12.31.2015

Bebé suja, bebé limpa!

Acho que é a melhor maneira de os ensinar a não sujar as coisas que não fazem sentido. É um dos pilares da disciplina positiva (do que percebo, claro): aceitar as consequências naturais dos actos. Suja? Limpa. 


Até porque ela até já andava a dizer que quando se suja, quem limpa é a Paula (nossa empregada) e... não gostamos nada de saber... 


O que acham de os por a limpar? ;)



Um vídeo publicado por Joana Gama (@joanagama) a

Ano novo!!

Li algures e faz sentido: "o ano só é novo se tu mudares também". 

É daquelas frases manhosas que apanhamos no facebook, que não partilhamos por serem bimbalhotas mas que até ficamos a pensar nelas durante uns segundos. 

Felizmente, para mim, este ano já foi um ano de redescoberta, de religação espiritual (não parem de ler só por ter usado a palavra espiritual e "religação" existe que fui ver) e isso não aconteceu porque comecei a colorir flores esquisitas naqueles livros que se vendem no Pingo Doce - acho que estou a muito pouco tempo de cair nisso também, mas tenho medo de adormecer. 

Os filhos são um eyeliner da alma (estou inspirada, não estou?). Parece que, com o nascimento de uma criança, os nossos piores defeitos vêm ao de cima e as nossas melhores qualidades também. Sinto que me tornei mais confiante, mais paciente, mais franca, mais brincalhona, mais bonita, mais empática, solidária, tolerante. Reparei também na espiral de ansiedade em que vivia, na pseudo depressão que me assombrou durante anos, no vazio que havia em mim por preencher, naquilo que negava a mim própria e que tanto precisava, simplesmente por não ter tempo para pensar, sentir, ouvir, ouvir-me. 

Este ano tive tempo para me ouvir. Tive mesmo de me começar a ouvir porque tinha de me organizar a todos os níveis. A Irene merece o melhor de mim, todos merecem o melhor de mim, eu mereço o melhor de mim. 

Comecei a cuidar de mim, de dentro para fora e a minha força foi a Irene. Ela foi a minha âncora, a minha motivação, o meu objectivo e agora sinto-me mais capaz de lhe dar o que ela e eu precisamos. Sinto-me inteira. Não devemos apoiar-nos nos nossos filhos para sentirmos que temos tudo, mas devemos ser tudo pelos nossos filhos. 

O meu marido, depois a Irene foram a minha pedra de toque. Tive necessidade de fazer terapia, optei pela hipnoterapia, naturalmente comecei a cuidar mais de mim e maquilho-me, penteio-me (à séria, não a batotice que fazia antes), vou ao cabeleireiro, tenho vaidade em fazer combinações de roupa, salivo a olhar para sapatos, estou a tratar do meu corpo, a comer mais saudavelmente... Reconheço a existência do próximo na sua plenitude, preocupo-me genuinamente, ambiciono ser inspiradora, motivadora para aqueles que me rodeiam. Não me meto em intrigas, não sofro com coscuvilhice (há menos chatices quando passamos a ser optimistas), não ando ansiosa sem necessidade, respeito os timings da Irene, vejo-a como um ser humano e não como um lembrete no telemóvel... 

Sinto que vivemos numa altura (sim, vem aí uma treta do género mindfullness e "aldeia global" e todos os chavões do género) em que vivemos cheios de pressa para fazermos imensas coisas cuja gratificação é pouca ou nada. Sinto que perdemos pouco tempo a construir e muito tempo a mostrar. Noto isso quando varro o instagram 40 vezes enquanto a Irene está a falar comigo e a pedir-me para fazer qualquer coisa, como se o instagram fosse importante ou não estivesse ali dali a duas horas quando ela estivesse a dormir. E isto acontece, a meu ver, porque andamos adormecidos. Andamos com a corrente. Os dias, com a rotina, parecem-nos todos iguais e acabamos por absorver essa falta de cor. 

Muito, comigo, tem que ver com a merda do telemóvel. Os tempos em que estou agarrada ao telemóvel, são os tempos em que a minha cabeça poderia estar a trabalhar em soluções, oportunidades ou a fazer algo de maior valor. Sinto que tenho de perder essa pressa. A pressa de responder logo. A pressa de saber já. 

Por que é que reagimos como se as coisas do telemóvel não estivessem lá dali a umas horas?

Desculpem por estarem a assistir aos meus pensamentos em directo, o texto não deve estar minimamente organizado para vocês que não vivem na minha cabeça.

Gostava muito que vocês, tal como eu o fiz este ano, tivessem oportunidade (ignorem o facto de já ser dia 1) de se dedicarem a vocês próprias. Abstraindo-se de tudo o que corre muito bem e/ou corre muito mal.  Parem um bocadinho. Oiçam-se. O que querem fazer e nunca fizeram? Querem ser melhores nalguma coisa? O que precisam de fazer para chegar lá? Do que têm saudades? O que querem proporcionar aos vossos filhos? 

Proponho uma vida mais consciente. Por vocês. 

Nunca fui tão feliz como agora. E muito se deve a mim. 

Prometem que este ano (comece ele hoje ou amanhã ou em Fevereiro) vão ouvir-se mais? Fazer mais por vocês e pela vossa família? 

Não se deixem adormecer por esta corrida imaginária para o nada. 



PS - Pareço escritora de bomba de gasolina, eu sei, mas é tudo do coração. Bom ano! 

Isto intriga-me. Alguém me explique isto!

Há uma coisa que me intriga há vários anos (intriga-me e dói-me também, na parte detrás da cabeça).  

Como é que ainda ninguém se lembrou de inventar uma merdinha que se ponha no lavatório do cabeleireiro, quando vamos lavar o cabelo e encostamos a cabeça, e que impeça de ficarmos com dores no pescoço/cabeça durante os três dias seguintes?

Sou só eu?!

Podem inventar costas de cadeiras com "massajador" automático, cadeiras com pés para ficarmos todas esticadinhas e relaxadas, massagens na cabeça deliciosas, MAS DEPOIS O LAVATÓRIO ENTRA PELA NOSSA CABEÇA ADENTRO? Juro que não percebo como é que aquilo ainda é feito de louça e não é forrado com algo impermeável mas fofinho e feito de esponja macia por dentro. Tenho um pedaço de louça a marterizar-me e ninguém faz nada? Não há petições para isto? Não há manifestações em frente à Associação Portuguesa de Barbearias, Cabeleireiros e Institutos de Beleza?

Alguém que pegue nesta ideia e desenvolva o produto, pelo amor de Deus! Registem a patente e vão ao Shark Tank.

De nada.