9.30.2019

Então e para quando o terceiro filho?

É uma das coisas que mais me perguntam: então e para quando o terceiro filho (ou versão: então e vais ao menino?)? Acredito que quando se tem três se pergunte se vão ao quarto. Ou se vão ficar por ali, em tom de brincadeira. E quando se tem quatro se pergunte se foi planeado (ahah que horror...).

Para desilusão de alguns - sinto-, não planeio ir ao terceiro filho, pelo menos nos anos mais próximos. Tenho 33 anos, duas filhas, de 5 e 3 anos. É certo que em sonhos antigos, com esta idade, já teria uns quatro filhos, mas guess what?: mudei de ideias. Para dizer a verdade, eu não jogava com o baralho todo antes de ser mãe. Não é que agora jogue, mas pelo menos percebi que, nestas coisas, não se pode fazer demasiados planos. Não dá para definir isto antes de ter a experiência. É ir vendo, passo a passo, como estamos, como nos sentimos, como vai a vidinha, o que queremos realmente, do que queremos abdicar ou não. 

Estou numa fase mais auto-centrada agora. Claro que as minhas filhas vêm em primeiro lugar, mas sinto que estou, finalmente, a conseguir ter espaço para ambas e para mim. Para algumas pessoas isto não é importante, há outras prioridades, ou conseguem fazer outro tipo de malabarismo que eu não aprendi a fazer, ou fecham os olhos, lançam-se num próximo filho e "tudo se faz" mas, para mim, um filho, neste momento, não vinha nos planos. E não vem, só se o DIU me falhar. 

A novidade é que dantes este era um tema que me causava algum desconforto. Sentia que estava com as minhas prioridades trocadas e que se quisesse mesmo fazer outras escolhas, poupar nas viagens que fazemos, comer menos fora, deixar-me de querer ter tempo para mim, conseguiria ter mais filhos... mas agora não. Agora sinto que não tenho de ter mais filhos. Que não está escrito. Que não é suposto. E que não preciso de ter. Que estamos bem assim. Que somos uma família linda e completa. E que as minhas escolhas não têm nada de errado. Que estão certas, porque são as minhas. Dantes queria muito trazer ao mundo pelo menos mais um bebé, mais uma criança fantástica, ter o prazer de descobrir tudo de novo, criar mais relações entre todos que nos fizessem crescer, ver mais alguém tornar-se adulto. Mais amor, mais hormonas, mais vida. 

Agora quero ser feliz com o que tenho. Que já é tanto. Que continua a ser um desafio, mas que me dá tanto prazer. Que já me preenche tanto. Que já tanta alegria dá a tanta gente. 

Fiquei comovida hoje a ouvir, no quarto ao lado, a minha mãe a brincar com as miúdas. Estava a ver uma série, deitada na minha cama, a descansar. E ouvi as gargalhadas. Acho que agora estou mais atenta a tudo. Estou diferente. A aproveitar tudo melhor. [Mesmo que cheia de dúvidas, de momentos de desespero, de momentos em que não compreendo nada, nem me compreendo a mim]. Só que também por estar mais sensível, sinto tudo mais. Estou mais alerta. O que era bom agora é óptimo.

Agora eu, agora nós. Só (tanto) nós. 

Depois, logo se vê. 

Fotografia: Joana Sepulveda Bandeira do The Love Project

Mais alguém que sinta que já fechou mesmo a loja? Ou que dificilmente aumentará a família?



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9.29.2019

Não senti nada pela minha filha quando nasceu.

Bem, tal como algumas vocês dizem (às vezes de maneiras menos charmosas): "vamos por as mamas da Joana Paixão Brás" de parte. Só durante um bocadinho. Ainda que, com aquele aconchego, suspeito eu que nunca tenham estado tão juntas.


Bom, falemos de coisas mais... coiso. 

É bem polémico este título, mas não deixa de ser verdade. Quando a Irene nasceu, houve algo em mim que pareceu não funcionar. Pelo menos de acordo com aquilo que eu esperava e tinha visto nos anúncios de televisão ou que as outras mulheres me tinham contado. Será expectável? Terá sido consequência de um parto atribulado? Ou apenas o desenrolar previsível de alguém que estava aterrorizada com a experiência de ser mãe? Seja como for, há coisas que todas nós podemos tentar garantir para termos partos melhores. Ouvindo os relatos umas das outras talvez nos dê mais ideias daquilo do qual nos podemos tentar proteger e até sugerir. 

Este foi o post que escrevi em Dezembro de 2014 que reuniu muitos comentários de mães que passaram pelo mesmo. Somos muitas: https://bit.ly/2mKIANj








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9.24.2019

Deixar de passar a roupa a ferro?

Já há que tempos que penso sobre isto. Quando era mais nova e morava sozinha (sem Irene, entenda-se) e a minha roupa ia ser lavada a casa da mamã (ahh... luxos), obviamente que nem era uma questão. Depois, quis dar o grito de Ipiranga (acontece) ao pensar "epá, preciso da roupa passada para quê?". 

A verdade é que não uso camisas, nem outros tecidos que fiquem verdadeiramente asquerosos se não forem passados a ferro. E, durante uns meses... ou até um ano, não passei a roupa. Era prático, útil, mas confesso que não me deixava vaidosa. Ia até semi constrangida para o trabalho ou actuar - mas o que seria dar-me ao trabalho de passar a ferro. Por acaso, até tentei várias vezes, mas o que me fez desistir foram os lençóis de baixo de elástico. Não há maneira daquilo não azucrinar o meu OCD, que nervos. 



Depois, à medida que a vida foi avançando, não consegui prescindir. Ter a roupinha toda arrumada e passada é bom para me sentir eu própria mais bonitinha e arrumada. 

Houve um dia em que disse à nossa empregada que não valia a pena passar a roupa do bebé a ferro. Era tão pequenina que, bem espapassada, fica bem arrumada. Ela ficou assustada e disse: "nem pensar, o ferro mata as bactérias!". Claro que não queria perder aquelas horinhas a mais que recebe por passar a nossa roupa, mas... será mesmo assim? 

Há quem diga e defenda isto de se deixar de passar a roupa não só por questões ambientais, mas também para irmos contra a convenção social que nos obriga de estarmos "a direito" também na roupa. 

Depois há as outras pessoas que dizem que a roupa é um bom indicador da personalidade e roupa amassada não ajuda a que retiremos boas conclusões dos outros e da maneira como se tratam a si mesmos, por exemplo. 

A favor da "campanha": 

Quem defende a campanha diz que uma casa em que não passe roupa é o equivalente a plantar 7 árvores (embora não digam quanto tempo equivale a que número de árvores onde li). 

Não ter de passar a ferro. 

Não ter de pagar a alguém passar a ferro.


Contra a campanha: 

Ter a roupa toda torta no armário.

Dar muito nas vistas por não ter a roupa "em condições". 

A questão de higienização da roupa por estar a ser passada a ferro a altas temperaturas (?)


Já pensaram nisto? Mudaram? Querem opinar? 





Entretanto, têm um vídeo novo para ver, sobre os maravilhosos bagos da outra autora deste blog. Ela por aqui esclarece todas as vossas dúvidas, mas não só! Vamos oferecer meia mama às nossas leitoras, ahah. Por acaso, tive oportunidade de falar com o médico dela e perguntei se podia pôr duas mamas. A resposta está aqui em baixo: 




Para além disso, agora que a Joana Paixão Brás está de férias, vamos continuar a render o peixe no nosso último episódio de podcast. Querem ouvir? É sobre os nossos maiores sonhos (ou o da Joana que faloooouuu... faloooouuuuu...). 


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Para além disso, marcas onde trabalhem ou que conheçam alguém que lá trabalhe, querem entrar no projecto "a Mãe é que sabe ajudar"? A Joana Paixão Brás e eu vamos durante um dia a casa das da família vencedora do passatempo e além de oferecermos a nossa ajuda durante um dia inteiro, também queremos levar produtos e prendas connosco. Querem entrar? Enviem-nos um e-mail para amaeequesabeblog@gmail.com