11.24.2018

Quem mais faz isto?

No outro dia, quando vi os pais de uma colega da Irene a interagirem, apercebi-me que, se calhar, andamos todos a usar a mesma técnica: falar inglês perto deles. Neste caso é uma professora também de inglês (acho eu) que usa a técnica, mas eu também já tinha tentado por isto em prática, eheh.

Agora voltei a usar. Não sei se é porreiro porque não deve ser fixe para as crianças saberem que os pais estão a falar de coisas que "são segredo" à frente deles, mas... a malta tem que comunicar, não é?

Há uns anos aprendi língua gestual(só o abecedário) num livro da minha prima, ensinei a turma toda a falar e acabámos por copiar um ano inteiro uns pelos outros (as respostas de história demoravam mais algum tempo por uma questão de comprimento, mas de resto, funcionava). Isto interessa-vos para quê? Pensem que, de repente, todos poderíamos comunicar sem eles saberem, hã? Mais importante que isso, só como embuchar snacks de Nutella sem nunca sermos apanhadas. Por que é que inventaram aquela porra? Foi alguém daquele espécimen muito raro de pessoas que come tudo o que lhe apetece e não engorda porque tem "o metabolismo muito acelerado", só pode. 

A Irene nota quando estou a falar inglês ao pé dela e pede "heyyy, digam-me o que estavam a falar!" e, depois, lá inventamos qualquer coisa, mas... vocês devem ter os vossos truques. Também vão para o inglês ou comunicam em suaíli ou... para casais que já estejam juntos há milhares de anos... só com os olhos? 

Entretanto, aproveito para vos dizer que estou a ter um fim-de-semana maravilhoso. Segunda-feira vou ter uma reunião muuuito importante no trabalho e depois de uma semana em que a Irene esteve doente, está a saber ainda melhor uns dias aqui no "campo". 

Aproveitem o vosso fim-de-semana para sair do "andar a mil", está a saber-me bem :) Eu e estas calças de fato-de-treino que foram das melhores comprinhas que já fiz nos últimos tempos. 



11.23.2018

Vocês não sabem com quem estão a falar!!

É que não sabem mesmo. Vêm aqui ao blog, querem ler coisas sobre crianças e bebés e respectivas mães, mas não fazem a mínima ideia com quem estão a falar!!

Sabem quem eu sou? Sabem o meu passado? Não sabem! Vocês nem imaginam o que tenho sofrido nos últimos 30 anos cheia de nervos a tentar estacionar. A tentar estacionar de lado. A estacionar com gente atrás à espera. E... pior: a estacionar de rabo!

Ai vocês que nasceram com o rabo virado para o lugar, sem terem que fazer 20 mil matemáticas, não sabem do que estou a falar. 

Sinto que as pessoas que estão à espera de me ver estacionar que estão a ver os Malucos do Riso, que estão a enviar videos por Whatsapp a dizer "olha-me esta avantesma", que estão a fazer stories e a tagar-me no instagram, que...  e, no meio de toda essa pressão imaginária, ter que estacionar!

Foi difícil. Foram muitos anos a tentar estacionar e, muitas vezes, a não conseguir. Depois de 10 minutos de tentativas, às vezes tinha que levantar a mãozinha fazer um "obrigada" quando, na verdade, só pensava "pá... não publique isto, por favor" enquanto me dirigia de fininho para o lado oposto do estacionamento, esperando que ninguém reparasse no meu carro azul bebé. 

Anos, anos a andar de carro com as minhas amigas e a levar chapadinhas na cara com a facilidade com que todas estacionavam de rabo e, pior, tinham a capacidade e fé de procurar lugares mesmo em frente à porta do centro comercial. 

Sabem com quem estão a falar agora, pessoas? Sabem?


COM A CAMPEÃ DE ESTACIONAR DE RABO. 

Ah!! Quem é que dá grande abadinha a esses preconceitos todos de que as mulheres não sei quê? Quem é que agora, estaciona de rabo como gente crescida? Quem é que, mesmo numa fila de 43543 carros todos raivosos, estaciona com a sua calma e à primeira? 

Sou eu. 

Por isso, muito respeitinho. 

Sou a campeã de estacionar de rabo. 

Vou só escrever "maternidade" para não desapontar aqui as leitoras relativamente à pertinêcnia do tema. 

Obrigada. 

Uma fotografia aqui à boss quando eu sabia onde estava este chapéu. 



11.21.2018

Como é que nunca me lembrei disto antes?

A Irene, tal como a maior parte dos vossos filhos (espero), fica encantadíssima com aqueles brinquedos de cocó do supermercado: as bonecas em forma de animais, os doces miniatura, os gelados com peluche surpresa. Sinto que hoje em dia muitos dos brinquedos que há para os miúdos são as surpresas dos Kinder dos anos 90 mas em vários formatos. Haja paciência que tenho a casa cheia de miniaturas e nem sequer são Polly Pockets. Nem sei como arrumar aquilo (a não ser no lixo porque "ohh devem ter ido no aspirador, Necas..."). 

Antes de irmos dormir, em vez de ouvir uma história, ela tem preferido brincar com as bonecas-animal, mas reparei que isso era um bocadinho redutor a nível de géneros e de enredo. Era sempre a história de serem amigas ou deixarem de ser com o clássico "já não vais à minha festa!". 

No outro dia, pensei: falta-me uma família. Credo, não era assim que queria que soasse. Falta-lhe uma família no sentido em que ela não tem brinquedos em que possa brincar à mãe, pai, irmão (se quiser) e amigos do pai e da mãe. Então... comprei!

No que é que isto é útil? Além dela poder brincar assuntos que tenha na cabeça (as crianças também brincam para processarem situações, para interiorizarem e resolverem questões que tenham) também me dá a opção de poder ver o que anda ali a ser cozinhado e intervir. 

Isto é: imaginem que o pai (boneco) começa a dizer à mãe (boneca) para ela ir para a cozinha, que é aí o lugar dela... 

Espero que não aconteça. Seria péssimo sinal. Porém, na brincadeira, teria oportunidade de lhe mostrar o melhor cenário, de por as personagens a responder o "ideal" e de ter mais uma maneira para conversar com ela e na linguagem dela...

Eu gosto que ela tenha bons brinquedos, em vez de muitos. Tem muitos na mesma, é um facto, evito ao máximo comprar-lhe essas porcarias sem interesse nenhum e que acabam sempre no fundo da mala ou de um cesto qualquer no quarto, mas vêm parar cá a casa na mesma - não dá para controlar tudo e todos, não é? 

Gostei desta família que vi na Imaginarium e foi o que comprei. Fica a dica, caso tenham interesse em ver os vossos filhos a brincarem as famílias e ter uma maneira de lhe explicar mais coisas... eheheheheheheheeheh. 



Gosto que não tenham maquilhagem e olhos esquisitos... :) Pena serem de plástico, mas achei-os muito, muito queridos.