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6.24.2019

Temos de parar de partilhar o vídeo da filha a puxar o cabelo à mãe.

Estou em demasiados grupos com os quais não me identifico. Identifico-me para umas coisas, vá, mas para outras, não. E isso faz com que, de vez em quando, veja coisas que... simplesmente me parecem atrocidades e fique ainda mais chocada com os comentários (vou ver, sim, para saber outras opiniões além das minhas e, também, para perceber "quem são aquelas pessoas"). 

Anda por aí a circular um vídeo no Facebook de uma mãe, filha e pai no meio de um conflito. Um vídeo extremamente chocante, triste e... grave. Uma filha que está a puxar o cabelo da mãe e diz que só larga quando tiver a certeza que a mãe a deixa ir a uma festa e a mãe que chora e implora para que a filha a largue. 

O pai, do que percebi, estava sem saber o que fazer e - não quero ir rever o vídeo - também me pareceu que era ele quem estaria a filmar. Senão, até questiono quem seria a outra pessoa e que "merda" de pessoa seria essa para achar aceitável filmar o incidente a não ser que fosse para obrigar os intervenientes a terem apoio psicológico. Como veio parar à net? Ou foi feito de propósito para aumentar os views de um site rasco qualquer ou foi passado ao amigo da amiga do amigo e, às tantas, já alguém sem ligação emocional nenhuma ao acontecimento (um sociopata ou algo do género) decidiu publicar na internet. 

Aquilo que tenho comentado sempre que apanho o vídeo é "não partilhem mais este vídeo, por favor". E por vários motivos: um deles é porque temos tendência a sublinhar as nossas convicções quando vemos coisas e as pessoas com tendências mais violentas mesmo com crianças vão encher-se de razão - e ninguém quer isso. 



Outro é porque estamos a encorajar uma visão do mundo muito voyeur e pouco responsável. Estamos a assistir a este vídeo como se não fosse "connosco", como se não tivéssemos responsabilidade em cenários semelhantes que acontecem perto de nós ou até mesmo nas nossas casas (numa intensidade maior ou menor). Como se houvesse uma anestesia qualquer, como se ficássemos adormecidos. 

Consigo pensar noutra razão para não partilhar o vídeo: estamos a encorajar a imitação do mesmo. É a mesma coisa com o suicídio nos "media". Incita ao copy-cat, à imitação. Propõe uma "solução", uma "estratégia". E, digamos, que nada do que se passa naquele vídeo, naquela situação (que não é nada mais do que aquilo que descrevi - isto para ver se vos retiro alguma da curiosidade) é para imitar. Nem servirá para discussão junto de quem mais precisa de ser esclarecido por aquilo que apontei lá em cima. Nunca numa situação tão aguda, as pessoas que precisam de ouvir, conseguirão fazê-lo. 

Li comentários como "se fosse comigo, partia-lhe os dentes todos", "comigo era uma lambadona que nem se levantava". Quero acreditar que são coisas que as pessoas escrevem na internet mas que, nessa situação, não o fariam. No entanto, já vi e já li tantas coisas... 

Gostava de poder dizer àquela mãe que não é suposto ter de lidar com tudo sozinha. Que claramente está incapaz de conseguir ser a mãe que aquela menina tem precisado. Não por ela mesma ser insuficiente mas porque não é possível de momento. Seja por não ter tido uma mãe que a tenha ensinado a ser mãe ou como não ser mãe, seja porque tem vários trabalhos, seja porque motivo for e que nós conhecemos. Esta mãe precisa de ajuda. 

A filha claramente está perdida. Está em modo sobrevivência. Para chegar a este extremo é porque sente que não está a ser ouvida e não está a ser vista. Está zangada e, portanto, triste com muita coisa e nem consegue verbalizar ou agir de "forma normal". E, que fique aqui claro - apesar de não ser psicóloga nem nada do género - que a relação entre as duas (ou até os três que, se aquele senhor for o pai, também não está a reagir de forma muito útil) tem influência uns nos outros. Que são "um sistema". Se um não está bem, os outros também não estarão. Se os dois também não, a filha ainda menos, enfim. 

A par disto ainda há que ter atenção a eventuais patologias ou o quer que seja que cada indivíduo possa ter. Mecanismos de defesa, de compensação que os tenham tornado menos funcionais, menos aptos para resolver... sei lá. 

Aquele vídeo é tão mais do que "vou-lhe partir os dentes todos". Aquele vídeo mostra a origem de tudo o que é menos bom neste mundo. A falta de amor, a falta de segurança para haver amor e a falta de apoio para que todos nós consigamos amar e ser amados. Pior: os comentários mostram que nada daquilo é uma coisa que acontece "só ali". Que há muita gente por aí que ainda acha que se resolve zanga com mais zanga. Gritos com mais gritos. Violência com mais violência. Solidão com castigo...

Sei que é algo contraditório estar a falar do vídeo e pedir para que não se partilhe mais o mesmo, mas quero, pelo menos, tentar pegar no ângulo mais pedagógico disto para que todas possamos reflectir e talvez um dia possamos fazer algo que ajude a salvar mais famílias deste comboio de ansiedade, medo, violência que vai atropelando toda a gente pelo caminho, começando por nós. Nós que somos os pais dos futuros pais, não é? Galinha ou o ovo? Galinha, sempre. Sendo que a galinha foi o ovo. 

Que tal interrompermos padrões ao invés de nos identificarmos com os agressores? 

No outro dia encontrei esta imagem... é pseudo-humorística, mas... diz tanto. 




Vamos denunciar sempre que virmos o vídeo por aí? Vamos tentar estar atentos a amigas nossas que precisem de ajuda? Famílias? Crianças? Sinto que ter este blog tem feito parte daquilo que quero fazer, mas em breve terei de fazer mais. Terei mesmo. Se alguém tiver ideias, conte comigo. 



6.23.2019

Glamping: quem quer ir acampar em modo luxo para a Nazaré?

Nós fomos! 

As duas famílias a Mãe é que sabe foram convidadas para experimentar os Glampings na Nazaré. 

O que é o Glamping, perguntam vocês? É Camping com Glamour. Whaaaat? Depois digam que não somos influencers didáticas.

É uma tenda na mesma, é.,. Mas, nesta tenda, até o mais chato dos familiares aceita ir "acampar", digo eu ;)

A Joana Paixão Brás e eu, no último dia, fizémos um vídeo para vos mostrar melhor o Vale Paraíso Natur Park e a nossa experiência como as primeiras Glampadoras ;)



Adoramos saber que estamos a dar este tipo de recordações às nossas filhas e, ainda para mais, também a mostrar-lhes outras formas de férias para que depois tenham muitas ideias quando for a vez delas de planearem tudinho. 

Fiquem aqui com algumas fotografias que tirei para se inspirarem ;) : 





"Mãe, tenho uma prenda para ti!"

Aquele copo do meu lado foi só para enganar ;)





Este é o André ;) O responsável pelo restaurante do Vale Paraíso Natur Park. Foi sempre um anjo com as miúdas e extremamente divertido. Levou a Irene a visitar a Arca do restaurante mas claro que, devidamente protegida do frio. Que amor <3








 Já sabem que temos um passatempo a decorrer no nosso instagram para vos dar a hipótese de Glampar na Nazaré no Vale Paraíso Natur Park? Então, toca a seguir-nos aqui:

Bom Glamping ;)



6.19.2019

Ela quer usar crop-tops e eu deixo.

Não sei quanto a vocês, mas para mim a "barriga" sempre foi algo com o qual lidei mal. No início, achava que era barriguda porque tinha engolido demasiado ar para arrotar e que nunca tinha saído. Depois, sempre que usava tops ou que tinha coragem nesse dia, passava o dia todo a encolher a barriga ou, quando me sentava, a tapar com camisolas. 

Nunca gostei de me ver de tops, mas queria muito gostar e sentir-me capaz. Agora que vou ver as fotografias da altura, claramente existia (e ainda deverá existir) um desfasamento muito grande entre aquilo que eu sentia e "como estava". 

Não conheci ainda nenhuma mulher para quem a questão do "peso" não a atormentasse de alguma forma. Sabemos todas, mesmo que não saibamos explicar, de onde isso tudo vem. Dos media, claro, das nossas mães e também de uma necessidade normal de querermos sentir-nos atraentes por sabermos que isso é uma característica importante para atrair os pares. 

Novembro de 2017 - quando ainda não me irritava tirar fotografias em que corte os pés às pessoas. 


A Irene sempre teve uma barriga grande. Quando acabava de mamar parecia um balão daqueles das feiras. Mais tarde viemos a fazer alguns exames e também era por ter o baço (espero não estar enganada - será o fígado?)  com um volume no limite máximo da normalidade. 

Entretanto parece que, depois de "apalpada" pela médica, já voltou tudo ao normal, mas continua barriguda. Até a professora dela fala com carinho da barriguinha "de bebé" que ela tem. 

Depois da consulta com a médica, fomos chamados à atenção para o percentil dela, que tinha havido uma subida de dois no espaço de um ano. Muito se pode dizer sobre estes percentis, mas devem servir como... "guia" ou apenas como um sublinhar de algumas atitudes, diria. Vamos ter mais atenção à qualidade da alimentação da Irene e nomeadamente aos açúcares como a Dra. apontou. 

Entretanto, a Irene tem querido usar tops. Lá lhe comprei uns tops, daquelas t-shirts mais curtas da Zara e lá vai ela toda contente de vez em quando para a escola, com a barriga para fora toda orgulhosa. Aquilo, confesso, que me dá alguma satisfação de ver. A forma como a Irene ainda não foi afectada pela "noção geral de estética" em que uma barriga grandinha não é para se mostrar ou que as mulheres têm de ter todos aqueles corpos de tábua de engomar (atenção que adoraria ter, faço parte da massa - aliás, o meu problema é AMAR massa, até ;)). 

Que bom que ela (ainda) se sente assim. Claro que daria para pensar onde é que ela foi buscar a ideia de que os crop tops isto ou aquilo, da mesma maneira que tem adorado camisolas de alças, mas são as referências que ela tem. Acho-a tão querida. 

Que sorte que ela tem em ter uma mãe que não a faz sentir-se mal com o corpo dela. E de aos 5 anos ainda ter este espaço para se sentir segura sobre si, sobre a sua imagem e usar o que lhe apetecer e como lhe apetecer. 

Quero muito que ela cresça mais confiante e menos espartilhada. Vocês preocupam-se com estas coisas? 


6.17.2019

A quem dão as roupas que já não lhes servem?

Há imensa roupa que a Irene usou quando era bebé que está fechada na arrecadação e que, não sei explicar porquê, não consigo deitar fora. Quer dizer, imagino. É saber que o tempo não volta atrás e que fico ali com uma colecção de roupas que me garantem que ela já foi super pequenina e que já coube no meu braço direito. 

Acreditam que só agora me está a bater isto dela já ter sido bebé e de não voltar a ser? É nesta altura que se começa a pensar em ter mais bebés, não é? Não! Não quero. Agora não. Quem sabe um dia beba sidra suficiente, mas agora ainda me lembro muito bem de tudo, ahah. 

À medida que ela vai crescendo vou tendo maior facilidade em "livrar-me" das coisas. Pronto, é roupa. Acho que não tem a ver com o facto de nos termos tornado bloggers porque, honestamente, não tem revertido assim tanto em roupa... INFELIZMENTE! Continuo à espera dos senhores da Zara a baterem-me desesperados à porta do e-mail a dizer que precisam mesmo muito da nossa divulgação, mas... não. AINDA NÃO. Estou cheia de esperança, claro... 


Há uns meses dava a roupa ou emprestava (não sei como combinámos, haha) a roupa à filha de uma amiga minha. Agora tenho dado à Paula que vem limpar a casa. Ela diz que tem sempre gente a quem dar e eu fico contente. 

No entanto, se calhar, podíamos fazer aqui uma lista de sítios que recebam as "nossas" roupas e que elas cheguem aos sítios certos. Já vi demasiados documentários para não confiar em determinados métodos e, por isso, a ajuda "local" deixa-me mais confortável, mas digam de vossa experiência. Comentem aqui na lista. ;)

E, já agora, depois partilhem pela malta para quem estiver a fazer a revisão de roupa "da estação" também ficar inspirada e doar a roupa a quem precise. 



6.12.2019

Isto acontece a todas as mães solteiras?

Deve acontecer. Pelo menos com a minha mãe acho que também aconteceu. Moramos sozinhas durante muitos anos e lembro-me de dormir na cama dela. 

A Irene implora por dormir contigo e... se vocês soubessem o quanto me custa dizer que não. Ainda para mais havendo espaço na minha cama para ela e poder abraçá-la a noite toda (e levar tareia desalmadamente também que o sono dela é... acima de irrequieto). 




Ainda ontem: "mãe, posso ir dormir contigo?".

Eu: Um dia podes, hoje dormes no teu quartinho.

Ela: Então fica aqui e nunca saias daqui.

Eu: A mãe está sempre por perto quando precisares dela. 

Ela: Fica aqui.

Eu: Por mim voltavas para a minha barriga e assim andavas comigo para todo o lado. 

Aiiiiii... Se pudesse engoli-la engolia. Transformava-a numa Polly Pocket e pronto, estava resolvido. Que chatice. Às vezes custa tanto fazer o que julgamos que é o melhor... principalmente indo contra aquilo que queremos...

De onde vêm as nossas forças? 

Claro que excepcionalmente dorme. E, sempre que está doente também, mas isso não há nada a fazer, eheh. 



6.09.2019

a Mãe é que sabe ajudar #1 - Fomos à casa da Paula, do Francisco e da Amora.

Que felizes que estamos :) Muito obrigada pelas vossas inscrições para a primeira edição do "a Mãe é que sabe... ajudar". 

Pretendemos, com esta iniciativa, além de ajudar mães e famílias no último trimestre de gravidez, ajudar também quem já esteja no após e ainda a habituar-se a tantas as mudanças como foi o caso da família da Paula.

A família da Paula é muito doce, nesta ida a casa dela conhecemos o Francisquinho e a Amora e ficámos a saber que o marido lhe envia flores a meio do dia para dizer que a ama. Que soooorte! Vá lá que não é alérgica, senão seria só chato ;) 




As mães são, talvez, as melhores pessoas para perceberem e reconhecerem as necessidades de outras mães e queremos inspirar mais gente a fazer o mesmo. A, quando tiver uma amiga nestas circunstâncias, afastarem-se dos "bitaites" e dos "olha que" e deitar as mãos à obra. 

Vocês sabem a alegria de sentir que se têm menos coisas que fazer, não sabem? Vamos dar isso umas às outras.

Carreguem aqui em baixo para ver o primeiro episódio ;):





Foi um dia muito muito bem passado. Não só na companhia da Paula, do Francisco e da Amora mas também da nossa equipa vídeo: o Marco e o Chico. 

Aproveitamos para vos por a par das novas toalhitas Kandoo, já conhecem as Aquas? São 99% compostas de água, elevada pureza, multiusos e descartável pela sanita para toda a família, incluindo recém-nascidos. 

E como todas as Kandoo, ajudam na autonomia das crianças no desfralde e, mesmo quando já está feito, tornam a ida à casa de banho divertida :). 

São dermatologicamente testadas e suaves para a pele, delicadas para o rosto e para as mãos dos mais pequeninos e dos mais crescidos. 

E, tal como disse a Paula, são óptimas para levar connosco para onde quer que seja. :) Ficámos fãs, fãs, fãs. 

Gostaram de conhecer a família?

Obrigada, Paula, por nos teres recebido tão bem <3 



6.06.2019

Quem vai hoje ao 5 para a meia-noite, quem é?

ihihihihihi. 

Já fui umas... 3 ou 4 vezes, mas continuo a ficar super entusiasmada. 

Fui uma vez para fazer stand-up comedy, outra como convidada do Pedro Fernandes por causa do meu livro e outra como convidada daquela sexóloga sexy e fui com a Joana Paixão Brás a propósito do blog. 

Desta vez vou como Banana Papaia com a Rita Camarneiro. Vão ver? 


Também podem ver pelo Ruben Rua e pela Marisa Matias maaaaaas... pronto. Era para avisar, 'tá bem? 

Podem ver o primeiro episódio do Banana-Papaia aqui em baixo (ou ouvir nos podcasts da Apple ou no Spotify): 


Querem o segundo? Malucas! Aqui vai: 
Isto tudo gravado nos estúdos Maluco Beleza do Rui Unas :) A marca foi do atelier Oland e o cenário dos Maxuxas. Que equipa ;) <3
Vão ver? ;) 

6.05.2019

Como é que eles vos desenham?

Faço todos os dias um desenho para o lanche da Irene. Quero ajudá-la a ter uma perspectiva positiva da vida e programar o cérebro dela para a felicidade - isto porque vivi durante muitos anos programada para o oposto e não é nada útil. É uma chatice! Então, nos desenhos, faço algo que ela goste, algo que tenhamos feito no dia anterior e que ela tenha gostado ou algo que ela vá fazer no próprio dia que a entusiasme. 

É um miminho. :)

Hoje, ela pegou nos meus lápis de cor e,  sem me dizer nada, levou-me à cozinha um desenho de mim. 

Sou eu, malta: 



Tenho umas pernas gigantes, cabelo comprido e uns braços gigantes. Estou a sorrir... que bom... É mesmo assim que quero que ela me veja. Se calhar gostaria de ter mais dedos, mas estou tão contente.

Eles desenham o que tem mais impacto para eles. E os braços, claramente que são marcantes. Estou de braços abertos... para a receber, para a abraçar. 

Estou  babadíssima. O que querem? 

É bom sentir que independentemente do ruído que tudo se vai encaminhando para onde queremos que vá: amor. 


Quem haveria de dizer? Eu que não senti nada quando ela nasceu, estou profundamente apaixonada por ela. Pela pessoa que ela é? 




6.04.2019

Temos tido azar com os professores de natação...

Não consigo explicar porquê, embora tente e muito.  Esta foi a segunda vez que tentei inscrever a Irene na natação. No ano passado fiz o mesmo e o cenário foi IGUAL - antes que alguma hater venha para aqui dizer "qual é que é a variável comum? tu!", também eu já pensei nisso e, sabem que mais? Acho mesmo que é "azar". 

No ano passado, inscrevi a Irene numa das piscinas que frequentei durante mais tempo e, antes da professora chegar, houve duas aulas em que teve um rapaz que a substituiu. O rapaz era super divertido, brincalhão e, no meio da brincadeira, lá ensinava o que era preciso às crianças. 

Tenho várias motivações para inscrever a Irene na natação: as óbvias e eu adorar nadar e querer fazê-lo ao mesmo tempo.

Depois, quando conheceu a professora, nada sorridente mas muito focada no "trabalho", a Irene disse que não simpatizava com ela. Que ela era antipática. 

E sabem que mais? Tinha razão. A professora, naquele dia, não estava especialmente simpática. Expliquei à Irene que todos temos dias e que iríamos tentar novamente e quase de certeza que a professora já estaria mais bem disposta... mas não. 



Fazer natação naquele momento (e agora) não é algo que seja crucial e fundamental e, por isso, não ia obrigá-la a estar com uma professora que não a fazia sentir-se segura ou que tornasse a natação numa espécie de início de formação para competição ou lá o que é. A questão técnica, aos 3/4 e 5 anos não é algo que me interesse muito, honestamente. Quero que não se afogue e pronto. Se um dia ela tiver gosto por nadar, depois aprenderá a nadar. E lá fará os festivais como a mãe e ganhará as suas medalhinhas que alguém comprará naquela loja que "tem tudo para o desporto". 

Não a obriguei. O meu papel é dizer-lhe que ela não merece ser tratada assim e quero mesmo contribuir para a felicidade da minha filha. Alertei a "piscina" para a reacção da Irene, perguntei se havia outros horários com outra professora e não, não havia. Assim ficámos "em águas de bacalhau". 

Este ano, inscrevi novamente, até para ir com as amigas Luísa e Isabel. E voltou a acontecer o mesmo. As miúdas da Joana estão óptimas e nada disto as afecta. Só a mim e à Irene que devemos ter uma sensibilidade particular ou, então, como pensarão algumas de vocês, somos umas "con*s de sabão". 

Seja como for. 

Reparei que não era aquele tipo de ensino que queria para a Irene. E ela também deixou isso bem claro. Na primeira aula - que curioso - teve um professor substituto que era brincalhão e simpático (talvez por não ser aquela a rotina dele) e, na aula seguinte, quando chegou a professora residente (não sei se isto se aplica também aos professores de natação ou só aos DJs), o ambiente foi completamente diferente. A reacção da professora à inscrição de duas novas alunas foi notoriamente de desagrado (poderá estar hiper mega ultra sobrecarregada e não ter as melhores condições para trabalhar e estar muito frustrada e cansada) e reparei que o trato com as crianças não era afectuoso, era apenas directivo. 

A Irene também me chegou a contar alguns episódios que não tenho a certeza se terão acontecido mas, o facto de eu não conseguir dizer a pés juntos que não aconteceram, faz-me não ter dúvidas e mudá-la de turma ou de sítio - ainda não fui ver outras opções. 

Falei com uma mãe que é isto que ela procura para a filha dela e não julgo. Cada uma de nós teve educações diferentes, tem objectivos diferentes e procura dar coisas diferentes aos filhos. A Irene e eu não nos sentimos bem nestes casos e recuso-me a pensar que sou eu quem está errada. Não me parece ser errado procurar um local ou professor que ensine as crianças a nadar de forma divertida e com afecto. 

Ainda para mais algo... lúdico, por favor!

Posto isto, querem dar dicas de sítios em Lisboa? Please?



6.03.2019

Como é que se faz com este exame médico?

Como muitas vocês estão fartas de saber, a Irene sofre de convulsões febris. Bem, ela não "sofre", quem sofre sou eu. E, por falar nisso, tenho de enviar um e-mail para o INEM para registarem a minha morada no sistema para, numa próxima (que vai haver), demorarem muito menos tempo a chegar. Era importante. 

Bem, visto que sempre que ela tem convulsões aparece febre... são convulsões febris. A verdade é que o padrão dos movimentos e a maneira como ela vai reagindo tem vindo a mudar. Não consigo filmar ao mesmo tempo que estou aflita (estou sozinha em casa) e, por isso, não consegui descrever ao médico em "condições". 

Por isso (daquilo que percebi) é que o médico decidiu fazer um "traçado do sono diurno". Isto é, a Irene tem de adormecer no hospital durante o dia para verem como é que o cérebro reage ao sono e talvez ver qual é a parte do cérebro para onde a electricidade vai nesse estado de (in)consciência para perceber porque é que só um braço reage ou o corpo todo ou lá o que é que acontece, mas pronto. 



Ora, qual é o problema disto? Eu ligo muito ao sono da Irene. Não é uma coisa que seja "minha". Temos lutado muito ao longo dos tempos para que tudo corra bem entre nós as duas e reparei que o sono era uma condição essencial (além de indiscutível para a saúde mental e física) para tudo estar bem. 

Para ela fazer este exame, tem de ser privada de sono de maneira a adormecer. Marquei para as 9h30 da manhã e pensei em acordá-la às 5 da manhã... Mas haverá aqui outra coisa que me está a escapar e facilite as coisas?

O meu problema em marcar para a tarde é que ela adormeça tarde e depois, à noite, só descanse lá para a uma da manhã (até tremo só de pensar nisso, por pensar na seca que seria estar à espera que ela tivesse sono ou, então, sair com ela para o Lux, vá). 

Alguém por aí que me possa ajudar a tornar isto mais... orgânico e menos custoso para a Irene? 



5.28.2019

E porque é que eles se portam mal?

Se calhar dava jeito que, nas maternidades, em vez de nos darem algumas amostras de gel de banho para eles, darem uma espécie de guidelines que nos ajudassem a não ter que aprender a bater com a cabeça determinadas coisas. 

Claro que também podemos ir pesquisando, mas antes nem sabemos o que pesquisar e... durante... começa a aventura! Alguém consegue ler dormindo 32 segundos por noite? Bem me pareceu. 



Cruzei-me com estas imagens (as de baixo, a de cima foi nas nossas férias) no facebook hoje na página de uma senhora (não conheço a senhora, nem o trabalho, por isso não estou a dar endorsement a tudo o que ela faça) e estas imagens pareceram-me tão, mas tão úteis e simples. Obrigada, Little Lion ;) Vamos a isto? Quanto tempo demoraram para aprender cada uma? 


Atenção que o estar entre aspas é crucial. Elas não se "comportam mal". Elas estão sempre certas, nós é que não as compreendemos e julgamos os comportamentos por nos estarem a atrapalhar ou a irritar. 



Informem-se por favor das necessidades de sono médias de uma criança com a idade dos vossos filhos. Digo "informem-se" porque nem todas conseguimos ver os sinais e nem todas as crianças evidenciam da mesma forma. 





E, por estrutura, leia-se também rotinas. Ter as regras do jogo delineadas antes de o começar. Também as crianças gostam de saber com o que contar até para que cumpram expectativas. 


Aqui não é "mal" é "mau" e, mesmo assim, já sabem que o que se quer dizer aqui é a criança chegar a fazer coisas que já sabe a priori que não estão de acordo com o que lhes é exigido. 


Isto serve para todos nós, não é? 



Esta aprendi só recentemente. E que diferença gigante, caramba!



Not helping. 



Quando escrevemos posts em que sugerimos que determinada abordagem não é a mais útil, também somos convidadas por vocês - e bem - a que proponhamos ferramentas. Neste caso, esta mudança de mindset, perceber estas premissas, irá com certeza ajudar tanto cada uma de vocês como me ajudou a mim. E à Irene. 


Querem acrescentar mais algumas? 





5.27.2019

Eles não deviam ir para a escola.

Já pensei nisto centenas de vezes. Na maneira como escolhemos organizar o mundo em torno do dinheiro e das necessidades não essenciais nas quais nos focamos tanto para nos iludirmos com uma sensação temporária de satisfação em vez da de "felicidade" ou calma mais constante.  Foi uma frase muito...? Agora andam a dizer-me que às vezes entro em modo guru e que não me calo mas... convém irmos pensando nas coisinhas porque para estar em modo automático temos os electrodomésticos. Se somos racionais, convém usarmos isto da... racionalidade? Diria. 

Já me irritei. Já me irritei achar que as mães e os pais não deviam estar a trabalhar para pagar as escolas onde os miúdos ficam para as pessoas tomarem conta deles, mas depois da reunião da semana passada na escola e estando a Irene a passar por uma fase boa, não consigo não... mudar um pouco o mindset. 

A Irene já tem 5 anos. Obviamente que acho horrível - principalmente os pais não querendo - que as crianças tenham de ir para infantários e creches por falta de direitos, de liberdade, de compreensão da entidade patronal... por tudo. Acho mesmo que devíamos focar-nos mais na questão da parentalidade como um bem essencial para que o mundo melhore e continue a existir e deixarmos de ver as pessoas meramente como ferramentas para obter mais dinheiro. Porém, na maioria dos casos, é assim que funciona. Ainda. 

Há quem tenha de voltar a trabalhar com 3 meses de pós parto e 3 meses de bebé e isso devia ser crime. Estando a recibos ou a contrato, o quer que seja, fazer isto a uma família é algo com o qual nem os próprios patrões deveriam compactuar. Antes de serem patrões, são pessoas e um dia calha-lhes no colo serem mães e pais e espero que ponham a mão na consciência. 

A questão é que muitos patrões até já o são sendo pais mas estão muito focados no trabalho e, por isso, consciência destas coisas é infelizmente um espaço que não lhes assiste dada... a urgência do trabalho. Tudo é legítimo. É mas é escusado serem as crianças a pagarem por isso e, ja agora, os pais que querem dar-lhes a atenção que eles merecem. 

Fomos tomar um brunch só nós no outro dia, foi tão, mas tão bom... 

Estou irritadinha hoje, não sei se é de andar a dormir pouco, mas depois compenso nos próximos posts com mais simpatia, vá. 

Bom, seja como for. A Irene agora tem 5 anos. Está crescida. Deixá-la na escola não tem sido um drama. A minha vida está mil vezes melhor, estou muito mais feliz (e, newsflash: estas coisas estão ligadas umas às outras). Na reunião do colégio em que puseram a par de todas as actividades e jogos que têm vindo a fazer ao longo do ano (nesta escola e nesta idade a aprendizagem é feita em torno de brincadeiras e em momentos propostos pela professora e outros pelos alunos) e confesso que, pela primeira vez senti que afinal isto até está certo. "Nem tanto ao mar, nem tanto à terra". Tendo a sorte de encontrar uma escola que nos deixe descansadas e professoras nas quais consigamos confiar, faz muito sentido que as crianças passem os dias em conjunto e que haja uma orientação de alguém que também os ame (que seja uma espécie de mãe da escola, nesta idade) e que saiba o que está a fazer. Que além de ter sido formada para isso, também tenha vocação para o mesmo. 

Claro que não quer dizer que passassem 8 horas na escola ou às vezes 12h (que dor para TODOS), mas a escola não é um sítio errado ou mau - sendo a escola certa. A falta de liberdade de horários é que é horrível. 

Muita sorte tenho eu de conseguir para já ser freelancer e de a poder ir buscar a partir das 16h. No entanto, que bem que lhe faz. E que bem que tomam conta dela e a ensinam. O resto têm de ser os pais e a família a fazer ;). Mas, para isso, tem de haver tempo e descanso, caramba. E "trompas" para, mesmo cheias de medo, ajustarmos a nossa vida às nossas prioridades o melhor que soubermos. 

Aqui entre nós: a Irene só foi para a escola aos 2 anos e meio. Mesmo sentido tudo isto agora, nunca a teria posto mais cedo (porque pudemos tê-la em casa, claro). Há uma diferença gigante entre os 3 e os 5. E antes dos 3 achei mesmo - no caso da Irene, pelo menos - uma violência muito grande para todos.





5.26.2019

FINALMENTE! A 2ª parte da conversa com Madalena Abecasis.

Não quero ser spoiler, mas acho que sofri de bullying da tia Lena neste vídeo. Um privilégio. Obrigada, 'miga. Cê é um máximo. 

Tivemos de aproveitar a conversinha toda para pedir uns conselhos à Madalena. Nomeadamente: onde é que a Joana Paixão Brás deveria fazer uma tatuagem, o que é que ela achava verdadeiramente do meu outfit e, já agora, da minha tatuagem enorme de tamanho motoqueira. 

A tia foi, como sempre, muito franca excepto quando lhe perguntamos por projectos pessoais... Grrr... será que vocês apanham um trejeito qualquer que nos escapou? Será que conseguem descortinar algo que a nós nos passou ao lado?

Toca analisar a fundo, Dona Madalena Abecasis, a rainha da fritura da classe alta da internet (óooooptima!)

Sigam-na, já agora aqui: @madalena_abecasis


O primeiro segundo da reacção da Madalena à tatuagem... promete ;)


Vejam, já agora, a parte 1 da conversa se estiverem a apanhar isto a meio aqui: (Quase) Tudo sobre Madalena Abecasis - Parte 1 

5.23.2019

Não vou trair a Joana Paixão Brás... mas há outra mulher na minha vida.

A Joana, até agora, tem estado a reagir bem. A verdade é que além deste casamento por aqui com a Joana, agora tenho... uma amante: a Rita Camarneiro. Já a conheço há milhares de anos (até foi ela a responsável pela Irene existir, um dia conto-vos).

Não vou estar menos presente por aqui. Vou estar, dividida, vá. O meu coração de mãe está aqui, a minha alma de comediante está com a Rita. Não é por mal, mas... opá. Não sei. Ficou esquisito? 

Fotografia de Edgar Keats.
É um programa que nasce nos estúdios do Maluco Beleza do Rui Unas, mas que assenta por completo na nossa essência de... bem, pessoas... engraçadas? Não sei, não sei o que vos diga.

Já temos instagram, sigam-nos se não forem facilmente chocáveis: https://www.instagram.com/bananapapaia/

E ontem fomos ao Maluco Beleza Liveshow. Querem ter uma amostra daquilo que vai acontecer? Então, vá:







Vai passar a sair aos domingos à noite. Para já é um episódio por semana, mas depois logo se vê. Andamos as duas cheias de ataques de ansiedades e a tremer do olho, mas aqui vamos nós. 

Quem desejar-nos boa sorte? ;)