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9.18.2018

Vocês dizem que este blog está uma seca e é verdade!

Epáaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

Apercebi-me de uma coisa: eu não leria este blog. Primeiro porque não leio blogs (como não são sobre mim, não me interessam - ahahah, brincadeira... médio). 

E depois apercebi-me que, com a devida distância, aquilo que torna o nosso blog único são as diferenças gigantescas de personalidade entre mim e a outra Joana (a Paixão Brás). Não têm sido anos fáceis desde que a Irene nasceu (ou antes, ahah) e, por isso, tem sido complicado para mim encontrar o meu "humor" dentro disto da maternidade. 


Acho que o facto de ser um blog de maternidade me pesa muito, como se me obrigasse a calçar uns sapatos de salto alto e a andar maquilhada ou comprar toda a minha roupa na Massimo Dutti. Como se vocês e eu não tivéssemos o nosso qb de imbecil ou todas nós não déssemos puns de vez em quando. 


Isto está pesado e aborrecido. É verdade! Está inspirador e tal, estou cada vez mais apaixonada pela Irene e por isto da maternidade, mas está cansativo. Sinto que me tenho estado a tornar - aqui, porque faço outras coisas - uma espécie de Gustavo Santos da maternidade (que continuarei a ser, mas não só isso). 

Tomem disto, a mãe que sou e o quanto desisto da vida quando a levo a um parque ;)


Todas nós temos a nossa evolução espiritual (mesmo naquelas em que, nos comentários, pareça haver mas é um marasmo completo, ahah), mas porra! Abrir um blogzinho para estar sempre a ver quantas vinte maneiras arranjei de amar a minha filha e de me sentir uma mãe melhor é, sim, vomitável (emoji vómito), têm razão. Só isso, não!

Isto é muito um diário para mim, pensado em inspirar algumas de vocês e, precisamente, a tentar salvar "muitas de mim" que passam, passaram ou passarão (um pássaro grande) por todos os pensamentos e tormentas de quem fez nascer um ser das suas entranhas (seja pela pança ou pela pomba - ahaha, esta expressão), mas lá por ser mãe não quer dizer que não me ponha para aqui a contar outras peripécias da minha vida que não tenham nada a ver com isso. 

Ser só uma coisa não define ninguém. E bem sei que o nome deste blog é um pouco "redutor" dos vários papéis que uma mulher tem na sociedade, mas uma mãe (o quanto tremo com isto que vou escrever agora) também é mulher e, portanto, agora levem com a mulher toda. 

A Joana sem achar que tem de ser "eloquente" ou toda pimpona e pesada e sentimental só porque é mãe. Aqui também posso ser bem humorada, porra. Sou bem humorada o dia todo (médo), porque é que depois aqui no blog me dá uma travadinha e fico tipo coach sentimental? Não tem mal, mas é boooooooooooooooooooooooooooooooooring. 

Por isso, sim. Obrigada pelos comentários num dos posts anteriores a dizer que o blog está uma seca, porque têm razão: está. 

Isto vai ficar esquisito a partir de agora porque vou falar de coisas que se calhar quem gosta do meu outro registo vai ficar extremamente desagradada e sentir-se enganada e querer por o blog no lixo, mas... páaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa tenho que me libertar desta cerimónia toda! 

Soobbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbe, Joana Gama Freire!

O que querem mais de mim, de nós? 

Se disserem menos publicidade, vão passear porque gosto muito de ter dinheirinho para comer e, portanto, amanhem-se, ahah. Também não fazemos assim tanta, deixem-se de mariquices, vá. 

9.03.2018

Um ano em casa com os filhos... é boa ideia?

Neste momento, 3 anos depois de já não estar em casa com a Irene (depois de ter estado durante um ano e meio), só me apetece dizer-vos "fujam!!!!". 

Não houve nada mais desgastante pelo qual tenha passado e de que tenha memória. Foi duro. Foi mesmo muito cansativo e uma prova de... amor passada juntamente com uma prova de sanidade mental não passada. 

A privação de sono, a aventura da amamentação (que começou pessimamente e torta andou durante para aí os primeiros 5 meses, podem ler aqui em "As minhas maminhas e da minha filha"), a responsabilidade que sempre me pesou tanto nos ombros que me anulava, etc. Decidi, para justificar ficar em casa sem ganhar, dispensar a nossa empregada e, para além de ser mãe, também achei que poderia ser dona de casa - afinal... ia estar tanto tempo sem fazer nada... Não.

É uma missão incrivelmente difícil. É cansativa. Mexe com o que há de mais primário em nós, não vos sei explicar. Sei que voltaria a fazê-lo de novo, mas agora tudo com outra atitude (depois, já sem estar privada de sono é tudo muito simples). É normal que pareça que "tudo vai pelo cano abaixo". 



Confesso que conheço mães muito mais relaxadas que eu e para quem, estar em casa, é menos "estar em casa" do que o que senti e é tudo muito menos horrível. 

Compensou? Sim. Se teria sido engraçado e positivo caso não tivesse ficado em casa? Sim, acho que talvez tivesse sido melhor para a minha cabeça. Voltaria a fazê-lo, mas de maneira completamente diferente. A sério.

Lembrei-me disto porque encontrei algures na internet que "Ficar em casa com os filhos é mais desgastante que trabalhar fora" - a "notícia" é tão simples e pouco fundamentada que é claramente para partilha desenfreada (o que não tem mal, só faz quem quer). Não sei o que custa mais, não sei o que cansa mais porque depende de muita coisa: como ficamos depois do parto, do sono, da ajuda, da ansiedade, do tipo de trabalho... 

Seja como for, vocês que estão em casa com os filhos, muita força, mesmo muita força. Lembrem-se que tudo é uma fase. 

Para quem não tenha tido essa sorte, acreditem que há coisas boas em não ficar em casa durante um ano ou ano e meio ou três ou quatro. Tanto para vocês, como para eles. Como em (quase) tudo. 

Já tinha escrito sobre isto há uns tempos, se quiserem ler mais um bocadinho aqui em "Se me arrependo de ter ficado um ano e meio em casa com ela?"

9.02.2018

Quero ser mais feliz que isto (#03) - Nunca mais tenho férias só no Verão!

Epá, miúdas... Importam-se que vos chame "miúdas"? Não é que não seja miúda como vocês, é precisamente pelo contrário. Acho que somos todas umas miúdas e que vamos ser para sempre. Mesmo as avós que andam para aqui a ler umas coisinhas - só não digo que são mais "que as mães" porque seria parvo. 

Já viram a diferença que nos faz termos férias? Fazermos uma pausa? Bem sei que nem toda a gente tem a minha sorte de poder ter 25 dias de férias por ano e de poder escolher quando as tira, mas têm visto como tudo muda? O sol, o bom tempo ajuda, mas... acima de tudo acho que é parar e "sair". Quebrar a rotina. 

Nem tudo tem que ser caro. Não precisamos de estourar um ordenado num hotel. Ou de ir para o "estrangeiro". Há amigos que têm casa em sítios, sei lá. É termos a lata de pedir a chave para um fim-de-semana. É roubar a tenda a alguém e ir acampar para outro concelho, é... irmos ter com alguém algures e ficar acordados até tarde. Muitas de vocês já devem fazer isto e já descobriram "o caminho para a felicidade", não era o meu caso.  



Tenho deixado as minhas férias todas e a mentalidade "de férias" para as férias. Não pode ser. Tenho de pausar. Tenho de deixar mais férias para o resto do ano, para irmos. Só. Irmos. Para desaparecermos um bocadinho e voltarmos a nós. Especialmente eu. A diferença em mim quando saio da "roda de hamster" é... incrível. 

Temos todas - principalmente as que sentem, como eu, que "andam a mil" - de ser mais espertas e ver como podemos quebrar esta sensação de urgência constante que tão nos maltrata e aos mais próximos de nós. 

Recebi uma mensagem de uma amiga e leitora na semana passada a pedir-me o contacto de uma psicoterapeuta (eu faço terapia e já falei disso aqui no blog aqui em Faço Terapia) e pulei de felicidade (parte do motivo de ir às consultas é este meu histerismo - ahaha brincadeira) por saber que há mais uma pessoa a "acordar" e a ter vontade de "Ser mais feliz que isto". Não tem necessariamente de passar por terapia para toda a gente (para mim é importante que tenho... muitos sentimentos reprimidos, muita história por desconstruir e muita... dor por arrumar), mas acho que uma das coisas que temos de fazer é esta: parar mais vezes. 

Conseguem já não andar sempre "a mil"? 

Tenho andado a repensar coisas, fica aqui a lista do que já partilhei convosco: 


Ainda engravidamos mas é as duas.

E não uma com a outra. A Joana Paixão Brás tem o seu David, ser esse que atura três pipis em casa e continua com um sorriso saudável nas fotografias. Parece inclusivamente estar a gostar. Ainda no outro dia a Joana fez um post a dizer que a ver fotografias da Isabel com a Luísa lhe davam uma traulitada no relógio biológico (leiam aqui em Tenho o relógio biológico todo atrofiado) e eu... nestas "férias de Irene" olho para bebés com vontade de lhes dar uma trinca. 

"Pior": no outro dia, a Irene pediu para ver vídeos de quando era bebé (outra vez) e lá fomos. Digo sempre que sim porque é uma oportunidade muito importante de lhe contar como foi desejada e amada pelos dois pais desde que nasceu, fazendo-se sentir especial (ainda mais) por ter - além da sua própria experiência - uma outra garantia (as vezes que forem necessárias) que a mãe e o pai e os avós a amam profundamente. 

Ao mesmo tempo que parece que foi ontem que ela gatinhava mediocremente (nunca chegou a gatinhar como deve ser, ahah) e lambia os pés das cadeiras (há sempre uma altura em que os bebés lambem ferro, não é?), em que encaixava num braço apenas e... acima de tudo, em que ela adormecia no meu peito, verticalmente, depois de mamar quando a punha a arrotar....  já passaram 4 anos. 


Só devo ter um segundo filho quando tiver feito as pazes comigo pela experiência de parto que tive, pela forma como me lembro de quando a Irene tinha meses... Ainda me parece ter sido tudo um terror, mas cada vez menos. É até me esquecer. Depois aí, é aproveitar os dias em que não esteja "com os copos" (porque Estou a usar um copo menstrual neste momento) e, zinga, ter mais um bebé.  Quero redimir-me e quero que a Irene tenha irmãos. 

Agora que já me separei, agora que volto a estar feliz (e tanto), sinto que voltei à idade que tinha antes de ter a Irene - 27 anos. E que, como tal, sinto que quero viver o tempo com tempo. Não consigo ainda ter força e vontade para malabarismos e para escolhas que, para mim, são difíceis.

A maternidade em mim é a minha força e também calcanhar de Aquiles. Diz-me muito ou praticamente tudo. Puxa o meu perfeccionismo, ansiedade, ambição, total atenção, coração inteiro. Cansa-me e completa-me. Ter um outro filho agora seria como ter dois empregos (que muita gente tem, bem sei), mas não consigo ter força. Ainda nem consigo sentar-me no sofá quando chego a casa. Quero também dar tempo à Irene para me ensinar mais. Ainda preciso. 

Um dia será. Já olho para bebés. Já me apetece trincá-los. Sou cada vez mais feliz e é quando estamos felizes que devemos pensar em bebés. 

Posto isto, queria só dizer-vos que se estiver a olhar para os vossos bebés e a sorrir ao mesmo tempo que não os vou meter no bolso. Ando com esse olhar assustador a resolver coisas em mim enquanto o meu coração cresce e a minha cabeça tenta sintonizar com ele. 

Se me perguntarem, acho que a Joana aqui na loucura do casamento e da lua de mel, ainda leva o David para mais uma aventura, ahah. Vamos abrir um site com apostas? Quem vai ao próximo primeiro? ;)



8.23.2018

A minha filha dorme pior do que a tua!

Está aberto o concurso: a minha filha dorme pior do que a tua! As inscrições fazem-se nesta caixa de comentários e o vencedor ganha umas palmadinhas nas costas e mais umas quantas noites de merda! Parabéns!!! 

Já deu para descomprimir um bocado. Nada que uma asneirita não resolva, não é não? [Não].

Quando eu achava que as noites estavam finalmente melhores, eis que as férias [terão sido as férias?] e as mudanças de rotina, de sítios, de tudo, voltaram a fazer mossa. Resta saber se agora vai voltar a melhorar ou eu vou continuar a morder o lábio enquanto ouvir "o meu Afonso sempre dormiu a noite toda!", "a minha Mara dorme 15 horas seguidas desde que estava na minha barriga". Inspira, expira. Ou como responderia a Joana Gama: "Isso é porque és tão chata que ele nem te quer ver mais à frente!" (algo assim, sorry Joana por não te parafrasear na perfeição).

Mas pronto, filhotas. Quando acharem que só o vosso filho dorme mal (sim, porque as colegas de trabalho têm sempre nenucos santos que comem dormem e fazem cocó digno de ser emoldurado), lembrem-se aqui da que escreve no blogue d'a mãe e sintam-se mais normais. 

Isabel - 4 anos - ainda acorda porque tem sede, xixi, calor, frio (mesmo estando 62 graus) ou um pesadelo (muito menos vezes mas ainda acontece)
Luísa - 2 anos - ainda acorda porque sim, porque não, porque tem um pesadelo, porque não quer estar na cama, porque não quer estar no chão, porque não quer viver, porque... 

Coragem! Muuuuuita coragem! Vai melhorar! (Quando é que eles bazam de casa mesmo? ;) )




Escrevi sobre o facto da miúda agora querer dormir no chão (mesmo no chão) aqui.

Tudo o que já escrevemos sobre o sono aqui.
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8.06.2018

A solução para noites mal dormidas.

Será que é por ser por volta desta altura que tudo nos parece estar a ficar mais fácil? Por muito cansativo que seja criar uma criança de 4 anos, acho que nada voltará a ser tão cansativo e exigente como aquelas primeiras semanas... :) 

Estou a conhecer mães felizes, mães que não se queixam nas conversas (como eu). Mães que conseguem ver sempre (parece) o lado positivo das coisas e que se metem em (mais) trabalhos porque estão (parece-me) só gratas por terem os filhos. 

Claro que não deverá ser a todo o momento, mas noto que têm uma postura muito diferente daquela que me parece ser a minha "natural" (assim inclinada para o negativo) e que lhes sai sem esforço. 

Até poderia dizer que são as mães que sempre puderam dormir, mas não é verdade. Há para todos os gostos. 


A história que contamos a nós mesmas poderá ser mais forte que noites mal dormidas. 

A Irene não dormiu durante 3 anos ou mais. acordava entre 4 a 6 vezes durante a noite e o meu dia girava em torno do meu sono e da tortura a que estava sujeita. Foi bem pior. Nem a aproveitei como deve ser e só me deitei mais abaixo. 

Um conselho para as mães que estão agora a passar por isso? Pode parecer ingrato, mas... desvalorizem! Abstraiam-se. Encolham os ombros e pensem: "é a vida, vai passar". Porque vai. 

Claro que há problemas de saúde e coisas que terão de ser pensadas antes da postura da relativização, mas acredito que todas, naturalmente, já terão percorrido uma lista interminável de coisas que vos pudesse estar a escapar. 

É a vida. Faz parte. Vai passar. 

Se, além do sono, lhe adicionarmos a nossa negatividade, mais do que sono, vmaos perder a força. E sem força é tudo pior. 

Prontas para contarem outra história? 


7.28.2018

Não se sintam sozinhas...

Porque não estão. Ser mãe pela primeira vez tem tudo de difícil (acredito que de 2ª e 3ª também, mas só falo do que sei, eheh). Lembro-me perfeitamente, nos primeiros meses de Irene, num grupo de mães ter perguntado: "Posso pô-la despida na banheira dos adultos? Como fazem vocês para impedir que os detergentes que usamos para limpar a banheira lhes façam mal ao pipi, por exemplo?".

Muitas riram-se (não foi por mal) e perceberam obviamente que se tratava de uma mãe que está a passar por tudo isto pela primeira vez (ainda assim a pergunta não me parece assim tão totó e eu responderia que há sempre a hipótese de comprar detergentes ecológicos e biológicos). Porém, fiquei a sentir que estaria sozinha neste mundo com as minhas preocupações. 

Se é verdade que podemos e devemos descansar as mães de "primeira viagem" (odeio a expressão), acho que muitas das dúvidas podem ser pertinentes também para repensarmos qualquer coisa. Esta questão dos detergentes poderá ser um gatilho interessante para que algumas de nós comecemos a repensar as escolhas de "químicos" que fazemos e que pomos os nossos bebés em contacto no chão, nos talheres, no banho...

... a verdade é que, com o tempo a passar, isto vai deixando de ser algo que nos incomode porque há tantas outras coisas para nos preocuparmos... Durante os primeiros meses de vida, então... Senti que as minhas principais prioridades e preocupações fossem que ela sobrevivesse (uma), que não morresse (parece a mesma, mas é outra) e que eu também sobrevivesse (é outra). 

Por isso, mães de primeira viagem, não se sintam sozinhas. Todas nós temos pensamentos e preocupações que aos olhares das outras parecerão absurdos, mas não somos todas iguais. E são também as nossas preocupações e gostos que nos distinguem. Para muitas mães, a questão dos detergentes é uma mariquice e "por amor de Deus, deves ter muito tempo livre", para outras a questão dos detergentes é importante, mas estão a borrifar-se se comem vegetais. Vai mudando de mãe para mãe. 

Ou, no meu caso, preocupam-se com tudo ao mesmo tempo (parece) e dão em malucas. Eu não consigo saber que as coisas lhe fazem mal e não me lembrar disso quando deixo que ela as faça ou quando vejo que estão a acontecer. Vivendo e aprendendo :) Tem sido uma luta grande a "descontracção", ainda estou a tentar encontrar o meu/nosso equilíbrio, mesmo que ele tenha de mudar todos os dias. 

O yoga tem-me ajudado imenso, sinto que mais uns meses e poderei ter um maior controlo sobre a minha cabeça e fritar menos :)




Ps - Tenho os detergentes ecológicos e biológicos lá em casa, mas ainda não consegui habituar-me ao facto de não terem aquele cheiro "a lavado" ao qual fui habituada... Devagarinho :)



7.04.2018

Já não temos vintes e então? 😒

Ando a passar por algo. Da última vez que "apareci", que me tiraram fotografias para fazer parte de sites ou até que fiz televisão já passaram 6 anos.

Por alguma razão, a imagem que tinha dessa altura ficou-me imortalizada. Como se essa fosse eu na verdade. Como se o meu corpo tivesse ficado igual, a minha cara igual, a vida igual.

Sempre que consigo olhar-me ao espelho reparo nesse desfasamento. Não estou igual a antes. Passaram 6 anos e uma bebé. Vou fazer 32 e estou a envelhecer. 🤔

Tenho que me afeiçoar a esta "eu" que agora surge. Daqui a 6 anos talvez também tenha saudades dela ;)

Se quiserem ver a fotografia de há 6 anos, é carregarem para o lado ;)

A primeira fotografia (de há 15 dias) é do Christophe Guerreiro e a segunda é do Edgar Keats 💛





6.15.2018

Vou de fato de treino para o trabalho.

Nunca pensei que esse dia chegasse. Ainda no outro dia, um dos meus colegas, o Paulo, mas não quero estar aqui a dizer nomes, foi de fato-de-treino para o trabalho e estive ainda umas boas horas a fazer-lhe um bullyingzinho. De repente, eis que... talvez depois de me plantada a ideia na cabeça... vou de fato de treino para o trabalho! 

Mãe, sei que estás a ler isto e que não há nada mais que te possa desiludir que saber que a tua filha mais bonita vai feita cliente frequente da Decathlon (não é um post pago, calma haters da vida ;)) para um sítio onde se trabalha e onde há "pessoas". 

A verdade é que é por uma questão prática. Não vou fazê-lo todos os dias, claro. Nos outros, para compensar, vou de fato e gravata. Mas dá-me mais jeito assim. Tenho aproveitado para fazer algumas aulas de exercício físico à hora de almoço: Yoga e, hoje, Pilates. 

Apesar de morar perto do trabalho, não quero entre a minha chegada e saída para as aulas andar a trocar de roupa uma vez e depois outra. Jasus. Pagam-me para ser produtiva, ahah. 

Por isso, simples. Vou de fato-de-treino (com a classe possível) e tento não me ausentar muito da minha secretária, vá. Já ando numa de usar menos make-up (não me maquilho durante a semana vai já quase um mês) e agora passei ao fato-de-treino ocasional. 

Qual será o próximo passo? 

Claro que tenho sorte que no meu trabalho dá para fazê-lo. Digo eu. :)

Não ando assim a fazer "a árvore" pelos corredores da rádio, por isso o ar é ligeiramente mais compostinho. 




5.22.2018

Para quem julga que não tem família.

A dor é imensa. Sentir que não há sítio onde se encaixe ou sítio de onde se tenha vindo. Parecer que a história está longe e que não há continuidade no nome. Estar pouco habituado a ouvir o seu próprio nome ou dizer ou chamar pelo parentesco. 

Ouvir outros a falarem de tradições e ligações. De planos com família porque sim ou com família muito alargada. Dizer "nós" e "sempre". 

Ouvir "nós" e "sempre. Nós passamos fazer as férias sempre ali. Nós sempre que um de nós...  Sempre que ela.. nós...

Poder dizer "o meu" ou "a minha" e encher o peito de orgulho e não de saudades ou de tristeza e dor. 

Pensar num dia, nos dias de festa, que vamos ser tantos e todos juntos. E não um "como vou lidar com isto" ou "espero que ele não vá". 

Não passar pelos aniversários triste por alguém não se ter lembrado ou não se ter lembrado da maneira como deveria...


Há família.

Não há é a que se quer.

Há família, não foi é fotografada para a caixa dos cereais.

Há família e no meio de gente que não se conhece ou que não conseguimos gostar, há outras que nos dizem tudo. 

Há família, mesmo que não pegue no telefone. Há família mesmo que não haja "sempres" ou "nós".

E, quando não há família, constrói-se. Dentro da família e para fora. 

Aprendi a não querer as coisas à minha maneira. Aprendi a ser eu a pegar no telefone. Aquilo que poderei sentir em relação a alguns familiares, alguns familiares poderão sentir comigo. Podemos ser nós a criar esses sempres, embora não sejam "com todos". 

Nós pintamos o quadro que quisermos. 

E, caso não sejam da família, tornam-se. Da mesma maneira que há família que deixa de ser. 

É um trabalho que dá trabalho, mas que compensa. E, nalguns casos, só cozinhando é que se come o bolo :)

Mudemos a história, mesmo que sintamos que só começa agora a parte boa :)



5.17.2018

Peguem ao colo!

"Peguem! Peguem nele!! Andem lá, vá! Peguem lá!"

Parecia que estava a ver um jogo de futebol e que percebia alguma coisa do assunto - percebo tão pouco que, quando me perguntam de que clube sou, digo que sou do Estrela da Amadora (riem-se, mas ainda nem sei bem porquê ;)). Não estava a julgar ninguém, estava tão afilita como certamente cada uma de vocês ficará quando ouve um bebé pequenino a chorar durante muito tempo. A mim pareceu-me muito. O choro da minha filha entrava-me tipo agulha nos ouvidos, mas confesso que, desde que fui mãe, o choro de todos os bebés mexe ainda mais comigo. 

(sabiam que estamos mesmo ligadas aos nossos bebés ao ponto do choro deles nos afectar muito mais do que a qualquer outra pessoa?)

Era um casal de pais. Não sei a história, não faço a mínima ideia. Sei apenas o que a minha cabeça inventou para preencher a lacuna. E a história que inventei foi que eram pais do primeiro filho e que pareciam querer continuar com a vida deles como se o bebé não lhes tivesse "tirado nada". 

"Temos de continuar a passear, a ir às compras, a viajar...". 

Acho que muitas de nós sofrem desta pressão por se ver tantas mães por aí a fazer isto e só se conhecer o lado positivo. A verdade é que também há mães que conseguem fazê-lo e serem muito calmas com tudo isso, mas este não era o caso. 

O bebé estava a ser transportado no carrinho de bebé e chorava desalmadamente. O pai e a mãe estavam à espera que o elevador chegasse, abrisse, mas estava a passar uma eternidade. O pai tentava acalmar o miúdo pondo-lhe a chucha na boca. A mãe parecia-me hirta, provavelmente ainda a tentar processar tudo o que tinha acontecido na vida dela nos últimos dias/meses. 

O bebé continuava a chorar. O pai a tentar a chucha. A mãe sem alma (tantas nos podemos relacionar com isto, caramba). O bebé gritava. 

O elevador não vinha. Nunca mais. 

Finalmente o pai pegou nele ao colo. O bebé parou de chorar. 

Eventualmente chegou o elevador. Não sei se o bebé terá voltado a chorar ou nem por isso. Sei que parou e que foi uma tentativa maravilhosa de consolar o bebé: dando-lhe colo. 

Vi que, numa equipa, quando um não pode/não consegue/não vê, o outro tem um papel fundamental de se chegar à frente, dando a resposta que será sempre a certa: amor. 

Vi também que, muitas vezes, achamos que sabemos o que os bebés precisam, que estarão a chorar, por exemplo, porque querem ser alimentados e, como não temos ali oportunidade, achamos ser preferível deixá-los no carro a chorar por não "podermos ajudá-los". Mas podemos. 

Mesmo que continuem a chorar, é sempre melhor chorar ao colo da mãe. Ou do pai. Ou de quem goste dele e que ele saiba. 

Parece óbvio a quem já dorme alguma coisa de jeito e a quem já terá as hormonas mais calmas, a quem tenha a vida mais resolvida, a noção de si menos atrapalhada, mas há sempre uma recém mãe, um recém pai, avó ou o que for que... no meio da gritaria, não consegue que o colo seja algo a surgir. 

Pode surgir, porra. Pode surgir mesmo enquanto se aquece o biberão ou enquanto se baixa o estore para o adormecer ou enquanto... nada porque pode ser só (que é tanto) vontade de colo.

E melhor: é preciso precisarem de colo para darmos? 

Não há colo a mais. 


E recém mães e pais, não tenham pressa. A vida um dia parecerá arrumada qb na mesma, organizada na mesma, mesmo que queiram ir às compras e o bebé não aguente ou não "vos deixe". Dêem-se tempo. Aos 3. Ou 4 :) 




5.16.2018

Estou K.O.!

Assumo, dei o berro. Nem mesmo depois de um fim-de-semana prolongado, a dormir bem durante quatro noites, recuperei. Quem não dorme convenientemente há quatro anos, como eu, sabe o que isto é. Há quem diga que se habitua, eu nunca me habituei. Não entro em delírio (mas já me passei e até gritei!), não vou para a rua de pijama (se bem que nem era uma má ideia, às vezes, ir dormir para o carro), não passo o dia inteiro a queixar-me e a carpir o quão difíceis são as nossas noites – ora porque a Isabel tem pesadelos, ou sede, ou chichi; ora porque a Luísa quer leite, colo, ou ir dormir para o chão, o que calhar, ora porque alguma tem tosse, ou as duas…- mas nunca me senti tão cansada. Nem mesmo depois de noitadas e noitadas a estudar para os exames da faculdade.

Não me sinto tão lerda como na gravidez (alguém sentiu o cérebro a carcomer-se todo e a ficarem sem memória?), mas também sei que não estou na minha melhor forma. Demoro mais um bocadinho, às vezes sinto que não estou criativa e tenho menos paciência, no geral. E eu que era uma pessoa muito positiva, divertida e de sorriso na cara para os colegas… às vezes tenho a sensação de que me devem achar mal-encarada.

Estou, pela primeira vez na vida, a tomar suplementos. Num mundo perfeito, alimentava-me sempre bem, fazia exercício diário e dormia bem (ahah que piada!), mas nem sempre consigo. Por isso, reforço o pequeno-almoço com um comprimido de Viterra Mulher (porque há vários: para bebés, crianças, adolescentes, homens, desportistas, mais de 55 anos, o clássico e agora um tal de Viterra Max Energy, novidade da marca, que se toma sem água, porque basta colocar o pó da saqueta na boca). O Viterra Mulher tem uma série de componentes que me ajudam a reduzir o cansaço, como a vitamina B12, o ferro e o ácido pantoténico que contribuem para um normal metabolismo produtor de energia, além de ter muitos outros minerais e vitaminas, com reguladores hormonais e antioxidantes da pele (ansiosamente à espera que estas unhas voltem a ser duras e fortes).

Sim, o sono e o cansaço mexem com tudo isto. E entra-se às vezes numa espiral que nos enrola e que é muito difícil de combater: pouca vontade de fazer comida, de comer bem e, já se sabe, a energia é cada vez menos se não a vamos buscar aos sítios certos e sentimo-nos incapazes e deprimidas.

Já estou a reverter a situação. Ainda acordo duas ou três vezes por noite mas já não sinto que me passam dois camiões por cima, já passa só um. A caminho da Joana esperta e divertida. Fresca e fofa.


Colegas do trabalho, eu sou fixe, a sério que sou.





Os produtos da gama Viterra são SUPLEMENTOS ALIMENTARES. Não devem ser utilizados como substitutos de um regime alimentar variado e equilibrado e de um estilo de vida saudável. Não exceder a toma diária recomendada. Manter fora da vista e do alcance das crianças. O consumo dos produtos não é recomendado em caso de hipersensibilidade a qualquer um dos ingredientes. Para mais informações consultar a rotulagem.



*Post escrito em parceria com a agência de comunicação


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