5.14.2019

"Este puto é um mal-educado!"

Ainda bem que abriram o post apesar do título sugerir que fosse um post todo moralóide e cheio de cenas. Não é. 

Está um dia tão bonito - estou a escrever isto segunda-feira à tarde - e só gostaria que toda a gente tivesse a mesma sorte que eu (e umas quantas vocês) de aproveitar. Nem sempre retiro prazer destas coisas mas outra coisa que ninguém nos disse é que... ser feliz também dá trabalho. 

No outro dia, a folhear uma revista muito gira chamada Lunch Lady (uma revista australiana), deparei-me com um artigo mesmo muito interessante, que fez mesmo muito sentido.

Eu feita parva no meio da minha sala a tirar uma fotografia com o temporizador do telemóvel.

Revista Australiana Lunch Lady que tem várias receitas de snacks e refeições saudáveis, artigos sobre parentalidade inspiracionais e muito anúncios de slow fashion e de compra consciente. 

Lembrei-me só das parvoíces que a Super Nanny andou para aí a dizer a a espalhar num meio de comunicação tão abrangente como a televisão mas, mais uma vez, o dia está bonito e vou focar-me no que é bom e positivo - dá trabalho. 

Encontrei um artigo nessa revista chamado "Love Bombing" em que estiveram à conversa com um psicólogo infantil (assim parece que estão a dizer que o psicólogo não tem maturidade: "gostei do psicólogo, mas era um pouco infantil") chamado Oliver James.


E ele, neste artigo, propõe uma abordagem muito interessante quando sentimos que os nossos filhos estão a falar uma linguagem completamente diferente da nossa, quando fazem tudo ao contrário, quando parece que se comportam mal só para nos enervar, etc. Isto é, quando a relação entre pais e filhos fica definida por falta de comunicação, entendimento, tensão e conflito. Quando é esse o estado "normal". 

Acho que todas nós já passamos por isso enquanto filhas ou, mesmo enquanto mais, há fases mais bruscas que outras, em que nos encontramos menos com os nossos filhos. Já me aconteceu. E vai acontecer mais vezes, certamente. 

Apesar de todos andarmos à procura de soluções milagrosas, de comprimidos que resolvam problemas emocionais e relações. As coisas até poderão funcionar assim no que toca a uma candidíase recorrente (vá), mas não no que toca a construir uma relação em família. 

Porém, este "Love Bombing", esta ferramenta, atitude ou comportamento, vá, promete e tem cumprido mudanças muito intensas nas dinâmicas familiares. Parte da premissa que existe algo comum a todos os comportamentos problemáticos como a agressividade, desobediência, hiperactividade, timidez, ansiedade social. É o medo que os une e a resposta sistemática (e primária) de "fight or flight". 

Apesar deste artigo do público falar muito da experiência em moscas da fruta, também explica bem (em português) o que é este mecanismo de fuga ou de paralisia.


Voltando ao psicólogo infantil ( na na na na na - ler a cantar de forma imbecil), quando as nossas crianças sentem medo, reagimos de forma adequada que é abraçando-as. Quando têm outras reacções, visíveis através destes comportamentos originados pelo medo, respondemos de maneira oposta: sem empatia, com mais conflito, rejeição e castigo. Isto cria uma dinâmica, não é? Que aumenta, ainda por cima, aquilo que causa o comportamento da criança e que provoca a nossa reacção também primária, insegura e territorial...

Acredito que somos nós, os adultos e os pais, quem tem o dever de terminar com esta dinâmica ou de, pelo menos, dar o nosso melhor. Estando conscientes do que estamos a fazer. 

O tal psicólogo propõe então isto da "bomba de amor" que consiste em passar um dia inteiro (ou ainda mais tempo) em que é a criança quem escolhe tudo aquilo que quiser fazer: as actividades, a comida, a conversa, tudo. Sendo a única coisa que o pai tem que fazer é estar presente, disponível e com peito aberto para amar a criança (não estar preocupado com outras merdas e respeitar o que está a ser feito, vá). 


Isto traz algumas descobertas fantásticas para ambas as partes, sabendo os pais brincar. Não é o mesmo que tempo de qualidade, atenção. PAra que isto funcione é imperativo que seja criado um espaço DIFERENTE da rotina diária. Até poderá ser planeado com antecedência pela criança, podemos atribuir a conotação de "eish que grande dia que aí vem" como fazemos com os aniversários... podemos dizer-lhes para escreverem (ou enumerarem) uma lista de coisas que querem fazer...

A ideia é dizer que sim. Enchê-las de amor. Vão sentir-se mais seguras, sentir que ganharam um pouco mais de controlo e faz maravilhas pela relação. Os pais, fora daquela bolha habitual de "má onda", são capazes de voltar a olhar para os filhos como as crianças que são em vez de "inimigos" ou representantes ambulantes do seu fracasso enquanto pais. 

Não podem dizer "não faças isto ou aquilo" ou "não temos tempo para aquilo" ou "isso é parvo". Durante um dia - desde que não se ponham em perigo ou não queiram ir ao País de Dori (não sei onde é que é isto que a Irene quer ir), digam que sim. Aceitem a brincadeira. Podemos não ir ao País de Dori, mas podemos ir dar um passeio no jardim e fingir. Alinhemos.



Claro que isto é um artigo resumido. Não está aqui a salvação da humanidade, isto faz parte de uma filosofia maior que é "deixar as crianças serem crianças" e a importância de brincar. Tenho ali outro livro para ler sobre isso, depois também vos digo qualquer coisa.

Achei isto muito interessante. Já conheci pessoas que, nestas fases, desesperadas recorrem imediatamente a um psicólogo (ferramenta que conhecem e não tenho nada contra), mas ter esta ideia aqui debaixo da manga para quando for preciso só me parece útil. 

O que acham vocês?



5.13.2019

Primeiro dia de natação para as três!

Sentia, já há algum tempo, que andava a protelar imenso. Primeiro porque não tinha vontade de cortar os nossos fins-de-semana a meio com aulas de natação. Depois porque não tinha tempo. Depois porque não tinha coragem, com as duas. Acabou-se a preguiça. 

Começaram hoje nas aulas de natação: a Luísa teve a experiência de ir para a aula dos 3 anos. Eu costumo ser uma despachada nestas coisas, porque quero que elas também o sejam, mas confesso que o meu coração andou ali um bocado apertado. Correu bem! Só houve um momento em que me deixou de responder com um sinal de fixe com o polegar e abanou a cabeça a dizer "não". Tinha engolido água. Aí levantei-me e fui lá dizer-lhe que foi só um pirolito e que não precisava de ter medo. Não teve mais, acho. 

A Isabel esteve na boa. Fez uma cambalhota na água, andou ali a saltitar, adorou, mesmo com uma água a entrar pelo nariz. Claro que uma das razões para estar tão entusiasmada foi ter por ali a Irene! A Gama ia só espreitar a aula, mas acabou por inscrever também a filha e foi uma maravilha: as 3 juntas!




Vá, temos de confessar que o corre-corre no balneário é cansativo, mas lá nos dividimos: a Joana ficou a tomar conta da Luísa, que já tinha tomado banho por sair mais cedo da aula, e eu dei às outras duas. Graças a Deus que é "verão" e que não temos de nos preocupar muito caso se molhem, se vão com o cabelo molhado para a rua, e que só temos uma peça de roupa leve para lhes vestir. Facilita tudo MUITO.

Só falta decidir se naquela meia hora (da Luísa; 45 minutos da Isabel e da Irene), eu vou aproveitar para ir nadar um bocadinho ou se fico só ali na sauna a orgulhar-me de cada mergulho delas e a sofrer com cada pirolito... :)


Os vossos? Já estão? Quando pensar inscrevê-los?

JÁ ESTÁ! Já posso entrar outra vez na lista para melhor mãe do mundo e viver com um bocadinho menos de culpa ahahahah




Quem é que se inscreveu no "a Mãe é que sabe... ajudar"?

Olá garotas, tal como prometido (umas horinhas mais tarde que o suposto, vá, mas vocês sabem como é isto da vida), estamos aqui para revelar... não ainda a vencedora, mas as finalistas!

Não ficámos confortáveis com a ideia disto ser escolhido totalmente random, então seleccionamos 5 "vencedoras" aleatoriamente dentro dos critérios que já vos tínhamos dito e vamos pedir a estas 5 magníficas mães que nos enviem 1 videozinho até um minuto (não é para publicarmos, estejam à vontade) para o nosso e-mail (de onde vamos enviar os nossos parabéns por fazerem parte das 5 finalistas) e até quarta-feira à meia-noite. 

O vídeo que mostre o maior desespero e vontade em ter-nos em sua casa irá receber-nos e às prendas dos nossos parceiros, ok?








São as nossas finalistas:

- Isa Braga que está grávida de 14 semanas e tem mais dois filhos (um de 6 e outro de dois anos);

- Andreia Carvalho que tem dois filhos (um de 1 ano e o outro de 4);

- Mariana Navarro que está grávida de 20 semanas e que tem mais um filho de 3 anos;

- Margarida Rosário, grávida de 32 semanas e mãe também de um menino de 18 meses;

- Paula Gonçalves que tem 1 filho de 6 meses. 




Para quem está a apanhar do ar, podem saber mais do projecto (vai haver mais edições) aqui ou, então, ver o vídeo em baixo: 



Podemos relembrar-vos os prémios, querem?

- Electrodomésticos;

- 1 ano de produtos de cuidado e banho do bebé;

- Kit para ajudar num desfralde sem stress e que ajude o bebé a ser mais autónomo;

- Produtos de beleza e cosmética para um ano (ou mais);

- Uma semana ao volante de um carro fantástico com depósito cheio... 

E mais :)
Estamos ansiosas por começar isto... vamos lá! Desejem boa sorte às finalistas porque as próximas podem ser vocês e têm que ter atenção a esse karmazinho malandro ;)