11.12.2018

Estive 3 horas a achar que tinha ganhado um BMW e afinal não.

Aconteceu há uns 6 anos. Numa feira havia um passatempo para ganhar um BMW. Um stand, um BMW e uma tombola onde, depois de escrever uma frase inspirada, deixaríamos a nossa sorte. Eu e a minha mãe participámos, com frases diferentes. Não me lembro do que escrevi, mas devo ter usado os meus floreados, ou feito umas rimas, não faço ideia. Deixei lá a minha participação e a minha mãe a dela. Passados uns tempos, recebo um telefonema, que foi mais ou menos assim [perdoem-me, mas entretanto tive duas filhas, duas amnésias e mais uns quantos neurónios cometeram suicídio]:

"- Muito boa tarde.
- Boa tarde.
- Daqui fala xxx, da xxxx, do passatempo BMW xxxx xxxx xxxx
(eu já com o coração a acelerar)
- Sim...
- Era para anunciar que foi a vencedora.
(zumbido, não ouvi mais nada)
- Não acredito! Não estou a acreditar! Oh meu Deus!!!
- Acredite! Parabéns! É realmente um prémio fantástico. Até queria ser o meu filho a dar-lhe a notícia, de tão entusiasmado que estava.
- Estou muito, muito feliz!
- Que bom! Também ficamos por si. A frase estava fantástica [deve ter usado outro adjectivo, não faço ideia da riqueza de sinónimos do senhor].
- Então e agora? Como faço para levantar o carro?
- Agora marca o fim-de-semana no Hotel XXX em Cascais e vem cá levantar antes que tratamos de tudo.
- Ah! Exacto! Venci a noite no hotel, claro! 
- Sim, sim, é fantástico mesmo. [lá está, não sei se foi isto]"

Nisto, uma pessoa telefona aos pais, ao irmão, ao David, comenta no trabalho, diz à amiga, uma grande festa. Afinal não calha só aos outros, que maravilha, Já a fazer planos, vender o meu pequenino, ou mais tarde este, Meu Deus, que carrão, nunca na vida. Isto há pessoas com sorte. Fantástico. Fantástico. E as palavras do senhor a ecoar.

Três horas mais tarde, liga-me o meu irmão que conhecia não sei quem que era familiar de não sei quem e caiu-me tudo. Afinal eu não tinha ganhado um BMW. Um BMW nunca esteve a concurso. Mas sim a tal noite num hotel de 5 estrelas para o qual iríamos de BMW. [nem eu nem a minha mãe percebemos ou lemos as letrinhas pequeninas, sei lá].

Pausa para uma lágrima. 
Pausa para outra.

Não chorei, é figurativo. Mas foi um choque.

Não ter um carrão não era problema. O problema foi ter tido um e afinal não. É aquele chupa-chupa que se dá a uma criança e "Ah! Afinal não podes, enganei-me".

Tem graça por ter sido verdade.



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A que brincam elas? - NOVIDADES

Com dois pais que não se levam muito a sério e que embarcam em teatros e danças malucas, acho que já perceberam que não há regras nem limites. Brincamos a tudo cá por casa. Há espaço para livros e puzzles, folhas brancas e brinquedos com luzes, música alta e jogos divertidos. Não há nada mais gratificante do que ouvir aquelas gargalhadas e perceber que estão a crescer, não há nada melhor do que vê-las a aprender enquanto brincam. Há brinquedos que juntam o melhor dos dois mundos: que as fazem rir e que lhes ensinam coisas novas, como o Beat Bo e o Movi da Fisher-Price. Ficam de sugestão já para o Natal. 

Vídeo novo :) 



Post em parceria com a Fisher Price


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Já sei para que serve o bolso das cuecas!

Falar sobre cuecas na internet é sempre um bom tema. Espero que renda (inserir aqui trocadilho com cuecas de renda e ter dito renda). Por acaso, tanto me dá. Queria só partilhar convosco que é sempre maravilhoso constatar como é que as crianças vêem o mundo. E poderia estar a falar de coisas mais profundas como a essência e a energia das pessoas que as rodeiam, mas não, estou a falar do bolso das cuecas. 

Confesso que já me tinha debruçado a pensar nisto, nesse momento que vocês estão a imaginar, mas ainda não tinha chegado a nenhuma conclusão. Acho que na altura ainda não tinha um smartphone senão, em vez de estar a olhar para as cuecas... estaria a olhar para as milhares de contas de influencers que não sigo, muahah. 

Aliás, não vos contei, mas ontem cancelei o instagram durante um bocadinho (desinstalei mesmo o bicho para não ter tentações). Já tinha voltado a viver daquilo (não no sentido de fazer dinheiro infelizmente, mas no sentido de não largar um segundo) e eu sou das radicais (lembrei-me do Portugal Radical e do biper que o meu pai me deu que serviu para... hmm.. nada). Terei que voltar em breve por motivos profissionais mas, por agora, sinto que eu é que mando nisto. 


Bom, adiante, a Irene estava a fazer o seu número 1 quando me apercebi que aproveitou o "bolso das cuecas" para guardar alguns bonequinhos. 

- Então, Irene? Que raio? 
- Pus no bolso das cuecas. 

E é realmente um bolso. 

Entretanto fui pesquisar e é para proteger a mucosa (ahhh o quanto adoro esta palavra, acho que mucosa e rata são das minhas palavras despreferidas). Ai que ela escreveu "rata" no blog. Pronto, agora é que fui mesmo despromovida do mundo da maternidade. Já o não usar golinhas e tirar fotografias por baixo de sobreiros estava a pedi-las, quanto mais dizer rata, pelamordedeus. Já estou a ouvir o sons dos e-mails das marcas que quereriam colaborar com a Joana Paixão Brás (porque a mim chegam-me zero) a andarem para trás de fininho. 

Bom, andamos todas com a mucosa protegida - ai que bom - mas isso não explica o porquê de haver um bolso e não uma costura de ambos os lados. 

Pensei que daria jeito para pôr aí 5 euros para não ter aquela emergência de levantar dinheiro. Ou um tampão de emergência para caso nos apareça o período ou até mesmo alfazema. Um pouco de alfazema. 

Afinal é só para não fazer uma dupla-costura - o que seria deste mundo se se fizesse uma dupla costura nas cuecas das meninas (acho que técnicamente fica feio, mas ainda vou conseguir encontrar uma especialista para falarmos mais um pouco do assunto). 

Acho que o mundo visto por eles é mais divertido. Neste caso da Irene, um pouco menos confortável para a mucosa, mas também sabemos que o corpo se habitua às coisas, não é? Eu hoje pus um gorro e sinto que ainda o tenho posto. Talvez tenha de levar o cabelo. Bom, até já.