9.07.2018

Se eu soubesse isso sobre cólicas...

A Irene berrava que nem uma louca ao final do dia. Ela berrava e eu não a conseguia acalmar. Depois berrava ela e chorava eu, choravamos as duas e eu não percebia o que estava a acontecer e nem conseguia mudar nada. Experimentei o clássico dos probióticos, mudar a alimentação (amamento), deitar mais cedo, deitar mais tarde, virar a cama para sul, o desespero era... todo. 

Se eu soubesse estas coisas sobre (bebés) ou, neste caso, sobre cólicas: 


- Os bebés nascem  9 meses "mais cedo": 

Os bebés nascem "imaturos", sem estarem prontos para se afastarem da mãe. Somos a espécie que fica mais tempo dependente. Passamos por uma espécie de nova gestação fora do útero, a exterogestação. Leiam mais sobre isto num site de uma marca conhecida de marsúpios (makes sense). Há mais 9 meses depois da gravidez em que o bebé. Se o bebé e a mãe não estiverem alinhados com estes princípios é normal que o bebé também se ressinta e, ainda para mais, ao final do dia com o "cansaço" todo em cima e outras coisas que vou dizer a seguir. 

- O sono aparece ao final da tarde: 

Existe uma hormona do sono que é segregada ao final do dia. Já houve quem me tivesse tido que é a partir das 18h (mas haverá mesmo horas para isto?). Principalmente para recém-nascidos é quando cai o cansaço todo em cima. E, por isso, também, o descontrolo. Eles sabem lá gerir as suas emoções, nem os braços conseguem controlar, quanto mais!

- Ressaca

Para nós, um dia em casa parece ser extremamente simples. Para um bebé, existem milhares de cheiros, temperaturas, o barulho da televisão que não sabe de onde é, as texturas dos lençóis, o mudar a fralda, a voz da mãe, as horas do dia... Tudo isso são informações que o bebé tem que processar. Ao final do dia, se houver hiperestimulação (isto é só em casa, imaginem num espaço público com muita gente ou actividade), é normal que possa ter mais descontrolo por estar mais "cansado". Costumo comparar isto ao dia a seguir a ir a uma discoteca quando ainda se fumava lá dentro. Mesmo sem álcool, a cabeça dói, os olhos estão péssimos e o corpo está exausto... 




- Imaturidade do intestino.

Como nascem mais cedo, também ainda estão a "aprender a fazer cocó. Não se esqueçam que os bebés amamentados podem ficar mais tempo sem fazer cocó, não se stressem tanto. E é provável que os bebés alimentados com outros tipos de leite tenham mais problemas de digestão (é mais complicado digerir).

- Qualidade da pega. 

Amamentar não tem que doer, sabiam? E há várias maneiras de pedir ajuda (procurem por CAMs ou, se forem de Lisboa, liguem para a Amamentos). Há muitas respostas na net e bons grupos de Facebook (foram essenciais para eu conseguir continuar a amamentar a Irene). Se o bebé fizer barulhos a mamar, o som de beijinho por exemplo, é sinal que está a engolir ar enquanto mama. E vocês já tiveram muitos puns que, enquanto não sairam, vos doia incrivelmente a barriga, não já? Imaginem um bebé com o intestino imaturo e sem se saber expressar e ao final do dia... Poooois! 



- Ansiedade e ambiente.

Eles são esponjas. Não só em bebés, mas particularmente em bebés. Tudo à volta deles é informação. Quando estamos mais nervosas, o nosso cheiro muda, a pulsação também. Os gestos, tudo. Eles sentem isso e respondem a isso com medo e desconforto. A mãe está insegura e enervada, como é que se hão de sentir calmos? Tudo o que ajude a melhorar o conforto da mãe e da família é de extrema importância (sempre, mas principalmente nesta fase em que ainda estão todos a perceber o seu lugar).


Há de haver questões médicas que desconheço que vão além disto, mas do que tenho reparado, há muitas mães que ficam perdidas quando os médicos já não conseguem ajudar e recomendam coisas que nos fazem sentir "milagrosas", que nos dão descanso enquanto temos fé mas que, não resolvendo, pioram o desespero. 

Não há mal em tentar ou compreender a criança numa óptica não só física. Até porque nós somos tudo e está tudo ligado, não é?

Estão à vontade para me corrigirem no que estiver enganada, isto é só um resumo de muita coisa que li, mas estou sempre receptiva a receber mais :) 











9.06.2018

Este já vai para a lista dos favoritos!

Andava há anos a ouvir falar deste restaurante: a minha mãe já me tinha dito que a carne era maravilhosa e as batatinhas então nem se falava. No fim-de-semana em que ficamos sem as miúdas (já não íamos jantar fora os dois há mais de 4 meses - e é das coisas que mais gostamos de fazer), fomos até à Brasserie de l’Entrecôte (a do Chiado, mas há mais) e lá experimentámos a tão afamada carne com um molho delicioso - é mesmo daquelas que se desfazem na boca. E antes servem uma salada (de duas à escolha) e há umas manteigas ótimas e um pãozinho... bem, é tudo de babar. O "tudo" aqui não é muito, visto que só têm mesmo o entrecôte na carta (e uma opção para vegetarianos). O ambiente é super simples, luz baixa, os empregados atenciosos e com muita experiência, foi tudo muito agradável. Podermos conversar sem muito barulho, sem as  nossas crianças, devia ser obrigatório uma vez por mês! (Mas, vá de 4 em 4 meses já não está nada mal). E, para sobremesa, uma tarte de maçã com gelado deliciosa (mas foi difícil escolher porque trazem o carrinho com imensas possibilidades e tudo com um aspecto que, por mim, se fazia um pijaminha e não se falava mais nisso. 
Sou tão boa boca que devia ser proibido. 

Já sabem, A Mãe é que Sabe e a Mãe recomenda a Brasserie (ah! E experimentem a sangria de frutos vermelhos!)









9.05.2018

Tenho tido umas aulas com a Oprah Winfrey!

Quem me falou disto foi o meu colega Rui . 

É sempre uma boa maneira de começar um texto, respondendo a uma pergunta que ninguém fez nem nunca iriam fazer. 

Ultimamente os meus tempos livres têm sido para ouvir a Oprah Winfrey num programa que ela tem que é o "Super Soul Sundays" onde ela entrevista pessoas seleccionadas por ela: autores de best-sellers, iluminados espirituais e especialistas em saúde e bem-estar (estou a traduzir mediocramente o que está no site). 

Olhem eu a ter aulas com a Oprah: 


Não consigo ter disponibilidade para papar os vídeos, apesar de me parecerem muito interessantes. Ainda bem que existe o Oprah's Super Soul Podcast. Tenho ouvido no Spotify e tenho ouvido TODOS desde o início. Neste momento estou a ouvir o da Indie Arie. 

Sei que esta conversa não é para toda a gente, mas sei que hão de haver umas quantas que vão delirar com isto como eu. Tenho aprendido imenso com a experiência das pessoas que lá têm ido. A entrevista com o Paulo Coelho é fabulosa, por exemplo...




Se gostavam de ter mais tempo para ler, para aprender, para estudar e não conseguem ter de momento. Não me consigo lembrar de aulas mais práticas e com mais significado que estas que estou a ter neste momento. 

Alguém daqui que vá seguir a dica? 


Será errado comparar a minha filha a um cão?

A minha melhor amiga tem uma cadela já há algum tempo. A cadela tinha sido atacada pelos irmãos por ser a mais fraca da ninhada... estava muito nervosa mas a Susana ficou com ela. Não a conhecia de lado algum, foi alguém que sugeriu e ela aceitou a Lua. 

A Lua dava cabo da cabeça da Susana. Extremamente ansiosa e, por isso, maluca na rua. Ficava louca e ladrava muito quando via outros cães na rua, sempre demasiado entusiasmada com tudo e nada obediente. 

A Susana ficou esgotada de tentar ir contra ela. Primeiro ainda tentou a "autoridade". "Ela deve fazer isto por não me respeitar, tenho de me dar ao respeito". Nem por isso resultou. Apenas esgotou mais as duas.

Depois, reparou, que quando ela estava mais calma, a cadela também estava. Que, quanto mais tranquila e grata estava por ter a Lua consigo, mais tranquila ficava a Lua. 

Deixou de fazer de todos os assuntos uma procura de repeito da Lua por si e ponderar bem o que deve ser imposto, ensinado e exigido, balançando com momentos de afecto, de convívio e de amizade. A Susana passou a respeitar a história da Lua e a Lua começou a poder ver a verdadeira dona. 

Agora conhecem-se e são amigas. Nunca foram as duas tão felizes. 

Lembro-me muito da história da Susana e comparo-a comigo e com a Irene. Reparo que quando estou mais centrada e presente a Irene fica irreconhecível. Fica calma, doce e procura-me para ter e dar miminhos. A diferença é enooooooorme. Desde a enroscar-se em mim quado lhe conto histórias quando a vou adormecer. "Normalmente" - quando estou nervosa ou desalinhada - somos apenas verbais e reactivas. Parecemos duas linhas em paralelo quando não está tudo ok comigo. 

Tenho conseguido cada vez mais que sejamos crochet. Estamos entrelaçadas. Fisicamente até. Cada vez mais próximas. A recompensa de estar presente e calma é tão grande que a motivação para não dar corda a determinados pensamentos ou comportamentos é cada vez mais forte. 


Ela é o meu espelho e ainda parece que não tem tudo muito vincado nela. Ainda vou a tempo. Não que esteja a dizer que tudo o que fiz enquanto estava em modo automatico não estava certo, mas ainda vou a tempo de mostrar à minha filha que a mãe é mais do que "vá, Irene, temos que ir" e "agora não posso" e "já te disse umas três vezes". 

Eu sou tão fixe e ela também. Seria uma pena que depois chegasse à idade adulta sem conhecer a mãe e eu sentindo que nunca estive completamente ligada a ela. Quero conhecê-la e para isso tem que haver tempo. Custe o que custar. 

Até para conseguir chegar cada vez mais a ela quando ela precisar de mim. Quero criar confiança entre as duas, ir o mais profundo que conseguir. Quero ensiná-la o que é amor - sendo que eu ainda estou a perceber como se ama e se é amada também. 

Quero que, quando eu disser "a Mãe está aqui" ela saiba o que quer dizer para que, um dia, quando disser aos filhos, saiba dizê-lo com o corpo todo. 

A Mãe está a aprender a estar aqui. 

Que nostalgia!

Lembro-me como se fosse hoje. Acordávamos ao sábado de manhã e íamos a correr para sala, colocávamos a VHS pela enésima vez no leitor de cassetes e víamos as gravações em loop. Eu e o meu irmão já sabíamos as falas todas de cor dos nossos desenhos animados preferidos, que a minha mãe gravava do Clube Disney. Não me lembro do Clube Amigos Disney do tempo do tio Julião, com o Júlio Isidro, que começou precisamente no ano em que nasci – 1986 - mas sim dos outros meninos que apresentaram depois e vi até à fase em que Sílvia Alberto apresentar com o José Fidalgo (mas nessa fase já não era bem o tio Patinhas que me despertava interesse, se é que me entendem…).

Além dos desenhos animados gravados e vistos vezes sem conta, de vez em quando recebíamos cassetes dos filmes da Disney - a minha história preferida era a da Cinderela, até chegar o filme do Rei Leão – foi o primeiro que vi no cinema e marcou-me imenso, chorei baba e ranho e ri-me muito com o Timon e o Pumba (adoro a banda sonora!).

Além de todo o universo mágico dos filmes e das músicas, gostava também muito de ver as reportagens nos parques temáticos na Florida e depois em Paris, e sonhava em lá ir. Fomos em 1997, tinha eu 11 anos. Nesse verão, andei pela primeira vez de avião e realizei um sonho enorme: tudo aquilo foi absolutamente mágico, ver as personagens tão de perto naquelas paradas, andar nas montanhas russas e no Small World – inesquecível.


Quando a Isabel, que não era muito apegada a peluches até então, começou a gostar da Minnie, foi, para mim, muito especial. Quando vimos juntas os primeiros episódios a Casa do Mickey Mouse foi como ver nos olhos dela os meus. Quando fez dois e três anos, as festas na escola tiveram esse tema, claro. Mas se dantes andava repartida por mais canais infantis, agora é sem dúvida no Disney Junior que passa mais tempo: gosta da Guarda do Leão, da Doutora Brinquedos, da Caracóis Dourados e Ursinho e do Mickey e os Superpilotos (e da Ladybug no Disney Channel). Gostam as duas. E se dantes eu limitava bastante, agora acho que com conta, peso e medida, são momentos em família muito giros e até educativos, incentivando-os a encontrar formas de superar obstáculos e desafios com imaginação (e dão um jeitão quando precisamos de fazer qualquer outra coisa e elas ficam sossegadinhas – até a Luísa já se aguenta YEAH!). Confio bastante nos conteúdos deste canal.










Estreou esta semana às 20h30 a nova temporada do Mickey e os Superpilotos e lá vamos estar nós com os carros preparados para as corridas. Acho muita piada ao facto delas adorarem as transformações dos carros e de brincarem com as personagens com que eu brinquei (os meus pais chegaram mesmo a fazer umas imagens da Margarida e da Minnie, para decorar o meu quarto, em esferovite e pintadas à mão, lembrei-me agora! Que saudades!!! Agora fiquei nostálgica.)



Estreou agora também no Disney Junior a nova versão dos Marretas Bebés, quase 30 anos após a série original (estamos a ficar velhos, pá!). Elas adoram (e quando veem os mupis na rua ficam malucas: principalmente a Luísa). Não sei se conhecem a série, mas tem as personagens mais queridas, com o Cocas, o líder e a voz da razão do grupo, a Piggy que é destemida aventureira (tipo a Luísa), o Fozzie, o comediante com um grande coração, o Gonzo, que é o malabarista irreverente e o Animal, que é o rebelde, que cria as suas próprias regras (tipo Isabelinha quando parece estar na adolescência com apenas 4 anos). A juntar-se ao grupo, temos a nova Bebé Marreta, a Summer, uma pinguim artística e criativa que adora pintar, desenhar, cantar e dançar. A série é mesmo muito gira, cheia de aventuras e humor, na qual o poder da imaginação os ajuda a superar o medo do escuro, a aprender a não fazer batota, etc, etc. Lições importantes para as crianças apresentadas de uma forma muito simples, de 2ª a 6ª às 15h30.














Continuo a gostar muito de desenhos animados, e assim tenho a desculpa certa para continuar a vê-los! Até temos uma máquina de fazer pipocas (não acrescentamos nem sal nem açúcar e elas gostam), sentamo-nos no sofá e fazemos serões. E vocês? Que desenhos veem os vossos “piquenos”?




Encontram estes brinquedos Mickey e os Superpilotos em www.disneystore.pt/

*Post escrito em parceria com a Disney

9.04.2018

Voltou mais cedo das férias com o pai.

Como vos contei (podem ler aqui em "Uma semana sem ela, vou sobreviver?"), estive uma semana sem a Irene, pela primeira vez. Sei que muitas de vocês têm de passar por períodos mais alargados, até há quem tenha custódia partilhada e, desde que os filhos são bem bebés, passam uma semana com cada pai, mas isto para mim foi difícil. 

Claro que não foi horrível. Tenho muitas coisas que quero fazer e que só posso fazer quando ela não está comigo. Nomeadamente: nada. A minha cabeça abranda em quase 75% e vejo outras qualidades minhas - das quais normalmente tenho saudades - a regressarem a mim mesma. Uma semana deu para ter um laivo da Joana que não está sempre preocupada com tudo o que tenha a ver com a Irene. 

A Irene divertiu-se muito com o pai e com os avós de férias. Fiquei de coração cheio a vê-la na piscina a brincar. Pareceu o timing certo para já passar uma semana inteira sem mim e agora tive a certeza. No entanto, no último dia, perguntou várias vezes por que é que ainda ia dormir um dia à casa do pai e não vinha logo ter comigo. 

Estava na dúvida se abria a excepção ou não. Visto que a conversa tinha sido "a mãe está a trabalhar, só pode a partir de terça". Ainda para mais agora com o regresso à escola, não queria muito que ela percebesse (mal) que existe alguma maleabilidade nestas situações - quando a mãe diz que tem de ir trabalhar, é porque tem de ir. Porém, como em tudo o que tenho aprendido nisto de ser mãe até agora - o meu coração dizia que sim. Afinal de contas, a minha filha estava a dizer-me que tinha saudades minhas e eu, a morrer de saudades dela, só tinha mais que lhe dizer que sim. 

Fui educada a ver todas as combinações como contratualizadas, como se não pudesse haver flexibilidade ou se pudesse seguir algum tipo de fluidez. Reconheço como uma boa qualidade minha esta pseudo-fiabilidade, mas há que "deixar a vida entrar". Se a minha filha perguntar duas ou três vezes por que é que não podia dormir comigo não é motivo suficiente para quebrar um plano, o que seria? 

E que parvoíce que é a minha cabeça. Acreditam que a minha cabeça ainda questionou se podia ser apenas curiosidade? Como se eu não fosse "uma mãe que desse saudades"? 

Afinal sou! E hoje fiz-lhe umas panquecas de espelta com linhaça, banana e ovo (ahah nunca pensei usar sequer estas palavras alguma vez na vida, quanto mais tê-las na minha cozinha) numa frigideira que comprei o ano passado... e pensei: "Porra, ela até tem sorte!".




Claro que não é por causa da porcaria das panquecas, mas acho que a Irene até tem uma mãe porreira. Imperfeita, mas porreira. Vocês conseguem ver o quão incríveis são? 

A entrada na creche com ou sem período de adaptação?

Com. Não tenho dúvidas nisto. Pelo menos no nosso caso.
Com, se os pais estiverem disponíveis para que isso aconteça (com a Isabel não o pude fazer, por exemplo, e ela foi com 5 meses e meio).

Com a Luísa, que entrou com 18 meses, não o pude fazer, não por falta de disponibildade minha, mas porque a escola não deixava: nem entrar na escola, nem reduzir as horas - tinha de se habituar desde logo à rotina. E lá estava eu às 16h15 e lá estava ela com os olhos inchados de tanto chorar e a fazer-me queixinhas à minha chegada. Não comia nada de jeito e chegou a adormecer de cansaço de tanto chorar (contavam-me tudinho como se fosse normal e passageiro).

Eu senti que era anti-natura. Andei semanas à espera do dia que ela ia com vontade e não começava logo a chorar no carro ao aperceber-se de que iria para a escola. Demorou. E mudámos de cidade e de escola.

Na escola para onde foram, foi tudo muito diferente. Fez a adaptação com o pai. Duas horas num dia (com ele lá), duas horas no outro, mais umas quantas no terceiro, já ficou a dormir e... foi uma diferença enorme. Avisaram sempre que se achassem que estava triste ou que chorava muito, nos ligariam. Isto sim, fez-nos sentido.

Não temos de pensar todos da mesma forma, acreditar todos no mesmo, claro que eles se adaptam mais tarde ou mais cedo a tudo... mas acho que devia haver um maior encontro com as necessidades da criança e da família. Ficámos todos mais calmos com esta abordagem e também por isso, foi tudo mais fácil.

Na escola onde elas andam (que é Movimento Escola Moderna), os pais fazem parte da escola, podem entrar e sair quando assim o desejam e podem até assistir e participar. Essa relação é estimulada.

Para mim, nestas idades, faz sentido este envolvimento. Se possível por parte dos pais (nem sempre o é e, não havendo, também não faz sentido continuar a remoer o assunto). The Kids Will Be Alright.


Mães que estão agora a deixar os filhos pela primeira vez na creche ou no infantário: FORÇA!






Isabel fofinha no primeiro dia de escola <3

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9.03.2018

Fomos a um casamento, a um mês do nosso!

Sábado foi dia do casamento da Joana, minha amiga da adolescência, e do Pedro. Foi lindo!

As miúdas também foram e divertiram-se muito também - a Isabel andou a fazer slime (eu nunca tinha mexido naquilo) e a Luísa dançou com as sevilhanas (aquela miúda adora dançar - vejam aqui nos meus highlights do instagram a dançarina que ela me saiu). 

Estava tudo bonito, toda a gente divertida, os noivos muito relaxados - quero tal e qual. Até no número de convidados vai ser parecido: famílias mais chegadas e amigos mais chegados. E já falta só 1 mês!!! Isto passa tudo pufffff. Já tenho quase tudo tratado - o mais importante está, por isso é ir resolvendo as coisinhas que faltam mas sem stressar. :)

Cá estão as nossas fotos de sábado.
E muitas felicidades aos noivos que estão agora no bem-bom. Bem merecem. <3













O meu penteado foi obra da Manuela do Nela Cabeleireiros - adorei! <3

A roupa das miúdas é da Chicco e sapatos da Hierbabuena.




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Um ano em casa com os filhos... é boa ideia?

Neste momento, 3 anos depois de já não estar em casa com a Irene (depois de ter estado durante um ano e meio), só me apetece dizer-vos "fujam!!!!". 

Não houve nada mais desgastante pelo qual tenha passado e de que tenha memória. Foi duro. Foi mesmo muito cansativo e uma prova de... amor passada juntamente com uma prova de sanidade mental não passada. 

A privação de sono, a aventura da amamentação (que começou pessimamente e torta andou durante para aí os primeiros 5 meses, podem ler aqui em "As minhas maminhas e da minha filha"), a responsabilidade que sempre me pesou tanto nos ombros que me anulava, etc. Decidi, para justificar ficar em casa sem ganhar, dispensar a nossa empregada e, para além de ser mãe, também achei que poderia ser dona de casa - afinal... ia estar tanto tempo sem fazer nada... Não.

É uma missão incrivelmente difícil. É cansativa. Mexe com o que há de mais primário em nós, não vos sei explicar. Sei que voltaria a fazê-lo de novo, mas agora tudo com outra atitude (depois, já sem estar privada de sono é tudo muito simples). É normal que pareça que "tudo vai pelo cano abaixo". 



Confesso que conheço mães muito mais relaxadas que eu e para quem, estar em casa, é menos "estar em casa" do que o que senti e é tudo muito menos horrível. 

Compensou? Sim. Se teria sido engraçado e positivo caso não tivesse ficado em casa? Sim, acho que talvez tivesse sido melhor para a minha cabeça. Voltaria a fazê-lo, mas de maneira completamente diferente. A sério.

Lembrei-me disto porque encontrei algures na internet que "Ficar em casa com os filhos é mais desgastante que trabalhar fora" - a "notícia" é tão simples e pouco fundamentada que é claramente para partilha desenfreada (o que não tem mal, só faz quem quer). Não sei o que custa mais, não sei o que cansa mais porque depende de muita coisa: como ficamos depois do parto, do sono, da ajuda, da ansiedade, do tipo de trabalho... 

Seja como for, vocês que estão em casa com os filhos, muita força, mesmo muita força. Lembrem-se que tudo é uma fase. 

Para quem não tenha tido essa sorte, acreditem que há coisas boas em não ficar em casa durante um ano ou ano e meio ou três ou quatro. Tanto para vocês, como para eles. Como em (quase) tudo. 

Já tinha escrito sobre isto há uns tempos, se quiserem ler mais um bocadinho aqui em "Se me arrependo de ter ficado um ano e meio em casa com ela?"

9.02.2018

Quero ser mais feliz que isto (#03) - Nunca mais tenho férias só no Verão!

Epá, miúdas... Importam-se que vos chame "miúdas"? Não é que não seja miúda como vocês, é precisamente pelo contrário. Acho que somos todas umas miúdas e que vamos ser para sempre. Mesmo as avós que andam para aqui a ler umas coisinhas - só não digo que são mais "que as mães" porque seria parvo. 

Já viram a diferença que nos faz termos férias? Fazermos uma pausa? Bem sei que nem toda a gente tem a minha sorte de poder ter 25 dias de férias por ano e de poder escolher quando as tira, mas têm visto como tudo muda? O sol, o bom tempo ajuda, mas... acima de tudo acho que é parar e "sair". Quebrar a rotina. 

Nem tudo tem que ser caro. Não precisamos de estourar um ordenado num hotel. Ou de ir para o "estrangeiro". Há amigos que têm casa em sítios, sei lá. É termos a lata de pedir a chave para um fim-de-semana. É roubar a tenda a alguém e ir acampar para outro concelho, é... irmos ter com alguém algures e ficar acordados até tarde. Muitas de vocês já devem fazer isto e já descobriram "o caminho para a felicidade", não era o meu caso.  



Tenho deixado as minhas férias todas e a mentalidade "de férias" para as férias. Não pode ser. Tenho de pausar. Tenho de deixar mais férias para o resto do ano, para irmos. Só. Irmos. Para desaparecermos um bocadinho e voltarmos a nós. Especialmente eu. A diferença em mim quando saio da "roda de hamster" é... incrível. 

Temos todas - principalmente as que sentem, como eu, que "andam a mil" - de ser mais espertas e ver como podemos quebrar esta sensação de urgência constante que tão nos maltrata e aos mais próximos de nós. 

Recebi uma mensagem de uma amiga e leitora na semana passada a pedir-me o contacto de uma psicoterapeuta (eu faço terapia e já falei disso aqui no blog aqui em Faço Terapia) e pulei de felicidade (parte do motivo de ir às consultas é este meu histerismo - ahaha brincadeira) por saber que há mais uma pessoa a "acordar" e a ter vontade de "Ser mais feliz que isto". Não tem necessariamente de passar por terapia para toda a gente (para mim é importante que tenho... muitos sentimentos reprimidos, muita história por desconstruir e muita... dor por arrumar), mas acho que uma das coisas que temos de fazer é esta: parar mais vezes. 

Conseguem já não andar sempre "a mil"? 

Tenho andado a repensar coisas, fica aqui a lista do que já partilhei convosco: