3.20.2019

Se procuram um espaço para festas, tenho aqui a solução!

Eu sei. Já estive nessa luta: arranjar um espaço para festas de anos, que, de preferência, tenha um bocadinho de exterior para os putos correrem e apanharem ar, caso esteja bom tempo, ou para os adultos conversarem e se esquecerem, por 5 minutos, de que estão numa festa infantil. 

A Chan Events Planner, além de organizar e decorar as festas, tem um espaço fantástico, em Tires, e foi lá que fizemos a festa deste ano (a da Irene já tinha lá sido no ano passado e tínhamos gostado bastante). 

Está tudo preparado para as festas dos gaiatos: além de a casa de banho ter fraldário, o espaço tem frigorífico, microondas, aparelhagem, tv, wifi, mesas, cadeiras, sofá, um canto grande com para os miúdos brincarem à vontade, com casinha e mesa de maquilhagem e com aquela piscina de "bolas que ninguém quer ter em casa mas que ali são o máximo" (ahah). Lá fora, cadeiras e triciclos e até insuflável se estiver bom tempo. 

Confortável, tamanho óptimo e ainda éramos bastantes, entre amigos da Alice, da Isabel, primos, amigos, família, padrinhos, filhos de amigos... imensa gente, mesmo! 

Fica a dica, que sei bem que não é assim tão fácil arranjar um espaço com isto tudo e tão acolhedor.

Gostámos muito, de tudo! 

Fiquem com mais mil fotos desta tarde tão especial <3 




































E a Camila com menos de um mês ali ao colinho do pai, hein? Adorável <3 obrigada por tanta entrega, Hugo e Ana. You rock! 


Espaço e decoração: Chan
Catering: Cacau Cru

Fotografias : The Love Project


3.19.2019

E nasceu-nos mais um bebé. Chama-se Amwêlê.

A viagem a São Tomé foi transformadora. No fundo, eu já sabia que o seria. Era a quarta vez do meu pai. Foi ele, aliás, que nos aliciou durante imenso tempo para lá irmos. Ele já tinha sido conquistado, desde o primeiro momento, por São Tomé.

Éramos 20 a embarcar. Antes de ir, já tínhamos preparado toda a logística: vestidos, roupa para menino, outros livros e enciclopédias, brinquedos, roupa em segunda mão... um mundo de coisas. Levámos mochilas e material escolar para todos os alunos da escola primária do Ilhéu das Rolas. Tudo já combinado com o professor Alexandre. Pelo caminho, passámos numa roça para deixar brinquedos e roupa. 

Foi aí a primeira vez que o meu coração parou e mordi o lábio para travar as lágrimas. 

Uma migalha, pensei. Uma gota num imenso oceano. E, no meio de tantas crianças, um miúdo com o sorriso mais rasgado de todos por ter recebido uns calções. Uns simples calções. Cheguei ao carro e desabei. Chorei e chorei. 

Não pode ser só isto. 

A escola primária a precisar de uma biblioteca organizada e paredes pintadas. O professor Alexandre a desafiar-nos para lhe arranjarmos um portátil para poder mostrar o mundo aos seus alunos. Todos pensámos no mesmo: conseguiríamos arranjar um portátil ontem. Depois, saber que todos os produtos hortícolas que o hotel comprava vinham de fora. Não seria possível criar ali uma horta, com a ajuda, claro, de especialistas em agronomia e sustentabilidade ambiental?... E uma creche para as tantas e tantas crianças pequeninas? E um posto médico onde pudéssemos receber o voluntariado de médicos e enfermeiros e com eles rastrear doenças e ajudar nos cuidados mais básicos? E... choviam ideias. Nós só queríamos voltar e fazer, fazer, fazer. Concretizar. Passo a passo, pequenas coisas, enormes no coração.

Foi então que começou a tomar forma a AMWÊLÊ, "amor" em crioulo de São Tomé. Era muito amor o que sentíamos. Era um amor enorme por aquele povo bom, por aquele país. E uma vontade de não os largar mais.

Nasceu a nossa - e vossa - associação sem fins lucrativos AmwêlêFaçam like e acompanhem o que vamos andar a fazer.

É um projecto do coração. Um enorme obrigada ao meu pai que pôs a primeira pedra. Contaremos convosco para colocarmos todas as outras. 


Nota: o portatil será entregue pela Amwêlê no inicio de maio, na missão de voluntariado da Sara Poejo e Érica Domingues. <3 


3.18.2019

A festa dos 5 anos!

Foi tão gira a festa dos 5 anos da Isabel e da Alice! Até houve comoção por parte da Isabel quando foi coroada pela princesa convidada, que deixou toda a gente emocionada, que amor de miúda, pá! 

O tema foi a pequena obsessão do momento, a par com o Benfica (ahah imaginem só, águias por todo o lado, o que seria... bem, é melhor estar caladinha que ainda me calha para o ano na rifa!): a Vaiana

Desafio entregue, uma vez mais, à Ana e ao Hugo da Chan Events Planner, que este ano montaram todo o cenário com uma bebé com menos de um mês ao colo! [Abro um pequeno parêntesis para dizer que foi enternecedor ver o Hugo com a Camila no babywear tipo coala e a forma como, assim, esteve sempre sossegadinha junto ao peito dele! Caramba que me deu logo vontade de ir fazer mais um!]





A mesa dos doces foi assim apresentada, com balões e flores de papel e ficou lindo! Adorei! Até de uma rede tipo pesca eles se lembraram entre outros apontamentos feitos de forma personalizada - eu cá não conseguiria, não sou criativa nem tenho este talento, por isso, fica com quem sabe! 

E ficou muito, muito bem, pronto a receber o catering saudável da Cacau Cru. Este ano nem o bolo de anos viu uma colherzinha que seja de açúcar refinado. E estava... uma delícia, com aquela cobertura de côco, amêndoa e frutos vermelhos por dentro! Desapareceu todo! 









Desde salame, brigadeiros, tarte de lima e abacate, blondies... tudo com ingredientes orgânicos e sem farinhas de trigo e tal e tal. Ainda encomendei mini pizzas e croquetes do bem (veganos) - falem com a Catarina da Cacau Cru que ela apresenta-vos um menu com sugestões de babar e, acreditem, as crianças gostam! A Isabel e a Luísa acabaram agora de jantar o que sobrou de ontem e hoje o bolo da escola era igualzinho e vários miúdos disseram-me que era bom e comeram com satisfação - alguns repetiram. Aprovadíssimo. 

Depois tinha outra mesa com o arroz doce da avó Rosel, queijos, quiche, saladas, frango assado, batatas fritas, fruta e algum álcool - óbvio - que as nossas famílias e amigos são gente de muitoooo alimento e um lanche tem ser já ali com um pézinho no jantar. :) Sobrou, claro.









Gostei muito desta forma de apresentação da mesa do bolo: várias mesinhas cilíndricas, bem giro! 
Parabéns Chan Events Planner por continuarem a inovar e apresentarem soluções bem originais <3

Agora... para deixar a parte mais emocionante para o fim... vejam só este amor quando recebeu a coroa das mãos da Vaiana, da FUNtoche, que veio animar a festa das primas:



É ou não é a coisa mais querida?!

 À chegada:


















Jogos com eles, contar histórias, fazer pinturas faciais, cantar a música da personagem e outras e até cortar o bolo (!), estas meninas fazem TUDO e têm um talento que vale cada cêntimo. É como levar a Eurodisney a Tires :) 






Foi uma tarde fantástica, mesmo!

Sei que encontrar sítios para festas em Lisboa e arredores não é tarefa fácil e por isso, num próximo post, vou falar-vos mais sobre este espaço da Chan. Fica combinado. 

Fotografias : The Love Project




E dicas para ir passear de auto-caravana?

Gennteeee, essas famílias por Portugal fora ficaram cheias de vontade de também ir passear por aí, não ficaram? É impressão minha ou há cada vez mais auto-caravanas? Não sei se será por sugestão ou se sempre andaram por aí. Seja como for, fico contente. É engraçado que tenho a  reação dos motoristas da Carris quando se vêem uns aos outros: sorrio e aceno ou lá o que é. 

Não sou perita nisto, mas aprendi algumas coisas com esta viagem e que, do que percebi no último post (que podem ler aqui) até querem que vos passe algumas dicas, sendo elas: 


- Contactos: 


Andei à procura na internet de imensas caravanas aqui e acolá e as daqueles sites, aquelas mais sedutoras como as semi pão de forma e afins não tinham casa de banho. Nós não queríamos ficar presas aos parques de campismo nem somos muito fãs de ir para balneários. Somos, talvez, as betas do campismo. Ter uma casa de banho e um sítio para tomar banho com água quente na nossa caravana era... crucial! Talvez um dia nos aventuremos a ir com menos condições mas, para já, quero dondocar. 

A minha amiga Sónia e o Ricardo gerem a Om Free Rentals (têm conta no Facebook e no Instagram). Perguntem pelos valores da Caravana da Joana do blog e ele saber-vos-á dizer. Há umas melhores há outras mais simples, mas desta posso falar à vontade. 



- Não sejam logo lambonas: 


Mas isto também é muito pessoal. Não fui logo fazer o sul da Europa e afins para me ambientar à coisa. Fizemos uma viagem pequena, de Lisboa a Nazaré com algumas paragens pelo meio. Foi fantástico e... não nos tínhamos importado nada de prolongar mais uma semaninha, confesso.

- Não entrem em survival mode: 


Não se esqueçam que uma auto-caravana é uma casa sobre rodas. E... isso significa que podem pará-la num parque ao ar livre, mesmo à porta do supermercado. Levem papel higiénico, guardanapos e afins, mas tudo o que precisarem de abastecer... continua a existir depois de entrarem na autocaravana. E, se forem nesta onde fui, tem talheres, loiça, tudo. 


- Vive-se melhor com internet: 


Se calhar sou só eu. Mas gostei de ter o conforto de poder ouvir música à fartazana e, se me apetecesse, de espetar com um episódiozinho na Irene dos Mundos de Mia só para ter uma meia hora de silêncio. O espaço não é enorme e, por isso, de vez em quando tem de haver controlo de danos, mas nada de especial. Só viu um episódio em 5 dias ou lá o que foi, ahah. 




- Levar alguém que não seja "mariquinhas" a conduzir coisas novas: 


Eu, para estacionar aquilo, deveria ter 2 avczinhos só com os nervos, mas felizmente levei a pessoa mais do que certa comigo. Hiper entusiasmada por experimentar e a conseguir sempre estacionar aà primeira - que nervos. Não é ciência nuclear, mas pode enervar. 


- Fazer cocós nos restaurantes e afins: 


Os não caravanistas que me perdoem, mas... como devem saber... as caravanas não têm saneamento, não é? Aquilo vai para um depósito que depois se deve ir despejando. Mas, até lá, os cocós ficam a boiar ali perto do sítio onde me sento (emoji vómito) e é desnecessário, digo eu. Vamos deixá-los ir à vida deles e presentear os estabelecimentos vários com o nosso antigo bolo alimentar. Não há nada de mal nisso. Ainda. 

- Descansar: 


O dia de auto-caravana cansa tanto como um dia de praia no Verão. Não se armem em campeãs e se ponham a mamar cafés à maluca porque o melhor é aceitar que estão cansadas e "deitar cedo e cedo erguer".



- Arrumar imediato: 


Enquanto que  a Marie Kondo não fizer um livro sobre as arrumações em caravanas, estou cá eu para vos dizer que é imprescindível que esteja sempre TUDO arrumado. Não só por uma questão de segurança - não me apetecia levar com livros na testa - mas também por feng shui. O espaço é pequeno... se estiver desarrumado... menos paz, de certeza. 


Outra dica? 

Não esperem mais!!!! Experimentem!!! Foi das melhores experiências da minha vida, a sério :)


Não serão muitas prendas nas festas de aniversário?

Nunca na minha infância ou adolescência pensei vir a dizer isto, mas "são demasiadas prendas!". O ano passado, na festa da Irene, convidamos - não me lembro ao certo - várias crianças, talvez mais do que 20 e acabámos com um saco enorme de prendas (todas muito giras ou quase todas, ahah), mas que foram claramente um exagero. 

Claro que ja me passou pela ideia, à semelhança de várias iniciativas no facebook, dizer que, em vez das prendas, pedir dinheiro aos pais para uma causa ou instituição. Ainda para mais, o aniversário da Irene é num espaço muito bonito ligado a uma associação com uma causa muito bonita da qual falarei mais à frente. Honestamente, faltam-me os ovários (não literalmente) e creio que a Irene é muito nova ainda para compreender a diferença entre ela e as outras crianças suas amigas que também receberão presentes. Um dia, talvez, caminhe para aí. 

Para já, não. E compreendo que se leve uma prenda para o aniversariante nos aniversários. Faço parte disso. Costumo oferecer livros, acho que é uma prenda que ocupa pouco espaço, que é bonita, que dura para sempre (dependendo da idade do aniversariante porque ainda me lembro da Irene babar desalmadamente tudo o que era papel ou... tudo no geral, até) e que poderá proporcionar bons momentos em família ou até a sós. Não há mal nos livros, a não ser talvez o de serem em papel (epá, estou tão cansada de vivermos nesta época em que estamos conscientes de tanta coisa, vamos acabar por oferecer frasquinhos de bambú com ar da praia lá dentro à malta, caramba). 



Uma vez, na escola anterior da Irene, não sei se era pelos pais falarem mais entre si (já não me recordo bem), tomou-se a iniciativa de, em vez de oferecer pequenas lembranças à educadora, dos pais se unirem todos e de, em conjunto, darem algo à mesma. Claro que é o oposto da lembrança singular, amorosa dos alunos, não sei bem o que pensar disso, mas transponho essa situação para o aniversário dos miúdos. 

Seria mais giro e produtivo os amigos convidados juntarem-se e, em vez de várias prendas pequeninas, contribuírem para uma boa prenda grande? Digamos: uma bicicleta, por exemplo. Uma (se ainda estivéssemos nos anos 90) aparelhagem. A roupa toda que ele precise para a nova sessão Primavera/Verão só para a mãe não ter que ir à falência só de pensar nisso. 

Será muito fora? Acho que seria um bom movimento. #menosémais será? Uma boa bicicleta (compre uma o ano passado para a Irene, das baratuchas e saiu um valente cocó) deverá custar 100 euros, imaginemos. São precisas 20 pessoas que contribuam com 5 euros para comprar uma prenda de 100 euros. 

Acho que assim até será mais emocional lembrar-se das prendas de aniversário. "Olha, foi na festa do 5º aniversário que recebi a bicicleta". Em vez de ter que se lembrar das Barbies, dos Cães de peluche, etc., etc. 

Claro que se perde o lado de ter sido a melhor amiga a dar a prenda x, mas a melhor amiga poderá acrescentar uma prenda feita por si, um desenho, não sei.

Estou muito distante de uma realidade? O que acham disto? E quem deve propô-lo? A mãe? Ou parece "aproveitador" sugerir isto? Confesso que como mãe que também tem de comprar prendas, parece simplificar muito mais a vida aos pais, digo eu... 

Não há é "muitas prendas grandes" que eles queiram, não é?

Querem pensar comigo? 




3.17.2019

A Joana e eu dissemos o que achamos realmente uma da outra.

Olho para este título e penso: "who cares?". Mas posso garantir-vos que, depois de ver o vídeo, acho que é uma coisa muito engraçada para fazerem com os vossos amigos e amigas. Fiquei a saber muita coisa que acho que, de outra forma, não teria calhado em conversa e ficam com um registo para a posterioridade da vossa amizade naquele momento. 

Não sabia que a Joana Paixão Brás me achava boa mãe, nem acho que ela sabia que... Por acaso, se calhar já sabia de tudo o que disse, não sei. 

Como vocês dizem que gostam de ver a nossa cumplicidade nos vídeos e se importaram tanto com a nossa amizade, achamos que isto até poderá ser giro, sabemos lá. 

Mais transparente que isto só se fossemos de linho e sem soutien por baixo. Conseguiam ser assim tão francas com uma amiga vossa? O que acham que diriam de vocês? Hmmm ;)

Ah... e venerem a nossa maquilhagem pela Patricia Marques, sigam-na no instagram e marquem já com ela para a próxima saída à noite ou divórcio :) 




3.15.2019

Aparelho aos 5 anos?

Estamos perante uma decisão: a Isabel usar aparelho, durante a noite (e um bocadinho durante o dia, caso consiga), agora que tem 5 anos ou não.

Fomos a uma odontopediatra ontem (a Isabel já a segunda vez; a Luísa a primeira) e portaram-se mesmo bem. Acharam aquilo super giro e achei piada ao facto de estar a dar a Vaiana quando chegámos (e haver todo um reportório de música que eles gostam, da Disney e tal, o que cria logo ali um ambiente engraçado e de cumplicidade. Além disso, a dentista tinha muitoooooo jeito com as crianças, mesmo). Zero medos e até algum entusiasmo. Nada de cáries (aleluia) e tudo ok (foi na Clínica Dentária do Lumiar, já agora, caso precisem).


Possibilidade: a Isabel usar aparelho, daqueles nocturnos, para começar já a corrigir o facto de meter o lábio inferior entre os dentes e reduzir a assimetria ou evitar que aumente (eu não sei explicar isto cientificamente, mas ela tem o maxilar inferior recuado, entre outras coisas. Uau! Sou tão boa nisto... #not).

Paralelamente, iniciaria a terapia da fala, com reforço na musculatura facial - além do posicionamento da língua (é "sopinha de massa").

Muito poderá ter a ver com genética (vimos logo naquelas ecografias 3D que ela teria o queixinho (ou a falta de) do pai [e o meu nariz abatatadinho]), poderá ter sido reforçado por não ter mamado muitos tempo, ter usado chucha até ao ano e meio, entre outros factores que agora não interessam nada.

Vamos olhar para a correcção. Pela avaliação da médica, um destes aparelhos de silicone durante a noite ajudariam, com a complementaridade de uma terapeuta. Eu estou no ir. 

Mas queria saber se já alguém fez este tratamento, alguns conselhos, opiniões e relatos de como correu com os vossos filhos ou alguém que conheçam.

[Vi este post no Brasil e penso que o aparelho será semelhante, mas já confirmo com a dentista].

Obrigada!




3.12.2019

Custa dizer adeus!

Estamos prestes a dizer adeus à casa de Santarém, a casa dos meus pais que foi / é também nossa. Onde acampei com amigos, no meu aniversário dos 17 anos. Onde passamos todos os Natais desde aí. Para onde nos mudámos quando engravidei da Luísa e me despedi do meu trabalho em televisão. Onde fiz o ninho para a Luísa. Onde vi a Isabel crescer e a Luísa dar os primeiros passos e dizer as primeiras palavras. Onde as vi brincar com os cães, fazer bolos de terra e sujarem as unhas, ou comer relva com o Pipo; apanhar amoras e ficar na rua até ao pôr-do-sol. E, mesmo depois de termos regressado a Lisboa, nunca deixei de imaginá-las a crescer ali, todos os verões, todos os Natais. 

Eu sei que o que importa são as pessoas, que a nossa casa é onde está o nosso coração e a nossa família, que as coisas materiais são mesmo só isso, coisas, mas custa muito. Custa porque são memórias que não se querem perder e que não se podem recuperar. Custa porque eu sou muito lamechas e sensível. Custa porque aquela casa tem uma luz e uma energia muito especial e porque a sentia como "minha casa". 

Agora, tentando ser menos dramática, sei também que iremos construir memórias fantásticas aonde quer que vamos e onde quer que estejamos. Que teremos campo e natureza em casa dos avós paternos, em Évora. 

Acho que a confrontação com as memórias, a descoberta de coisas minhas de infância, desde livros a barbies; CDs, bilhetes e fotografias, me deixa nostálgica. Mas, de facto, com pais divorciados e a viverem longe dali, não faria sentido continuar a ter as despesas de uma casa aonde ninguém vive. E, uma coisa vos digo, que todos os ex-casais tivessem o poder de encaixe e o respeito que tenho visto  nos meus pais: desapego, um lado prático grande e sem guerras e guerrinhas desnecessárias. Orgulho ENORME. 

Sei que seria um tema interessante para explorar por aqui - e já algumas pessoas mo sugeriram, por terem sofrido ou estarem a sofrer, já em adultos, com o divórcio dos pais, mas por respeito pela intimidade de ambos, não o poderei alargar [só posso desejar-vos força - e não, não é fácil].

Fiquem com algumas das muitas, muitas fotos que tirámos naquele paraíso. 
Obrigada por estarem desse lado.


















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