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6.25.2019

O que fariam, no meu lugar?

Agora que estamos em finais de anos lectivos, reuniões de pais e tal e tal, trago este tema à baila.

Já vos falei várias vezes (aqui e aqui) do meu contentamento com a escola onde as miúdas andam. Às vezes tenho pena de não poder revelar, mas isso seria expor (ainda) mais as nossas vidas e rotinas e não gosto. [nunca tive grandes dúvidas em publicar fotografias delas, mas não adoraria a sensação de se saber qual a escola nem onde vivemos]. - Se gostavam de ver escolas alternativas, há já vários grupos de FB sobre o assunto, com testemunhos, ideias e recomendações.

Mas bem, resumindo, elas andam numa IPSS que tem modelo Movimento Escola Moderna e estamos todos muito satisfeitos. Tenho este ano para pensar no que fazer. A Isabel, daqui a um ano, terá de mudar de escola, mas gostava que passasse para outra com o mesmo modelo e, provavelmente, com alguns dos colegas. 

A minha dúvida é se manteria a Luísa na mesma escola, com os colegas actuais ou se, tendo a outra escola pré-escolar, a tentaria mudar logo com a irmã. Por um lado, penso que pode ser bom continuarem as duas juntas, na mesma escola. Além de que - sejamos francos - me facilitaria muito a vida ir levar e buscar apenas a uma única escola. Por outro, fico com alguma pena de afastá-la deste sítio onde é tão, mas tão feliz.




Isto são tudo hipóteses já que nem sei ainda se haverá vagas, mas gosto de começar a levantar estes caminhos com alguma antecedência para ir pensando, devagar, e não tomar decisões já em cima do joelho e com alguma ansiedade. Assim, vou gerindo melhor.

O que fariam (claro que dependerá sempre muito de cada criança e adaptação, etc, etc, mas...)? 

Irmãs na mesma escola e vida dos pais facilitada ou manter o que está bom e mudar só o que tem mesmo de ser? :) 








Fotos lindas!!!: THE LOVE PROJECT 
(marquem sessão com a Joana, que não se vão arrepender)



6.19.2019

Primeira vez de férias no Algarve com os avós – suspiro!

Esta semana vai de férias com os avós. Vão as duas. As quatro. Primeiro ano que vai rumo ao Algarve com as primas e o meu orgulho é proporcional à minha pieguice. Nunca estivemos tanto tempo separadas.


A primeira vez que nos separámos, a Luísa ficou com o pai, fui eu com um amigo até ao Porto dois dias. Depois, meses mais tarde, fomos os dois até Madrid. Seguiram-se as Maldivas, na lua-de-mel; pouco depois São Tomé e Príncipe. Podia dizer-se que já tenho mestrado em ir de férias sem as minhas filhas, mas a verdade é que foi sempre diferente. Era eu que ia. Elas ficavam cá em casa, continuavam com as rotinas e, parecendo que não, isso dava-me algum conforto. E foi sempre menos tempo do que desta vez, que vão ser quase duas semanas.

Acho sinceramente que ela está preparada, eu nem por isso. Mas não quero que seja a minha pieguice a limitar os horizontes delas, a rede de segurança e de afectos. Quero que contem com os avós para tudo, que lhes conheçam bem as expressões, o colo e até que se lambuzem de gelados todos os dias. Que dêem a mão, as duas, que brinquem muito na areia com os primos e que mergulhem na piscina. Vai ser a terceira vez da Isabel, que começou precisamente a ir rumo a Cabanas de Tavira com os avós precisamente com 3 anos. Já sente borboletas na barriga. Espero que a Luísa queira repetir este ritual todos anos, com os meus sogros e as primas. Eles são uns avós de coragem, por irem com as quatro! Confiamos muito neles. E só lhes temos a agradecer. Que elas sintam essa confiança sempre também. Que venham cheias de histórias para contar e memórias.


As malas estão feitas e desta vez não exagerei. Levam apenas uns sapatos, muitos vestidos, calções e t-shirts e um casaquinho para os dias mais frios. E um corta-vento, que este junho anda assim meio maluco. Levam também o spray de Garnier Ambre Solaire, testado sob controlo pediátrico e que tem, assim como toda a gama Ambre Solaire, 100% filtros orgânicos que respeitam o ecossistema marinho. Gostamos em formato spray, facilita imenso, e sempre, claro, com protecção muito alta contra os raios UVA e UVB. Apesar deste ser o nosso eleito e o que levámos para Porto Santo na semana passada, quando formos de férias em julho quero experimentar a Bruma anti-areia, que me parece incrível. Já experimentaram?


Esta noite vou dormir agarradinha a elas, sabem a sensação? Ainda não foram e eu já estou cheia de saudades. Conseguem ou conseguiriam, se pudessem, deixá-los ir?


*Post escrito em parceria com a marca

6.16.2019

Era mesmo isto que faltava!

Quem nos segue há quatro anos e tal, já acompanhou várias fases das nossas vidas: já trabalhámos em áreas diferentes, já nos despedimos, já ficámos em casa com elas, já houve um divórcio, um casamento, mais uma gravidez, uma bebé a nascer e a crescer (já tem 3 anos!!!)... Foram muitas partilhas boas, algumas más, dolorosas, mas em todas elas sentimos uma necessidade enorme de desabafar, de nos unirmos, de entreajuda. Virtual. Agora quisemos tornar tudo mais palpável.

Apresentámos-vos o nosso novo projecto: A Mãe É Que Sabe AJUDAR, que está a ser um sucesso. Ajudar outras mães como nós só traz coisas boas. Queremos replicar isto mais e mais! Ir ao Norte, ao Sul, levar-vos boa disposição, produtos para o dia-a-dia e que sejam menos um peso no orçamento familiar e a nossa vontade de vos ajudar no que precisarem: é passar a roupa a ferro? Que seja! Passear o cão? Ficar com os vossos filhos para irem tomar um banho mais demorado? Estamos aqui.

Uma das marcas a embarcar connosco para dar uma ajudinha à mãe vencedora foi a L'Oréal. Levámos produtos para o banho, a nova gama da Garnier BIO que é incrível (já experimentaram a esponja de Konjac?), cremes, máscaras, protectores solares da Garnier Ambre Solaire e, claro, maquilhagem completa da Maybelline, tudo o que a Paula iria precisar para se sentir mais confiante e bonita nesta fase em que ter um bebé de seis meses nos braços nem sempre é fácil! Nada mesmo! A Paula adorou tudinho e ainda teve direito a uma explicação mais detalhada da Joana Gama, que eu sou um zero à esquerda em maquilhagem.

Vejam aqui a segunda parte da nossa ida até casa da Paula, onde não partimos nem um prato... (emoji vergonha) e vejam a quem coube a tarefa de limpar a sanita :)




Gostaram? Querem mais edições? Se fossemos a vossa casa, o que mais precisavam que fizéssemos e que levássemos? :)

6.12.2019

Que pena só ter descoberto o copo menstrual agora!

Pessoal que me lê e que ainda não experimentou, aconselho vivamente.

Se há uns anos me fazia confusão esta ideia de ter um copinho dentro de mim a armazenar sangue e depois ter de esvaziá-lo, lavá-lo, etc, agora acho a melhor invenção de sempre e deixei-me de ser enojadinha! Que peso é este que colocamos sobre o sangue menstrual? Onde fomos buscar tanta repulsa? 

Uso desde o ano passado e nunca mais usei um penso nem um tampão na vida. Descobri que não cheira mal (incrível que o que o fazia cheirar mal deviam ser os químicos do penso...), que é super prático, fácil de colocar (só me custou a primeira vez retirar, depois apanhei-lhe o jeito). 

E, claro, é mais barato e ecológico (estima-se que com um copo menstrual se poupe até 12 mil tampões, já que dura até 10 anos), é feito com silicone medicinal, por isso, à partida, se fervido antes e depois, não haverá grande problema...

Foi uma óptima escolha. Deixei até de olhar para este fluido com um certo nojo... acredito que faça confusão ainda a algumas pessoas imaginarem-se a ferver o copo numa panelinha ou a limpá-lo num lavatório, mas é tudo uma questão de mentalização. É o nosso corpo, é algo natural, faz parte da Natureza! Também não tenciono andar a esfregar a cara em sangue como uma que vi no instagram, mas já não estou nem aí. Até já tentei explicar assim por alto à Isabel para que serve. Pronto. Já fui de férias de copo menstrual e é um alívio até!

E vocês? Já usam? Querem experimentar? O que vos "aflige" mais? Não saber bem o tamanho? A mim ajudaram-me na farmácia a escolher e acertei. Coloquem questões para ver se nos ajudamos umas às outras e se melhoramos o ambiente e poupamos uns trocos, sim? :)

Fotografia: The Love Project




6.11.2019

O que fariam vocês?

Ontem, quando o avião aterrou, estavam as duas a dormir. Eu estava sozinha com elas. Levantei-me, mochila às costas, saco com os documentos e livros de colorir, uma num braço e a outra no outro. Pousaram as cabeças e continuaram a dormir. E eu continuei corredor fora. Não houve ninguém que me oferecesse ajuda. Atenção que não estou a fazer queixinhas. Quando escolhi ir de férias com elas e com o meu irmão, já sabia que ele regressaria 4 dias mais cedo e que regressaríamos à noite, tarde, e que isto poderia acontecer. No entanto, tive esperança que o carrinho estivesse à nossa espera logo no corredor, como já me aconteceu algumas vezes. Mas não. Paciência, vamos lá, não encontrei outra solução. Felizmente, uns metros depois, a Isabel disse-me ao ouvido: "mamã, estás pesada, eu posso ir a pé". Não estão bem a ver o meu coração a explodir de alegria. Inesperado. Único. À meia noite e meia a minha filha estava, contra todas as expectativas de uma criança de 5 anos cansada, a ser tudo aquilo que eu precisava - uma ajuda. 

A Rita Ferro Alvim, que foi connosco, não é para aqui chamada. Além de vir mais atrás no avião, tem uma filha pequena que também estava a dormir e um filho também pequeno e muito fez ela depois ao ficar à espera do carrinho, que não vinha, e a ir buscar-me o carrinho às bagagens de formato irregular, que ficavam só no sítio mais distante possível - o que dá sempre jeito para quem tem bebés. Confesso que nunca me tinha acontecido - costumam ou entregar logo à saída no corredor ou estar logo no tapete das malas. Só lhe tenho de agradecer a companhia e a ajuda.

Isto não é, volto a frisar, um ataque a ninguém. Nem eu tenho a certeza do que faria numa situação destas ou se sequer ainda "via" alguma coisa àquela hora. Quero acreditar que sim, sei lá. Uma senhora com alguma idade, já no tapete das malas, quando me sentei no chão com a Luísa a dormir no colo e a Isabel encostada, se ofereceu para ajudar em alguma coisa. 


Mas pus-me a pensar em duas coisas:

- se calhar as pessoas têm medo de se oferecer para dar colo a uma criança que não seja "delas"

Uma vez li um post da Joana Gama que falava de um certo desconforto que cumprimentassem a Irene com abraços ou a agarrassem - já não me lembro bem - e percebi que somos todos muito diferentes no que diz respeito a limites, medos, corpos, etc.
Eu não vejo, à partida, razões para temer, nestes assuntos. Sou das que não fica melindrada com o facto das minhas filhas trocarem de fatos de banho na praia e fiquem um bocadinho nuas com receio de que haja predadores algures. Ou que mostrem mamas com estas idades. Ou que o animador da piscina a leve às cavalitas ou lhe faça cócegas. Por favor! Por que havemos - sempre - de pensar o pior? Que clima de suspeita é esse que se foi criando? Não sou ingénua, não, mas acho que o clima de medo com que querem que vivamos ou em que escolhemos viver também não nos faz bem enquanto sociedade. Ensinarmos aos nossos filhos o consentimento e os limites, sim, claro, não os obrigarmos a irem ao colo de outra pessoa, caso não queiram também me parece óbvio, mas calma! Nem 8 nem 80. E já nem falo das casas abertas para os vizinhos nas aldeias, que acho que isso já não existe, mas acho que andamos a ficar um bocado medrosos de mais, e que isso impede que se construam "aldeias" de entreajuda: "ficas aí um bocadinho com o meu filho para eu ir ali ao banco?", dito à vizinha do lado. Estamos a perder, cada vez mais, um olhar atento ao outro e às necessidades do outro e isso também nos prejudica a nós, num todo, enquanto comunidade.

- se calhar as pessoas acharam que se eu precisasse de ajuda, pediria

Não sei se ganhámos vergonha de pedir ajuda. Se calhar sim. Como se fosse significasse fraqueza. Queremos provar aos outros que está tudo controlado, que somos muito fortes e práticos e que somos capazes. Assumimos a responsabilidade de tudo, por inteiro: "os filhos são meus, aguenta". Eu já comecei a conseguir pedir mais ajuda, até para poder ir fazer coisas que não são assim tão importantes - por exemplo, no outro dia pedi à minha cunhada para me ficar com as miúdas para eu ir jantar fora ou assim, já nem sei. Não era para ir trabalhar, nem para resolver nada sério. Era simplesmente para ir espairecer e estar com amigos. E então? Correu tudo bem. Um dia, se ela ou outra pessoa qualquer me pedir ajuda, por saber o bem que me soube, vou querer retribuir, em dobro até. Favores em cadeia! Uma utopia? Talvez.

Mas bem, se fossem no mesmo voo que eu e só tivessem uma mochila para levar (e estivesse tudo okay com as vossas costas, etc), o que acham que fariam? E se fossem vocês as mães com duas crianças ao colo, pediriam ajuda? Acordavam-nas?

P.S. Aproveito para vos convidar a verem o primeiro vídeo do A Mãe é que sabe AJUDAR que já saiu no Youtube! Aqui!

6.10.2019

Uma das maiores ajudas para cuidar de um bebé.

Foi a primeira coisa de que nos lembrámos quando decidimos que queríamos ir levar ajuda até casa das nossas leitoras: não só força de braços para o que fosse preciso, mas levar também coisas que pudessem fazer a diferença na lista de compras do mês e, neste caso, do ano! A verdade é que Corine de Farme foi a primeira marca que pronunciámos as duas, quase em unissono, e a primeira a embarcar connosco neste A Mãe É Que Sabe Ajudar. 

É a marca dos banhos da Luísa desde o primeiro dia. Significa refegos, carinho, cuidado. Três anos se passaram desde que comecei a usar todos os dias esta marca, que as tem acompanhado em tudo (agora até já usam o desembaraçador de cabelo com purpurinas da Frozen – emoji de espanto. O tempo passa de uma forma avassaladora!).

Como é possível já terem passado 3 anos deste bombom? 


Que saudades dela assim!

Por isso, quando desafiámos a Corine de Farme a encher a casa da vencedora de produtos para um ano (!!!) e recebemos um “sim”, já tinhamos ficado contentes, mas quando percebemos que os produtos seriam os da nova gama BIO, ficámos radiantes. Já conhecem? São mais que bons! Levámos connosco caixas de Champô Micelar Bio, de Água de Limpeza Micelar Bio, Creme Protector para o Rosto e para Corpo e o Linimento - que com muita pena minha, já não apanhei na fase da fralda da Luísa, mas que já me disseram ser óptimo - e o Gel Banho Micelar Bio. Não é preciso mais nada: limpa-se com uma compressa e com o linimento e já fica tudo hidratado, sem vermelhidões e irritações. É enriquecido com azeite bio com propriedades protetoras e cera de abelha, o que cria um escudo protetor entre o rabinho e a fralda. 

Todos os outros não só já experimentámos como usamos. Agrada-me não serem perfumados, que não faço grande questão (ponho-lhes uma nesguinha de perfume depois na roupa), que sejam hipoalergénicos, mas também que sejam certificados (têm o certificado COSMOS ORGANIC atribuído pela Ecocert) como produtos biológicos. Se já confiava nesta marca, agora ganhou mesmo o meu apreço. 

Mas bem, o Francisco vai ser banhado com estes produtos durante um ano e a mãe do Francisco, a Paula, nem deve saber bem onde guardar tantas embalagens. Adoraram! 

Obrigada Corine de Farme por confiares neste projecto que quer pôr as mães de Portugal a ajudarem-se mais umas às outras! Primeiro passo dado!





*Post escrito em parceria com a marca

6.09.2019

a Mãe é que sabe ajudar #1 - Fomos à casa da Paula, do Francisco e da Amora.

Que felizes que estamos :) Muito obrigada pelas vossas inscrições para a primeira edição do "a Mãe é que sabe... ajudar". 

Pretendemos, com esta iniciativa, além de ajudar mães e famílias no último trimestre de gravidez, ajudar também quem já esteja no após e ainda a habituar-se a tantas as mudanças como foi o caso da família da Paula.

A família da Paula é muito doce, nesta ida a casa dela conhecemos o Francisquinho e a Amora e ficámos a saber que o marido lhe envia flores a meio do dia para dizer que a ama. Que soooorte! Vá lá que não é alérgica, senão seria só chato ;) 




As mães são, talvez, as melhores pessoas para perceberem e reconhecerem as necessidades de outras mães e queremos inspirar mais gente a fazer o mesmo. A, quando tiver uma amiga nestas circunstâncias, afastarem-se dos "bitaites" e dos "olha que" e deitar as mãos à obra. 

Vocês sabem a alegria de sentir que se têm menos coisas que fazer, não sabem? Vamos dar isso umas às outras.

Carreguem aqui em baixo para ver o primeiro episódio ;):





Foi um dia muito muito bem passado. Não só na companhia da Paula, do Francisco e da Amora mas também da nossa equipa vídeo: o Marco e o Chico. 

Aproveitamos para vos por a par das novas toalhitas Kandoo, já conhecem as Aquas? São 99% compostas de água, elevada pureza, multiusos e descartável pela sanita para toda a família, incluindo recém-nascidos. 

E como todas as Kandoo, ajudam na autonomia das crianças no desfralde e, mesmo quando já está feito, tornam a ida à casa de banho divertida :). 

São dermatologicamente testadas e suaves para a pele, delicadas para o rosto e para as mãos dos mais pequeninos e dos mais crescidos. 

E, tal como disse a Paula, são óptimas para levar connosco para onde quer que seja. :) Ficámos fãs, fãs, fãs. 

Gostaram de conhecer a família?

Obrigada, Paula, por nos teres recebido tão bem <3 



6.03.2019

Tenho claramente um problema

Tenho claramente um problema a fazer malas para férias. [problema de primeiro mundo, bem sei] 

Ou é 8 ou é 80.

No fim-de-semana passado claramente levei roupa a menos. Não contei, por exemplo, com um descuido da Luísa (raro, mas acontece). Lá fui eu lavar os calções dela porque já não tinha mais roupa caso sujasse a única que sobrava. Também gostava de ter levado mais umas calças para mim, que, com os colos, ficaram imundas. Não adorei a sensação de não ter opções. Sou claramente de fases. Já chegámos a ir para a costa alentejana com a roupa do corpo e foi fantástica a sensação de libertação e desapego.

Mas depois, a fazer malas para uma semana, exagero! Levo duas camisolas quentes para ambas, não vá estar frio. Dois casacos, não vá estar fresco à noite. E depois calções e t-shirts e vestidos que não acabam nunca. Até lhes perdi a conta. Fico com medo que sujem durante o dia, ou que as molhem, e que depois do banho precisem de outra muda. Para mim, 3 pares de calças e uns quantos vestidos e saias e calções... para quê, mesmo? Vamos para um destino de chinelo no pé, pá! Vamos para Porto Santo. Bastava 3 calções e 7 t-shirts e uma camisola estava a andar de mota. Mas não. Todo um mundo numa mala. Tenho de aprender a conter-me que em setembro esta mala, que usei para as três, vai ter de servir para os quatro.

No outro dia enviaram-nos um e-mail a pedir dicas sobre este assunto, mas eu é que vos peço a vocês!



Como fazem?


5.28.2019

A minha infância

Fui uma criança muito feliz. Senti-me amada. Deram-me liberdade. Ouvia muita música e cantava muito. Andava de bicicleta na Perofilho, comia amoras acabadas de apanhar e tomava banhos de mangueira e de balde no quintal da minha avó Rosel. Apanhava nêsperas da árvore. Apanhava boleias nas ondas, no verão. Comia gelados, que derretiam pelas mãos e que eu lambia. Chupava o sal dos cabelos, acabados de sair da água do mar. Fazia amigos na areia. Fazia pinos e andava nua pela praia. Brincava no recreio da escola, jogava à macaca e ao elástico. Imitava os Onda Choc. Via novelas - adorava a Babalú da Quatro por Quatro - e o Baywatch quando chegava a casa. Punha a cassete com as gravações de desenhos animados, dos quais já sabíamos as falas de cor. Fazia ginástica e pontes no quarto. Andei na natação e nas danças de salão e na música e no coro. Bebia leite com cevada em casa da minha avó Isabel. Desmembrava os sofás com o meu irmão para saltarmos e brincava com os bibelots que eram meninas e cães e sei lá mais o quê. Comia caracóis com torradas e um sumol de laranja. Lia muitos, muitos livros. Ia para a cama dos meus pais aos sábados e domingos de manhã, ouvir anedotas e apanhar cócegas. O meu pai secava-me o cabelo, em cima de um banquinho verde tropa, com um rolo, para as pontas irem para dentro. Tinha um vestido amarelo torrado que adorava e com o qual me sentia vaidosa. Fazíamos viagens maiores a ouvir Shade, Delfins e Os Bandemónio. Eu cantava a viagem toda. Usava borrachinhas de cheiro e canetas de cheiro para colorir os meus cadernos, sempre impecáveis. Alugava filmes no clube de vídeo, mesmo em frente ao nosso prédio. Fazia coleção de cromos e autocolantes (aqueles dos fantasmas que brilhavam no escuro!) e de posteres das Spice Girls, dos TakeThat e dos Backstreet Boys. Tinha um do Hugo Leal, um crush, apesar de ser do Benfica. Ficava escondido do lado de dentro do armário para lhe poder dar beijinhos à vontade. Adorava a Bravo e a concorrente. Tinha cassetes que ouvia na aparelhagem do quarto. Escrevia no diário todos os dias e apaixonava-me muito. Ia para Lisboa para os ensaios dos Onda Choc e do coro dos Jovens Cantores de Lisboa. Faltava às aulas para ir ao Buereré atuar, mas tinha justificação por "atividade cultural". Partilhámos camarim com estrelas da altura, com os Milénio e tirei fotografias com os Anjos. Pedi autógrafos aos Excesso, antes de um concerto. Fui à Expo 98 e adorei o pavilhão da China. Gritei muito e chorei muito com os jogos da selecção nacional. Recortei o Figo das revistas. E adorava a Naomi e a Cindy Crawford, mas a minha preferida sempre foi a Elle Macpherson (que vi, anos mais tarde, numa fila para o cinema em Londres e ia tendo uma coisinha).



A minha infância foi... mágica. 
Voltava lá por um dia.

E vocês?


As 5 coisas que mais odiei na gravidez

Eu sou das que ADORA estar grávida. Mas só porque tive sorte, claro. Apesar dos enjoos que duraram quatro longos meses, os restantes foram óptimos e trabalhei até ao fim (parei uma semana e uns dias antes). Da segunda gravidez, só enjoei uma vez (com o cheiro da gasolina) e tive umas chatices mais para o fim (nem me recordo bem o quê, mas umas dores nos ossos talvez ou um episódio de ciática que me levou ao hospital - não sei), mas nada digno de nota. Não tive grandes fomes, grandes desejos, não estive de cama. E passou a correr, até porque tinha uma filha de dois anos a quem dar atenção. Não me posso queixar. 

Ou será que posso? Posso. Houve coisas que apagava, sim, sim. 

1- O teste do cotonete

Contei-vos aqui a experiência terrível que tive, da primeira vez. Só quando desabafei sobre isso, percebi que não era normal doer tanto, pelos vossos comentários. E, de facto, quando me fizeram o teste Estreptococus B na segunda gravidez nem senti. Que bruta que deve ter sido a primeira enfermeira, credo. Tanto que ainda me lembro da dor, que ficou pelo menos mais um dia.

2 - O teste da glicose

Ai senhoras, o esforço que eu fiz das duas vezes para não vomitar. Troquei de sabor, mas mesmo assim foi do piorio. Sim, fresquinho. Um enjoo sem explicação. Era bom que inventassem outra técnica qualquer, não era? Era.

3 - Os enjoos nos primeiros quatro meses

Óptimos para não ganhar muito peso (ahah), péssimos para quem está a trabalhar e a ter de fazer corredores até à casa de banho. Uma vez não consegui lá chegar. Viagens de carro então, esqueçam. Era trigo limpo farinha amparo. Fiz sprints até à casa de banho vezes sem conta e nem os nausefes aliviavam grande coisa. Nunca descobri a fórmula para não enjoar e experimentei tudo: comer logo, comer mais tarde, não comer, comer pouco, comer coisas secas. Nada resultou.

4 - O sono doentio no primeiro trimestre

O descontrolo total. E eu sempre fui uma "sornas", sempre adorei dormir. Mas nada, nada se comparava àquele estado doentio em que nem palitos nos olhos os segurariam. Aconteceu-me estar a trabalhar em frente ao computador e estar a dar cabeçadas, tal era a soneira. Tudo muito bonito se se estiver em casa, tudo péssimo quando se tem coisas para produzir e depois não convém andar a beber litradas de café.

5 - Dormir mal e porcamente no último trimestre

Quando nos dizem "dorme agora porque depois..." deviam era estar caladinhos. Dorme agora, como assim? Na primeira gravidez, já não tinha posição e levantava-me, à vontade, 5 vezes por noite para ir fazer xixi. Acordava cedíssimo. Da segunda gravidez, não tinha muito xixi, mas tinha uma filha de dois anos acabados de fazer, que dormia muito mal e que me chamava a mim durante a noite. A segunda filha foi feita na primeira semana em que a Isabel dormiu lindamente, mas aquilo foi um engano, que voltou a ter pesadelos e a acordar quatrocentas vezes por noite. Credo. Eu a levantar-me e a ir dormir com ela, com um barrigão enorme.

Foto: Rita Ferro Alvim

Nada muito grave, certo? Tantas histórias péssimas de grávidas que sempre me senti uma sortuda! Nada de azias, de grandes dores, de ter de ficar quietinha... senti-me apaparicada e com uma energia diferente. Até a minha pele esteve melhor.

E vocês, quais as queixinhas que fazem?

5.27.2019

As mulheres não são nada umas cabras

Estou neste momento a ver o Banana-papaia. Para quem ainda não sabe o que é, é o novo projecto da Joana Gama. 

Somos amigas há cinco anos. Trabalhamos as duas juntas, neste blogue, há quatro anos e meio. Vamos vibrando e apoiando os projectos paralelos uma da outra. Se vissem o meu coração minutos antes de cada espectáculo que vi da Joana Gama, percebiam o nervosismo por ela e o entusiasmo. Ri-me tanto. E eu não me rio com humor com facilidade. 

Quando ela começou a ser side-kick do Unas no Maluco Beleza, vi tudo religiosamente. Torci para que não acabasse nunca (que me desculpe a menina que estava lá antes). E ri-me tanto. Tanto talento e tanto prazer a fazer aquilo. As bujardas a sairem no momento certo. Cheguei a chorar a rir, com a "meia de leite". 


Quando me falou deste Banana-papaia com a Rita Camarneiro (que adoro!), e fui vendo os logos e as fotografias, já sabia que ia ficar incrível. Têm as duas uma energia enorme, têm graça e são autênticas. Ia escrever "loucas", mas chateia-me esse adjectivo para caracterizar pessoas que são genuínas e falam com poucos filtros. Se calhar faltam mais pessoas loucas no mundo então. Quando a "loucura" não prejudica outros, é só bem-vinda.

O programa está excelente. Elas são lindas, o cenário está giro e - o mais importante - o balanço entre rambóia e conversa séria está no ponto. Passa a correr. Ficamos a saber que a Joana Gama teve os lábios do pipi colados durante uma febre, sítios públicos onde já fez amor e que a Rita Camarneiro faz xixi nos WC públicos pondo os pés na retrete. Vejam!

Não gosto nada de ler por aí que as mulheres são cabras umas com as outras, invejosas, etc e tal. Acho que isso é mito ou que será apenas uma minoria. Na minha família, as mulheres são fortes, apoiam-se e torcem umas pelas outras. As minhas amigas são iguais. No trabalho, também nunca senti essa rivalidade tosca. E na internet, também vejo muitos elogios sinceros e gente que se passa a dar, para além do online. Por isso, acreditem em alguém que diz que gosta muito do trabalho de outra mulher. Neste caso de duas mulheres lindas e talentosas. Ainda por cima, neste meio (humor) em que a proporção de mulheres para homens é ínfima. Apoiemos mais aquelas e aqueles em quem reconhecemos valor.

Vejam, vale a pena. Parabéns, miúdas! Vocês merecem.

5.26.2019

FINALMENTE! A 2ª parte da conversa com Madalena Abecasis.

Não quero ser spoiler, mas acho que sofri de bullying da tia Lena neste vídeo. Um privilégio. Obrigada, 'miga. Cê é um máximo. 

Tivemos de aproveitar a conversinha toda para pedir uns conselhos à Madalena. Nomeadamente: onde é que a Joana Paixão Brás deveria fazer uma tatuagem, o que é que ela achava verdadeiramente do meu outfit e, já agora, da minha tatuagem enorme de tamanho motoqueira. 

A tia foi, como sempre, muito franca excepto quando lhe perguntamos por projectos pessoais... Grrr... será que vocês apanham um trejeito qualquer que nos escapou? Será que conseguem descortinar algo que a nós nos passou ao lado?

Toca analisar a fundo, Dona Madalena Abecasis, a rainha da fritura da classe alta da internet (óooooptima!)

Sigam-na, já agora aqui: @madalena_abecasis


O primeiro segundo da reacção da Madalena à tatuagem... promete ;)


Vejam, já agora, a parte 1 da conversa se estiverem a apanhar isto a meio aqui: (Quase) Tudo sobre Madalena Abecasis - Parte 1 

5.23.2019

Descobri a solução para mim: acordar às 06h30 da manhã

O dia de hoje correu mesmo, mesmo bem. E eu acho que sei porquê: levantei-me muito mais cedo.


Costumo acordar só quando as miúdas acordam (vantagem de quem não tem horários e cujas filhas ainda não andam na primária) e costumava gostar deste sistema. Elas levantavam-se, vinham para a nossa cama, ficávamos ali na ronha, passávamos pelas brasas. Era bom. 

Mas eu sentia que o dia não rendia. E, se quero continuar a tirar uma hora por dia para fazer desporto - ando a fazer treino com PT duas vezes por semana, Yoga uma e Pilates uma -, continuar a ter a casa mais ou menos organizada, tempo para trabalhar e estar descansada quando as vou buscar e estar presente, acho que é esta a única solução. Hoje fui fazer análises e exames, cheguei a casa, estendi a roupa, arrumei a louça da máquina, fui treinar, fui ao lixo, fiz o jantar, fui aos correios, trabalhei, fui buscá-las, brincámos, banhos, jantar, e ainda tivemos tempo para três histórias antes de dormir. Coisa que, acordado mais tarde, não teria acontecido. Alguma coisa teria ficado por fazer. 

Tenho de me reajustar, agora que sou freelancer. De ganhar mais tempo, de me organizar de outra forma. E eu li há uns tempos que até há grupos de pessoas que partilham esta filosofia de acordar bem cedo: o 5am club. A primeira vez que li 5 da manhã ri-me. Mas a verdade é que quem acorda mais cedo tende a ser mais produtivo, mais proactivo, consciente, além de que, dizem, reduz ansiedade e depressão. Encontrei o texto sobre isto. 

Há todo um ritual matinal que não passa, como devem imaginar, por ir para o instagram mal se acorda. :)  Esta filosofia partiu do Robin Sharma, autor do livro O Monge que vendeu sua Ferrari. A primeira hora do dia deve ser dedicada a exercícios físicos durante 20 minutos (eu encaixaria aqui a saudação ao sol, do yoga), 20 minutos a planear o dia e a definir objectivos e outros 20 a ler ou a estudar algo novo. 20/20/20.

Claro que depois temos de nos deitar mais cedo. Beber muita água. Alimentarmo-nos bem.

Agora que as miúdas já dormem razoavelmente (apesar de ainda acordarem quase todas as noites), até acho "fazível". Ou acho hoje, que estou bem-disposta. Mas se nunca tentar e persistir, como saberei?

E vocês, o que acham disto? Conseguiriam?



Fotografias: The Love Project




5.22.2019

E se a festa dela fosse diferente?

Eu tento ser descomplicada, palavra. Mas, às vezes, tenho receio de que uma filha sinta que está a ser menos apaparicada e que, mais tarde, se sinta triste com isso. Não faço tudo igual para as duas sempre sempre (até porque elas são diferentes) e até lido bem com isso, só que também não queria exagerar. 

A Luísa não teve festa de anos no ano passado, quando fez dois anos. Fomos para Dublin os quatro e cantámos os parabéns no aeroporto com um queque improvisado pela minha mãe. Sinceramente, zero arrependimento, foi maravilhoso e valeu muito a pena para todos. 

E, este ano, estava a pensar fazer, outra vez, algo diferente. Vou cantar os parabéns e apagar as velas na escola dela, dia 31, coisa que sempre fizemos com a Isabel e que eles adoram. No sábado, vamos com os primos até ao Wildy, em Monsanto. Vai ter música, magia, arborismo, jogos... acho que é uma festa de anos à maneira, não? Nesse dia, temos a primeira comunhão da prima à tarde e no dia seguinte um baptizado, por isso, achei que umas quantas horas passadas ao ar livre, com a irmã e os primos, no meio da natureza e com actividades para eles, seria o programa mais giro que lhe poderíamos dar. Ela adora passear, adora rua, adora campo (ou não tivesse nascido e dado os primeiros passos em Santarém, comido relva e feito sopas de terra), por isso acho que é perfeito. Depois cortamos o bolinho em casa. 

Não é a festa mais “convencional”, mas acho que passa bem e que ela vai ficar feliz, que é no fundo o mais importante. 










Fotografias: The Love Project




5.19.2019

Aladdin: e se pedíssemos 3 desejos?

Quando era criança, acreditava que tudo se poderia realizar. Mesmo. Fechava os olhos e sonhava. E foi esse poder, essa magia enorme, que me foi dando força para traçar o meu caminho. Um dia um professor disse-me que eu não poderia ser jornalista de televisão, por ser gaga. E eu provei-me, anos mais tarde, que os limites do nosso potencial não podem ser definidos pelos outros. Nem mesmo por pequenas características que não nos definem. Com amor, com amor-próprio, seremos sempre melhores e únicos.

Vi o filme de animação do Aladdin vezes sem conta, tinha a cassete, com dobragens em português do Brasil. E tinha ainda um livro, que até hoje guardei, e que elas adoram. Está assinado: "Joana Isabel". 

Claro que adorava a história de amor, que eu sempre fui uma romântica, mas era mais do que isso. Cativava-me aquela princesa, Jasmine, que não se contentava em ser princesa, fechada num palácio e que só queria ser livre. Achei-a corajosa, desde o início. Pouco resignada. A querer ajudar o povo de Agrabah. As minhas princesas preferidas são assim: fortes. Cativava-me também a história de amizade entre o génio e o Aladdin.

E, claro, aquela lâmpada mágica. 3 desejos. Ao longo da vida, fui pedindo 3 desejos diferentes. E agora, em vésperas de estrear o filme Aladdin em todas as salas de cinema - é já dia 23 de Maio!!! - chegou-nos o desafio: que desejos pediríamos ao génio da lâmpada? Nós, adultas, e as nossas filhas, de 2 e 5 anos.

Vejam o vídeo aqui, que está tãooooo giro:



* lâmpada, génio e caderno Aladdin - Disney Store

Não se esqueçam nunca de SONHAR! Dia 23 de maio, já sabem, Aladdin vai dar o mote. Estou desejosa de ver. Adorei o Dumbo e cheira-me que ainda vou gostar mais deste. 

E vocês, que desejos pediriam? E os vossos filhos? Perguntem-lhes e partilhem connosco, queremos saber!


5.16.2019

Mães que vivem sozinhas com os filhos merecem uma estátua!

"Seja por divórcio, seja porque o marido está no estrangeiro, ou porque trabalha fora, seja por que razão for, opcional ou não, ter os filhos apenas sob a nossa alçada todos os dias, cuidar deles, brincar, acalmar os pesadelos, passear, cumprir horários, educar... É DOSE. E eu cheguei a esta conclusão tendo o David presente ao fim-de-semana, nem quero imaginar quem só tem de quando em quando... ou NUNCA! 

Por motivos profissionais (dele), vivemos assim em abril e maio. Além das saudades que todas sentimos (e ele também, claro), foi duro. É duro a falta de apoio, aquele time breakzinho, aquela ida à casa de banho mais demorada enquanto se faz uma passagem rápida pelo feed do telemóvel, porque sabemos que o outro está lá. Não há um jantar feito pelo outro, não há um "pergunta ao pai", não há aquele apoio perante uma birra, até porque às vezes é preciso é ter ideias para contornar as crises. Não dá para tirar um intervalinho, é contínuo, é sem paragens e sem desculpas. 

Não é fácil, pois não? Ou sou eu que tenho uma tendenciazita para a vitimização - o que também é possível, porque com o cansaço (lá está a queixinhas em acção), a nossa margem para resistir e aguentar tudo diminui substancialmente!

Vocês, que vivem só com os filhos, merecem uma estátua. A sério que sim. "Eu não aguentaria muito mais tempo", saiu-me várias vezes. Claro que aguentaria, se tivesse de ser. Mas sai do pêlo, desgasta, cansa."

Escrevi este texto há dois anos. Neste momento, também só temos pai ao fim-de-semana. Já é mais fácil, elas já colaboram mais, já se entretêm mais sozinhas quando eu preciso de fazer alguma coisa, já não há maminha nem uma bebé sempre colada a mim e tenho o escape de estarem as duas na escola, coisa que há dois anos não acontecia.

No entanto, continuo a sentir falta de poder ir jantar fora com amigos uma vez por mês; ter alguém com quem me revezar nos banhos ou nos jantares durante a semana; ter alguém que as adormeça uma vez por outra. Alguém com quem partilhar momentos e que ajude a resolver algum conflito (duas cabeças pensam melhor do que uma).

Mas tudo se faz. Agora, vocês mães* que são só vocês, 24/ 24 horas... mereciam mesmo uma estátua!

Fotografia: The Love Project

Por eles, tudo, claro. E acredito que aquela felicidade espontânea, aquele abraço mais demorado sem termos pedido, aquele "gosto de ti, mãe" no final do dia ao adormecer seja suficiente para repor as energias para mais 24 horas. Queixamo-nos mas queixamo-nos com o coração a transbordar.

*Válido também para pais, claro


5.15.2019

Luxemburgo e Alemanha: a nossa viagem

Não estava à espera que fosse tudo tão bonito.
Assim que os nossos primos emigraram e nos começaram a enviar fotos que percebemos que tínhamos de lá ir - por todas as razões. 
Comprei as viagens às escondidas do David e foi esse o presente dos 35 anos dele, que ficava a calhar no dia do regresso.

Depois de uma viagem atribulada (com direito a 3 pessoas de 4 a ficarem mal-dispostas e a uma dela ter vomitado no avião - a Luisinha), lá chegámos ao Luxemburgo. Nesse dia, demos uma voltinha pelas redondezas, fomos buscar a prima delas à escola a pé (estava na sala da meditação. são eles que escolhem para que sala querem ir, no ATL, que giro!) e passámos por campos com ovelhas, tudo muito calmo e verdinho. 

No segundo dia, fomos até a um sítio inesperado, na Alemanha, a 35kgs do Luxemburgo. Foi o momento UAU - ou WOW - da nossa viagem. Depois de um caminho pela floresta, numas plataformas de madeira, chegámos a Baumwipfelpfad Saarschleife (sim, nem eu sei dizer ou escrever, fui copiar claro)... uma vista incrível sobre o rio Saar que serpenteia e dá uma curva de quase 180 graus por entre a vegetação frondosa, a mais de 1000 metros abaixo do miradouro onde nos encontrávamos. Impróprio para quem tem vertigens, mas lindíssimo. Fica em Orscholz, para quem quiser visitar.





Ai que fofinhos de ténis iguaaaaaais 



Depois, fomos até Trier, a cidade mais antiga da Alemanha. Vale muito, muito a pena. Queremos voltar lá um dia porque ficou imenso por explorar, como a casa do Karl Marx, o anfiteatro ou as termas imperiais. Conseguimos ir até à Porta Nigra, o principal portão da cidade, do século II, imaginem. A praça principal é lindíssima (praça do mercado), com mercado de fruta e flores, vinhos, gelatarias e restaurantes - antes e uma fonte muito bonita (o ambiente que se vive é excelente) e, a uma curta distância, dois monumentos imponentes, como a Catedral de São Pedro, a mais antiga da Alemanha, ou a Igreja de Nossa Senhora, a Liebfrauenkirche, da fase inicial do estilo gótico, lado a lado. Vale a pena entrar. Tudo isto é pertíssimo.



Só vos digo que este carrinho de gémeos EchoTwin da Chicco é muito, muito bom para quem tem filhos com idades próximas e gosta de viajar.
Só tenho pena de não me ter apercebido disto já nas outras viagens que fizemos com as duas! Vai connosco nas próximas viagens, de certezinha!

Destaco 3 coisas no carrinho: o facto de reclinar totalmente, o facto de ter uma capa para a chuva que nos permitiu andar na rua num dia muito chuvoso e, claro, o facto de poderem ir lado a lado a dar a mão, a falarem e a rirem-se <3 









Esta cidade aguçou-nos a curiosidade pela Alemanha (Berlim está na nossa lista há que séculos, mas fomos colocando outras cidades à frente) e gostávamos de ir também até Frankfurt, Düsseldorf, etc, etc.

Claro que o nosso foco acabou por ser a capital do Luxemburgo, Luxemburgo. Acho que se lá voltássemos agora, ainda teríamos coisas para ver. Não é a toa que lhe chamam "a mais bela varanda da Europa". A cidade tem pontes enormes (a ponte Adolfo é qualquer coisa de imponente), vales incríveis e é tudo muito verde, arranjadinho, bonito. Obrigatório: descer até ao Grund (tem elevador) e deixarem-se perder pelas ruas e passear perto do rio. Caminhámos até ao Palácio Grão-Ducal, à Catedral de Notre-Dame, passámos pela Praça Guillaume II... e Chemin de la Corniche. Fomos ainda à zona mais moderna, onde está o Mudam - o museu de arte moderna. Para os miúdos, aconselho o parque Edouard Andre, que tem um barco de madeira enorme para eles explorarem, com escorregas. Adoraram.























No último dia, fomos até Vianden, no norte do Luxemburgo, com um castelo construído entre os séculos XI-XIV, no meio do verde. O caminho até lá é muito bonito e o passeio junto ao rio também. A pequena cidade parece sair do filme Chocolate. Até o escritor Victor Hugo ficou fascinado pela região e viveu por lá. Na Segunda Guerra Mundial, a cidade foi invadida pelos alemães e serviu como base para que invadissem depois Sendan, em França. Almoçámos por lá (foi lá que cantámos os parabéns com um bolo óptimo improvisado e comprado a umas portuguesas simpáticas que lá trabalhavam) e demos um passeio junto ao rio Our, que tem uma vista linda para o castelo.










Todo o percurso feito entre cidades é lindo! Passámos perto de Saarburg (mas já não tivemos tempo de visitar) e fiquei com a pulga atrás da orelha com Cochem, na Alemanha, que me parece muito bonita, assim como o castelo Eltz, lá perto.

Adorámos o Luxemburgo e o facto de estar perto de outros países e de chegarmos a qualquer lado em menos de uma hora. As autoestradas gratuitas, os campos a perder de vista, as misturas de línguas e culturas. É uma surpresa, das boas. Vejam os vídeos e mais fotos aqui, no meu instagram.

Já conhecem? Ficaram com vontade de conhecer?