11.06.2018

Uma mãe roubou-me o lugar de estacionamento e...

Não estão bem a ver a loucura que é de manhã em frente à escola da Irene para estacionar. É numa praceta e, por isso, os carros têm que esperar uns pelos outros. 

Eu geralmente vou calma porque vou "a horas", moro perto e, por isso, não passei duas horas no trânsito e tal e, por isso, vou tranquila. 

Hoje estava à frente de uma senhora para estacionar, vagou um lugar e ela fez-se a ele primeiro. Ri-me imeeeeeeenso! Olhei para ela e ri-me tanto. Pensei: "Andamos mesmo todas ao mesmo, é o salve-se quem puder, ahah!".


Estacionei um pouco mais à frente, tinha vagado outro lugar e a senhora passou por mim e pediu-me "desculpa ,mas o meu carro é um bocadinho grande e é raro arranjar lugares como aquele" e eu disse "ahaha claro, claro! Ri-me por causa do nosso modo de sobrevivência à procura de lugares de manhã! Percebi perfeitamente!". 

Eu uso mesmo estes pontos de exclamação todos no dia-a-dia, sou muito exclamativa. 

Noutro dia, com outra Joana isto teria sido bem diferente. Claro que não sou mão na anca e ir lá peixeirar (por motivos tão cocós), mas teria dito uns vinte "putas" para dentro (porque a Irene estaria dentro do carro) e faria uma longa dissertação sobre como somos "cabras umas para as outras" e como o mundo assim não vai a lado nenhum, etc. 

Por isso, hoje uma mãe roubou-me o lugar de estacionamento e parti-me a rir! :)

#goals


11.04.2018

Hotel para a noite de núpcias? Este, sem dúvida!

Foi ali que me despedi da vida de solteira (como se a vida se tivesse alterado depois) e onde passámos a noite anterior ao casamento juntos. Sim, sabíamos do "grande erro" que seria os noivos dormirem juntos na véspera do casório e mesmo assim quisemos arriscar. Pausa para explicação: não somos supersticiosos e muito menos achamos que faça sentido dormirmos juntos há 9 anos e, de repente, separarmo-nos na véspera do grande dia só porque alguém diz que tem de ser assim. Respondi a toda a gente com um "mas nós não vamos dormir" por ser uma grande marota :) Não ficámos ali na noite de núpcias porque o casamento não era na região de Lisboa, mas se fosse, podem crer que seria ali.


E que maravilha de hotel! Não que eu tenha grandes termos de comparação, já que não ando propriamente a esfregar este corpinho pelos melhores hotéis do mundo, por falta, essencialmente, de tempo, claro (plim plim - som da caixa registadora), mas já estive precisamente num hotel também de 5 estrelas ali mesmo ao lado (ganhei a estadia num concurso há uns 6 anos, depois conto-vos este episódio que teve imeeeeensa piada, já que eu andei 3 horas a achar que tinha ganhado um BMW e depois afinal... não) e o InterContinental Cascais-Estoril ainda conseguiu superá-lo. É uma experiência única.

O quarto então é uma coisa sem explicação, mas eu vou tentar. Enorme, com uma cama daquelas digna de filme, bandeja com fruta e vinho a receber-nos, uma varanda gigante com vista para a piscina e para o mar, uma banheira excelente com um apenas um vidro a separá-la do quarto... um verdadeiro luxo. É o sítio ideal para uma noite de núpcias ou para descansar antes do grande dia, como fizemos. 







Tevemos a sorte de, em outubro, apanhar uma tarde de piscina mesmo boa. Lanchei, ali mesmo, com o Renato e a Raquel, os meus padrinhos e depois fomos até ao SPA e à piscina interior, um espaço também muito agradável e sossegado.




Depois do banho, fomos jantar ao Atlântico, o restaurante do hotel, envidraçado, com uma vista linda e com pratos mesmo, mesmo saborosos, pelo chef Miguel Laffan, de Cascais e já com duas estrela Michelin no currículo.














Ao acordar, aquela vista e o nascer do sol foi o cenário perfeito para escrever os votos. Emocionei-me muito, ali, na varanda. Senti-me muito feliz. Depois do banho e de um pequeno-almoço que tinha tudo para ser perfeito - e só não o foi porque eu tinha o estômago embrulhado do nervosismo (dá Deus nozes a quem não tem dentes...) -, lá nos despedimos e só nos voltámos a ver para nos casarmos, eu vestida de noiva e em lágrimas, ele sorridente e nervoso.









A experiência aqui foi toda muito, mas muito boa. E começou logo na recepção. Não é todos os dias que nos vão estacionar o carro, que levam as nossas malas até ao quarto, que nos fazem uma apresentação do hotel tão simples e simpática (obrigada, Frederico!) e que somos tão apaparicados. 
Soube mesmo bem! Mais do que aconselho este hotel. Que sejam tão felizes ali quanto nós fomos. 








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Ser o irmão mais velho é uma valente treta

Ser o irmão mais velho é uma valente treta.
Deixamos de ter a casa e o coração dos nossos pais só para nós.

Ser o irmão mais velho é uma valente treta.
Deixamos de poder ir ao cinema ou ao teatro ou fazer coisas de "crescidos" enquanto o irmão mais novo não tiver idade. Ou vamos, mas muito menos.

As nossas mãos deixam de ser pequeninas, os nossos pés tornam-se enormes e a nossa pele deixa de ser tão macia.

Deixamos de poder ir a conversar no carro porque o bebé se sobrepõe ou chora ou não nos deixa falar.

Deixamos de poder fazer birras, de nos queixarmos ou de fazer disparates porque olham para nós como pessoas já com mestrado, quando ainda nem fizemos a primária.

Deixamos de poder subir a um muro porque temos de dar o exemplo.

Nunca mais comemos um gelado sossegados. Ou um chocolate por inteiro.

Deixamos de poder fazer jogos de tabuleiro ou brincar com peças pequenas só porque é perigoso para o bebé.

Ser o irmão mais velho é uma valente treta.
Deixamos de ter o nosso espaço, o nosso lugar e de ser incomparáveis.
Deixamos de ter um colo só para nós e de ser pequeninos.
Às vezes nem nos vêem, não nos ouvem nem perguntam por nós na rua.
Não podemos ripostar porque "é o mais novo", "é bebé", "coitadinho dele".
E até arcamos com castigos, à custa do outro. 

Ser o irmão mais velho é uma grande treta.
A chave do diário é descoberta. E os nossos segredos mais preciosos.
Nem conseguimos ir a concertos, festivais ou discotecas sozinhos ou com os nossos amigos.
E, imagine-se, até podemos ter de voltar a viver juntos, para estudar. 
Ir buscar.
Receber chamadas tardias. 
Emprestar carro.
Ficarmos preocupados.

Ser o irmão mais velho, às vezes, é uma grande treta. 
No resto das vezes não.
Sentimo-nos orgulhosos.
Ensinamos coisas a alguém.
Somos protectores. 
Sentimos um carinho inexplicável. 
Temos alguém com quem brincar. 
Um aliado para os disparates. 
Um par para a dança mais maluca. 
Uma mão para nos segurar.
Uma gargalhada, uma piada, e pipocas para partilhar.
E nem sequer nos conseguimos lembrar de como era a nossa vida antes do nosso irmão. 
Duvidamos até que fosse melhor do que é. 
Só lhe desejamos o melhor da vida. 
Queremos que seja feliz, muito feliz.
Tanto ou mais do que nós. 

Da irmã mais velha.




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