11.30.2014

Dois pais ou duas mães

Sou a favor da família. Da família tradicional, da família monoparental, da família homossexual, da família às bolinhas amarelas. Desde que trate bem as crianças, lhes dê amor, carinho e educação, a mim não me interessa que tipo de família é.

É por isso que não posso deixar de defender a co-adopção por casais do mesmo sexo. Defendê-la-ei com unhas e dentes se for preciso! E tenho argumentos, também:

1. Para crescer feliz e equilibrada uma criança tem de ser amada, acarinhada, mas também educada. Deve ser livre mas também deve ter regras e limites (aliás para as crianças a ordem deveria ser mesmo ao contrário). Isto tudo independentemente de quem habita com ela. Seja um pai e uma mãe, só uma mãe ou um pai, um avô, uma tia, dois pais ou duas mães.

2. É 569735 vezes preferível que uma criança seja desejada e tudo o que referi no ponto anterior e ter uma família menos normal a ter uma família normal que a maltrata ou negligencia, física ou psicologicamente. Que a rebaixe e que não lhe dê valor. Que abuse dela fisicamente. Que abuse dela psicologicamente. "Ah mas a criança tem um pai e uma mãe, isso é que é importante." Isso é BS (Bull Shit).

3. Os miúdos gozam com tudo. Se tem óculos, se é gordo, se os pais são separados, se chora, se não consegue fazer o triplo mortal encarpado de costas, etc. O facto de ter pais homossexuais é apenas mais um tema de gozo. Todas as crianças que são gozadas sofrem de uma maneira ou de outra. Cabe à família relativizar o gozo e ajudar a sua criança a ultrapassar esse problema (se o for) e cabe aos pais das outras crianças não passarem para elas o preconceito que possam ter ou sentir.

4. O Dr. Mário Cordeiro concorda comigo. Pumba!


Por isso, haja respeito, amor, carinho, educação e disciplina, e as crianças podem crescer com quem lhes calhou na rifa! E a lei deve protegê-las, permitindo que ambos os pais ou ambas as mães sejam seus progenitores.

Qual é a idade certa para engravidar?

É quando se quer. :)


Comigo foi depois de reunir estes requisitos:


Ter a certeza de que o pai é o amor da minha vida

Ter a certeza de que o pai tem o que eu não tenho e que faz falta para educar e criar uma criança com amor

Saber que, juntos, temos possibilidades financeiras para a criar de acordo com os nossos padrões

Existirem "os nossos" padrões e não "os meus e os teus"

Ter um momento menos aliciante na carreira, para ganhar coragem

Não precisar de ter um bebé para a vida ter emoção, mas querer

Estar a ver um programa qualquer manhoso na televisão e pensar "do que estou à espera?" e decidir tirar o anel. Aquele, não esse. Exacto.

Assim foi planeada e desejada a Irene. E os vossos? 

11.29.2014

Deus no céu e Aero-om na Terra

Aposto que com este tema as opiniões se dividem, mas também tenho a certeza que há muitas mães que estão comigo. Eu sou fã do Aero-om!

Felizmente agora já não preciso, pois o Lucas não só já não sofre de cólicas, como já se consegue acalmar com outras coisas.
No entanto, quando ele era recém-nascido, até cerca dos seus 4/5 meses, eu usei e abusei deste medicamento maravilha. Era a maneira que eu tinha, esgotadas as outras hipóteses, de conseguir que o Lucas se acalmasse e fechasse a boca à chucha. Ele sempre gostou de chucha, mas às vezes estava de tal maneira irritado que precisava de um empurrãozinho para fechar a boca e começar a chuchar. As duas gotas que eu deitava na boca dele serviam quase como um abanão ou uma palmada na cara, ao estilo snap out of it. Eram o click que ele precisava para ficar mais calmo.

Compreendo que quem não concorde diga que aquilo tem montes de açúcar, que tem álcool, etc... (só para informar, já não tem álcool há mais de 10 anos) Eu própria tinha muitas dúvidas. Cheguei a pensar se ele às vezes não ficaria mais agitado, já que o açúcar costuma acelerar-nos, mas o facto é que aquilo funcionava e ajudava a acalmá-lo. Isso mais as manobras de embrulhar ao estilo do Dr. Harvey Karp. O facto é que ele quando se irritava era a sério (na verdade ainda é assim...), contorcia-se todo e a casa quase ia abaixo. Quem não o conhecesse, e a nós, vá, era capaz de pensar que estávamos a espancar a criança. Tinha medo de o aleijar tal era a força que ele fazia. Por isso vou montar um altarzinho em honra do Aero-om no aparador, junto à televisão.

Se voltava a usar? Sem dúvida!