6.05.2018

Como lido com a minha ansiedade.

É como tudo na vida: às vezes lido bem, outras vezes lido mal. Porém, com o tempo, e com novas estratégias, situações que poderiam antes ser muito mais trágicas, estão a tornar-se mais fáceis. E, melhor, até já vejo a vida com outros olhos (isto era um slogan óptimo para uma loja que vendesse olhos às pessoas). 


Coisas que me ajudaram e ajudam imenso: 

- Dormir

Meninnnnas! Nem se metam nisso! Não há maneira de conseguirmos pensar o de funcionar direito se não andarmos a dormir o suficiente! Já vos contei num post que isso é uma das nossas necessidades primárias e que podemos estar a fazer de tudo um drama, a pensar tudo de forma errada e a tomar decisões importantes estando fora "do sítio". Certifiquem-se que andam a dormir. É ingrato dizer isto num blog de maternidade (a Irene não dormiu uma noite seguida durante 3 anos), mas garantam o vosso descanso - dentro do possível - acima de tudo. 

- Beber água e boa alimentação

Se andamos a dar combustível da trampa ao nosso "carro" como queremos que ele ande bem? Andamos para aí na reserva e com a expectativa de estarmos no nosso melhor. Não é justo. Para bons resultados, tem de haver preparação. E cuidado. E carinho. Aquele que conseguimos ter com os nossos filhos (comer sopa, fruta...) devíamos também ter connosco, caramba! 

- Suplementação

Bem sei que às vezes leio demasiado, mas cheguei à conclusão que, hoje em dia, também com o tipo de alimentos que temos ao nosso dispôr é praticamente impossível (a não ser que nos dediquemos quase que exclusivo a isso) ter uma alimentação que ponha o nosso organismo a funcionar perfeitamente. Eu não tenho capacidade para ser exímia a cozinhar, escolher os ingredientes, as combinações, etc. Sei que preciso de vitaminas, de alimentos, de minerais que não encontro nas refeições que consumo com frequência. Tenho feito períodos de toma de Depuralina Express que me ajuda a fazer uma espécie de reset quando tenho períodos de maior ansiedade e em que ingeri mais Chocapics e Kinders do que "devia". Faço o tal reset e apercebi-me que, quando tomo, além do meu apetite emocional - aquele que é fome a fingir e que sabemos perfeitamente que não é fome -  baixa substancialmente, também fico muito mais calma. Depois vim a descobrir que era também do extracto do Slimzen. Que é um extracto de Chá Verde rico em L-Teanina que está clinicamente comprovado e, que controla os impulsos emocionais que nos levam a cometer excessos mesmo quando não temos propriamente fome. Isto é de uma forma 100% natural, além de desintoxicar o meu organismo, também me ajuda a estar mais calma e centrada. Isto para além de me retirar aquele sentimento de culpa por querer sentir-me melhor comigo mesma e de não "estar a fazer nada extra". 

- Psicologia e Hipnoterapia Clínica 

Depois de ter experimentando imensas coisas ao longo da vida, esta foi uma das abordagens que me deu resultados mais imediatos. A que me aliviou mais rápido. Requer continuidade, mas com a hiponose garante-se também um conforto durante o processo de compreensão e desconstrução do que se passa para a pessoa se sentir ansiosa. Foi com a minha (agora amiga) Eugénia Amaro, posso dar-vos o contacto, se precisarem. 

- Psicanálise

Faço psicanálise duas vezes por semana. É um luxo, bem sei. Porém também sei que reorganizando as nossas prioridades que conseguimos alcançar muitas coisas que preciamos quando temos o mindset certo. A psicanálise é um trabalho mais demorado, requer muita paciência e disponibilidade (tempo e mental), mas que me parece ser um percurso muito sustentado (vocês acho que têm sentido a minha mudança de postura no blog ao longo dos tempos). 

- Ler sobre isso

Pode ter o efeito contrário nalgumas pessoas, mas têm-me ajudado imenso a compreender e a perceber que não estou sozinha nisto da ansiedade e porque é que sinto isto e como se processa. Ouvir e ler outras pessoas a falar sobre o assunto ajuda-me a relativizar e a ver que o mundo não vai acabar só porque sinto que sim. 



Até voltei a fazer stand-up. E, há uns anos, acabou porque perdi a confiança. Era doloroso acreditar em mim e viver com ansiedade de subir a palco e até com a negatividade do após. Voltei, agora :) Estou feliz. Sinto que voltei a ser eu. Eu quando estou bem. :)


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Post escrito em parceria com a agência de comunicação. 

Acho bem que se minta às crianças.

Uma das várias coisas giras de ter um blog é - além de receber e responder a comentários - ver a nossa mudança de opinião. Lembro-me perfeitamente de já ter escrito um post por aqui a dizer que nunca iria mentir à minha filha - não me lembro foi qual, ahah. Muitas das minhas opiniões têm mudado e esta é mais uma. 

Ontem, escrevi um post em que disse que não castigo a Irene (na minha óptica o que faço não é castigar). E que, para facilitar, lhe disse que só iamos um dia para o hotel porque ia fechar para obras - o que é mentira.

Imagem do site slate.com

Recebi este comentário - educado, a propósito e pertinente, uma opinião válida - e quis partilhar convosco a minha resposta porque só por si daria e dá - tanto que está a dar - um post. 


Joana, aqui estou em desacordo. Mentir e não por de castigo? Na minha opinião continuo a achar que há um protecionismo desmesurado. Nisto de sermos pais, na minha opinião é preciso experimentar a dureza da realidade .isso é que estrutura as crianças. Se é bom gritar ou por de castigo? Não é de todo, mas os pais não são infalíveis, inquebráveis, acontece-lhes serem injustos para as crianças. Mas muitas vezes isso aproxima-os, torna-os mais fortes.
Joana, não penses tanto em não magoar a Irene. Para quê arranjar desculpas para uma coisa que é natural. E dizeres que se ela não se despacha não vão ler um livro, isso é um castigo


  1. Como disse, não tenho mesmo agora muita disponibilidade mental para esta questão :) Mas podemos sempre falar por e-mail e, depois, quando eu conseguir estar "à altura" responder-lhe-ei com calma. Posso dizer-lhe, porém que, no meu entender, são coisas completamente diferentes. Um castigo seria: "Irene ou lavas agora os dentes ou amanhã não vais à festa de aniversário da Isabel". Neste caso é apenas a consequência real das suas acções. Se demora muito tempo, visto haver hora para deitar, depois não dá tempo para ler histórias. Fica à escolha dela. E depois, claro, não leio as histórias se ela optar por continuar a brincar com a escova em vez de lavar os dentes. Não sou a favor de espetar a dura realidade às crianças, nem aos adultos. Acho que muitas das vezes é perfeitamente desnecessário sujeitarmos os outros à nossa verdade. A mentira existe - a boa mentira - para proteger as pessoas de tristezas desnecessárias ou de pensamentos inúteis. Neste caso claro que disse à Irene que só iamos um dia porque era o que tinha combinado com o hotel. Ela ficou muito triste porque imagina sempre que a gente vá uma semana para os sítios e, honestamente, há coisas que tenho paciência e que faço questão de lhe explicar, há outras que ou na altura não tenho tempo e paciência ou não acho que seja assim tão importante. Neste caso, eu, mãe da Irene, não achei que fosse importante ao ponto de me sentar e dizer-lhe "a vida é assim, Irene, a mãe não tem moedinhas suficientes para ficar mais dias" - que é mentira porque isso é tudo relativo - ou "a mãe não quer ficar mais tempo porque quero recomeçar a rotina com calma no Domingo, blá blá". Faço isso com verdades que interessem (para mim, mãe da Irene e para a Irene, minha filha) e não com a disponibilidade do hotel. Tenho vindo a acreditar que, às vezes, o amor também nos impele a mentir de vez em quando para que poupemos os outros a momentos desnecessários. Nada é "sempre". Dizer a verdade "Sempre", dizer a "mentira sempre". É caso a caso. Está mais sensível? Cansada? Temos pressa? Interessa? Que aptidão estou ali a desenvolver? Chora agora porque depois chora menos? Quero é ir de "fim-de-semana" com ela e que nos divertamos. Se segue o blog repara que até sou bastante cuidadosa ou, pelo menos, atenta nas decisões que tomo e nas posturas que vou tendo com a Irene, mas não sou fundamentalista (ou já não haha). Depende. Neste caso decidi assim :)

    Um beijinho e obrigada pelo comentário :) Farei provavelmente um post com a sua opinião e com a minha resposta, já que achei tão interessante <3


O que fazem vocês?

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6.04.2018

Não a castigo.

Não é um post que sirva para discutir a pertinência dos castigos ou não. Eu não sou a favor. Eu sou contra. Não condiz com a minha personalidade nem com a forma como quero educar a Irene. Um dia poderei ir buscar esta sardinha para lhe puxar a brasa, mas não me apetece agora, nem a vocês - já há demasiado nhanhanha na internet, já chega (por agora, hehe). Deixemos a Supé Néni no cantinho onde ficou arrumada. Que descanse em paz. Durante o tempo da idade dela ou até apitar o timer. 

Quando não tenho capacidade para lidar com ela ou com a birra do momento (não somos robots, caramba!) aplico a consequência real: "Irene, caso não laves os dentes agora, não vou conseguir ler-te as histórias porque fica tarde e, amanhã, acordas cansada e sem energia". 

Não sei se será a melhor estratégia. Tem sido. Gosto desta. Combina connosco. Tem resultado. 

Neste fim-de-semana, fomos passar um dia a um hotel para experimentar uma coisa da qual vos falo depois. Expliquei-lhe que era só um dia, uma noite e ela ficou mesmo muito triste. Queria que fosse muito mais tempo.

Menti-lhe, para facilitar, dizendo-lhe que o hotel ia para obras e, por isso, só dava mesmo para ficar lá no sábado. Ela aceitou. Passados uns segundos, perguntou-me: 

- Mãe, é mesmo por causa das obras que só ficamos por lá um dia?

- Claro, Irene. Haveria de ser pelo quê?

- Não é por eu fazer birras que não vamos mais tempo?

- Não, filha. É normal fazeres birras. Até eu faço birras de vez em quando. Não é por isso que só vamos um dia. 

Ainda aproveitei para lhe dar um abraço e dizer que a adoro e que gosto muito dela, chore, esperneie, faça birras ou não. 



"Giro" que a primeira coisa que nós fazemos, quando algo não corre como desejamos é pensar no que fizemos de "mal", não é? Acho que a reflexão é importante, mas agora em adultos é necessário não ficarmos por esse primeiro pensamento, até porque não somos "o centro do mundo". 

No caso da Irene, mesmo estando eu a trabalhar para que ela não se ache "má menina" por fazer birras ou que fazer birras é ser mal comportada, etc, esse é o primeiro reflexo: 

"O que é que eu fiz?"

Em quantas coisas na nossa vida, tanto por reflexo da nossa natureza, como por termos adquirido pela maneira como fomos educados achamos que o que corre mal é "por nossa culpa" ou porque "não merecemos"?

Eu, simplesmente, só fui uma noite para o hotel. Não tinha nada que ver com ela. 

Ainda bem que ela pergunta. :)

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As 10 coisas que mais me irritam nas crianças no geral e nas minhas em particular

As crianças são o melhor do mundo, que são. São curiosas, conseguem ver o lado bom das coisas, confiam e não têm vergonha de dançar na rua. Mas, convenhamos, há coisinhas que, por mais que sejam sinal de que estão a crescer e bem, que se exprimem e que estão a construir as suas personalidades, irritam e não é pouco. Há dias que irritam mais que outros. E há dias em que não irritam nada e que até nos dão vontade de rir.


01 - Querem sempre a última uva.

[e quem diz a última uva diz a última bolacha, a última tudo].

Quando é que se começa a fazer cerimónia e a deixar a última, como gesto de boa educação? Lá para os 24?

Lá vou eu partir a última ao meio só para evitar que se esventrem uma à outra... [sim, sim, venham cá dizer que elas têm de aprender a ceder e a resolver os seus conflitos sozinhas que só eu sei quando já tenho a cabeça em água com “mais uma birra”]


02 - Querem sempre a mesma coisa, ao mesmo tempo.

Acaba por ser redundante. Mas é isto: Se a Luísa quer o pai, a Isabel também quer o pai. Se a Isabel quer a mãe, a Luísa também quer. Se a Isabel quer a colher vermelha, porque é a cor do Benfica do pai, a Luísa já não quer a amarela. Se a Luísa quer a amarela, a Isabel pensa melhor e afinal também quer a amarela porque é a cor preferida, claro. [lá a argumentar, ela é boa]. Apetece-me comprar pratos, toalhas e roupa, que é para não nos chatearmos.


03- Conseguem mudar de ideias no mesmo minuto.

A fita que eles às vezes fazem para conseguirem qualquer coisa e assim que a têm, afinal não era bem aquilo. A Isabel arena entre defender-se a dizer que eu percebi mal ou a admitir: “enganei-me, mãe”. Pede-me arroz, quando eu tinha era massa feita, por acaso até faço arroz, vá, não custa assim tanto dar-lhe esse miminho, e afinal ela queria mesmo, mesmo era massa. A imagem que me vem à cabeça é despejar-lhe o prato de arroz em cima da cabeça, passo a redundância. (Calma, é uma imagem à Ally Mcbeal). Às vezes digo que agora vai ter de comer o arroz; outras vezes não chego a fazer-lhe o arroz, que isto não funciona como discos pedidos nem estamos num hotel.


04 - Não nos deixam mudar a fralda, vestir, pôr um chapéu, sair do banho, sentá-las na cadeira do carro.

É a fase da Luísa (2 anos). É tudo um drama sem igual. Nunca quer nada. Não quer viver basicamente.


05 - Querem ser os primeiros em tudo.

Eu quase que aposto um mindinho em como se eu propusesse à Isabel ser a primeira a comer todos os macacos do nariz, ela aceitaria, e de bom grado. A vida é uma competição. Ser a primeira a chegar ao carro, a subir as escadas, a comer, a fazer chichi. Tudo vale. Também não pode comer menos fatias de melancia do que a irmã. Nem dar menos goles de água. Seriously?


06 - Querem passar a vida em parques infantis.

Não odeio mas não aprecio. Não precisava de ter conhecido 3 parques em Dublin, ainda por cima um deles indoor. Não havia mesmo necessidade (por alguma coisa ainda não pus os pés na Kidzania). Miúdos histéricos, crianças aos gritos, pedidos para andar de baloiço de 3 em 3 minutos. “Mas ainda agora andaste”. Fazemos isto por eles e vê-los felizes compensa tudo, mas convenhamos, não é assim o mais idílico dos cenários. E eu adoro crianças (não parece, mas adoro). :)


07 - Resolvem as coisas com a trilogia gritos-chão-bater.

Reconhecem esta trilogia? “Não, o meu filho não faz nada isso”. Ora então, muitos parabéns! Não sei se já alguém te disse isto, mas cá vai: o teu filho não é perfeito, o teu filho não é normal! O normal é eles terem confiança suficiente com os cuidadores para com eles libertarem as suas frustrações da forma mais animal possível, enquanto não conseguem dominar os seus sentimentos nem têm outras estratégias para se acalmarem. É irritante? É, muito. Mas aprendamos a lidar com isto da melhor maneira, nem que seja com um grande copázio de vinho. Lá para os 35 anos melhora.


08 - Têm timings do caraças.

Desde interromperem cenas à noite que já não eram feitas há séculos (e se calhar está ali o porquê), a quererem sempre muita sede e comichão e calor seguido de frio quando é hora de dormir, venha o Diabo e escolha. Muito espertinhos: não querem cá maninhos nem pais e mãe com paciência para mais filhos.


09 - Comportam-se muito melhor com os avós, tios, primos, vizinhos e até desconhecidos.

Na casa dos outros são uns anjos. Portam-se lindamente, comem tudo e nem acordam durante a noite, quando connosco acordam 3 a 4 vezes, os sonsos. [Sim, conheço a explicação para isto, mas não invalidava que uma vez por outra pudessem ser uns querubins connosco só para variar].


10 - Terem uma luz, uma energia e uma gargalhada que nos derrete e faz esquecer todos os pontos anteriores.

Pelo menos até à próxima birra.


No Intercontinental Dublin, onde estivemos 4 dias - num próximo post conto-vos tudo das nossas mini-férias! :)

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6.01.2018

Dois anos de uma criança feliz!

Hoje é o Dia da Criança e há dois anos nascia uma que hoje é muito feliz. Vai soar a discurso de Miss Mundo mas gostava que todas as crianças pudessem ter aquele sorriso enorme na cara. Que pudessem ter a vontade que ela tem de dançar. Que não sofressem as atrocidades que muitas sofrem. Às vezes dã vontade de vestir uma capa e de ir mundo fora salvá-las. E nem é preciso ir nuito longe.
Já aqui falei também da minha vontade em adoptar. Não sei se algum dia realizarei esse sonho. Não sei sequer se terei a força que acho ser necessária para todo o processo. Não sei se estarei preparada. Tenho 31 anos, ainda temos tempo. Logo se vê. Mas desde sempre - desde que visitei em pequena uma instituição de meninas - que essa imagem me passa pela cabeça. [adoro seguir os Los Amados, uma inspiração)
Enquanto isso não acontecer (se acontecer um dia), faço tudo o que posso para que as minhas sejam miúdas muito felizes. Dou-lhes liberdade para serem crianças, para disparatarem, para inventarem. Tento não lhes dizer demasiados “não se pode” ou “isso não” quando são coisas que não as prejudicam nem farão delas pessoas necessariamente melhores. Ponho muitas cartas na mesa. Claro que lhes dou regras e as encaminho para o que acho ser melhor, mas dou-lhes muito espaço para florescerem e terem personalidade. Aprenderem a fazer as melhores escolhas, por elas. E sonharem, sonharem muito. Conto-lhes muitas histórias. Quero que, nesta fase, não haja grandes impossíveis.
Desejo-lhes um Feliz Dia da Criança, todos os dias na verdade!

Feliz Dia da Criança para as vossas, para todas! (E até para quem continua a ser Criança - que bom que é poder saltar numa cama ou pintar o céu de roxo!)




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Tu não tens instinto maternal!

Quando acabámos de ser mães e parece que tudo uma montanha russa na qual andamos por pressão dos amigos: quando metemos os cintos pensamos "o que é que estamos a fazer aqui?". E, da mesma maneira que ninguém tem grande lata para dizer ao senhor da montanha russa "ahhhh estou cheia de medo, posso sair?", depois também temos muita vergonha e medo de lidar com os nossos sentimentos. 

"Eu afinal não queria isto!", "Não consigo voltar atrás", "E agora?", "Eu não sirvo para isto, "Só faço merda". 

Claro que há outras mães. Claro que nem todas sentem isto, mas essas não precisam que lhes digam o contrário do que dizem a elas mesmas. 

Uma das piores coisas que poderá acontecer é termos à nossa volta um ambiente que não seja 100% de apoio. Alguém que, mesmo bem intencionado, em vez de pensar na segurança da mãe, está mais interessante em validar as opções que tenha feito no passado. Ou alguém que, com um papel menos activo, diga "eu não faria assim, não percebo porque hás de fazer isso". 

Isso não quer dizer que não tenhamos que ser contrariadas ou confrontadas com outra forma de vermos as coisas. Convém que a criança e a mãe estejam ambas confortáveis e felizes dentro do possível para que tudo corra da melhor forma. Isso consegue-se levando sopa. Lavando roupa e passando. Aspirando a casa enquanto a mãe vai com o bebé algures. Fazendo almoços e jantares. Enchendo o frigorífico, estar sempre pronto para ir à farmácia, etc. 

Há muita coisa envolvida. A nossa cabeça grita. Grita tanto. Não precisamos de mais barulho, precisamos de amor.

E acho que acima de tudo, quando questionamos se "fomos ou não feitas para sermos mães" e já temos o bebé nos braços, não queremos quem nos diga "tu não tens instinto maternal". 

Precisamos mesmo que nos digam "tu sabes o que é melhor para ele". 

Porque sabemos. 

E assim que tudo acalma, sabemos que sabemos. Precisamos de tempo, calma e apoio.




E não pensem que por uma "fase" ou por uma coisa que tenham feito que achem que tenha sido mal feita que faz de vocês "péssimas mães" e da vida uma oportunidade demasiado longa para compensarem as vossas falhas. 

Se sentem amor é amor que há. Não aquele amor de "se é meu filho, claro que gosto dele", mas um amor de gratidão e de sentir que é um privilégio poder ter, educar e amar uma criança. 

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5.29.2018

As duas coisas que mais me custam nisto da maternidade

1. SONO
Muito, muito. Um bocadinho menos, desde que a miúda começou com a pancada de querer dormir no chão (falei-vos da última aqui). A verdade é que - até tenho medo de falar - a miúda agora só tem acordado duas vezes por noite e numa delas eu ainda estou acordada. Sim, sortudas que dormem a noite toda desde sempre e que ainda se gabam disso, quando eles acordam (SÓ!) duas vezes por noite, já é uma bênção.
Mas sim, é sem dúvida a maior privação por que já passei na minha vidinha. Tenho superado, dado a volta e sobrevivido. Caso estejam desesperadas, peçam mesmo ajuda (há o Centro do Bebé, com a maravilhosa Constança, por exemplo). 

2. FILHAS À PORRADA
Deve ser normal, que eu e o meu irmão tínhamos a mesma diferença de idade e andávamos muitas vezes engalfinhados, mas custa muito ver as discussões constantes e aqueles "arrancares de olhos". Amam-se e odeiam-se as minhas filhas e eu nem sempre tenho paciência. Embirram mesmo uma com a outra, sabem? Disputam as mesmas coisas, põem pés nas caras uma da outra, fazem aquela coisa irritante do "ai, ai, ai, ai" e fazem muitas queixinhas. Há dias em que tenho a cabeça em água. Temos sobrevivido. Yeah!

E vocês, quais são as coisinhas que às vezes vos fazem sentir saudadinhas daquele sofá disponível e silencioso depois de um dia de trabalho?




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