5.22.2018

Para quem julga que não tem família.

A dor é imensa. Sentir que não há sítio onde se encaixe ou sítio de onde se tenha vindo. Parecer que a história está longe e que não há continuidade no nome. Estar pouco habituado a ouvir o seu próprio nome ou dizer ou chamar pelo parentesco. 

Ouvir outros a falarem de tradições e ligações. De planos com família porque sim ou com família muito alargada. Dizer "nós" e "sempre". 

Ouvir "nós" e "sempre. Nós passamos fazer as férias sempre ali. Nós sempre que um de nós...  Sempre que ela.. nós...

Poder dizer "o meu" ou "a minha" e encher o peito de orgulho e não de saudades ou de tristeza e dor. 

Pensar num dia, nos dias de festa, que vamos ser tantos e todos juntos. E não um "como vou lidar com isto" ou "espero que ele não vá". 

Não passar pelos aniversários triste por alguém não se ter lembrado ou não se ter lembrado da maneira como deveria...


Há família.

Não há é a que se quer.

Há família, não foi é fotografada para a caixa dos cereais.

Há família e no meio de gente que não se conhece ou que não conseguimos gostar, há outras que nos dizem tudo. 

Há família, mesmo que não pegue no telefone. Há família mesmo que não haja "sempres" ou "nós".

E, quando não há família, constrói-se. Dentro da família e para fora. 

Aprendi a não querer as coisas à minha maneira. Aprendi a ser eu a pegar no telefone. Aquilo que poderei sentir em relação a alguns familiares, alguns familiares poderão sentir comigo. Podemos ser nós a criar esses sempres, embora não sejam "com todos". 

Nós pintamos o quadro que quisermos. 

E, caso não sejam da família, tornam-se. Da mesma maneira que há família que deixa de ser. 

É um trabalho que dá trabalho, mas que compensa. E, nalguns casos, só cozinhando é que se come o bolo :)

Mudemos a história, mesmo que sintamos que só começa agora a parte boa :)



5.21.2018

A minha filha quer dormir no chão (no chão mesmo!)

E por chão, entenda-se chão mesmo. Tapete no máximo. Se lhe ponho um edredão ou colchão fininho, na tentativa de lhe dar mais algum conforto, ela recusa.

Eles têm com cada mania, não têm? A Luísa tem sido uma caixinha de surpresas.

Já pensámos que pudesse ser calor, mas mesmo com pouca roupa, a meio da noite - e às vezes logo ao início - pede para ir para o chão. Às vezes nem pede e vai sozinha. Com ou sem almofada.


Será de ter começado a dormir no chão no colégio? Será que lhe dá mais segurança?


Não faço a mínima ideia, mas eu cá não gostaria de estar a dormir nem sobre o soalho, nem sobre um tapete. Não acho sequer muito higiénico, se me ponho a pensar nos ácaros e bichezas que por ali andam (não aspiro todos os dias...). Às vezes lá aceita que ponha o lençol sobre o tapete, mas é sempre um forrobodó durante a noite. Ainda por cima ela é bem espaçosa e já chegou a enfiar-se debaixo da minha cama! Ahah isto é de loucos.

Decidi escrever este post na esperança que me dissessem que conhecem o filho do primo do enteado do leiteiro que também tem a mesma mania e como a solucionaram. Mesmo não sendo um problema, não é nada de especial, não faço ideia do que faça: deixo que a panca lhe passe, ponho um colchão maior no chão...?

A Isabel dorme numa cama daquelas montessoriana no chão mas, já aconteceu, a Luísa ir lá ter a meio da noite, mas quando acordámos já estava no chão mesmo. Propositadamente (sim, não é por cair)...


Coisa mais fofinha de sua mãe

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