7.29.2015

Há mães que não sabem. Ponto final.

Estava no parque com a Isabel. Uma mãe, acompanhada por umas amigas, gritava para o filho, "olha que levas!". O miúdo estava a engalfinhar-se com os amigos, mas tudo me soava a brincadeira. Os três riam-se. Há idades em que eles gostam de brincar às lutas, em que o confronto, os empurrões e os braços de ferro fazem parte e até são saudáveis. Lembro-me bem dos meus primos e irmão (todos rapazes) brincarem ao Wrestling. Às vezes magoavam-se à séria, mas não era essa a intenção.

Ora, esta mãe andou, os vinte minutos que lá estive, a cuspir coisas do género: "se se aleijarem, levam por cima". "Estás aqui, estás a levar uma chapada na cabeça que até ficas em coma". "Vais o caminho todo para casa a levar pontapés nesse cu". 

Sim, sim, isto existe. O miúdo, com uns 7 anos, já chorava. Nessa altura, estava a Isabel no balouço (já consegui deixar de ter medo e deixá-la andar no balouço dos crescidos - e que bem que se agarra!), parei, dei-lhe um abraço e disse-lhe "a mãe nunca te vai falar assim, nunca". E não estava a falar apenas da linguagem. Tinham de ouvir a forma. Bem alto, para todos ouvirem. Contente, por estar a ser autoritária e por estar a ter audiência. Quase que juro que lhe via um brilhozinho nos olhos. A voz era grave, assustadora. A certa altura levantou-se, com ele a chorar, agarrou-lhe num braço e disse-lhe: "não sou tua colega, com quem é que pensas que estás a falar?". O miúdo ficou mais 5 minutos agarrado a um balancé, a chorar. Apeteceu-me ir lá, dar-lhe um abraço. Senti uma revolta enorme.

"A mãe é que sabe", bullshit! Há mães que não sabem. Não sabem nada de nada. Não me venham com a história de que teve um dia mau, que não sei como é aquela criança fora dali, que todos temos direito a errar, não me venham com desculpas esfarrapadas. Há mães que não merecem ser mães. E eu quis trazer aquela criança para casa. Quis dar-lhe mimos, agarrar-me a ela e dizer-lhe que um dia vai ser feliz. Que vai saber o que é o carinho, o respeito. Que vai ter filhos e vai dar-lhes o que nunca teve. Que vai ser resiliente, lutador e vai ter um futuro promissor. Vai conseguir dar a volta.

Há mães que não sabem amar. Ponto final. Espero que os filhos saibam, apesar de tudo.

E tão cedo não volto àquele parque.

a Mãe desbronca-se (#15) - Coisas do blogue

Hoje confesso que não tinha grande ideia do que vos escrever. Às vezes acontece. E sabem porquê? Porque a Irene demorou só 10 min agora a adormecer para a sesta da manhã e mal tive tempo para pensar um bocadinho.

Assim sendo, salvou-me a rubrica a Mãe desbronca-se



Vai com um mês de atraso (quase), mas vai, Cisca! Olá ;) Obrigada pelas perguntas e parabéns pela filhota de 10 meses. 

Devo dizer-te que a escrita partilhada é o motivo pelo qual conseguimos manter o blog actualizado. A Joana tinha um que não lhe dava grande actualização (mensal, apenas, mas também acho que era mais um diário da Isabel e menos um blog como este) e eu sempre tive blogs mas tinha grandes fases de escrita e outros de menos. 

Para o teu blog tenta arranjar maneiras de conseguires tê-lo sempre actualizado. Ou publicar e-mails que te enviem... ou artigos, não sei! ;) Às vezes só fotografias. Isto, claro, se for do teu interesse ter sempre mais pessoas a ler. 

Não foi nada disto que perguntaste, pois não? Estou a ficar velhota. Daquelas a quem perguntas onde é a sapataria e se põem a falar que antes, com o Salazar, é que era. 

Inicialmente tínhamos as duas alguns posts escritos e fazíamos uma gestão dos conteúdos que nos parecessem mais adequados. Imagina que a Joana tinha um muito fofinho sobre fazer bolachas para crianças e eu tinha um sobre não mudar a fralda há minha filha há 23 dias. Iamos publicando de maneira a que conteúdo fosse alternado, independentemente de quem o escrevesse. Não publicávamos dois amorosos de seguida, nem dois de cocó de seguida, enfim. Depois, ao final da semana, víamos quem tinha tido mais trabalho e tentávamos equilibrar as coisas. Púnhamos posts que sabíamos que iam ter mais sucesso nos dias de maior audiência, etc. 

Agora já não é assim. Já nos acertámos porque estava a ser demasiado confuso. Agora, num dia uma escreve dois posts (um de manhã e outro à noite) e a outra um à tarde e no dia seguinte trocamos. Cada uma tenta variar o conteúdo para o blog ir arejando mas, sinceramente, depois de quase 800 posts, já é um bocadinho só "o que nos apetecer dizer". 

Nenhuma se passa com a outra quando a outra escreve algo esquisito porque: 

1) os textos vão assinados, por isso, a autora que se cuide, que lide com isso.

2) quando temos dúvidas dos conteúdos (eu), pergunto sempre à Joana se há alguma maneira de dar a volta para que não cause tanta fricção ou só o que é que ela acha que posso melhorar. 

3) a Joana também me pergunta coisas, mas menos. É uma mulher mais segura de si. Ahah ;)

Há uma linha editorial já dentro da cabeça de cada uma que se rege muito por sermos genuínas, pelos inputs que vamos tendo das miúdas, daquilo que vamos vendo à nossa volta, etc. 

Falta alguma pergunta? ;)

Obrigada nós pela curiosidade. 

Estamos abertas a todos os tipos de perguntas, as respostas tardam mas... em princípio... hão de vir ;)

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7.28.2015

'Ca giras

No sábado fomos a um baptizado com uma cerimónia muito bonita, de uma bebé linda, linda e também nos esforçámos por ir bué da giras (não falo assim normalmente, só no gozo, não se preocupem).



Sim, sim, não se deve ir com tudo a fazer pendant (ou pandan), mas desta vez marimbei-me para isso. Gostei de ver. O vestido é dos saldos da Lanidor, os sapatos e a carteira dos saldos da Blanco.









A Isabel foi com um vestido de linho, cor-de-rosa bebé, da Laranjinha, e com um body de gola, com debruado rosa, da Isabella Babywear (espreitem que tem preços bastante acessíveis). Os sapatos e o laçarote são da Maria Benedita.

A brincadeira nº. 2 da Isabel (a nº. 1 tenho de explicar-vos num post em breve), passar por baixo das minhas pernas.
Neste caso, pois...




A dar a mão à Mia, coisas mais fofas


Com o querido Lucas, filho da Marta que começou connosco o blogue



Como é que isto se faz?

É assim?






Sessão "E tudo o vento levou", já com os sapatos de descanso. Ai não, chamem-me parva! (Pessoas a levar esta expressão à letra, check! lol)