2.28.2018

Acho que prefiro ter a casa suja.

Agora que falei aqui na minha satisfação ao usar uma máquina de borbotos, aproveito e partilho convosco outras coisas que me deixam louca lá por casa: 


1) Quando o chão é acabado de aspirar e vejo uma migalha ou o que seja.

Ter a casa impecavelmente limpa dá-me mixed feelings. Porque quando está suja, entro num estado de média negação, mas quando está limpa estou num estado de constante alerta e insatisfação constante por não está perfeita. A Irene, na escola, tem um jardim com areia e quando me esqueço de lhe tirar os sapatos na banheira ou lá fora, para mim é o equivalente a me dizerem que não há internet durante uma hora. 

2) Aquela limpeza rançosa. 

Aiiii e quando achamos que está tudo muito bem limpo mas, afinal, com outra luz conseguimos ver exactamente a trajectória do pano? Aqueles azulejos que pareciam imaculados afinal denunciam que a sua limpeza foi feita com aquele paninho humido que achamos que tudo resolve e que para tudo serve, mas estamos só a molhar coisas e a deixá-las secar. 

3) O paninho húmido

Aquele paninho amarelo que vamos usando para tudo (falei sobre isso no ponto anterior, só para apanhar as marotas que não estejam a ler isto de seguida - eu sei quem são) e que vai secando, ao abandono no lavatório. Por alguma razão achamos que por ser o paninho amarelo que não acumula bactérias e micróbios e serve para lavar loiça, limpar bancadas, mas também para dar um toquezinho na camisola da miúda caso se tenha sujado de iogurte. 




4) A limpeza da pressa

Quando a casa está até aparentemente limpa mas que se nota perfeitamente que não houve grande tempo e dedicação pelas coisas não estarem organizadas simetricamente. Ao contrário de muita gente, gosto muito que me arrumem as coisas nos sítios. Desde que não sejam criativos demais. Agora ando afilita à procura do cabo que liga o teclado do computador ao computador (para carregar) e não faço a mínima ideia onde possa estar. Não me surpreenderia se estivesse na gaveta das meias. 

5) Aquela meia que fica de fora da cor da máquina que pusemos a lavar. 

Acabámos de por a máquina a lavar. Durante duas horas ou lá o que é sentimos aquele alívio de não ter de estar com um pedaço de sabão azul e branco num tanque mas, de repente, observamos aquela meia. Aquela meia que não foi com a roupa escura e que vai fazer não só que fique uma meia a mais no cesto da roupa quando a roupa for passada por não ter par, mas também por ficar a outra no cesto da roupa suja que queríamos mais que tudo que ficasse vazio. Sei que há aquela máquina de roupa que dá para pôr meias à última, mas ainda não me apareceu lá em casa. 

6) Quando há a magia do lixo.

Está tudo ok, tranquilo, podemos fechar o saco de lixo para ir pôr o lixo. De repente, a porcaria de uma tampa de iogurte que... tem de ir. Não pode ficar ali, nem vamos inaugurar um saco de lixo só para aquela tampa, então lá vai a miúda espetar o dedo dentro do saco para enfiar a tampa do iogurte bem lá para baixo. 

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Qual terapia, qual quê! A solução para todos os nossos problemas está aqui.

Miúdas, não estão bem a ver a descoberta que eu fiz. Agora percebi porque é que o meu casamento não resultou tão bem quanto gostaria. Agora sei porque é que às vezes me enervo com coisas que não valem a pena. E até agora já percebi a solução para os meus problemas de pele. 

UMA MÁQUINA DE TIRAR BORBOTOS. 



Vocês não estão bem a ver o quão bem aquilo me faz e a tantos níveis. Além de ficar com camisolas com muito melhor aspecto (parecem novas, algumas), todo o acto de retirar o borboto com a máquina e de despejar o borboto da máquina me deixa visivelmente mais feliz. Talvez até com aquele glow de grávida que nós conhecemos, mas sem usar camisolas às riscas ou então aquelas que parece que têm um bebé a espreitar pela barriga (assustam-me). 

Ah, não sabia o que me ia acontecer. Sinto-me muito grata por aquela maravilhosa tarde em que, passeando com a Irene aqui num supermercado local me atirei a uma máquina de 5 euros que me veio salvar a vida. 

Liga-se à corrente, agora está sempre carregada, não vá eu ver um borboto aqui e acolá. Quase que nem vejo Netflix por causa disto. Quase que é equiparável a papar uma caixa inteira de barritas Kinder sempre que vou a uma bomba de gasolina. Quase. Ou a quando se corta uma etiqueta de uma roupa a estrear na manhã seguinte às compras. 

Quero deixar aqui os meus agradecimentos a quem quer que tenha pensado nesta maravilha que sinto mesmo que, se toda a gente a usasse, o mundo seria um lugar bem melhor. 

Obrigada.


E um lamento a todas as neuróticas que, tal como eu, agora olham para a camisola e pensam: "hmmmm... tanto para tirar...". É assim que começa a melhor aventura das vossas vidas, gente. 
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2.27.2018

Gostava que os médicos dissessem todos a mesma coisa.

Já não é a primeira vez que depois de uma situação estar aparentemente resolvida me apercebo do peso que tinha em cima dos meus ombros. Primeiro foi a mudança de escola da Irene (enganei-me na primeira escola ou, melhor, tive infelizmente uma má experiência) e agora também com esta questão dela ter que ser operada para por tubinhos, tirar amigdalas e adenóides. 

Se, para mim, os médicos sempre representaram um conforto e descanso e tudo o que diriam seria lei, aos poucos tenho vindo a ter mais algum espírito crítico baseando-me, claro, em várias experiências pelo meio. Há médicos que falam de coisas que não lhes competem, causando confusão em todo o lado por usarem a credibilidade que têm numa área para poderem falar de outras e isso deixa-me confusa e com medo. 

Fotografias: Yellow Savages


Havia uma frase que usava muito nos testes de história ou de filosofia para encher uma chouriçada e que era: "o ser humano é falível e, por isso tudo o que daí advenha não poderá ser perfeito". Não tinha tantas palavras, acho que quando era mais nova, tinha mais inspiração. 

Mais do que a culpa ser dos médicos é o meu desejo que fosse tudo simples e directo. Gostava que para cada pergunta só houvesse uma resposta e que toda a gente conseguisse ver o mesmo. Claramente que retiraria o lado interessante das coisas, o lado, lá está, filosófico, emocional, tudo, mas poupar-nos-ia muito tempo e muitas preocupações. 

Nisto da medicina, neste caso da Irene pelo menos, em que foi aconselhada vivamente a retirar e a  pôr coisas por ter muito ranho e ressonar, também há o seu quê de pessoal. Medir o incómodo da criança face o desconforto da cirurgia e respectivo recobro, ter em conta a recuperação física e também, já agora, a violência psicológica, não é unânime. Se compensa ou não talvez só diga respeito aos pais decidir e sabem que mais? Às vezes preferia não ter opção. Claro que aqui pelo meio também há o lado positivo: o alívio, um sono finalmente descansado, o  conforto de saber que os pais a podem ajudar nos seus problemas caso optassemos pela opção. 

Escolher implica pensar, pensar implica ter responsabilidade, responsabilidade implica culpa e, nas nossas mãos, a saúde e o conforto da pessoa mais importante da nossa vida. Cá estamos nós, sem conhecimentos "na área", devorando a internet e perguntando a todos os conhecidos com médicos na família opiniões e acabamos sempre por ficar mais confusos. 

Neste momento estamos a usar a velha técnica da "segunda opinião para ouvirmos o que queremos ouvir". Encontramos um segundo médico, igualmente respeitado que, olhando para os mesmos exames, desvalorizou tudo e disse que não é necessária nenhuma intervenção. E, aqui pelo meio, toda uma vontade de dar ouvidos a procedimentos alternativos - cuja palavra me deixa desconfortável ainda - mas que talvez devam ser sempre considerados. Tenho já para ler o livro Adenóides sem Cirurgia em casa, por exemplo.

Por isso, num mundo de sonho, tudo seria concreto. Não, tudo não, mas pelo menos no que tocasse às doenças e desconfortos, sim, isso agradecia. 

Não faço ideia se é este ou o outro médico que está certo, mas sei que se a Irene estivesse mesmo muito desconfortável que não duvidaria do que teria que fazer. Talvez só se deva intervir quando se tem a certeza. 





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E quando vamos trabalhar com eles doentes?

Não sei se é sentimento geral mas a mim parte-me o coração. Sinto como se estivesse a falhar. Como se houvesse uma ferida para lamber e eu deixo-a exposta e desamparada. Calma, pareço demasiado dramática e fatalista, mas estas metáforas assentam na perfeição. 

Não gosto. Não gosto de não estar. Claro que sei que fica bem entregue (com pai ou avós, caso tenham folga ou possam), mas sinto ser contra-natura, não sei bem explicar. Se calhar os pais sentem o mesmo.

Hoje estou a chegar ao trabalho e a Luísa ficou em casa, porque estava queixosa e chorosa a apontar para a anca (coisa que até agora nunca fez e parecia estar a melhorar). Nem sei bem o que isto significa. Sinto que não temos descanso. 

Ao trabalho. 



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2.26.2018

E vais amamentá-la até ela ir para a faculdade?

No outro dia, como algumas de vocês terão reparado, fui à SIC dar o meu testemunho de alguém que amamenta a filha com 4 anos. O que se tem chamado de "amamentação prolongada/tardia" mas que, realmente, não é nada mais nem nada menos que amamentação.

E, enquanto estava a ser entrevistada, fui-me apercebendo da quantidade de cenários imaginários que deverá haver na cabeça das pessoas que nunca passou por esta situação. À semelhança dos rapazes que, quando são novos, perguntam: "Se usas tampão, como é que consegues fazer xixi?". 

1) A Irene come outras coisas. 

A Irene toma pequeno almoço, almoço, lanche e jantar "como as pessoas". O leite materno não entra como complemento em nenhuma refeição. Consome bebidas vegetais e ocasionalmente um iogurte ou outro, mas nada frequente. 

2) Eu não ofereço mama à Irene. 

Eu não ando atrás da Irene para ela mamar, nem lhe ofereço mama. Eu amamento-a ainda por estar a respeitar o ritmo e a vontade dela. Creio que pouco terá que ver comigo a este ponto.




3) A Irene não pede mama ao longo do dia. 

A frequência das mamadas vai desaparecendo com o tempo (às vezes com previsíveis retrocessos em alturas que estejam mais carentes ou em saltos de desenvolvimento/crescimento). Neste momento só mama antes de adormecer (diariamente à noite ou, ao fim-de-semana, antes da sesta). A semana passada, por estar mais carente (e meia adoentada) pediu também mama de manhã, mas não é comum. Quando era mais pequena nem contava o número de vezes que ia à mama e é por aí que também passa a "livre demanda" (a maneira ideal de amamentar os bebés). 

4) Quando pede mama, espera. 

Eu que nunca fui a pessoa de "ahhh são só mamas, amamento onde for". Sempre que amamentei em público me senti um pouco desconfortável (por mim, mesmo que não houvesse comentários), mas tive de passar a fazê-lo. Era impossível fazer a nossa vida sem considerar essa hipótese e amamentar em casas de banho (e tinha de amamentar em pé que, em crises, era só assim que a Irene aceitava) não é de todo agradável. Nunca me apetece comer quando me cheira cocó. Mas isso sou eu. E, por isso, já desde há muitos meses que quando ela pedia mama e estávamos na rua eu explicava: "quando chegarmos a casa". 

5) Já não me doem as mamas ou pingo leite

Quatro anos depois a amamentação não é de todo o mesmo que no início. Já nem exerce a função alimentar (a de carinho, apêgo e de fornecimento de defesas e ajuda na construção de defesas) como incialmente. Pelo que as mamas não incham, não doem, não tem que se tirar leite, etc. 

6) "Mas isso não é já só vício?"

Nope. As crianças têm mesmo necessidade de sucção e até estando elas associadas à mama da mãe, vão gerindo a sua necessidade com algumas limitações, sendo que a mãe, por esta altura, já não está em todo o lado. Durante a noite também dormem sem ter que chuchar (se calhar há uns que, entretanto se habituaram à chucha e não tem mal :)), na escola não podem levar a mama da mãe atrás, etc. Faz sim, parte de um ritual, isso sem dúvida. Já reparei que, quando vamos dormir a outros sítios, há menor probabilidade dela se lembrar que quer maminha antes de adormecer.

7) "Mas vais amamentá-la até ela ir para a faculdade?"

Não. Até porque ela não vai ser obrigada a ir para a faculdade. Escolherá o seu caminho, sendo que a faculdade será apenas uma das opções (ahah, ela tem só 4 anos mas já pensei nestas coisas). Apesar de querer que seja o ritmo dela que determine grandemente a amamentação, o meu conforto e vontade também é importante. A idade "normal" de desmame na nossa espécie é entre os 2,5 e 7 anos de idade. Se aos 9 ainda mamasse, a situação teria de começar a ser gerida de outra maneira. Quanto mais aos 18. Ahah Nem imagino, ela estar a ouvir a Mega Hits, a fumar um cigarrinho entre mamadas (ahah).

8) Não te dói com os dentes? 

Miúdas, para quem teve um início de amamentação complicado, a fase dos dentes é só a coisa mais tranquila do mundo. No caso da Irene, ela mordeu uma vez, olhei nos olhos e comecei a fingir que estava a chorar e ela percebeu que me magoava. Tive sorte que me percebeu bem. Agora, com 4 anos de mamanço em cima, já ela sabe mamar a fazer o IRS ao mesmo tempo e eu também.




9) E as mamas? Têm ficado cada vez mais mirradinhas? 

Honestamente, até já começaram a melhorar. Dantes notava diferença quando estavam cheias e vazias, agora já estão sempre "neste estado". Não têm piorado, nada disso. Até tenho bicos nos mamilos, coisa que nunca tinha tido e que me faz sentir toda tesudona. Acho que até amamento só por causa disso.


10) Mas isso ainda faz alguma coisa?

Faz. Ajuda a passar defesas para o bebé e também ajuda na construção das suas próprias defesas. Isto além da questão emocional. Um bebé que sempre tenha mamado e que possa fazer o desmame ao seu ritmo tem uma experiência mais calma do processo. É como ouvirmos a nossa música preferida e, em vez de a ouvirmos até ao fim, alguém desligar a meio (enquanto dançamos e curtimos) e sem conseguirmos entender "porque é que me fizeram isto?". E, já agora, essa música preferida ser "a mãe" e ter sido a "mãe" a desligar.


Tudo o que já escrevemos sobre amamentação aqui. 
Fotografias: Joana Hall
Macacacões: Little Jack

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A Luísa já anda! E dança!

Quem passa por um susto como o que passámos sabe dar valor a cada conquista!

A Luísa não só anda, ainda que um bocadinho coxa, como já dança!

E é uma delícia vê-la a ganhar forças de novo e a dançar com o jeitinho que lhe é característico :) Foi um fim-de-semana maravilhoso. Cheio de luz!

Viram os stories? 🙏

Boa semana!!!❤️






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2.25.2018

Dormem com as vossas filhas? Péssimo hábito!

Se da primeira filha ainda levava em consideração algumas opiniões sobre coisas para as quais nem sequer pedia opinião, da segunda, não quero nem saber. Estou mais forte, mais confiante, mais segura. Continuo com dúvidas, há sempre escolhas a fazer, mas já não levo nada a peito. Já sei que faz parte. Que toda a gente tem algo a comentar sobre todas as escolhas e hábitos que temos enquanto família. Que toda a gente tem verdades feitas e que se baseiam nas suas histórias ou em histórias circundantes para criar regras e leis. 

Se há coisa que percebi nestes meus quatro anos de maternidade é que cada criança é uma criança e CADA FAMÍLIA É UMA FAMÍLIA. E que o que resulta para uns pode não resultar para outros. E que não há um certo e um errado. E que os médicos não têm de opinar sobre determinados assuntos, ou melhor, podem opinar mas a escolha vai ser sempre nossa.

Já não me lembro bem em que mês me disseram, numa consulta do médico de família, que já era suposto a Luísa ter o quarto dela. Numa das vezes ainda argumentei. Dadas as vezes que ela acordava, era preferível assim, para descansarmos todos melhor. Claro que tentei outras opções, mas não resultaram. Da segunda vez, sorri, disse que estávamos a tratar disso, e seguimos com a nossa vida. Da terceira vez, menti. Não me apeteceu dar explicações que não iam levar a lado nenhum. 

A verdade é que dormimos com as nossas filhas. Às vezes com as duas. Às vezes só com uma. Vamo-nos adaptando às necessidades delas. Às vezes estamos sozinhos na cama e acordamos quatro. Às vezes adormeço-as às duas e fico a dormir com as duas. Fazemos uma espécie de jogo das cadeiras com as camas.

Claro que isto seria inconcebível para outras famílias e não quer dizer que estejam erradas. Isto é o certo para nós.

Claro que eu preferiria que lhes pudesse dizer "boa noite, até amanhã", saía do quarto, beijinhos e lá elas adormeciam sozinhas e acordavam às 8h da manhã e ao fim-de-semana às 11h. Mas não é assim que elas funcionam, não são essas as capacidades e necessidades delas. E nós temos respeitado isso. A Isabel já faz noites seguidas, mas às vezes tem pesadelos ou xixi e acorda. A Luísa acorda todas as noites, mais do que uma vez. Às vezes mama outras vezes aceita o pai (e isto já é uma vitória, acreditem). Dormirmos juntos, a três ou a quatro, ou dois a dois, tem sido a solução para DORMIRMOS TODOS o melhor possível. Essa é a nossa prioridade. No outro dia diziam-me que era um péssimo hábito.  

É preconceito nosso.
Em muitas culturas, o co-sleeping é natural. E cá em casa é o que resulta melhor. Sem culpas, sem receios, sem achismos de que as estou a estragar. Amor nunca é demais. Respeito pela tranquilidade deles nunca é demais. 

E o casal?
Se não dormíssemos de todo é que dificilmente haveria vontade para sexo. Assim, o casal é capaz de se reeiventar, usar a imaginação e até se torna mais criativo.  

Por isso, e sabendo que esta será uma situação provisória, que durará apenas alguns anos, está tudo bem. Sem pressas. 

Péssimo hábito? Péssimo hábito é opinarmos sobre a vida dos outros. 


Almofada Ipi's
Colcha Zara Home
Coroa Momentos com Design
Álbum personalizado: Alboom Pic
Barra lateral: não faço ideia, foi emprestada, mas faz parte da decoração :)









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2.23.2018

Já sabemos o que a Luísa tem!!!

Desabafei aqui. Andávamos maluquinhos sem saber o que teria a Luísa. Andou a coxear uma semana e tal até chegar a um ponto em que mal se punha de pé. Fomos a dois ortopedistas pediátricos de referência, no privado, fez raioX e nada. Podia ser várias coisas, pediram-nos que esperássemos. Um dos médicos, deu-nos o telefone, caso piorasse. Piorou. Passou de coxear para não ter sequer força na perna (parecia ter choques eléctricos - sabem quando alguém vem por trás e dá com o joelho por trás do nosso?). Ligaram da creche muito preocupados "hoje não aguenta de pé". Frase que me cortou o coração. Resolvemos ir às urgências, mais vale a mais do que menos. Precisava de um nome. Saber o que era. Descartar coisas piores. É legítimo. 

Pediatra. RaioX. Ortopedista. Ecografia. Ortopedista. 

Três horas e tal depois, estavámos a caminho de casa com um nome: sinovite transitória da anca. E com esse nome, um alívio tremendo. 
Não adorei o facto de me sentir julgada por estar ali, depois de ter estado com o "maior especialista na área". Ouvi que não era nada duas vezes. Uma antes da ecografia, que sugeri, e uma depois. Percebo que isto possa ser equiparado a uma constipação, para quem lida com coisas mais graves todos os dias, mas É alguma coisa e ainda bem que, ao mesmo tempo, "não é nada". 

Já está a anti-inflamatório e vai ficar boa num instante.

Obrigada a todas pelo carinho todo, mensagens de preocupação, sugestões e até ajuda de médicas! Não me esquecerei tão cedo desta onda de amor, nem quando duvidar desta coisa de ter um blogue! Obrigada por terem tirado um bocadinho do vosso tempo para me confortarem. Impagável. 




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