4.15.2018

Quem disse que não se pode usar vestidos enquanto se amamenta?

Wrooooong!!

No meu tempo (já posso dizer isto que ela já tem quatro anos) tive que me privar de usar vestidos enquanto a amamentava. Quando abria o armário para escolher a roupa, o critério "isto dá para pô-las bem de fora?" era sempre a primeira coisa em que pensava. Ok, é mentira. Era a segunda. A primeira era: "serve?". 

Fiquei feliz quando soube que uma das minhas bff, a Filipa Galrão (já vão 10 anos de amizade e de trabalho na mesma equipa), ia lançar uma linha de roupa que servisse a todas as mulheres e em todas as fases das suas vidas, inclusivé quando amamentam. Também deve ter sido por isso que fui convidada para a sessão fotográfica, deve ser para testar o tamanho 40 dentro do tamanho único das peças, ahah. Guess what? Lindona. 


Este é o vestido Bethânia ~ Linho grosso da cor da areia com pregas moldadas e costuradas à mão.
Tem dois fechos ocultos na zona do peito que permitem a amamentação prática e fácil 🤱




São peças-investimento. Peças que além de serem feitas à mão e com muito carinho não só na manufactura, no desenho, mas também pela mulher. A mulher que não é sempre a brasa dos 20, mas que é brasa em todas as formas e tamanhos e fases. Não somos um bolo. Não temos de caber numa forma. 

O que isto me teria ajudado na minha altura. Confesso que nunca amei as minhas mamas e, por isso, amamentar em público não foi algo que me surgisse facilmente. Experimentei a técnica do avental (comprei o mais giro de todos na net), depois vi que não resultava. Depois tentei amamentar em casas de banho de restaurante, fechada no carro, dar antes de sair de casa e assim que chegava (o que fazia com que passeássemos a correr e com tempo contado e cheia de nervos), mas desisti. Amamentar é natural e é para isso que servem as mamas em primeiro lugar. Não tinha era roupa que me facilitasse a tarefa. E tinha saudades de usar vestidos (é a roupa que me ficam melhor por ser coxuda). 

Vocês agora vão poder usar vestidos e lindos. Não só o Bethânia que me viram toda tesudona aí em cima mas também, por exemplo, este que a Catarina Beato do Dias de uma Princesa está a usar: 

"Coco Dress"

Para além dos vestidos há também outras peças muito giras que podem ver no site aqui. Depois faço um post com mais fotografias das outras peças que isto o scroll já vai longo e se estiverem a ver com dados no vosso telemóvel, devem estar quase a receber uma mensagem a dizer para acalmarem o... :)

Entretanto, além das peças da Mamii têm mais um motivo para recomendar o site às vossas amigas. É também uma plataforma de ajuda e aconselhamento na amamentação, em parceria com a Clínica Amamentos.  

Mas, não se esqueçam, a maior chave para o sucesso de tudo aquilo que queiramos fazer (em qualquer fase em que estejamos) é ter o melhor apoio do mundo e o da Filipa é muito o da Joana Machado que a tem feito acreditar que tudo é possível e lhe tem dado uma força enorme. 

Por isso, parabéns a vocês, miúdas por acreditarem e conseguirem e... parabéns a todas nós que temos roupa que nos respeite e ajude!


Fotografias: Pau Storch
Roupas: Mamii
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4.13.2018

Pomos muita pressão em cima de nós!

Às vezes digo que queria ser um bocadinho mais como a minha mãe.
Também deve ter tido os seus desafios, os seus dilemas, os seus receios. Também teve dores de cabeça com uma bebé complicadita para dormir (eu). Também tinha regras. Também tinha trabalho connosco (muito e muitas vezes sozinha enquanto o meu pai tirava o curso superior enquanto trabalhava, já connosco nascidos).
Mas às vezes paro para pensar um bocadinho e, apesar de ser muito bom ter agora uma parentalidade mais consciente, analisarmos mais o que andamos a fazer, haver ciência do nosso lado e pedopsiquiatras e estudos, regressar mais às origens e abandonar uma série de mitos, modas e modinhas que se foram atravessando nas nossas vidas, somos, agora, muito mais complicaditas. Levamo-nos muito mais a sério. Somos muito mais exigentes (connosco). Tirámos o peso de cima das crianças, libertámo-las de muitas coisas e deixamo-las ser verdadeiramente crianças, respeitando o tempo delas, mas encarregámo-nos de equilibrar mais um livro de parentalidade em cima da cabeça e ai de nós se não cumprimos o que lá diz. Temos muito medo de traumatizar os nossos filhos com coisas de nada. Fazemos pouca coisa por instinto, sempre com paninhos quentes para não os estragarmos. E se levantamos mais um bocadinho a voz, lá vem a culpa cair-nos em cima porque nos descontrolámos. Amamentação, sono, parto, cólicas, babywearing, brinquedos, chucha ou não?, livros, alimentação, baby led weaning, doenças, rotinas, parentalidade, viagens, escolas, horários... para tudo há prós e contras, listas, recomendações, DO's e DON'Ts, todos opinam, todos têm algo a dizer, a contar e a testemunhar, os médicos contradizem-se entre eles, e nós queremos fazer tudo certinho. 
Pomos muita pressão em cima de nós. É por isso que digo que às vezes queria ser um bocadinho mais como a minha mãe. Mais leve.



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Sei lá se não foi um sonho...

Já me aconteceu algumas vezes: acordar e não saber se o que sonhei era realmente um sonho ou se tinha acontecido. Principalmente com pesadelos, confesso. Lembro-me que, uma vez, na adolescência, sonhei que tinha feito um furo na língua e ainda consegui ir o caminho todo até à casa de banho a ponderar se poderia ser verdade - e, sim, também vi a língua ao espelho, mas isso já tenho alguma vergonha de estar a contar. 

O post da Joana Paixão Brás sobre a Terra do Sempre em Grândola, fez-me lembrar do meu fim-de-semana em Melides numa casa mais pequena que a minha sala de jantar. Foi há relativamente pouco tempo, mas aquele fim-de-semana já me parece ter sido um sonho, especialmente o Safari VIP que fizemos no Badoca Park (não era "vip" por eu ser blogger e tal, a experiência chama-se mesmo assim, por ser um privilégio). Conhecemos praticamente todos os animais, todas as espécies e ainda pudemos dar biberão à girafa bebé do parque. 

Claro que me fartei de fazer perguntas sobre esta questão do biberão visto que a mãe da Niassa também vive no parque, mas explicaram-me tudo muito bem explicadinho: tinham feito todos os possíveis para que houvesse amamentação (esperaram o máximo de tempo possível sem pôr em risco a saúde de nenhuma das duas), mas a mãe da Niassa por não ter tido contacto com outras girafas a amamentar etc (não me lembro já da conversa toda, mas na altura fez-me todo o sentido), teve dificuldade em cuidar da sua filhota, apesar de terem desenvolvido uma ligação muito, muito forte. A Niassa quando fica para trás no grupo, por exemplo, a mãe fica à sua espera. Que queridas, caramba. Ainda vos conto a parte mais querida da história daqui a pouco. Isto dá para fazer paralelismos engraçados com os seres humanos, não é? 

Aqui podem ver o Pedro e a Catarina a passarem as regras básicas do Safari e a asustarem-nos um pouco, mas nenhuma de nós queria ficar sem um dedinho algures ou assim e, por isso, era importante. 



Estão a ver estes biberões? Quando lá fomos a Niassa bebia uns 7 litros de leite de vaca de cada vez. Jasus! Ah e o leite de vaca vem de uma quinta lá perco, mais biológico era impossível... E o leitinho ia quente em banho-maria, comecei aqui a ficar comovida, estive constantemente a fazer "ohhhh". 




A Irene, que não tinha dormido a sesta (e não era costume) estava maravilhada, muito sorridente e observadora. O maior interesse dela era estar constantemente a alimentar os animais com a ração que tínhamos disponível e alfarroba. Assumiu como função dela. Foi tão giro vê-la em modo foodie animal... 





Eu aqui estava a lidar com o facto dela estar a alimentar os animais com a comida na mão e ver aquelas línguas enormes ao pé da cabecinha da minha filha... 

A Irene deu o nome a um destes animais que ainda não tinha... Aiiii não me lembro do nome que ela deu (ela é óptima a dar nomes), será que foi Pacote de Leite? Rafa? Ronron? 


 






A Irene, tão querida, a querer dar a mão ao Pedro. Precisava de um homem que lhe passasse segurança. Aqui a mãe divorciada conteve um pouco as lágrimas e olhou para o Pedro numa: "davas jeito lá em casa só para ela te dar a mão de vez em quando".  
Já viram a cara deles a olhar para os animais que vêem todos os dias? Sente-se tão bem o amor, carinho e respeito que a equipa do Badoca Park tem pelos animais... Tal como já vos tinha falado da Sylvie quando fomos ver os lémures


 



Olhem a Niassa! A beber leitinho quentinho!! 

Apresento-vos uma das mães da Niassa. Além da Catarina também há a Joana. A Niassa dormia acompanhada muitas vezes destas meninas, são elas quem lhe dão o biberão, que cuidaram dela... E nota-se a ligação, sente-se tão bem. Tanto pelo olhar, pelo toque, pela reacção. São mesmo as outras mães... Que carinho. 

Agora que o tempo vai ficar melhor, visitem o Badoca. Têm lá restaurante bom para almoçar e tudo, nem têm de pensar muito na logística. E, já agora, dêem um beijinho nosso à Catarina, ao Pedro, à Niassa e ao pacote de leite ou lá o que ficou.


Camisola das maçãs - Boboli 
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4.12.2018

Mães que vivem sozinhas com os filhos: palmas para vocês

Seja por divórcio, seja porque o marido está no estrangeiro, ou porque trabalha fora, seja por que razão for, opcional ou não, ter os filhos apenas sob a nossa alçada todos os dias, cuidar deles, brincar, acalmar os pesadelos, passear, cumprir horários, educar... É DOSE. E eu cheguei a esta conclusão tendo o David presente ao fim-de-semana, nem quero imaginar quem só tem de quando em quando... ou NUNCA!
Por motivos profissionais (dele), vivemos assim em abril e maio. Além das saudades que todas sentimos (e ele também, claro), foi duro. É duro a falta de apoio, aquele time breakzinho, aquela ida à casa de banho mais demorada enquanto se faz uma passagem rápida pelo feed do telemóvel, porque sabemos que o outro está lá. Não há um jantar feito pelo outro, não há um "pergunta ao pai", não há aquele apoio perante uma birra, até porque às vezes é preciso é ter ideias para contornar as crises. Não dá para tirar um intervalinho, é contínuo, é sem paragens e sem desculpas. 

Não é fácil, pois não? Ou sou eu que tenho uma tendenciazita para a vitimização - o que também é possível, porque com o cansaço (lá está a queixinhas em acção), a nossa margem para resistir e aguentar tudo diminui substancialmente!

Vocês, que vivem só com os filhos, merecem uma estátua. A sério que sim. "Eu não aguentaria muito mais tempo", saiu-me várias vezes. Claro que aguentaria, se tivesse de ser. Mas sai do pêlo, desgasta, cansa. Por eles, tudo, claro. E acredito que aquela felicidade espontânea, aquele abraço mais demorado sem termos pedido, aquele "gosto de ti, mãe" no final do dia ao adormecer seja suficiente para repor as energias para mais 24 horas. Queixamo-nos mas queixamo-nos com o coração a transbordar.



*Válido também para pais, claro 





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4.11.2018

Foi o dia em que saímos de casa de manhã mais rápido!

Ahhhh! Ando numa busca constante por encontrar o ritmo perfeito para as nossas manhãs. Já tinha encontrado, em tempos, mas depois passámos de 3 para 2 e... assim foi "tudo pelo cano abaixo" ou, numa perspectiva positiva, uma oportunidade para recomeçar. 

É sempre "uma incógnita" saber qual vai ser a disposição da Irene quando acorda (sendo que já sei alguns truques para dar a volta) e isso acaba por me atrapalhar um bocado - o que me atrapalha mesmo muito é ser ansiozinha. 

Ela, num dia destes, acordou muito birrenta e a dizer "Não te quero ver, não te quero ver!!" (para quem tenha lido o post "Ela rejeita-me!" agora de repente vai pensar que a nossa relação é horrível, ahah). E eu, em vez de começar a suar e pensar "pronto, já me lixou os timings todos, lá vou eu falhar a hora na escola e no trabalho", pensei "ai, filha (aqui literalmente, ahah) espera aí que já te digo!". 

O que fiz? 

"Toma filha, uma venda. Assim fazemos tudo o que é para fazer hoje, estando tu sem me ver como dizias". 

Apanhei uma fita de cabelo dela e zunga! Nem houve cá mimimis de roupa e não roupa ou de se distrair a brincar com coisas ou o que seja. Ok que teve de levar o pequeno-almoço para comer na escola (já era tarde), mas nunca fomos tão rápidas. 

Acho pouco provável que os vossos filhos vos digam isto a não ser que tenham 16 anos e estejam naquela fase parva de odiarem tudo e todos, mas o que queria dizer é que... há sempre maneira de dar a volta, ou conseguimos ou não. Ou estamos demasiado cansadas e nervosas ou não, mas que há sempre uma maneira de nos ajudarmos. 

Cada vez mais tenho a imagem de malta a levar cervejas para a fila da frente num concerto. Se o tipo com as cervejas na mão começar a empurrar a malta, a forçar a deixá-lo passar, vai receber empurrões de volta da multidão. Se pedir por favor, se for simpático e se estiver calmo, não só chega lá à frente como poderá não ter entornado as cervejas. 

Até foi divertido e o dia começou com ela a dizer que não me queria ver. 

Querem contar as vossas rabias? 

Há 2 anos, com 2 anos.


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