4.23.2019

Mais de 40 minutos à espera de uma ambulância... morri por dentro de novo.

E a culpa, no fundo, não é de ninguém. 

No sábado, a Irene voltou a ter uma convulsão febril. Desta vez demorou uma hora inteira até recuperar consciência. Até para mim, que me "gabo" de já ter ganho calo no que toca a este tipo de situações... perdi-me por completo. 

Ainda para mais porque houve quem me tivesse dito que, com estas convulsões, acima dos 5 minutos já poderiam gerar danos cerebrais. Imaginem quando passaram 30 minutos... 

Chamei o 112 e, mais uma vez, demoraram imenso tempo a chegar. Os bombeiros até estavam cá perto, mas infelizmente a minha morada não consta no sistema do 112. Nem o nome antigo da minha rua (um provisório), nem o novo. 



Bem à tuga, acabo por só me preocupar com isso nos dias a seguir a ter acontecido mas, neste caso, não pode ser. Até porque o caso da Irene, apesar de super aparatoso, não é o mais urgente do mundo. 

Poderá haver mesmo casos de vida ou de morte e uma coisa é o senhor da pizza e das compras online nunca saber onde é que isto fica, a outra é a ambulância não conseguir.

O que se faz? Liga-se para onde? Alguém desse lado que perceba como é que isto funciona? 

Entretanto, não sei se perceberam, mas lá não fui para Cabo Verde. Perdemos a viagem, a ver se o seguro devolve o dinheiro... 

Bom, "antes cá do que lá", blá, blá, blá... Ainda bem que está tudo bem... Só acontece a quem marca viagens e tal e tal. Mesmo assim estou irritadinha e com alarmes no telemóvel para ver como está a febre.




4.22.2019

Não à mala dos filhos de pais divorciados.

Tenho um dia que escrever um post mais alongado sobre todas as dicas que posso dar sobre isto do divórcio. Tanto na perspectiva de quem se divorcia, como na perspectiva de quem é filha de pais divorciados - desde os meus 6 anos. 

Porém, lembrei-me recentemente - até quando fomos entrevistar a Madalena Abecasis (estará disponível para o mês que vem o vídeo, senão temos um esgotamento a tentar fazer tudo, ahah) que seria interessante falar disto: é porreiro que os miúdos andem com as suas coisas às costas?

Na minha perspectiva, não. Podemos convidar as mães que nos estão a ler e que têm alguma formação na área da psicologia e afins o que pensarão elas disso e até outras filhas e filhos de pais divorciados. Querem opinar? 

Claro que é como tudo: "depende dos pais", "depende dos filhos", blá blá. 

Porém, quero explicar-vos: acho que o mais importante é que a criança se sinta segura. No meu caso e, para já, acho que é indispensável que ela tenha um pouso principal. Na nossa família, decidiu-se que fosse a minha casa. Mais tarde, quando ela for mais crescida e quando a vida der outras voltas, logo se verá o que vai ser decidido em conjunto mas nesta fase é aquilo em que acreditamos que seja o melhor para ela. 


Agora, ainda dentro do tema da segurança e até "desejabilidade", sinto que a criança deverá sentir que ambas as casas são suas também. E nós sentimo-nos em casa rodeados das nossas coisas e memórias. Ao levarmos as nossas coisas connosco, como quando vamos para um hotel, é muito giro, mas não para vivermos lá. 

Implica que o outro progenitor tenha de comprar roupa? Implica que se faça um esforço para adaptar a casa à criança? Sim e sim. Se calhar essa roupa até poderá ser comprada a meias - cada casal sua sentença - já que vai sempre andar a passear de um lado para o outro. Porém, terá de ser a criança a carregar "o peso" da separação às costas? Isto, literalmente? 

Terá que levar os livros e os estojos e afins que normalmente já levaria da escola para casa, mas e o resto? 

Sou totalmente a favor de ambas as casas estarem mobiladas, equipadas e recheadas de tudo o que a criança precise para se sentir bem-vinda, desejada e que não é ela quem tem de gerir essa questão. 

Quando for mais velha e tiver os seus "eventos" lá saberá o que quer andar a vestir num lado e noutro e ela própria fará essa gestão. Até lá... serão mesmo eles que têm de andar com a mala às costas?

Já agora, ainda na temática do divórcio, fica aqui um vídeo que fizemos em que respondi às vossas perguntas no instagram sobre o meu:







Agora sim: começaram as férias!!! [Quem é pai saberá do que falo]

Agora sim, aqueles segundos no carro, depois de os deixarmos sabem a pato. Começamos com borboletas na barriga, palpitações e lágrimas espreitam de emoção. Até nos esquecemos de mudar a música deles, que continua a dar na rádio mais uns quantos minutos. 

Agora sim, qualquer pouso de trabalho, qualquer conversa de corredor, qualquer almoço requentado numa qualquer imitação de tupperware nos saberá a férias, mesmo que não tenhamos luz natural nas próximas horas...

Agora sim, conseguimos respirar fundo, comer sem termos de nos levantar 4 vezes para ir buscar mais água ou apanhar coisas do chão ou gerir uma qualquer birra por qualquer coisinha que seja.

Aiiii começaram as férias! 

Essa Páscoa, já passou, não foi? :)