10.27.2019

EXTREME MAKEOVER À JOANA GAMA - ou a rotina de beleza de que ninguém quer saber

Estão para aí todas histéricas - e histéricos - por saber o que este naco que é a Joana Gama põe naquela cara para ficar ainda mais linda, já sei. Por acaso a moça até tem jeitinho para se maquilhar, digo eu, praticamente leiga no assunto. Tirando o dia em que veio cá a casa, tinha a Irene um mês para aí, e , quando abri a porta, só vi umas maçãs do rosto muito marcadas e uns lábios muito rosa barbie (até hoje brincamos com isso), acho que a moça sabe não exagerar e ficar com uma make up leve que lhe realça a beleza natural. Juro que ela não me comprou com kinders para lhe fazer estes elogios.



Vejam lá este antes e depois, que vale imenso a pena, mais não seja porque filmei descalça dentro da banheira da Gama, arriscando-me a contrair pé de atleta ou assim.





Só para o caso de terem esbarrado connosco só agora, somos duas Joanas, uma com duas filhas e claramente mais cansada e lenta, uma com uma filha e claramente mais maluca: Joana Paixão Brás e Joana Gama respectivamente. Além deste bonito blogue, podem seguir-nos também  no instagram em amaeequesabe.pt e em joanapaixaobras e joanagama

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Ah! Só mais um recado: estamos a preparar mais um A Mãe É Que Sabe Ajudar, em que iremos a casa de uma recém-mãe ou grávida quase quase quase a parir, levar jantar, passar a ferro ou ajudar no que for preciso. Levamos presentes e, por isso, se as marcas desse lado se quiserem associar, são bem vindas. Email: amaeequesabeblog@gmail.com


10.24.2019

Falam do corpo com as vossas filhas?

Uma vez vi um programa na TV da Tyra Banks em que se falava de limites para aquilo que os nossos filhos conhecem sobre nós, sobre o nosso corpo e sobre a nossa intimidade.

Basicamente, entre outras coisas, toda a gente discordava da ideia de os filhos verem os pais nus em casa. Tomar banho com os filhos então, nunca. Apesar de compreender que não temos de ter todos o mesmo à-vontade com o corpo, de termos limites diferentes, de compreender que para algumas pessoas isso possa ser a forma de lhes ensinar que o corpo deles é íntimo e só deles – e que mais ninguém tem de ter acesso a ele - lembro-me de achar aquilo tudo impregnado de um puritanismo sem fim, sem qualquer contraponto. Parecia uma seita.

Se eu estivesse lá, teria dado o meu exemplo: vi várias vezes os meus pais nus, na casa de banho, tomei banho com os dois, ainda hoje tomo com a minha mãe se for preciso, e não é foi por isso que não aprendi que o meu corpo só a mim pertence, que sou eu que crio as minhas regras, e que não é por isso que a minha intimidade ou privacidade sai afectada. Pelo contrário, sempre vi nos meus pais – com as devidas ressalvas – uma família aberta a todo o tipo de conversas (uma versão mais soft da cena do Alfred Kinsley à mesa com a família a falarem sobre sexo, por exemplo). Isso ajudou-me a não ter medo de questionar, a não ter grandes tabus sobre nada. Não ter grandes tabus ajuda-nos a chegar a mais informação e a querer resolver uma série de questões íntimas.

Quero ter esse tipo de relação com as minhas filhas, respeitando, claro, a vontade e o direito delas a não quererem mostrar o corpo, a fecharem a porta da casa de banho, como é óbvio, ou a não quererem abordar alguns temas. Tudo legítimo. Mas, sinceramente, acho (ou espero) que o espaço de partilha e naturalidade com que abordo estes temas com elas lhes vai dar uma grande leveza.

Toda a gente sabe que nunca mais vamos sozinhos à casa de banho, desde que somos mães e, curiosas como são, já têm uma ideia, mesmo que por alto, para que serve um copo menstrual ou um penso higiénico. Acredito que isto levante para aí uma onda de criticas e o diabo a 4, mas eu prefiro ir-lhes explicando – em linguagem que percebam – o que nos acontece, mulheres. Que não tenham nojo do seu corpo. Que não tenham medo de perguntar. De falar sobre as coisas. [Não faço ideia se isto é ser demasiado liberal, mas cada vez gosto menos de rótulos]. É como funcionamos cá em casa. É aquilo em que acredito. Acho que esta abertura (tem piada esta expressão aqui) veio muito da minha mãe. O cuidado com a higiene íntima também. Desde sempre aprendi, com ela, que o produto com que lavamos o pipi não é o mesmo com que lavamos o corpo.

Que há todo um pH específico, uma flora a respeitar (e agora veio-me a Greta Thunberg à cabeça, desculpem-me a infantilidade) e sempre me lembro de ver o frasquinho ao lado do sabonete, na banheira. As minhas filhas também me vêem a usar produtos diferentes. E também elas já sabem que há um produto específico para elas, cor-de-rosa. Não sabia, mas descobri este ano a importância das nossas filhas usarem um gel ultrasuave para a higiene íntima diária. Usamos (usam elas) Lactacyd Girl. Tem de ser diferente do nosso porque elas têm um pH mais alcalino que o nosso. Além disso, é mesmo importante este cuidado porque têm a mucosa mais frágil, os grandes lábios são pequenos e não têm pelos púbicos, por isso estão mais susceptíveis. Sabiam que entre 80/90% das consultas pediátricas ginecológicas nas miúdas têm a ver com vulvovaginites? Eu já tive infecções e vaginites e sei bem o desconforto terrível que é, por isso, tudo o que puder evitar para que elas tenham, farei. Também não estão aconselhados banhos prolongados, de imersão; é importante usarem roupa interior 100% algodão, aprenderem a limpar-se (de frente para trás); e usar de preferência roupas largas e respiráveis é o melhor a fazer (as leggings dão imenso jeito, mas não são muito fixes, neste caso).

Esta é daquelas coisas em que ajuda muito darmos o exemplo. Assim, ficam com este hábito já enraizado, desde pequeninas, e ficam a saber que temos de tratar muito bem do
nosso pipi. Sem tabus, por favor.



*Pub - Post escrito em parceria com a Lactacyd

10.22.2019

E os filhos que se portam muito pior com as mães?

Tenho ouvido isto a torto e a direito. E quando morava com o pai da Irene também reparei que acontecia entre nós. Hoje fui pesquisar se havia um motivo e claro que a internet tem imensas respostas para tudo - ainda que a maior parte seja cancro. 

Encontrei esta resposta que me agradou: 

Eles portam-se pior connosco porque sentem mais facilmente o nosso amor incondicional. Somos uma espécie de depósito para todos os sentimentos maus e, supostamente, se há alguém que consiga fazê-los sentir melhor somos nós. 

Isto não é contra os pais. Há muitos pais que são mães. E há muitas mães que não o são. Há avós que são mães, etc. É quem quer que assuma esse papel, até existindo "mãe" ou não. 

É como se tivéssemos direito aos sentimentos não processados, sem medo. Além disso, na escola, estão normalmente "contidos" e, quando nos vêem, somos a almofada, o quentinho, o útero, vá. 


Na primeira escola da Irene foi doloroso. Sempre que a ia buscar, ela desfazia-se em lágrimas muito aflita quando me via. Havia vários motivos para isso, mas era uma explosão gigante de tensão. Com o pai não tinha a mesma reacção, acho. 

E ainda bem que assim é. Assim temos oportunidade de os ajudar a lidar com os sentimentos da melhor maneira. Ainda bem que não se limitam connosco. E quanto mais espaço dermos, mais naturais vão ser e, por isso, melhor os conseguimos ver. 

Não deixem que vos convençam que eles reagem pior convosco porque os estão a mimar demais. Estão a amar como deve ser. E eles sentem isso. E agradecem assim.


Embora seja tão chato depois de um dia inteiro de trabalho, não é? 




Temos novo podcast para vocês e é sobre seeeeeeeexoooooooo: