12.08.2019

Não, não gosto mais de uma filha do que da outra

Fotografia da Joaninha do The Love Project


Esta questão não surgiu por acaso. Aqui há coisa de dois meses, uma seguidora perguntou-me, no instagram, se eu gostava mais de uma filha do que da outra. Não faço ideia se foi por ela estar grávida do segundo filho e se teria esse medo (também eu tive receio de não amar tanto a segunda filha como a primeira) ou se estaria com essa sensação pelas minhas partilhas. 

Num dos nossos vídeos do Youtube, a Joana Gama também insinuou isso mesmo e eu, apesar de ter a certeza absoluta no meu coração de que isso não existe, fiquei constrangida, com dificuldade em justificar. Foi para o ar assim mesmo. 

Duas coisas (só porque também já vos pode ter passado essa ideia pela cabeça e assim fica o assunto arrumado):
- a Luísa aparece mais nos meus stories, vídeos e fotos porque a Isabel já tem momentos em que me diz que não quer (e eu respeito isso, como é óbvio)
- acho normal, nos primeiros anos de um filho, mostrar mais "gracinhas" e vibrar com tudo o que mostram e dizem e, à medida que vão crescendo, começar a reservá-los mais (digo eu)

A verdade é esta, dúvidas houvesse: amo as minhas duas filhas de forma arrebatadora e ímpar. É impossível ser de outra forma. Até me angustia pensar que algum filho possa sentir que um pai ou uma mãe gosta mais do irmão. Para mim, a escolha seria uma "Escolha de Sofia" (não sei se viram este filme duríssimo com a Meryl Streep).

Acho piada a coisas diferentes nas duas (até porque são as duas bastante diferentes), aprecio coisas diferentes nas relações que tenho com cada uma, mas AMOR? 

Não ando a medir com régua, mas daria a vida pelas duas, sem pestanejar. São as MINHAS FILHAS. São as minhas pessoas preferidas de todo o sempre. São incríveis. Adoro-as todos os dias, mesmo quando me moem o juízo. Quero que sejam as pessoas mais felizes do planeta. Tenho uma sorte do caraças. 

Não há ordem, nem escadinha, nem gráfico, nem escala para este amor. 

Não, não gosto mais de uma filha do que da outra. 


Mais um livro para a vossa biblioteca!

Houve umas férias de verão, no início da minha adolescência, em que li mais de 40 livros. Ler sempre foi importante para mim. Leio bem menos agora, mas sempre que leio - e me entusiasmo - penso na parvoíce que foi ter perdido tanto tempo nas redes sociais (dava para ler um livro por semana, à vontade). 

Os jovens, que são nativos digitais, têm ainda mais dificuldade em estar em silêncio, em se concentrarem, em viver de forma lenta. E a leitura exige isso. Havendo séries, televisão, jogos e tablets à disposição, é normal que deixem os livros, silenciosos, para o fim da lista. E é isso que eu quero tentar contrariar, dando o exemplo. Está mais que provado que o exemplo é crucial para que eles reproduzam esse modelo. Isso e continuar a criar um ambiente afectivo relacionado com os livros e a leitura - mais do que o de imposição e obrigatoriedade. Por que razão eles gostam tanto que lhes contemos histórias? Exacto: é um momento de partilha, de cumplicidade, de união. 



O mais recente livro a entrar cá em casa foi "O Protesto do Lobo Mau", que venceu o Prémio de Literatura Infantil do Pingo Doce, que já vai na 6ª edição. Acho que não nos escapou um. Primeiro porque são bons e baratos (3,99€). Depois, porque acho mesmo de louvar esta iniciativa de premiar novos autores e ilustradores (com 50 mil euros, metade metade), para que eles possam continuar a deliciar-nos com este trabalho: neste caso, a Maria Leitão e o Pedro Velho.

É uma prenda excelente para este Natal.



O Protesto do Lobo Mau
Há um dia, na história do Lobo Mau, em que nada parece fazer sentido.
Quem é aquele urso a fazer-se passar por Capuchinho Vermelho?
E o que está uma rã a fazer na sua história?
Porque será que já não se lembra do caminho para a casa da Avozinha?
E pior: porque estará ele a ser tão manso, se antes era feroz?
Nestas páginas, cheias de imprevistos, nada acontece como se imagina.
São muitos os desafios que o Lobo vai ter de ultrapassar, mas nesta caminhada irá
fazer uma grande descoberta...

Adorei esta desconstrução da história a que já estamos habituados (e que eu, por vezes, tento mudar um bocadinho - "o Lobo não é mau, está com fome!"). Neste caso, o Lobo, depois de se confrontar com a ausência da Capuchinho e de outras personagens, vê-se capaz de sair da história e de ir construir a própria história. O giro disto tudo é que, acabando o livro, temos de reservar ali uns bons minutos para conversar e para "escrever", em conjunto, a nova história do Lobo. 

Gostámos muito (a Isabel mais do que a Luísa e compreende-se, já que está quase a fazer 6 anos (como?!) e este livro é precisamente aconselhado para essa idade (até aos 12). As ilustrações estão muito giras e adorei a paleta de cores: amarelo, vermelho, preto e branco - é bem bonito.




Todos os livros das edições passadas do Prémio de Literatura Infantil <3
Mais um para a vossa lista, disponível em qualquer loja Pingo Doce. Já o viram por aí? :)




O que esta blogger quer para o Natal.

Não era isto que estavam à espera num blogue de maternidade, não é? Bem sei. Eu própria ia escrever sobre os melhores presentes para os miúdos (e ainda vou), mas ganhei aqui balanço a pensar também no que gostaria de receber. Pode ser que também tenham ideias para vocês ou, então, que as agências de comunicação, em vez de enviarem pensos para as perdas de urina (não quero lidar já com isso), enviem coisas que até quero receber, eheh.

Aqui vai a minha lista para o Pai Natal:


Blusão de ganga carneirinho.

Está mesmo com o ar de quem sabe que vai ser paga a 90 dias pela sessão fotográfica.

O blusão de ganga é daqueles casacos que combina com tudo (menos com ganga, na minha opinião) e, se for quentinho, escuso de ficar frustrada quando tento vestir camisolas por cima daquele que já tenho e ficar a sentir-me como se estivesse a passar por 10 TPMs.


Um sítio que tenha aulas de dança porreiras durante o dia. 




Quando fui a Cabo-Verde em Março e fui desafiada para dançar, fiz questão de não me esquecer da sensação que tive. Adoro dançar, adorei. Quero mesmo dançar (mas durante o dia, enquanto a miúda está na escola). Mais do que fitness, acho que me iria fazer bem a vários níveis. Infelizmente só encontro sítios com horários em pós-laboral. Conhecem algum com horários “diurnos”?

Aulas de Piano.



Sou apaixonada por violino. Calma, sei que é Piano que está escrito ali em cima. No entanto, falando com alguma malta da área, disseram-me que o violino é extremamente difícil para quem não tenhas formação musical. Acho que vou começar pelo piano e até já tenho contacto de um professor. Também terá de ser durante o dia e sempre ponho outras áreas do meu cérebro a funcionar. E, quem sabe até, incorporar mais tarde num espectáculo de comédia meu.


Atelier de Pintura (ou um cantinho na sala, pronto). 



Tenho de investigar. Por acaso, apesar de estar sempre muito disponível para aprender, para fazer cursos e tal, não me apetece ter formação em pintura. Apetece-me estar à vontade e pintar o que me apetecer, fazer o que me apetecer. Se calhar, dava era jeito saber que materiais a ter para que, por exemplo, quando pintar na tela, as cores não desapareçam.

Querem dar-me conselhos? Quero um cavalete, uma paleta e uma bóina.


Fatos-de-treino bons. 





Estou a transformar-me numa soccer-mom, bem sei. Estou cada vez mais fã de fatos-de-treino. Com uns bons ténis e cara, safa-se bem o look, além de ser super confortável. Arrisco-me sempre aos comentários da minha mãe que fica extremamente desiludida, mas deixo-os para dias em que saiba que não me vou cruzar com ela (ou levo-os de propósito, eheh).


Claro que não digo que não a viagens, fins-de-semana em hóteis e coisas do género. Contudo, acho que estas coisas me deixariam mais satisfeitas a longo prazo e até me fariam bem. :)

E vocês? O que almejam? Não se armem em Miss Universo e digam sem merdunfas.