6.19.2019

Primeira vez de férias no Algarve com os avós – suspiro!

Esta semana vai de férias com os avós. Vão as duas. As quatro. Primeiro ano que vai rumo ao Algarve com as primas e o meu orgulho é proporcional à minha pieguice. Nunca estivemos tanto tempo separadas.


A primeira vez que nos separámos, a Luísa ficou com o pai, fui eu com um amigo até ao Porto dois dias. Depois, meses mais tarde, fomos os dois até Madrid. Seguiram-se as Maldivas, na lua-de-mel; pouco depois São Tomé e Príncipe. Podia dizer-se que já tenho mestrado em ir de férias sem as minhas filhas, mas a verdade é que foi sempre diferente. Era eu que ia. Elas ficavam cá em casa, continuavam com as rotinas e, parecendo que não, isso dava-me algum conforto. E foi sempre menos tempo do que desta vez, que vão ser quase duas semanas.

Acho sinceramente que ela está preparada, eu nem por isso. Mas não quero que seja a minha pieguice a limitar os horizontes delas, a rede de segurança e de afectos. Quero que contem com os avós para tudo, que lhes conheçam bem as expressões, o colo e até que se lambuzem de gelados todos os dias. Que dêem a mão, as duas, que brinquem muito na areia com os primos e que mergulhem na piscina. Vai ser a terceira vez da Isabel, que começou precisamente a ir rumo a Cabanas de Tavira com os avós precisamente com 3 anos. Já sente borboletas na barriga. Espero que a Luísa queira repetir este ritual todos anos, com os meus sogros e as primas. Eles são uns avós de coragem, por irem com as quatro! Confiamos muito neles. E só lhes temos a agradecer. Que elas sintam essa confiança sempre também. Que venham cheias de histórias para contar e memórias.


As malas estão feitas e desta vez não exagerei. Levam apenas uns sapatos, muitos vestidos, calções e t-shirts e um casaquinho para os dias mais frios. E um corta-vento, que este junho anda assim meio maluco. Levam também o spray de Garnier Ambre Solaire, testado sob controlo pediátrico e que tem, assim como toda a gama Ambre Solaire, 100% filtros orgânicos que respeitam o ecossistema marinho. Gostamos em formato spray, facilita imenso, e sempre, claro, com protecção muito alta contra os raios UVA e UVB. Apesar deste ser o nosso eleito e o que levámos para Porto Santo na semana passada, quando formos de férias em julho quero experimentar a Bruma anti-areia, que me parece incrível. Já experimentaram?


Esta noite vou dormir agarradinha a elas, sabem a sensação? Ainda não foram e eu já estou cheia de saudades. Conseguem ou conseguiriam, se pudessem, deixá-los ir?


*Post escrito em parceria com a marca

Ela quer usar crop-tops e eu deixo.

Não sei quanto a vocês, mas para mim a "barriga" sempre foi algo com o qual lidei mal. No início, achava que era barriguda porque tinha engolido demasiado ar para arrotar e que nunca tinha saído. Depois, sempre que usava tops ou que tinha coragem nesse dia, passava o dia todo a encolher a barriga ou, quando me sentava, a tapar com camisolas. 

Nunca gostei de me ver de tops, mas queria muito gostar e sentir-me capaz. Agora que vou ver as fotografias da altura, claramente existia (e ainda deverá existir) um desfasamento muito grande entre aquilo que eu sentia e "como estava". 

Não conheci ainda nenhuma mulher para quem a questão do "peso" não a atormentasse de alguma forma. Sabemos todas, mesmo que não saibamos explicar, de onde isso tudo vem. Dos media, claro, das nossas mães e também de uma necessidade normal de querermos sentir-nos atraentes por sabermos que isso é uma característica importante para atrair os pares. 

Novembro de 2017 - quando ainda não me irritava tirar fotografias em que corte os pés às pessoas. 


A Irene sempre teve uma barriga grande. Quando acabava de mamar parecia um balão daqueles das feiras. Mais tarde viemos a fazer alguns exames e também era por ter o baço (espero não estar enganada - será o fígado?)  com um volume no limite máximo da normalidade. 

Entretanto parece que, depois de "apalpada" pela médica, já voltou tudo ao normal, mas continua barriguda. Até a professora dela fala com carinho da barriguinha "de bebé" que ela tem. 

Depois da consulta com a médica, fomos chamados à atenção para o percentil dela, que tinha havido uma subida de dois no espaço de um ano. Muito se pode dizer sobre estes percentis, mas devem servir como... "guia" ou apenas como um sublinhar de algumas atitudes, diria. Vamos ter mais atenção à qualidade da alimentação da Irene e nomeadamente aos açúcares como a Dra. apontou. 

Entretanto, a Irene tem querido usar tops. Lá lhe comprei uns tops, daquelas t-shirts mais curtas da Zara e lá vai ela toda contente de vez em quando para a escola, com a barriga para fora toda orgulhosa. Aquilo, confesso, que me dá alguma satisfação de ver. A forma como a Irene ainda não foi afectada pela "noção geral de estética" em que uma barriga grandinha não é para se mostrar ou que as mulheres têm de ter todos aqueles corpos de tábua de engomar (atenção que adoraria ter, faço parte da massa - aliás, o meu problema é AMAR massa, até ;)). 

Que bom que ela (ainda) se sente assim. Claro que daria para pensar onde é que ela foi buscar a ideia de que os crop tops isto ou aquilo, da mesma maneira que tem adorado camisolas de alças, mas são as referências que ela tem. Acho-a tão querida. 

Que sorte que ela tem em ter uma mãe que não a faz sentir-se mal com o corpo dela. E de aos 5 anos ainda ter este espaço para se sentir segura sobre si, sobre a sua imagem e usar o que lhe apetecer e como lhe apetecer. 

Quero muito que ela cresça mais confiante e menos espartilhada. Vocês preocupam-se com estas coisas? 


6.18.2019

À minha filha mais velha


À minha filha mais velha.

Tens 5 anos. Nódoas negras nas pernas, ou não fosses minha filha. Muito persistente e destemida, desde miúda. Não me esqueço do quanto treinaste para conseguires saltar. Ou soprar. Agora queres nadar. Patinar. Mesmo que tenhas de engolir uns pirolitos. Ou cair não sei quantas vezes. Admiro a tua persistência. És óptima em jogos de tabuleiro, de memória, no Uno e ontem até no Mikado. És inteligente, prevês o teu jogo e o dos outros e usas estratégia em cada jogada. Dás-nos um baile. E és também sensível. Preocupada com o plástico nas praias, com os animais. Falas da morte com alguma regularidade. Gostas de jogar futebol e adoras o Bartolomeu. Dizes que vais casar com ele. Nem sei que te diga...

Hoje pedi-te que tomasses conta da mana e respondeste-me logo que sim, que ela é pequenina. Não sei se esta responsabilidade toda é demais para uma miúda de 5 anos, mas assim aprendes que temos de cuidar dos nossos, sempre. Acho que sou a pessoa que melhor te conhece no mundo e adoro tudo em ti, até a voz de desenho animado que me fere os tímpanos quando estás em modo birra. Isabel, és única!

Boas férias.

Já com saudades, mãe. ✨