3.03.2019

As 5 piores coisas que já me disseram


Quando nos tornamos mães, ouvimos muitos, mas mesmo muitos comentários, vindos até de onde menos esperamos. Nem sempre são mal intencionados, às vezes são de pessoas que nos querem bem e apenas não percebem que, naquele momento, queremos apenas desabafar. As crianças "são do mundo" e toda a gente acha que pode mandar um bitaite para o ar, sem que isso afecte ninguém.
E, caso seja tudo uma novidade, estejamos cansadas e estejamos a viajar bastante entre baby blues e uma magia absolutamente aterradora (sim, é mesmo isto), pode cair muito mal.
Há quem seja absolutamente confiante e se esteja a marimbar para o que ouve, mas há também quem fique um bocadinho melindrado ou, ainda, que essa opinião confirme mais suspeitas e medos dessa mãe.

Eis as coisas mais estranhas que me disseram e como reagi perante elas:

#05
"Tem tanto pelinho, parece um macaquinho"
Foi na maternidade, acabadinha de nascer. Então... sim. Eu já tinha reparado que a minha filhota tinha muito pelinho que, felizmente, o acto de parir não me arrancou os olhinhos (só o pipi, quase). O que fazer com essa informação? Pô-la numa jaula? Pedir à Sparkl para passar pelo Hospital da Luz para  lhe fazer uma depilação completa? Sorrir e agradecer o carinho? Chorar? 
Falámos sobre o que fazer nas visitas à maternidade neste vídeo. Se calhar algumas pessoas deviam ver. :) 


#04
"Está tão magrinha, não está?"
Desabafei sobre isso aqui, na altura. Houve uma fase em que a saga começou: "oh! perdeu as bochechas", "a minha com essa idade pesava o dobro", "tão levezinha!", "está magrita, não está?", "ainda dás mama?". Ora, para uma pessoa que é mãe pela primeira vez, isto é das piores coisinhas que lhe podem dizer. Até eu chegava a duvidar de que ela estivesse bem, tal é pressão para os bebés serem gordinhos e obedecerem ao padrão dos percentis. Mas a pediatra sempre disse: ela está óptima, não se preocupe, é normal eles oscilarem nas curvas dos percentis. Mesmo assim, na hora da balança eu já estremecia, com medo que me sugerisse começar com as papas para a engorda e dar leite de fórmula. Logo eu, que comecei a tirar leite com máquina desde o segundo mês todo o santo dia para garantir que ela tivesse sempre do meu leite enquanto estava a trabalhar, não queria ouvir que a minha filha andava a passar fome! Felizmente uma pessoa acaba por ganhar confiança. Está óptima.  Vai fazer 5 anos e pesa 16 kgs. É dela e sempre foi <3.



#03 
"Eles não sabem educar a filha"
Esta foi daquelas que me fez sentir uma raivinha misturada com vontade de rir, apesar de, claro, não me ter sido dirigida. Vindo de quem vinha, dava-me até pena. Alguém sem filhos, claro, e alguém que estava a falar de uma miúda de dois anos. Com zero conhecimento de psicologia e muito menos de pedagogia. E, pior ainda, sem bom senso. Uma criança com dois anos dificilmente será "mal-educada". Tem uma rebeldia própria, está numa fase de enorme confrontação com o mundo, com a frustração, e não é por acaso que essa fase é chamada de "terrible two". É o período das birras por excelência. E, muito provavelmente, ainda há muita gente que espera que todos os pais resolvam tudo com umas boas palmadas. Essa pessoa era uma delas: "Coitada, pensei". 


#02 
"Ela vai ser muito anti-social depois"
Isto relativamente à decisão de ficar em casa com a minha segunda filha nos primeiros tempos. Fiquei 1 ano e meio. É das crianças mais felizes, dadas e simpáticas com as quais se poderão cruzar (sim, muita baba, o que é que querem? ahah). Quando não se estava a adaptar nada bem à primeira creche, essa frase descia até mim e dava-lhe razão. "Foi muito tempo comigo, apegou-se muito..." Mas eu, no fundo, sabia. Não, o problema foi mesmo da forma como a escola funcionava: não nos deixaram fazer adaptação. Tinha de estar lá as horas definidas (bastantes) e os pais não podiam entrar na sala nem lá ficar uns minutos. Mudámos de escola e foi o que se viu: em menos de uma semana estava a adaptação feita, com muita calma e amor.

* Foto: Isabel Saldanha
#01 
"A sua filha é feia!" e "Assim só se estraga uma casa".
Não tem sequer piada e só seria desculpável se dito por uma criança de 5 anos. Adultos não podem expressar tanto ódio, muito menos relativamente a crianças, e nem mesmo atrás de um computador. Foi algo que me fez pensar se deveria manter o blogue, imaginem. Tanta violência, totalmente gratuita. Uma coisa é atacarem-me a mim, como já o fizeram, outra, muito diferente, é dizer mal de crianças, os seres mais puros e inofensivos à face da terra. Nunca se deseja mal a uma criança, nunca se diz coisas feias acerca de uma criança. Se se sente necessidade de dizer, psicólogos poderão ajudar a controlar esse impulso. 
Começámos a moderar comentários e, engraçado, as haters deixaram de sentir que tinham tanto protagonismo. Problema resolvido.

Mas uma coisa é certa: aquilo que nos dizem ou que dizem sobre nós, revela mais de quem diz do que nós.

E vocês? Quais as coisas mais idiotas que já vos disseram dos vossos filhos ou de vocês, enquanto mães, e como as ultrapassaram?
Coragem. Já só faltam 60 anos para nos livrarmos dos opinanços. :)



Sigam-nos no instagram em @amaeequesabe.pt
Subscrevam o  nosso canal de youtube aqui: /amaéquesabe

Temos dois cursos - pré-parto e pós-parto - para vos oferecer!

Esta é uma notícia mesmo, mesmo, mesmo boa e que estávamos em pulgas para vos contar. Não só vamos ter uma série de vídeos com a nossa Constança (!!!), como vos vamos oferecer:

1 CURSO PRÉ-PARTO COMPLETO 
e
1 CURSO PÓS-PARTO NO 

mas primeiro, não sejam lambonas, vejam o vídeo, 'tsa?

Eu - Joana Paixão Brás - procurei a Constança quando, aos 8 meses, a Luísa acordava muitas vezes durante a noite, era esse o meu/nosso principal calcanhar de Aquiles. A Joana Gama também já lá tinha ido uns anos antes, com a Irene. E agora, quisemos saber quais são os principais receios dos pais e os motivos pelos quais procuram a Constança Cordeiro Ferreira ou o Centro do Bebé. 
Revêem-se nestes pais? 



Agora que chegaram ao fim do vídeo (viram todo, não foi?! uhm uhm), vamos lá detalhar o que temos aqui para vos oferecer e as razões pelas quais devem fazer estes cursos, mesmo que não vençam os passatempos. :) 

No Facebook, vamos oferecer um 
CURSO PRÉ PARTO COMPLETO 
"Preparação Para a Parentalidade"

Este curso destina-se aos casais na gravidez para os preparar de forma completa para o parto e – muito importante - para a vida real com o bebé. A ideia é que tenham uma experiência que deixe pais e mães completamente descansados e preparados para a chegada dos bebés, mas sempre com profundo respeito pelo projecto único de cada família. 
Os cursos têm sempre grupos pequenos que são acompanhados bem de perto pela Enfermeira Especialista em Saúde Materna e Obstétrica que traça, com cada casal, a viagem sobre todas as questões relacionadas com o parto. O curso tem uma sessão com um pediatra neonatologista (uau!) que explica tudo sobre os sinais normais e os sinais de alerta do recém-nascido e que ensina a fazer as manobras correctas, caso o bebé se engasgue, por exemplo. 

E há uma coisa que me faz mesmo, mesmo sentido que é: uma sessão só para os pais – a Tertúlia dos Pais - com um psicólogo, o Dr. Nuno Reis, sobre as dúvidas que o pai tem e o sobre o próprio processo de se tornarem pais. (FANTÁSTICO!)



Os casais aprendem ainda muita coisa sobre o cuidado, segurança no sono, amamentação, estratégias para o choro, as cólicas, segurança infantil rodoviária... tudo, no fundo. 

E, muito mas muito importante, este curso não acaba umas semanas antes do parto, não! Termina só após o nascimento do bebé, porque integra uma sessão com a Terapeuta de Bebés, Constança Cordeiro Ferreira, a nossa entrevistada, onde os pais podem esclarecer todas as dúvidas reais que só temos depois do nosso bebé ter nascido. Isto teria sido tão mas tão importante para mim. Snif!

A SABER:
- Podem realizar o curso de preparação para o nascimento a partir das 23 semanas, idealmente devem iniciar por volta das 29 semanas;
- Os conteúdos do curso e a carga horária é sempre a mesma, mas para comodidade dos casais e tendo em conta se a gestação está mais ou menos adiantada, o Centro do Bebé tem vários formatos de duração do curso para que os casais tenham sempre resposta para o que mais se adequa a eles (formato de curso ao longo de seis semanas com uma sessão por semana em pós-laboral; formato de duas sessões pós laboral por semana, ao longo de três semanas; formato intensivo de três manhãs de sábado, formato super intensivo de um só fim de semana – sábado e  domingo)
- O curso pode ser realizado no Centro do Bebé Lisboa ou no Centro do Bebé Cascais    
- O curso é pensado para uma experiência do casal. Caso a grávida não tenha o pai/companheiro/a presente pode vir acompanhada da sua mãe, da irmã, ou de alguém próximo. Mas também pode frequentar sozinha se preferir.
- O passatempo envolve a oferta de curso, sujeito às datas e vagas existentes no momento de contacto da vencedora com o Centro do Bebé
- A oferta não é transmissível a outra pessoa

Agora que já sabem TUDOOOO sobre este curso, vamos às regras. Têm de:

💗identificar - no vídeo no Facebook - duas amigas, grávidas de preferência, para que também elas tenham oportunidade de participar (não sejam egoístas LOL) . ESTE:



💗 fazer like na publicação
💗 seguir a Mãe É que Sabe e o Centro do Bebé no Facebook


E como somos umas mãos largas... tchan tchan tchan...


 No nosso Instagram, vamos oferecer um 

1 CURSO PÓS-PARTO 

Este é um curso novo e diferenciador, que pretende colocar toda a experiência do Centro do Bebé no objectivo de tornar a experiência das mães e pais muito mais fácil e tranquila nas semanas após o parto.


Num ambiente intimista, tranquilo e muito experiente, as mães vão ser acompanhadas ao longo de quatro semanas, por uma  Enfermeira Especialista, nos seus desafios das primeiras semanas com os seus bebés. Cólicas, choro, amamentação, dúvidas sobre o peso do bebé, os cocós, o sono… tudo isto será respondido ao longo de quatro semanas em que as mães vão ter também espaço para observar e descodificar cada vez melhor os seus bebés, aprendendo estratégias para os confortar, para os tocar e relaxar, mas também vão ser elas próprias mimadas, vão ser ouvidas e vão aprender estratégias para a sua própria confiança e bem-estar.  
Só para terem uma noção do mimo e do ambiente que por lá se vive, as sessões começam com um cházinho reconfortante.

A SABER:
- Pode ser frequentado por bebés desde as 3 semanas até às 10 semanas de vida
- Pode ser frequentado pela mãe e pai ou só pela mãe e o bebé
- Vai ser um espaço intimista em que pais e bebés vão aprender a conhecer-se profundamente
- É orientado por Enfermeira Especialista
- Realiza-se às quartas-feiras de manhã, com sessões de 1h30 cada uma, ao longo de 4 semanas
- A vencedora pode utilizar a sua vaga numa das datas existentes e em que ainda existam vagas disponíveis no momento do contacto com a nossa recepção
- O curso é totalmente novo vai estar disponível no Centro do Bebé em Lisboa (a partir de Março) e no Centro do Bebé em Cascais (a partir de Abril) 

Agora que já sabem TUDOOOO sobre este curso, têm de:
💗 identificar - no vídeo do Instagram - duas amigas, grávidas ou recém recém-mamãs, para que também elas tenham oportunidade de participar (não sejam egoístas LOL)
💗 fazer like na publicação
💗 seguir a A Mãe É que Sabe e o Centro do Bebé no Facebook

Aqui está ele:



As vencedoras serão apuradas de forma random, de hoje a oito dias, 
porque acreditamos que TODAS merecem.

BOA SORTE!

Se precisarem de mais informação sobre o Centro do Bebé ou sobre os cursos podem sempre contactar o centro através do 📧 info@centrodobebe.pt, pelo FacebookInstagram ou ainda através do site.



3.01.2019

Dormiu pela primeira vez em casa de uma amiga

Não estava à espera que me pedisse tão cedo.


Quando aceitei, abraçou-se à mãe da amiga, ficou histérica e a dizer que estava muito “ansiosa”, mas acho que queria dizer entusiasmada. Se calhar, quem deveria estar ansiosa era eu. Mas nem por isso. Até já me estava a fazer um bocadinho confusão a minha despreocupação, confesso. Seria suposto ficar preocupada? Com medos?

Pensei: ela já dorme bem, já se expressa tão bem, os pais da amiga parecem-me boas pessoas, a amiga um amor, uma miúda muito doce e feliz; a casa deles é relativamente próxima (alguma coisa, combinamos e vou buscar), vai ser só uma noite e vou buscar a seguir ao pequeno-almoço, ela está habituada a dormir fora de casa (ganhou andamento com as primas), não dá muito trabalho, é uma miúda tranquila, acho que não há muito a temer. Depois, como ainda faltavam uns dias, pensei melhor, avisei a Isabel de que se calhar iria brincar e jantar e eu depois iria buscar. Logo se via. Mas afinal ficou.

Há uns anos, eu acharia impossível ter decidido o que decidi, ou nunca tão cedo, mas agora não senti receio algum. Só sinto dores de crescimento, delas. Toda uma esperteza, uma desenvoltura, uma autonomia, que parece que me começam a escapar por entre os dedos... 

Correu tudo muito bem. Quando a fui buscar, estava feliz da vida, no jardim a brincar com a amiga dela. Adorou. Tão cedo não deve repetir, que eu também sou pessoa de sentir saudades e quero-a pertinho, mas foi mais uma lição. Olhei para a minha filha e percebi que, se não estivesse preparada, não me teria pedido para ir.

Não sei se estão por aí mães de miúdos mais velhos ou até de adolescentes, mas quando foi a primeira vez que os vossos filhos dormiram fora de casa, sem ser com família?

(A Isabel já tinha acampado na escola, mas assim em casa de alguém foi uma estreia).






Sigam-nos no instagram em @amaeequesabe.pt
Subscrevam o  nosso canal de youtube aqui: /amaéquesabe