bagageira!!! Yeah! Cabe e ainda sobra imenso espaço.

E agora o mais espetacular: é reversível! A Isabel tanto pode ir a ver a paisagem, como pode ir virada para os pais!








Obrigada, Greentom! Ficámos radiantes com este presente e, amantes da rua como somos, vamos dar-lhe muito uso!


Saibam mais na página oficial da Greentom ou na Página de Facebook portuguesa

Cinderela descalça!

O que vale é que não somos muito de sair já por natureza, mas uma das coisas que às vezes faz com que tenha menos "vontade" é o facto de não haver sapato que a Irene não descalce. 

Já tivemos uns ténis giros da Zara (que já não lhe servem, claro), que tinham velcro e mesmo assim ela conseguia descalçar. Comprei uma espécie de UGG na H&M por recomendação da Joana Paixão Brás (a outra do blogue) e tanto a versão sem sola (até ao nr 19) como a versão com sola (a partir daí) são facilmente atiradas ao chão pela miúda.

Até compraria outro género de sapatos, mas nada me garante que não tenham o mesmo fim.

Ainda há bocado, o meu marido perguntou: "mas não há nada que ela possa calçar que seja mais meia que outra coisa, tenha um bocadinho de sola, mas que seja muito quente?". 

Não lhe sei responder, vocês sabem?

É que o pior é que a Joana (a tal outra do blogue) já leu tudo aquilo que tenha que ver com bebés e sapatos e diz que não convém mesmo nada agora elas andarem com sapatos duros e com solas duras.

Não sei o que fazer. Ela fica com os pés gelados, apesar dos 3 ou 4 conjuntos de meias... Além de que me lixa o conjuntinho todo (foram uns amigos de família, franceses que ofereceram). Reconheço que o gorro não fica bem ali, mas com esta problemática das meias, quem é que tem vontade de caprichar no resto?

Olhem para isto, coitadinha. Quase nem sorriu por ter as patinhas em gelo (e se calhar por ter um body, leggins, long sleeve, macacão edredão e ainda o casaco por cima).






Não sou muito de usar gorro, mas tinha o cabelo oleoso e combinava com os meus ténis novos. Novos porque, ao contrário da criatura, eu não me descalço feita parva.