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8.02.2017

A Irene nunca me tinha deixado fazer soro até que...

Filhas, nem imaginam o pânico que se me foi aliviado aqui nesta pequena alma. Finalmente consigo lavar o nariz da Irene, ainda para mais ela que parece ter saído à mãe também na única coisa má que a mãe tem: sofre de alergias. Isto ao ponto de quando fecho os olhos e a imagino, lembrar-me sempre dela de boca aberta para conseguir respirar. Coitadinha. 

Uma amiga minha (abençoada Joaninha) mostrou-me como funciona o Nasopure (não é um post publicitário - quer dizer é, mas ninguém me pagou para falar disto) e fiquei maravilhada. Experimentei e tudo porque sou muito maricas a enfiar coisas no nariz (reparem a especificidade) e até eu consigo lavar um nariz sem fazer birra comigo própria - como faço por exemplo para depilaçar o meu buço em casa. 

Então, a diferença disto para os outros é que a disposição do frasco de soro é horizontal e por isso adapta-se anatomicamente ao nosso nariz ao invés de fazermos imensa pressão vinda debaixo e só depois de fazermos uma amona à narina é que passa para o outro lado. 

Não vos espeto um vídeo de estar a fazer isto à Irene porque, lá está, publicar fotografias dela amorosa enquanto cresce é uma coisa, outra é ver os litros de ranho que lhe saem nem sei bem de onde, mas deixo-vos aqui uma imagem de alguém com um ar demasiado feliz a lavar o nariz. 


Aliás, a moça está tão feliz que em vez de me atirar aos cajús com ar de marota quando me sentir mais deprimida, vou passar a fazer lavagens nasais. Claramente que a moça já tinha o nariz limpo senão não seria aquele jorro de água tão límpido - ela fez batota, mas o ar de felicidade é impagável. Gostaria que ela fizesse publicidades a clisteres com o mesmo ar de quem esteve a colorir aquelas mandalas mindfullness (que é só mais uma maneira de calar malta a fazer desenhos como fazemos com os miúdos nos restaurantes). 

Seja como for, a Irene agora respira bem e a felicidade que se me estampa no rosto quando vejo o ranho todo a sair é idêntica a quando ela come a sopa. Sabem a que me refiro? Óptimo. Aqui vai, então a recomendação para Nasopure)


Para quem usar: 

- Usar com soro fisiológico e não com as saquetas que eles dão - se for para usar nas crianças.

- Pô-los no nosso colo com uma toalhinha para evitar a restrição de movimentos de termos de ir com eles ao lavatório ou ao bidé. 

- Humedecer primeiro o nariz com um spray nasal ou até com duas lavagens com menor pressão e só depois proceder efetivamente à lavagem útil. 


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5.09.2017

Pronto. Já fomos à médica dos pés da Irene.

Lembram-se de vos ter contado que sentia necessidade de ir a uma pediatra de desenvolvimento para tirar a limpo a razão pela qual ela anda em bicos de pés? Falei disso aqui. 

A pediatra desvalorizou essa questão. Disse que ela efectivamente tinha os tendões de Aquiles mais curtos mas que não se sabia se era por andar assim que tinha assim os tendões ou o contrário. Deu algumas dicas que foram: 

- deixá-la andar descalça o máximo de tempo possível;

- deixá-la andar descalça ao máximo na areia, no Verão;

- comprar umas botas "tipo Timberland" e andar com elas no Inverno.

Se, depois de tudo isto, ainda continuar a andar em biquinhos de pés, uma consulta ou outra de fisioterapia para aprender a fazer uns quantos exercícios com ela em casa para treinar a "flexibilidade". Alguns já vi quais são na consulta e vou pondo em prática como se de brincadeiras se tratassem. 


Está tudo tranquilo no que toca aos pés. :) Obrigada pelo vosso apoio! 

Irene o ano passado nas férias de Verão com os avós paternos em Óbidos. 
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5.02.2017

Vão dizer que estou a exagerar, mas antes "a mais" do que "a menos", neste caso.

A Irene desde que começou a andar que anda 90% do tempo em bicos dos pés. Tenho desvalorizado, estando em sintonia com a pediatra dela, mas 2 anos depois e depois de ver todos os colegas da escola dela a andar "normalmente", não consigo adiar mais a compreensão disto e tenho que me descansar. 

Noto que ela consegue pousar os pés no chão até porque há os tais 10% em que anda "como deve ser". Não acho justo estar sempre a corrigi-la (só o fiz uma vez) porque se o faz, há de ter uma razão para tal. Ninguém aguentaria tanto tempo assim só "porque sim". E se ela quisesse ser bailarina não tinha começado com isto mal começou a andar, quando ainda nem sabia o que era uma bailarina. 

Tenho uma amiga que é psicóloga infantil e disse que, por vezes, há crianças que podem fazê-lo como forma de defesa, podendo estar a "tentar lidar" com algo mais forte que elas a nível emocional. 

Faria sentido. Desde sempre que as coisas não são ideais lá em casa - são em alguma? - e faz sentido querer cuidar tanto do interior dela como do exterior. Marquei uma consulta para breve numa pediatra de desenvolvimento. Não há de ser nada, mas é menos uma coisa a azucrinar a cabeça e mais uma segurança. 

A minha conta bancária não agradece, mas já gastei dinheiro em coisas mais estúpidas. 

Lembrei-me que há muito tempo já tinha escrito sobre isto aqui. :) 

A Irene em Julho de 2015. :) 



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4.07.2017

Na Páscoa não temos de lhes dar (só) ovos de chocolate!

Já sabem que cá em casa evitamos porcarias (só quando o rei faz anos) e, mesmo em épocas festivas, gostamos muito de moderação. No ano passado escrevi Cá em casa não há ovos de chocolate. Ponto final. e a verdade é que não houve. Este ano também não faço grande questão. Se algum tio ou avó oferecer, não cai o Carmo e a Trindade (já tem 3 anos e se comer um chocolate de vez em quando já não me faz confusão), mas eu não vou oferecer dos de compra. A não ser que haja por aí alguma opção melhorzinha, há?

Logo à noite dar-vos-ei algumas ideias de receitas boas para fazerem com eles.


Comprei este ovinho do coelho na H&M, que traz uma surpresa, um anel com um coração e não me enganei: adorou! :)

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Sim, cortei-lhe o cabelo! Eu. Euzinha. "Estás linda, filha!" disse-lhe, com vontade de me mandar para baixo de um camião. -» Post aqui.

Ler também:
Mas por que é que lhes continuamos a dar papas com açúcar? 
 
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3.14.2017

Vamos ter que ir ao neurologista.

Vocês que acompanham o blog mais do que só ver as "gordas" (que não me refiro a mim e à Joana), já devem ter reparado que a Irene "sofre" de convulsões febris. Pus o "sofre" assim porque, na prática, como ela não parece lembrar-se do que aconteceu, quem mais sofre são as pessoas que cuidam dela. 

Depois da última convulsão (a semana passada) a maravilhosa educadora dela ligou-me a perguntar detalhes e como estava a Irene e desabafou um "ainda bem que foi consigo" e claro que eu penso o mesmo. Apesar de ter sido no parque infantil. 

Foi a primeira convulsão da Irene fora de casa e confesso que ainda não tinha bem materializado este cenário. Ela pode mesmo ter uma convulsão a qualquer altura e não consigo imaginar quando. Tinha acabado de a ir buscar à escola, ela estava bem, animada, estava quente (ligeiramente) mas imaginei eu por estar a correr e até fomos aos "baloiços". 

Tenho vídeos dela a brincar em cima de um cavalo de madeira dois minutos antes das convulsões e nada me fazia prever que isto fosse acontecer. Eu estava descontraída - tanto quanto uma mãe pode estar num parque infantil com uma criança de 3 anos. 

Quando dei por ela, a Irene estava no chão a uns 5 metros de mim. De onde eu estava podia muito bem ser ela a deitar-se no chão para explorar qualquer coisa. Decidi ir ver e afinal estava a tremer, a abrir e a fechar a mão, a revirar os olhos e a espumar-se da boca. Foi a primeira vez que a vi a ter uma convulsão - até agora ainda tinha sido poupada (ou tinha apanhado no fim da convulsão já ela tendo recuperado os sentidos ou as convulsões tinham sido apenas ausências) ao drama inteiro. 

Estava uma mãe preocupada a perguntar se podia ajudar e se estava tudo bem. A verdade é que estava. Eu sei que a Irene sofre de convulsões. O problema é que tinha deixado a mochila dela no carro onde está o ansiolítico (ou lá o que é) que ajuda a encurtar as convulsões (raramente quando o alcanço, ainda vou a tempo). Ou a deixava sozinha no lancil enquanto tinha a convulsão e voltava com a bisnaga do carro ou ficava com ela até a convulsão parar. Fiquei com ela, rezando para que a convulsão fosse curta. Foi. Sabendo que existem convulsões de 15 minutos (acho que essas não são benignas), uma de um minuto que pareceu 10 (tive ainda a capacidade de tentar cronometrar como me pediram) foi curta, apesar do tempo ter congelado. Foi um minuto como a percepção que tenho de um minuto na rádio. Um minuto a falar na rádio é "muito tempo". Às vezes até enchia "chouriço". Senti que enchi muitos chouriços, preocupada com a minha filha e preocupada com a criança (filha da outra senhora que lá estava) que estava a assistir a tudo aquilo. Tentei sossegar a miúda ainda durante a convulsão da Irene, mas a mãe disse que ela nem estava a ligar. Acho que lhe disse que a Irene estava a fingir ser um peixe, não me lembro bem. Talvez não tenha conseguido dizer isso, mas a intenção era descansar a miúda. 

Apesar disto ser genético e de eu ter tido convulsões febris, não tive tantas e com esta frequência. Fomos aconselhados a ir ao neurologista só por "descanso" e vamos. Sei que é tudo "normal" dentro do "anormal", mas claro que há sempre uns quantos % que quando olho para a minha filha me fazem sentir "tu não podias ser tão perfeita, isto tudo que tu és tinha de ter um revés". Não que não a ame assim, não é isso que quero dizer, de todo, mas... que ela é realmente tudo o que se pode querer numa filha e que o perfeito é impossível, é mais isso. 

Além de ter sido duro de ver (hoje ela deitou-se na Tiger e tive de a por em pé que só vê-la naquela posição me estava a deixar stressada), apercebi-me que a convulsão poderia ter acontecido enquanto subia para o escorrega ou enquanto toma banho (como me aconteceu a mim em pequena). 

Apesar de serem benignas, são até ela cair de algum lado. E já são duas coisas que não me deixam em paz. 

O que é facto é: ainda bem que foi comigo. 

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3.05.2017

A mãe gosta - Termómetro para o telemóvel!

 O "cão gelado" com o Oblumi.

Cá em casa adoramos gadgets. Além do sentido de humor, é mais algo que temos em comum. Quando soube que havia um termómetro para o telemóvel, quis muito experimentar. A Irene tem estado doente com alguma frequência (primeiro ano de escola) e temos desatinado um pouco com a melhor maneira de a medir, a mais cómoda. Temos alternado entre o axilar e um de cabeça e depois ou gritamos as temperaturas um ao outro ou mandamos por whatsapp, caso o outro esteja fora de casa. 

Fotografias amorosas tiradas por mim depois de afastar os pêlos de gato em cima da mesa. 

Agora temos o Oblumi tapp (tem um nome tão giro) que transforma o nosso telemóvel (iPhone ou dos outros) num termómetro digital que tanto dá para a cabeça como para os ouvidos. E para além de ser super querido (vibro mesmo com isto dos gadgets, sorry), é super preciso (desde que à semelhança de outros termómetros de infravermelhos, limpemos o sensor antes de cada utilização) e vem com uma ajuda: a aplicação.

A aplicação faz com que consigamos ter todos os dados registados sem esforço, partilhar com o outro cuidador as temperaturas que vão sendo tiradas e os medicamentos administrados, pôr alarmes para as próximas tomas, etc, etc. 



Temos usado e gostamos muito. Acho que vai passar a residir dentro da minha mala para não me acontecer não ter termómetro quando formos de fim-de-semana (mais importante ainda para nós por ela ter convulsões febris). 


Foi este vídeo que me fez apaixonar pelo Oblumi, tudo tão bonito e útil. Está aprovado por nós os três. A mãe gosta!.



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2.12.2017

Viroses de 7 dias?

... mas o que é isto? 

Nem imaginam a aventura que isto foi. Fica tudo muito mais dramático pela miúda ter convulsões febris (já temos consulta de neuro marcada para Março), mas a verdade é que esteve com febre durante uma semana. Depois de ter espaçado 24h, voltou a ter febre.  Foi no dia em que fui ao consultório com ela e estava lá um bebé (coitadinho) perdido de febre? Foi. 

A regra é que, sem sinais de alarme, esperar até 72h de febre. No caso da Irene, damos sinais mais cedo se houver convulsão... Depois das 72h foi observada e não tinha nada que inspirasse desconfiança ou que não fosse resolvido por si. 5 dias depois do primeiro dia foi observada novamente (por acaso por outro médico) e o diagnóstico foi o mesmo. Feliz, mas continuava preocupada, claro.

A febre desapareceu ao 6º dia (parece que estou a contar algo bíblico) e, para além da tosse, já nem há sinal de que tivesse ficado doente. Depois de partilhar esta situação com outras mães pelos grupos aí fora (abençoados grupos, com a devida perspectiva crítica, claro), várias me disseram que agora "há viroses de mais dias". 

De mais dias? Uma semana para uma virose? Vocês também verificam isto? A verdade é que tem ficado uma semana em casa sempre que fica doente...

 
Fico grata a estes dois médicos por não terem sido stressados... Que bom! 


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A melhor maneira de dar xarope sem birras.

Nunca antes tinha tido este problema. Brincamos tanto aos médicos e afins que vivemos na ilusão de que nunca seria difícil dar xarope nem nada do género. Wrong. A Irene esteve com uma virose durante uma semana (!!!!) (só acabou hoje) e teve de tomar um xarope novo. Além de já andar a Brufen e Ben-U-ron, houve um médico (num espaço espectacular que vos tenho de falar dele, um projecto maravilhoso que me encheu o coração - Passo a Passo no Campo Grande) -  agora que reli o post já nem lembro do que era suposto dizer aqui. 

Tínhamos mesmo que lhe dar o xarope, para o bem dela. Conscientes de que o teríamos que fazer durante os próximos 5 dias, tínhamos mesmo que arranjar uma solução que funcionasse. Conseguimos algumas mas, até agora, temos a vencedora. 




#5 
Está cheio de bichos bons que te vão ajudar.

Explicar-lhe qual é a lógica da doença e o que é que, supostamente, o xarope irá fazer.  Às vezes cola, mas depois fica um pouco preocupada com os "bichos maus". 




#4
Puxar pelos sentimentos pelo médico. 

No caso da Irene, ela gosta muito da Dra. Marta, a sua pediatra. Neste caso, foi um colega dela que nos receitou o xarope, mas de quem a Irene também gostou. "O Dr. Luís disse que era preciso, Irene e ele quer muito que fiques boa, o ursinho de lá também quer que fiques bem...". 



#3
O trunfo da Patrulha Pata. 

"Esta é pelo Chase, esta pela Skye, esta por aquele amarelo da escavadora". 



#2 
O coelhinho.

Ui. Esta a maior parte das vezes funciona para tudo: ser o boneco preferido quem dá o medicamento. "Olá, Necas, é o coelhinho cor-de-rosa! Quero muito dormir contigo e que descansemos os dois... tomas a merd* do xarope para ficares bem?". 




#1 
Puré de fruta

Até se lambe toda no final. O primeiro ensaio desta técnica foi com bolacha esmagada que ela adorou, mas à segunda já reparou que estava "azedo". Vai, vai puré de fruta orgânico. No final até pede outro e, neste caso, com este xarope, já está praticamente com a testa lá dentro. 



E as vossas técnicas? Vamos fazer uma lista? Nós chegamos ainda a dar uma dose de xarope com a Irene coagida, mas partiu-nos o coração...  e ainda hoje ela fala disso, quando o pai "agarrou os braços, mas não magoou a Necas, foi para dar o medicamento". 

Vi uma vez, num SharkTank um elefante que também serve para dar os medicamentos, mas acho mesmo que todas as soluções são temporárias, este. Não deixo de me rir com o posicionamento da seringa, mas isso sou eu. 

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2.07.2017

Preferia não ter visto...

Ontem foi a primeira vez que assisti a uma convulsão na Irene. Nas outras tenho sido sempre poupada por qualquer que tenha sido a razão. Ou só cheguei no fim quando janela estava paralisada dos membros e o Frederico me passou a miúda para o colo ou, então, quando oiço um choro diferente e reparo que está cheia de espuma a sair-lhe da boca.

Ontem estava a dormir com ela a pedido. De meia em meia hora estava com dores de barriga e precisava de dar puns ou que eu lhe mudasse a fralda. Sim, virose, claro. A febre que já não parecia ir aparecer, decidiu ser generosa connosco e surgir à meia noite. Demos bur para assegurar o descanso. Acordou uma dezena de vezes e mudei uma dezena de vezes a fralda até às 3 da manhã. Até a ouvir dizer "a mãe faz aquilo que sabe" seguido de ouvir a boca dela como se estivesse a mexer na língua com o dedo como tem mexido para imitar a Maggie dos videoclips da Sia. Depois de algum tempo (na prática não deve ter sido muito, talvez 2 segundos ou 3), o meu cérebro despertou e decidiu perguntar se ela estava bem. Não houve resposta e o barulho da boca continuou. Acendi a luz. A minha filha estava a ter uma convulsao e eu vi. Felizmente e naturalmente deitou-se de lado e tudo o que tinha de sair pelo nariz e pela boca arranjou maneira de sair sem a deixar sem ar. Ela não chorava. Acabou a convulsão e não chorava. Apenas ficou com um ar distante e a mexer sem nexo um dos braços na rede da cama. Respondia-me (ou tentava).

Com ela ao colo fui buscar a medicação. E consegui passar-lhe segurança dado o meu choque. Sei que sim. Achei estranho ela não chorar. Das outras vezes chorou sempre.

Se calhar é por já lhe termos explicado o que é. Se calhar desta vez foi mais fraco que das outras vezes.

Acabamos a sorrir uma para a outra, de luz acesa (eu meia assustada, precisava de a ver a ser funcional) com ela a pôr-me o seu coelhinho na minha cara a dizer que é a mosca-coelho. Rimos. A febre custava a baixar. Adormeceu.

E é a ouvi-la respirar hoje de manhã que estou a escrever este post no telemóvel. Muito satisfeita por a ouvir respirar.

Foi mais uma. Desta vez mesmo com bur e febre baixa.

É menos uma até passarem. Para sempre.

2.01.2017

Como dizer adeus ao ranho e à tosse?

Eu praticamente já podia ter um mestrado em ranhoca e em tosse. Se há coisa que me deixa logo com arritmias, pela experiência “traumática” que tive com a pneumonia da Isabel, com apenas 9 meses, é começar a ver que o ranho se começa a acumular, a farfalheira, a tosse e a dificuldade em dormir. Bem sei que a tosse é fundamental para expulsar as secreções, que é uma resposta do corpo, mas para mim é logo sinónimo de palpitações. Tenho sempre receio de não estar a saber ler bem o que ela significa e de já ser tarde demais. Agora, quando percebo que a coisa é persistente – e caso não ache que é de ir ao hospital ou à médica, por não vir acompanhada de febre, prostração, etc – chamo logo quem sabe. 

E é isto que quero partilhar convosco: além das dicas que vos passarei, há uma coisa que pode fazer toda a diferença – fisioterapia respiratória. Descobri num grupo do FB, pela recomendação de duas mães, um serviço que vem a casa, para não termos de os tirar do quentinho nem ir correr outros riscos para clínicas e hospitais – a FisioLar. Só tenho a dizer bem! Além da rapidez de resposta (arranjaram-me solução no mesmo dia), a fisioterapeuta que cá veio era muito, muito experiente e tinha imenso jeito para bebés. O resultado foi imediato: nessa noite, a Luisinha voltou a dormir bem em vez de acordar de meia em meia hora (que alívio). Além da auscultação e de me ter ensinado a meter o soro como deve ser – deitada de lado, estabilizar a cabeça e colocar o soro na narina superior e deixar sair pela inferior - fez movimentos no abdómen e tórax que a ajudaram a libertar as secreções. A respiração deles fica outra, é incrível! (a euforia é tanta que quase choro de emoção eheh). A Luísa chorou um bocadinho (é normal, os bebés não gostam de estar presos e quietos e aqueles movimentos causam-lhes estranheza), mas posso garantir-vos que vale cada queixume. A seguir voltou a ser aquele bebé risonho, sem parecer uma panela ao lume a borbulhar com tanta farfalheira e ainda presenteou a fisioterapeuta com as suas gracinhas (tenho fotos para comprovar a animação). Além de tudo isso, um coração de mãe descansado e menos olheiras no dia seguinte, há coisa melhor? 

Outras dicas:
- cabeceira da cama inclinada
- beber muita água, a hidratação é essencial (no caso de serem apenas amamentados, muita maminha)
- limpeza com soro várias vezes ao dia
- aspiração pontualmente para ajudar a retirar as secreções
- xaropes não (e sempre e apenas prescritos pelo pediatra)
- cortar uma cebola e colocar na mesa de cabeceira (um cheirete, mas às vezes ajuda a descongestionar!)
- se já bebem leite de vaca e derivados, consumir o menos possível (é sabido que tornam o muco mais espesso e por isso mais difícil de eliminar)
- se já comem de tudo, frutas e legumes são fontes de antioxidantes e ajudam no combate às infecções – por exemplo, maçãs, cenouras, limão, salsa, frutos vermelhos, gengibre, alho, cebola, agrião...
- fasear as refeições, porque quando os bebés estão atrapalhados por vezes não mamam/comem tão bem, por isso temos de os alimentar mais frequentemente para compensar

Já tinha provas dadas do sucesso da fisioterapia respiratória (ou cinesioterapia respiratória) com a Isabel – foi-lhe prescrita pela médica aquando do internamento no HSFX-, e agora voltei a tirar o coelho da cartola com a Luísa, mas melhor ainda, no conforto de casa! Xô ites, otites, bronquiolites, quero-vos a milhas!






P.S. Ah! Além de especialistas em fisioterapia respiratória pediátrica, vi no site que a FisioLar  funciona todos os dias em todo o país e ainda tem consultas de fisiatria, fisioterapia, terapia da fala, terapia ocupacional, psicologia e enfermagem, tudo ao domicílio. 





Nota: o Facebook decidiu mudar o seu algoritmo e a partir de agora vai mostrar-vos mais posts dos vossos amigos e menos de páginas onde fizeram like. Querem saber quando publicamos coisas?
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1.25.2017

Ela está cansada e doente e quer a mãe, mas a mãe tem ir trabalhar

Sábado à tarde, a Irene começou a ter algumas secreções nos olhos. Achei que podia ser conjuntivite mas, para ter a certeza (além de ter enviado mensagem à pediatra), fui limpando com toalhitas próprias para os olhos. 

Nessa noite teve febre. Sempre mais nervoso para nós por causa da possibilidade de convulsão. Pareceu ficar tudo bem. Não ficou. Segunda fomos ao hospital e tem uma infecção respiratória, continua com febre e já passaram mais de 72 horas. 

Hoje devemos ir à médica dela (à espera de resposta) para reavaliar. 

Aqui pelo meio são três noites em que nenhuma das duas descansa. Ela toda entupida, com alguma tosse, com febre e depois a deixar de ter. Eu, com as barreiras da cama a espetarem-se-me nas costas, cheia de pontapés dela nas costas (confesso que até tem um lado agradável porque sinto que estou a dormir com a minha filha), preocupada com medir febres, assoar narizes, dar água, dar mama, dar mama, dar mama, dar mama. 

E no dia seguinte, o sol amanhece ignorando tudo o que aconteceu, como se fosse um dia normal para o mundo. Lembro-me dos primeiros dias de vida da Irene em que o medo da noite e o cansaço aliviavam só por saber que finalmente havia pessoas a viver a sua vida lá fora. Agora o sol significa que passou mais uma noite em que nenhuma das duas descansou e em que ela continua com febre. 

Acordei sem paciência porque ela estava a fazer um drama por causa de um ganchinho. Dei-lhe 200 ganchinhos, mas queria o único que não havia. Fez drama porque não queria que eu fosse tomar banho, não queria que eu fosse trabalhar. Ainda consegui ter um laivo de sanidade e dar-lhe miminhos antes de sair. Ela está cansada e doente e quer a mãe, mas a mãe tem ir trabalhar (mesmo que depois esteja a escrever um post no blog). 

Chego ao trabalho, com um ar terrível e perguntam-me o que se passa. Digo que tenho a filha doente e, a mãe que sai do outro carro diz "pois, isto anda péssimo, ontem à noite o meu filho vomitou imenso por causa da tosse". 

Estamos preocupadas, cansadas, até parece que também estamos doentes, mas temos de continuar a abrir o estore quando o sol nasce e ser mais uma daquelas pessoas que "vive a vida lá fora", apesar de termos os filhos doentes e o nosso corpo a gritar por sono.

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1.20.2017

E se for uma seita?

Foi a primeira coisa em que pensei. Sabia lá o que era isto do Método DeRose (não sou ingénua ao ponto de por ter lido umas coisas e de ter feito uma aula que ache que sei alguma coisa) e a Sara, uma das melhores amigas da minha prima, era simpática quando éramos mais novas, mas sabia lá eu que caminho tinha tido... Até poderíamos combinar um encontro e depois eu sair de lá com um rim a menos (ou um rim a mais - imaginem, haver malta que oferece rins na rua a outros... também seria complicado). Na dúvida, decidi convidar o Diogo, #omelhorptdomundo.

Não foi por isso! Claro que entretanto fui pesquisar o que era (como tudo o que não sei e gostava de saber, até já cheguei a pesquisar o que é "ranho" como fez uma leitora questão de me lembrar, ahah) e pareceu-me muito interessante. O Diogo (meu pt), num dia destes desafiou-me a tentar a posição do corvo (vejam aqui em baixo) e foi por isso que a Sara achou que poderia ser engraçado dar-me uma aula. 



Quando estivemos juntas, claro que me acabou por "corrigir" e até de tornar o exercício mais fácil e estável ;)


A própria Sara, directora da escola Método DeRose Cascais, explica-vos o que é:


Fizemos muito mais coisas (não como o final que a Sara nos mostrou), mas não consegui gerir o "cartão cheio". Estava a gostar tanto da aula que não quis ir apagar coisas e perder tempo. Não sei se ligam muito a este tipo de coisas. Eu não ligava. Acho que andei durante antes dissociada do meu corpo mas, aos poucos, estou a fazer as pazes com ele, dando-lhe a atenção que ele precisa.

Além de estar todo a trabalhar (não devo ter músculos adormecidos de momento, acho que estou a "funcionar bem"), sinto-me também orgulhosa de mim mesma por todas as milestones que tenho vindo a alcançar. Só nesta aula de DeRose foram três ou quatro. 

É saúde, é orgulho, é equilíbrio, auto-estima, auto-controlo...  é sermos a melhor versão de nós próprios. Como diz a Sara, ajuda em tudo. Parece-me uma maneira muito saudável de nos focarmos no que é mais importante e também uma óptima maneira de nós, mães, andarmos com a cabeça mais no sítio e consigamos fazer um kameamé sempre que for preciso em situações mais complicadas sem parecer que o mundo está a ruir. 

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12.28.2016

Viemos passear, apesar do ranho e da tosse!



Estivemos até à última de segunda a pensar se valeria a pena correr o risco de tirar as miúdas de casa. Mas a nossa vontade de passear com elas, longe da roupa por lavar e da louça a empilhar, de estar com elas e só para elas, foi mais forte. O ranho e a tosse continuam, mas quem nos garante que não teriam também em casa? Viemos. Ainda bem. Está a ser maravilhoso! (E por acaso até acho que reduziram, já que dormiram ambas a noite inteira – finalmente, que descanso!)

Já sabem que eu sou das que dava um dedinho para andar sempre a passear, a conhecer sítios novos e a dormir em hotéis: sim, tenho uma pancadinha por hotéis. Quem diz hotéis, diz pousadas, quem diz pousadas diz caravanas, quem diz caravanas NÃO diz tendas. Já dei para esse peditório. (Mentira, hei-de fazê-lo mais algumas vezes, mas só porque acho que as minhas filhas vão adorar). Gosto mesmo é de uma caminha confortável, lençóis branquinhos macios. Das primeiras coisas que faço quando chego a um hotel é ir experimentar a cama. Depois ver a vista. E depois a banheira, para me imaginar logo a tomar um banhinho com espuma. (Sim, é pouco ecológico, mas uma vez não são vezes). 

Viemos até Coimbra e ficámos no Vila Galé,  porque ficámos bem impressionados com o de Évora, porque tem piscina interior e é bem localizado. Gostámos muito de termos ficado numa suite júnior com porta de correr a separar quartos, para podermos ver filmes enquanto as miúdas dormiam. Vimos meio filme em cada noite, um balanço positivo para o normal (zzzzzzz). Experimentámos o restaurante (alambazei-me com um risotto divinal de camarão) e gostei particularmente do facto do menu para criança não ter aquele ar de comida de plástico que se vê por aí (ainda me hão de explicar esse fenómeno)... Tinha verdes e a comida era saborosa! A sopa então devia estar supimpa porque a Isabel (pisca e ligeiramente anti-sopa) comeu até à última gota. Usei a palavra supimpa? Usei. Ah! Joana Gama, isto sim é um adjectivo. (Para perceberem melhor esta boca, leiam o que a engraçadinha andou a escrever aqui a gozar comigo). 

Em Coimbra, o primeiro sítio a que fomos foi à Universidade, ver as vistas e visitar a biblioteca joanina (maravilhosa). O resto, conto-vos amanhã, onde vos darei 3 dicas para quando visitarem esta cidade linda! E mostrar mais fotos aqui das miúdas giras.




















Coisinhas que podem ter achado giras:
O meu casaco - Joana Tomaz

Gorro da Isabel - Baby Bonnet
Sapatos e Botas Isabel - Trutué 
Carrinho Luísa - BébéConfort
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