5.02.2019

É muito cedo para ela usar biquini?

Nunca tinha pensado nisto até ao ano passado, acho eu. Houve uma ida à praia ou umas fotografias que lhe tirei que fizeram com que uma amiga e ou umas leitoras dissessem que era muito cedo para ela andar de biquini.



Ela gosta de usar por ficar parecida com as crescidas, mas não tem grandes pudores de andar sem biquini também. Quer imitar a pequena sereia e tal, acho que é o costume. Quando era mais nova, lembro-me de usar um pensinho diário da minha mãe para ir para a creche e tinha mais ou menos a idade dela. 

Mudam-se os tempos, mantêm-se as parvoíces. Será que ela vai usar a minha gilete às escondidas quando se quiser depilar e tiver vergonha de me pedir? 

Eu gosto de vê-la de biquini também. Não faço grande distinção na minha cabeça. Sim, fica mais "crescida" e quem me dera a mim ter o à vontade de andar com as mamas de fora, mas vou poupar o mundo a isto que vai para aqui. 



Viemos a Cabo-Verde. E além de dois biquinis da Irene, trouxemos os nossos protectores solares. Os que vieram este ano são os clássicos Ambre Solaire de Garnier. Sou fã do que tem a aplicação fácil para as crianças - para mim é como se tivessem entrado numa máquina de lavar carros: tudo muito prático e rápido. É grande e, por isso, acho que mesmo sendo muito cautelosa com a quantidade de aplicações, vai durar o verão inteiro. É hipo-alergénico, o que é óptimo dada a pele da Irene (tem uma pele atópica e geneticamente não tem muito a seu favor, vá - mãe com rosácea e pele muito sensível).


Não podemos brincar com o sol, especialmente aqui. Está sempre algum vento e nem sentimos a pele a queimar. Temos saltado algumas sestas e, então, pela primeira vez, a Irene está mais perto do sol nas horas de maior calor. Tem corrido tudo muito bem com a protecção muito alta do Garnier Ambre Solaire Crianças, testado sob controlo pediátrico e também protecção foto-estável UVA e UVB (percebi quase zero do que acabei de dizer, mas quando há muitas letras parece-me mais de fiar, ahah, pior influencer de sempre ;)).


Além do formato familiar, não dispensamos o específico para o rosto e pescoço (a minha pele até tem ficado melhor desde que o uso e, por causa da tal rosácea, sou... cliente difícil). Não uso o 50 para mim, tenho usado o 30 e em formato spray para ser mais prático :). Tive de experimentar o Ideal Bronze porque, no fundo, é para isso que gastei o balúrdio que gastei em viagens para vir para cá, isto é:  para vos fazer inveja a todas com o meu corpinho intensamente bronzeado (não tem acontecido por ficar muito à sombra com a Irene, mas vou conseguir amanhã, com calma e com protector solar).

O protector solar é bom, mas não me estava a rir por causa disso. Acho que ninguém tem este grau de satisfação com a vida com um protector solar e, se sim, esgotariam sempre. Ahah


Ninguém quer parecer uma bifa. Vocês sabem. Protejam-se e não menosprezem este solinho fora de Verão aí por Lisboa. Sabem como é. Já foram jovens e tesudas uma vez.




O meu objectivo para este verão? Estar em forma ao ponto de poder fazer estes posts com product placement de solares mas sem ter que estar defendida com o meu vestidinho lindo da Zara. Olhando para estas fotos só me lembro da irritação que estava a sentir por ter ficado com três pelinhos na parte de trás das pernas a abanar com o vento. Que nervos. Odeio quando me falha um sítio.

Ah! Para toda a gente que me tem perguntado, viemos para o Hilton. Por causa da convulsão febril da Irene da semana passada, tivemos que mudar as reservas e viemos parar aqui. Não ter tudo incluído está a deixar-me muito pouco relaxada, mas não imagino sítio melhor. Sinto é falta de comer (haha brincadeira). 



5.01.2019

Gostavam de ter sido (mais) ajudadas?

O pós-parto é uma fase complicada para muita gente. Queremos estar bem, ter forças para fazer tudo e mais alguma coisa, voltar ao nosso corpo, enquanto a nossa mente ainda está aos ziguezagues, há um ou dois ou três filhos para cuidar, roupa com cocó para lavar e mal temos tempo para lavar os dentes. Claro que haverá bebés e bebés, mães e mães... mas, numa casa com poucas ou nenhumas ajudas, é, muitas vezes, difícil dar conta de tudo.


Eu tive a minha avó uma semana em casa - acho - a minha mãe aos fins-de-semana - acho. Não quero ser injusta, mas essa fase da minha vida está um pouco desfocada. Acho que até tive bastante ajuda. Lembro-me de ver a minha avó e a minha mãe a lavarem-me roupinhas da Isabel à mão e a fazerem comida. Não sei quantas vezes nem quanto tempo, mas tenho umas imagens.

Mas durante a semana, sentia-me sozinha às vezes. Quando o David saiu porta fora para ir trabalhar (só teve direito a uma semana em casa), caiu-me tudo. Senti-me uma criança, até. Achei-me incapaz. Mas tudo se compôs. Lembro-me que demorava imenso até sair de casa e de uma vez em que estávamos prontas e ela fez cocó em esguicho (sorry pela imagem gráfica) e me sujou toda. Ou da vez em que eu caí das escadas com ela no ovo (consegui travá-la). Ou de quando comecei a chorar num parque de estacionamento por não estar a conseguir fechar o carrinho e ela estava a berrar no ovo. Lembro-me de às vezes não conseguir comer. De escolher "mal" o tempo em que ela fazia sestas - que eram curtinhas! - e de tudo se encavalitar.


Da segunda filha, tive muito mas muito mais ajuda, ou não estivesse em casa da minha mãe. Foi incrível. O David teve de ir trabalhar também cedo, a minha mãe também trabalhava, mas foi uma ajuda enorme. No entanto, tentava ir buscar a Isabel à escola relativamente cedo, e o dia passava a correr. Mas aproveitei muito essa fase a minha bebé - dormia sestas e tudo. Acho que poder dormir sestas com os nossos bebés devia ser obrigatório. 

Nem toda a gente consegue. E, por isso, foi por todo o caos que pode ser estar na fase final da gravidez (principalmente se se tiver mais filhos já) e o pós-parto que surgiu o A MÃE É QUE SABE AJUDAR.



Eu e a Joana Gama vamos a vossa casa e levamos sopa, limpamos a casa, damos colo ao(s) vosso(s) filho(s) para irem tomar um banho demorado: tudo o que precisarem. 

E ainda levamos presentes: produtos para um ano de banhos da família toda, cosmética e maquilhagem para andarem todas vaidosas, electrodomésticos, uma semana num carro atestado para irem passear, tudo o que precisarem para o desfralde dos bebés... 

Um dia em vossa casa a dar-vos uma ajudinha - é isto que vos propomos! Para isso, só têm de se inscrever aqui e ser a contemplada. Sim?

Gostavam de ser mais ajudadas? Gostavam de ter sido mais ajudadas?


Não tenho saudades de amamentar

É uma das coisas por que eu não esperava. Se tenho saudades de estar grávida, se tenho saudades de ter um bebé pequenino, talvez fosse expectável que tivesse saudades de amamentar. Eu que gostei tanto de o fazer, principalmente na segunda leva. Mas não. Nenhumas. Tenho saudades de ter um bebé coladinho a mim só a fazer aqueles esgares e com aquele cheirinho e aquela pele de seda, mas de amamentar propriamente não.

É como se tivesse tido a sua fase, que foi boa para ambas mas que no fim já me estava a começar a causar uma certa... (como dizer isto sem parecer brusco mas sem falinhas mansas?) aversão. É isto mesmo, vou chamar os bois pelos nomes. Assim que comecei a sentir que aquilo já não estava a ser bom para mim, assim que me começou a causar repulsa, eu que ADORAVA dar de mamar, decidi começar a deixar de fazê-lo, quando ela tinha dois anos e picos: primeiro fiz o desmame nocturno; depois aproveitei uns dias de férias só com o pai para tentar o desmame completo - e assim foi. Contei-vos aqui a minha intenção e aqui o resultado. Assim contado parece que foi algo brusco, mas foi feito com cabeça tronco e membros, com muito coração e calma. Tive sorte. Ela estava preparada e foi muito pacífico e até emocionante, para mim. 

Por isso, ficou tudo muito bem resolvido: para ela e para mim. Foi um percurso muito importante, já que com a primeira filha foi tudo muito atribulado. Teve momentos terríveis até. Outros foram lindos. Aos 9 meses, acabou-se e ficou uma sensação agridoce a pairar. 

Da segunda, teve um princípio um bocadinho difícil, ainda com algumas dores, mas lá demos a volta: Como sobrevivi ao primeiro mês de amamentação ajudou algumas mães e ainda bem.

Agora, se vejo um bebé e se o pego ao colo fico cheia de saudades de ter um ou de voltar a ter as minhas assim pequeninas - nem sei bem - mas não de amamentar. Foi bonito enquanto durou, mas não sinto falta. Está lá. Faz parte da nossa história.