11.04.2018

Ser o irmão mais velho é uma valente treta

Ser o irmão mais velho é uma valente treta.
Deixamos de ter a casa e o coração dos nossos pais só para nós.

Ser o irmão mais velho é uma valente treta.
Deixamos de poder ir ao cinema ou ao teatro ou fazer coisas de "crescidos" enquanto o irmão mais novo não tiver idade. Ou vamos, mas muito menos.

As nossas mãos deixam de ser pequeninas, os nossos pés tornam-se enormes e a nossa pele deixa de ser tão macia.

Deixamos de poder ir a conversar no carro porque o bebé se sobrepõe ou chora ou não nos deixa falar.

Deixamos de poder fazer birras, de nos queixarmos ou de fazer disparates porque olham para nós como pessoas já com mestrado, quando ainda nem fizemos a primária.

Deixamos de poder subir a um muro porque temos de dar o exemplo.

Nunca mais comemos um gelado sossegados. Ou um chocolate por inteiro.

Deixamos de poder fazer jogos de tabuleiro ou brincar com peças pequenas só porque é perigoso para o bebé.

Ser o irmão mais velho é uma valente treta.
Deixamos de ter o nosso espaço, o nosso lugar e de ser incomparáveis.
Deixamos de ter um colo só para nós e de ser pequeninos.
Às vezes nem nos vêem, não nos ouvem nem perguntam por nós na rua.
Não podemos ripostar porque "é o mais novo", "é bebé", "coitadinho dele".
E até arcamos com castigos, à custa do outro. 

Ser o irmão mais velho é uma grande treta.
A chave do diário é descoberta. E os nossos segredos mais preciosos.
Nem conseguimos ir a concertos, festivais ou discotecas sozinhos ou com os nossos amigos.
E, imagine-se, até podemos ter de voltar a viver juntos, para estudar. 
Ir buscar.
Receber chamadas tardias. 
Emprestar carro.
Ficarmos preocupados.

Ser o irmão mais velho, às vezes, é uma grande treta. 
No resto das vezes não.
Sentimo-nos orgulhosos.
Ensinamos coisas a alguém.
Somos protectores. 
Sentimos um carinho inexplicável. 
Temos alguém com quem brincar. 
Um aliado para os disparates. 
Um par para a dança mais maluca. 
Uma mão para nos segurar.
Uma gargalhada, uma piada, e pipocas para partilhar.
E nem sequer nos conseguimos lembrar de como era a nossa vida antes do nosso irmão. 
Duvidamos até que fosse melhor do que é. 
Só lhe desejamos o melhor da vida. 
Queremos que seja feliz, muito feliz.
Tanto ou mais do que nós. 

Da irmã mais velha.




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4 anos depois, do que me lembro de estar grávida?

Desculpem lá a qualidade da fotografia, mas na altura ainda não era influencer-coiso. Era o que havia: uma fotografia em frente a uma cana de pesca para gatos numa janela. E uma fitinha que vamos todas fazer cara de quem está a levar com o sol na cara e seguir em frente, está bem? 


Lembro-me do dia em que li que era melhor para a criança estar virada para o lado esquerdo, o lado do coração e ter entrado em paranóia com isso. 

Filhas, não têm ideia. Acho que fiquei com 88 contraturas e acho que a miúda tem um lado da cara mais espalmadito por eu ter levado isto tanto à risca. Não sei se é verdade ou não, mas quando dava por mim virada para o outro lado até sentia palpitações.

Porém, basta uma rápida pesquisa na internet para ver a confusão em que o mundo está relativamente ao assunto:


Lembro-me da "pior coisa" que fiz que foi sacar o solitário para o telemóvel. 

Toda a gente aí louca com jogos de coiso e tal (na altura acho que ainda se jogava um pouco àquele da quinta no Facebook) e eu presa nos anos 70, vá, a jogar o meu solitário nas noites de insónias ou naquelas noites em que, com dores daquilo que vou dizer a seguir, me custava a adormecer. 


Tive de tomar ferro e fazer cocó era a pior parte do meu dia. 

Ai. Não sei se é de não comer peixe nem nada que venha do mar, mas tive de tomar ferro. E isto não é uma maneira gira de dizer que ia levantar pesos para o ginásio - not anymore - era mesmo tomar Folifer para o bucho e depois ter umas cólicas gigantes além de ver que o meu cocó tinha sempre uma cor que o Dr. Oz diria que não era saudável. O meu corpo gostava de ir à sanita Às 4h da manhã. 


Lembro-me dos murros e pontapés da miúda. 

Saltemos à frente a parte em que eu achava que já sentia murros e pontapés e não sabia ainda sequer que estava grávida. Não vamos mencionar isso porque é esquisito. Porém, a uma determinada altura, a miúda ou andava a reclamar pela mãe não ingerir a quantidade de gomas habituais ou, então, era mesmo falta de espaço. Mexia-se tanto, mas tanto que, mesmo sentada no sofá, sentia como se tivesse feito uma maratona - não faço ideia do que é correr uma maratona, mas acho que suo com a mesma intensidade quando trago as compras da semana para casa. 


Lembro-me de vomitar uma lasanha da Telecoiso. 


Nem vomitei muito. Foi só uma vez em que tive desejos de lasanha (nem sei se estaria ligado à gravidez ou não), mas como não me apetecia minimamente limpar, ainda fiz um sprint considerável desde a mesa de jantar até à varanda brindando o canteiro com um belo Pollock de bolo alimentar. 100 metros de vómito seria uma óptima modalidade para grávidas que não quisessem limpar o chão a seguir. 


A memória é selectiva. Neste momento é disso que me lembro. Também tenho uma memória muito carinhosa de estar a lavar as roupas todas dela e a pendurá-las no estendal pela primeira vez, mas de coisas amorosas está a internet cheia. 



11.02.2018

Se o David chorou no casamento? [VÍDEO]

Chorou tanto, que não consegue ver-se, no vídeo. Já eu, repito muitas e muitas vezes, para voltar àquele dia incrível.



Cliquem aqui:


https://www.youtube.com/watch?v=-fwNKT_ItYc&t=3s
QFilm

Obrigada QFilm por estas memórias. Vocês são só incríveis.








Tudo o que escrevi sobre o casamento:






E a lua de mel:

A nossa lua de mel nas Maldivas foi um sonho?






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11.01.2018

Super mulheres ou super esgotamento?

Se forem do meu género de mãe e de mulher, tenham cuidado. Tenham muito cuidado com a vossa cabeça. Sou muito exigente (comigo) e muito competitiva (também comigo, acham normal?) e por isso tenho achado - desde sempre - que quando algo corre mal ou algo falha é porque não fui boa o suficiente ou não me esforcei o suficiente. 

Desde que a Irene nasceu que me sinto sobre uma pressão inquantificável para tudo. Para ser a melhor mãe possível a todos os níveis que me lembre (emocional, nutricional, educacional...), para ser a melhor Joana de sempre, para tudo. Desde sempre que fiz tudo sozinha e que cuidei dela sozinha (à excepção de cozinhar refeições). Depois, com o divórcio, a única coisa que acumulei foi passar a cozinhar as nossas refeições no que toca a tomar conta "das duas", mas tenho andado exausta. 

Aquele "ando a mil" irritante que todas nós dizemos e que, na verdade, quer só dizer "tenho uma pressão enorme em cima de mim para conseguir fazer tudo bem e rápido e não sei como resolver", mas há maneiras. Temos é de aprender a ser tolerantes connosco da mesma maneira que vamos aprendendo com isto da maternidade a sermos tolerantes com os nossos filhos também.



Apercebi-me da minha terça-feira passada e reparei que ou caminho para ser uma super mulher ou para ter um super esgotamento: 

6:45 - Acordar mais cedo para estar pronta antes da Irene. Tomar banho. Preparar lanches para ela e para mim. Desenhar um desenho para lhe por dentro da mala. 

7:45 - Acordar a Irene com tempo suficiente para lhe dar mimos. Fazer pequeno almoço para as duas. Comermos o pequeno almoço. Preparar a Irene para sair. 

9:00 - Deixar a Irene na escola calma e tranquila sem ter que a apressar muito para que a despedida não seja negativa para ambas. 

9h30 - 12h30 - Trabalhar, responder a 100 mini e-mails, atender 15 telefonemas, escrever 40 mini-emails, falar com os colegas. 

12h30 - Treino de Fitness em casa à hora de almoço. 

14h00 - Trabalhar novamente nos 100 mini e-mails, reuniões, actas de reuniões, conversas sobre as reuniões, mais mini-emails e propostas. 

17h00 - Ir buscar a Irene. Comprar umas galochas, comprar um casaco polar (naquela loja que tem tudo para o raio que os parta), ir à farmácia comprar o bálsamo para desentupir o nariz, ir ao supermercado comprar fruta, salada, ovos e mais umas tretas. 

19h30 - Chegar a casa e apressar a questão do jantar porque a miúda não fez sesta na escola e está tipo zombie, mas não deixar que a ansiedade passe para ela senão fica tudo muito mais lento e desagradável. 

20h20 - Banho e secar o cabelo. 

21h00 - Cama e brincar uns minutos. 

21h10 - Adormeceu exausta. 

21h20 - Escrever um guião para uns vídeos que faço com o Sapo. 

22h00 - Ir maquilhar-me para a gravação.

22h30 - Gravar o vídeo.

23h00 - Editar o vídeo.

00h15 - Enviar o video e ir desmaquilhar-me e dormir. 

Permitam-me um ligeiro f*da-se. 

Estes vídeos que ando a fazer alargaram-me um pouco mais o orçamento que tenho para viver e consegui pedir mais um dia à minha empregada por mês. Quero que ela cozinhe. Preciso que ela cozinhe. Já agora, foi este o vídeo.

Sofremos demasiadas pressões de todo o lado. Há algumas que temos de deixar ir. Se continuar com este cansaço todo, sinto que vai ter que ser o treino que desaparece (tenho todas as horas de almoço ocupadas ou com treino ou com terapia), mas não queria. 


É normal que estejamos cansadas, caramba. E, se não deu, não podemos ser umas bestas connosco. Não podemos. 




10.29.2018

A decoração do casamento - todos os pormenores!

Já sabia há algum tempo o tipo de decoração que queria para o casamento. Algo simples, com branco e verde, com muitas folhas. De resto, não sabia muito mais. Ainda bem que encontrei a minha alma gémea, a Renata da Cravo - Event Concept Designers e juntas definimos o conceito. Ela era o meu pinterest, com a diferença de já ter experiência na área e de ter o seu próprio pinterest no instagram - tudo de sonho! Digo "juntas" e não "juntos" porque, convenhamos, o David deixou esta parte do meu lado: ele não tinha sonhado com o dia e não tinha muito tempo, mas, de vez em quando, pedia-lhe opiniões. 

A Renata foi o meu braço direito e, a par da Raquel e do Renato, os meus padrinhos, quem mais me ajudou com o casamento. Além de nos termos tornado amigas (ela é um docinho e eu desejo-lhe toda a sorte do mundo: se precisarem de ajuda a planear o vosso casamento, a receber conselhos, podem confiar nela).

Mas vamos a pormenores: 

As alianças chegavam até nós numa caixinha com vidro e repleta de folhas de oliveira. Adorei! 

Elegante, simples...



Em vez do arroz no final da cerimónia, a Cravo também encheu saquinhos de papel craft com folhas de oliveira. A ideia mais querida! 






Os convites da Molde Design Weddings definiram a parte gráfica de todo o casamento. Os menus, nas mesas, e os marcadores de lugar, com os nomes dos convidados, seguiram-se. Ficou tudo tal e qual foi pedido.

A Renata (Cravo) colocou, na hora, raminhos de oliveira em cada marcador, em cada lugar. 













 A Placa de Boas Vindas foi sugestão da Renata também e ficou maravilhosa, com acrílico e vinyl (design da Molde). 








O topo do bolo da Molde Design também seguia a linha do casamento: com os nossos nomes, com o mesmo lettering e romântico.



Um livro de honra para que os convidados pudessem escrever umas dedicatórias e duas máquinas instantâneas ficaram numa mesinha, com uma placa também em acrílico e vinyl e umas washi tapes.

O livro é da Rosa com Canela, personalizado com o nosso nome e a data, e as câmaras instantâneas brancas foram um presente que veio mesmo a calhar, da FNAC, para que pudéssemos registar os melhores momentos do dia e dos convidados. "Não percas o momento!" e nós não perdemos nadinha. Tenho o livro na mesinha no meu quarto e adoro folheá-lo, rever cada fotografia e ler o que nos escreveram as pessoas que melhor nos querem nesta vida.




























O painel "It Was Always You", feito à mão pela Renata da Cravo, foi mais um pormenor que me deixou muito feliz e acabou por ser o sítio onde fizemos as fotografias mais "clássicas" com a família e os amigos. Detalhes que fazem a diferença.



E, por fim, como já vos mostrei aqui, tivemos um cantinho especial para as crianças, que teve as mãos de fada da Maria das Festas (que são mais "Marias", na verdade) e ficou muito bonito. E bem doce. Elas podem dar um toque especial ao vosso casamento.
"Roubei" um daqueles arcos de oliveira para a minha cabeceira de cama, adoro a recordação.





Acho que está tudo. Espero que tenham gostado, que se inspirem e que partilhem com quem vai casar alguma ideia de que tenham gostado <3

Obrigada a todos os fornecedores por tamanho talento e paciência.

Com a Renata <3 

Fotografias The Love Project 

💗

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10.28.2018

Como se namora sem a miúda saber?

Ahhh! Muitas de vocês perguntaram como é que conseguia levar este namoro de um ano em segredo, sem que a miúda soubesse...  (contei-vos que estou muito feliz há um ano a namorar :) aqui: "E namorar depois do divórcio? Eu tenho gostado! ;)" ) como é que quem está comigo tem lidado com isso. Vou responder para inspirar outras mães, mas adianto já que é com muita paciência e aceitação. 

Claro que há muito menos tempo em casal do que um dia haverá quando a relação estiver assumida, mas tudo devagarinho, com calma. E, acima de tudo, há sempre vantagens: ninguém se está a precipitar e avança-se com certezas. Especialmente de que a Irene esteja preparada - claro que tudo sob a minha perspectiva, nunca saberei mesmo,  ahah. 

Nos fins-de-semana em que a Irene está com o pai, claro que não se perde um segundo, eheh. 

Nas noites de dormida a meio da semana, a mesma coisa. :)

Nos dias em que tenho a Irene, combinamos planos a três e jantamos algures ou se janta cá em casa e, quando a vou adormecer, despedem-se como se ninguém mais dormisse por cá, mas dorme... estão a perceber, hã? Hã? De génia! Ou, então, chega depois da Irene e eu irmos para o quarto ler histórias, que é aí por volta das 21h ou das 20h (em dias que não faça sesta).



De manhã, a saída ocorre antes da Irene acordar ou, então, falseia-se um "veio cá buscar qualquer coisa", algo do género. 

Não é porreiro acordar "tão cedo" e sair "à pressa", mas encontra-se sempre uma vantagem: dá para ir ao ginásio, chegar mais cedo ao trabalho e não apanhar trânsito... compensa :) Não para mim, que eu tenho de dormir cá em casa na mesma por causa da Irene, pelo que só tenho a ganhar ;)

Pelo meio há um banho que a Irene não me pede a mim, há brincadeiras em que não estou envolvida por estar a aproveitar para fazer as minhas coisas ou o que for e vão se criando laços... que, aliás, já estão tão criados que a Irene chega a pedir para que "seja assim para sempre". Óbvio que me farto de chorar quando isso acontece. 

Ansiosa pelo que aí vem. Todas as fases vão ser boas à sua maneira e todas terão o seu motivo. Esta é boa para dar espaço a toda a gente e também para não se passar muito do "namoro" para "morar junto", etc. 


É bom sentir que está tudo apaixonado.

Obrigada, Irene, por me/nos fazeres andar com calma :)



10.25.2018

Encontrei o desporto que mudou o meu corpo e não só...

Já experimentei muitos desportos e modalidades na minha vida: natação (anos), basquetebol, ginástica (trampolim, zero jeito), ténis (muito pouco jeito), cardio kick boxing (muito pouco tempo),  danças de salão (bem criança), ginásio, urban streaptease aerobics (não vale gozar, era bem girooooo, tipo dança de videoclip pop com uma professora fantástica)... ginásio 1, ginásio 2, ginásio 3, ginásio 4 (só da última vez, quando estava em Santarém, consegui gostar!) e mais uns quantos que me devo estar a esquecer.

Neste último ano, desde que regressámos do campo para a cidade, não mexi uma palha. Não sabia encaixar; tinha como prioridade dormir (e ainda tenho); achava a hora de almoço curta para ir ao ginásio, tomar banho e voltar ao trabalho; ir buscá-las já às 19h, casa, jantar e banhos: impossível à noite... até que descobri o Yoga, através da Joana Gama, que andava a "chamar a Sofia" (viram o que eu fiz aqui, Chama a Sofia ? uau!, que trocadinho nunca antes visto!...).

Experimentei, na fase mais louca da minha vida, com os preparativos para o casamento, filhas, trabalho e blogue (e com o David a trabalhar mais), à hora de almoço, e percebi que era isto. Era o que me fazia falta, era o que me fazia relaxar verdadeiramente e - eu não fazia ideia - está a ajudar-me a sentir músculos que eu nem sabia que tinha. A focar-me em mim, a centrar-me em cada parte do corpo. A aprender a respirar. A replicar o que sinto nas aulas para momentos de maior ansiedade. Ajuda-me a relativizar tudo, a afastar as más energias e pensamentos para longe de mim. A exigir mais um bocadinho de mim, da minha flexibilidade, do meu equilíbrio, mas a aceitar os minhas limitações. Com calma.

Eu era céptica, tão céptica. Tenho a certeza de que a minha mãe até se ri ao ler isto. Ela que fazia yoga e pilates e meditação e eu acenava com a cabeça a fingir que estava a ouvir o que ela me dizia. Era miúda.

Cheguei a tempo. Estou cá. E é para sempre.

Obrigada Mahima por me ajudares a descobrir-me, pelo incentivo e pela sabedoria.


Não quer dizer que não venha a fazer outras coisas entretanto e ao mesmo tempo: acho divertido dança, às vezes até tenho saudades de correr e até de alguns exercícios no ginásio, mas, para já, está a saber-me muito bem (só) isto. 

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Há casamentos que proíbem crianças

Durante os preparativos para o casamento, alguém comentou que tinha recebido um convite para um casamento que dizia "NO KIDS". Já tinha ouvido falar de amigos de amigos que tinham pedido aos convidados, ou alertado, para não levarem filhos.

Também já aqui vos falei que, até com 1 mês, a Luísa nos acompanhou a um casamento de uns amigos. Aliás, nem me recordo de algum casamento a que tenhamos ido os dois e a que a Isabel não tenha ido. O que às vezes fazíamos - quando dava - era deixá-las, depois do jantar, com a avó. Fizemos isso mesmo ainda no último a que fomos e, sinceramente, foi melhor assim: aproveitámos as garotas até uma hora decente e depois divertimo-nos os dois juntos.

Eu gosto de ter as minhas filhas connosco na maior parte do tempo. Aproveito essa tarde para as ver, ver como brincam, apreciar a forma como dançam, dar colo e matar saudades da semana. Uma amiga chegou a dizer-me que até equacionou deixar as filhas com os avós, mas como tinha estado uns dias sem elas antes, em viagem, não iria conseguir. Percebo-a e bem.

Nós temos filhas, temos sobrinhas, temos primos pequeninos e temos filhos de grandes amigos, com os quais convivemos e dos quais somos chegados, pelo que não fazia sentido limitar o nosso casamento a eles. Agora, não me choca que alguns noivos, que não tenham crianças na família, nem muitos amigos com filhos, queiram reduzir stress e, quem sabe, até custos, e que proponham isso aos amigos, até para que eles se possam divertir. Acho que só se consegue pedir isso com bastante confiança. No entanto, até nós tivemos de enfrentar essa situação. As crianças no espaço onde casámos não podiam ultrapassar uma determinada percentagem relativamente aos adultos (e só nos apercebemos disso mais tarde... demasiado tarde) e perguntámos, aos dois colegas do trabalho do David com filhos - porque achámos que eles não se iriam importar -, se se importariam de não levar. Com algumas pinças e cheios de medo de estar a ser indelicados. Corremos esse risco.  :/
E mesmo assim tínhamos 13 crianças para 67 adultos, noivos incluídos. 

Eu, que por acaso gosto muito de levar as minhas filhas connosco a tudo e mais alguma coisa [menos lua de mel, vá ahahah], não ficaria chocada se me perguntassem se eu teria com quem deixar as crias ou se me sugerissem ir sem elas. Apenas não saberia se isso seria possível. Mas também percebo quem fique chateado. Sou sensível aos dois lados da questão.

Para mim, era ponto assente que, no nosso casamento, teríamos crianças e que teríamos babysitters. As 3 meninas da On Nanny eram muito simpáticas e profissionais e conseguiram entretê-los com pinturas faciais, balões, deram-lhes o jantar e brincaram com eles. Os pais comeram descansados. Achei uma boa qualidade preço! 

Depois, quis ter uma mesinha com alguns doces e a Maria das Festas trataram do assunto em menos de nada (foi praticamente de um dia para o outro, são incríveis). "O amor é doce" estava escrito nos saquinhos para que pequenos e graúdos se servissem. A decoração foi ao encontro de todo o casamento: adorei! [Atenção que a Maria das Festas agora, a par das festas de anos e eventos corporativos, também faz casamentos, a coincidência! Boa sorte, meninas!!!].





































Estes chocolates estavam lindos! Como não tínhamos presentes para os convidados senti-os como a recordação do dia

Fotografias The Love Project 


E vocês? Ficariam ofendidas caso vos pedissem para não levar filhos? 
Levam sempre? O que acham deste assunto?


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