1.09.2018

6 dicas para haver menos stress até sair de casa de manhã.

Como vos contei neste post, as manhãs andavam a ser cada vez mais complicadas e dramáticas, o que influenciava um dia inteiro de stress e uma noite inteira de culpa por sentir que estava longe de ser "a melhor mãe possível". 


Hoje, durante a manhã, dei por mim a pensar nas várias técnicas que estou a utilizar neste momento para que tudo corra pelo melhor (e que, até hoje, resultam) - além de estar a tentar cuidar melhor de mim com uma alimentação mais saudável (sopa, vegetais, água, fruta, variedade...) e higiéne de sono (tenho a sorte de a Irene já fazer uma noite inteira de sono - FINALMENTE, estou convosco, mães que sofrem). Quero partilhar convosco: 

1- Acordar antes dela e "despachar-me" primeiro. 

Mesmo que isso implique acordar uma hora antes e deitarmo-nos uma hora mais cedo. No meu caso é: tomar banho (pinto-me depois na casa de banho no trabalho - até tem melhor luz), preparar o lanche dela com um desenho, escolher a minha mala, fazer a minha cama, tratar da areia dos gatos e dar um jeito à cozinha.

2- Não há televisão

A televisão hipnotiza e faz com que os nossos timings se tenham de reger pela duração dos episódios. Faz também com que comam mais lentamente. Sem televisão é mais rápido, ainda dá para conversa, para algum tempo de qualidade, dependendo da hora a que se levantem. Conheço famílias que têm de fazer longas viagens de manhã e acordar bem cedo e aí não sei mesmo onde "enfiar" a conversa. 

3- Música

Muda a disposição. Tanto. Hoje, em vez de birras, dançámos as duas juntas. Foram 30 segundos, mas que, de certeza, fizeram com que 30 outros "nãos" só porque sim não existissem. Além de estar a educá-la para a variedade (senão teria de por sempre o Bum Bum Tam Tam ou assim todos os dias e já me enjoei). 

4- Preparar a roupa dela no dia anterior

Não há sonos e pressas à mistura e, de manhã, é só equipar. Easy.

5- Usar o boneco preferido dela a nosso favor. 

"Repara, a Luisinha quer pentear-te agora e lavar-te os dentes... deixa a Luisinha". O que é giro é que funciona - pelo menos com a Irene - com todos os bonecos por isso a duração disto tem sido surpreendente

6- Verbalizar sempre a vantagem de progredir na missão "sair de casa".

"Anda que hoje vais levar o Spider Man para mostrar aos amigos". "Penteia-te que a seguir eu deixo-te escolher o teu gancho preferido".

Agora, daquilo que me lembro, muito depende também da forma como os acordarmos. Eu faço muitas festinhas pelo corpo e mostro-me bem disposta, ponho música calminha... A ver se continua a funcionar amanhã.

Fotografia Yellow Savages
Roupa - Little Jack 




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1.08.2018

Como ser a melhor mãe possível.

Sendo que "possível" aqui é a palavra chave. Todas nós temos desafios que poderão ser invisíveis aos olhos dos outros e que nos impedem de atingir aquele grau de perfeição/satisfação, o que for. Eu abrigo-me dentro da ideia de querer que a Irene conheça a "imperfeição" para ter espaço para ela mesma não se pressionar assim: a mãe às vezes suja tudo, a mãe esquece-se de coisas... 

E ultimamente vim a reparar que a minha vida estava a voltar a ser um drama enorme. O pouco tempo que tinhamos de manhã estava repleto de discussões constantes, o deitar era um stress enorme, ir buscá-la à escola, deixá-la... Não havia nada que não fosse difícil e que não me consumisse. Consumia-me e quando me passava a "neura", sentia-me culpada por não ter agido melhor mas no dia seguinte era a mesma coisa.

Sem paciência nenhuma para a adormecer, sem paciência para os 38 pedidos de manhã antes de sair para a escola, sem paciência para dar o jantar com imensa conversa pelo meio e a adormecer na cama dela, sem ter tempo para mim. Acabando o meu dia por volta das 21h30 e acordando novamente stressada.

Estive assim tempo demais. Até, na semana passada, ter tido um ataque de choro depois de ter deixado a Irene na escola. Estava exausta, farta e infeliz. E fiz um zoom out. "O que é que se passa, Joana?".



O que se passava? É simples.

Mesmo acordando antes da Irene, não tinha tempo para fazer "tudo" com calma. Com ela a acordar e eu ainda meia por despachar punha-a a ver televisão o que faz com que coma o pequeno-almoço mais devagar. Nem nos dá "tempo para estarmos juntas". Cada segundo que passa é mais um segundo para chegarmos atrasadas e, pelo meio, uma miúda que foi apressada a manhã toda começa a deixar de ser tão cooperante. A mãe, irritada, stressada e exausta, faz birras. 

Deixar a miúda na esccola também não era pacífico. Estamos as duas stressadíssimas e nenhuma sente que está a ter o que quer e precisa. Não há tempo para a "largar com calma" como ambas preferimos.

Passava o dia sem me conseguir concentrar e organizar. Parecendo que "não havia trabalho" mas por estar no meu registo de mínimo. Tinha só o modo "executar pedidos" e pronto. 

Ia buscar a Irene à escola e começava o stress: querer cozinhar e ter a miúda a tocar mil instrumentos musicais, dar jantar no meio da loucura dela, adormecer no meio dos tais pedidos... 

Os dias estavam a ser... horríveis. Estava cansada, mas não passava por dormir mais porque até me deitava às 21h30.

- Reparei que não jantava por não ter fome quando lhe estava a dar a comida e depois adormecer. 

- Almoçava no bar da empresa e, por não gostar da comida, fazia sempre refeições fracas ou com pouca variedade. 

- Não bebia água, 0. 

Como espero que o meu corpo (cérebro incluído) funcione se não lhe dou o combustível que ele precisa? É normal que comece a ficar mais depressiva, cansada, impaciente... 



Tive oportunidade de - neste timing - ir a uma clínica onde trabalha uma amiga em Lisboa e fiz umas análises (sem picar, apenas por as mãos e os pés numa espécie de painéis) que deram resultados que me deixaram ainda mais motivada: tenho falta de vitaminas do complexo B, desidratadíssima, o fígado podia estar melhor, etc... 

Ainda não tive o plano para seguir para ficar toda saudável com estas análises mas já comecei o que posso por mim (sem indicação de ninguém) e - talvez seja placebo - senti os efeitos logo. 

Comecei a tomar umas vitaminas que tinha lá em casa da última vez que me senti assim, beber muita mais água e comer sopa a todas as refeições. Sinto-me melhor. E até pus o despertador para mais cedo e deixei-me de "merdas" e comecei a acordar a Irene mais cedo também.

Depois dou-vos updates em relação ao plano, sempre que tiver algo giro para dizer, mas queria só deixar-vos este "alerta".

Andam a comer bem? 

Todas conseguimos chegar à conclusão que o tipo de comida que comemos muda muuuito a nossa disposição e energia, não é? Porque é que não estamos mais atentas a isto? 





Fotografia
- Yellow Savages
Roupa - Little Jack 




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1.07.2018

Quando não souberem o que oferecer a crianças... ofereçam livros!

Um livro é a prenda mais revisitada lá em casa. A par da família dos coelhinhos e dos lápis e canetas para pintar, é ao que mais "brincamos".

Comecei a fazer a biblioteca da Isabel quando ela estava na minha barriga. Começámos o ritual da história antes de ir dormir com meses, talvez uns 6, se não me falha a memória. Desde cedo que vi nela interesse em acompanhar o que lhe queríamos contar, com variações na voz, com diferentes sons e personagens. Com a Luísa, nem sempre foi assim, nem sempre consegui que ficasse concentrada a escutar uma história e a acompanhar as imagens, mas agora já lá chegámos. Mais ou menos. Ainda acontece não termos acabado e já estar a ir buscar outro. Mas este ritual, o ritual de ler, é algo que sempre fiz questão de lhes incutir (e começa logo, ainda antes de acharmos que estão preparados). Vou rezar para que o mantenham, sempre, mesmo quando isto concorrer com os desportos, a música, os jogos, os amigos, os festivais, os telemóveis. Que guardem sempre uma vontade de se evadirem com histórias e personagens. Que levem sempre um livro para a praia. Que tenham vários de cabeceira.

Este é o livro do momento cá em casa (pedi a uma tia delas no Natal, quando me perguntaram o que elas queriam. Elas não sabem mas querem muito livros! eheh). Comecei a fazer a biblioteca da Isabel quando ela estava na minha barriga.





O Cuquedo uma lengalenga muito divertida que a Isabel já sabe de cor e salteado. É simples e tem piada. As ilustrações são bonitas. É fácil de contar. E já há a sequela (O Cuquedo e Um Amor que Mete Medo) que tenho de lhe oferecer nos anos. No outro dia, quando fui buscar a Isabel à escola, estavam a desenhar o cuquedo e a senhora cuquedo por isso já percebi que há romance no ar.

Fica a dica, quando estiverem, como nós, sempre à procura de livros para eles. São os "brinquedos" que faço questão que tenham.



Depois, um que mostrei nos stories do instagram e que estaríamos a adorar não tivesse a Luísa dado cabo de duas páginas é este, O Monstro das Cores, em que as emoções são explicadas através das cores. [A personagem principal é um monstro que muda de cor consoante o que está a sentir e a sua amiga explica-lhe o que significa estar triste, estar alegre, ter medo, estar calmo e sentir raiva.] Organiza os sentimentos em frasquinhos. Giro, giro. 

Ainda nesta onda de explicar os sentimentos, este. O Livro Zangado ajuda a explicar a raiva, a ira, e ajuda a lidar com as zangas. Quando a Isabel está zangada, normalmente pergunto-lhe de que cor acha que está e lá se lembra do livro e da cor vermelha e lembra-se de contar até 10. (Temos também O Livro com Sono).

Hoje ofereci este à prima da Isabel e da Luísa, que fez anos, e espero que ela goste muito. Conheci este autor, o Hervé Tullet, através da Joana Gama e, coincidentemente, foi uma das histórias na hora do conto lá em Santarém, que deixou os miúdos todos super atentos. Oh! Um Livro com Sons! leva-nos ao mundo da imaginação através das cores e quem faz os sons somos nós, carregando o dedo na página). Muito divertido, muito estimulante e um óptimo passatempo para pais e filhos (a prima fez 5 anos e acho mais apropriado para essa idade, ou a partir dessa idade).

Só mais um! Nas nossas férias em Azeitão os nossos amigos tinham este e foi risada garantida: A Toupeira que Queria Saber Quem lhe Fizera Aquilo na Cabeça. Aquilo é um cocó. Risadas garantidas, com um tema tão escatológico abordado de forma tão natural e divertida. Não temos, mas está na lista.



Pronto, já têm aqui uma listinha bem jeitosa para a vossa biblioteca. Quando não souberem o que oferecer, ofereçam livros! Livros nunca são demais.

Quero ideias para a troca. Digam-me coisas: quais são os vossos preferidos?


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1.06.2018

Afinal vou ter 4 filhos

Isabel, Luísa, Manel e o João. Foi o que a Isabel disse, com todas as certezas,  na quinta feira. Disse-me ainda que me ia ajudar a adormecê-los, o que faz toda a diferença na minha decisão, como devem imaginar. Eheh
Além disso, declarou que vai ser professora, médica, astronauta e patrulha pata. E mãe. Disse-me que vai ter um bebé na barriga. 

Tudo isto no caminho da escola para casa, que é quando temos as conversas mais filosóficas e reveladoras.

Anda numa fase fantástica e muito desafiante. Já sabe como nos dar a volta, a manhosa, basta colocar a voz e fazer olhinhos. Anda todos os dias a perguntar quando faz anos, quer saber se já só faltam 80 ou 70 dias. Esta vontade de ser mais crescida, de ser mais alta, de ser como a mãe e como o pai. E eu a querer tê-la pequenina mais tempo e que cresça devagarinho.

Tem dito, todos os dias, que tem saudades da Luísa na escola. E minhas e da avó e de todos. 

E nós tuas, miúda.




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1.05.2018

As análises. Temidas análises.

Torço-me toda sempre que é para ir fazer análises ao sangue com a Irene. Infelizmente tive uma muito má experiência quando ela era bebé (falei disso aqui), em que até parou de chorar enquanto era picada, enfim. Ainda hoje me custa voltar àquele dia. 

Tirando essa vez, das outras foram algo "inesperadas": idas de urgência ao hospital em que foi mesmo necessário fazer análises (sempre um cenário Dantesco para mim e para o pai - o que também piora as coisas para a Irene...). 

Desta vez, por estar sempre entupida ao ponto de até perder parte da audição e tal, foi pedido pelo otorrino e pela pediatra que ela fosse fazer análises também. Confesso que - péssimo da minha parte, bem sei - que andei a adiar o máximo de tempo que podia. Entrei em negação e tudo... Fomos aos Lusíadas e não podia ter corrido melhor. Houve choradeira? Houve. Mas houve também uma menina chamada Joana e a sua colega (não me lembro do nome, já estava em pânico, desculpe) que tornaram tudo muito menos difícil. 

Obrigada também à colega da recepção que percebeu que a Irene também já tinha fome e por nos ter ajudado. 

Os olhos meigos, a paciência, o penso do Garfield no fim, os mimos. Foram espectaculares tanto para mim, como para a Irene. 

O meu agradecimento a todas e fica a minha experiência ali, especialmente para quem ande à procura de um sítio para fazer análises com os filhos, aqui têm a probabilidade de vos correr bastante bem. 

Escrevo este post também para vos dizer que existe uma pomada anestésica chamada EMLA e que - não sei se resultou - me ajudou a sentir que fiz o possível para minimizar a situação. Sendo que, claro, é uma questão de ansiedade e não propriamente da dor física. 

Já está. Já foi e obrigada a toda a gente, a sério. Obrigada também a toda a gente a quem não lhe deve apetecer picar crianças que depois se apercebem do que se passa e que começam a chorar e que o consegue fazer com esta calma, dedicação e carinho. 



Foi muito importante para nós. Obrigada.

Casaco - Boboli 




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Até cair de sono!

Temos as leitoras mais fixes. Até me custa dizer leitoras, porque sinto que são mais do que isso. Sinto que são mais em cada comentário feito com tanta empatia, como que a devolver algo de bom que lhes possa ter também dado. Sinto que são tão mais do que isso quando me abordam na rua... Amor gera amor, não duvido nem um bocadinho disso. 

Somos mais de 72 mil. É normal que haja diferentes tipos de pessoas a visitar-nos. É normal que umas se identifiquem mais com uma do que com outra. É normal que algumas não se identifiquem com nenhuma, mas não resistam vir cá ver que parvoíces andamos a dizer. É normal até que alguém goste normalmente do que lê e achar que um post, uma opinião e até uma escolha de vida, não façam sentido, para os seus parâmetros, gostos, opiniões. Aceito que precisem de comentar. Às vezes acho piada, outras vezes não acho, na maior parte das vezes aceito, mas caso sinta que há ali ofensas gratuitas ou que não haja ali nada de construtivo nem engraçado, não publico - esta é a minha casa, não deixo toda a gente entrar, paciência. Aqui há moderação de comentários, q.b., sim. Quem perde tempo a escrever 1691826 caracteres sem um pingo de utilidade, pode criar o seu blogue, desabafar, falar do que quiser, no seu espaço.
Também é normal que, num blogue tão pessoal, haja quem sinta que:

1) partilhamos tudo o que vamos vivendo e sentindo, sem reservas;
2) nos conhece por inteiro;
3) nos pomos a jeito para ouvirmos tudo o que alguém quiser dizer sobre nós ou sobre a nossa família.

Compreendo, no entanto, nem a 1) e a 2) são inteiramente verdade, na medida em que nunca saberão efectivamente tudo sobre nós, não partilhamos tudo o que sentimos nem tudo o que somos - não parece, pela falta de filtro e descontracção, mas até nós temos limites). E, quanto à 3), discordo. Por isso, filtramos comentários. Para nós há limites e quando acharmos que alguém, qualquer que seja a intenção, aos ultrapassar, fica do nosso lado essa escolha. Já lhe chamaram falta de humildade, já me disseram que isto me subiu à cabeça. Como quer que queiram interpretar, reservo-me o direito de gerir a caixa de comentários e só aceito os que acho que vão contribuir para o debate, fazer-me/nos pensar, alertar para algo importante, discordar de mim, mas com classe e sem ofensas (dizerem que uma de nós podia ter lavado o cabelo não é uma ofensa, lá está ele). Quando são as leitoras a trocarem "galhardetes" de forma acesa, já me é mais difícil filtrar.

Mas bem, tudo isto para dizer que foi importante para mim responder às questões da SÁBADO desta semana para perceber onde estamos e para onde queremos ir. Um muito obrigada às jornalistas, mas principalmente a minha companheira (bem fazemos um lindo casal) por não me deixar desistir quando estou mais desalentada ou cansada ou preguiçosa. Temos aqui um projecto do caraças. Graças também a vocês! Se a Rita Ferro Alvim tem as suas "fofinhas", nós também as temos, sem dúvida. Sinto que temos gente boa desse lado, que gosta de nós e que acompanha desde sempre o crescimento das nossas filhas (e nosso), gente divertida, com sentido de humor, atenta e informada, que faz com que não baixemos os patamares e queiramos dar tudo.





Isto sou eu claramente a cair de sono, por uma boa causa (e porque a Luísa está doentinha, snif).

OBRIGADA, seguidoras queridas!


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1.04.2018

Afinal já sei o que a Luísa tem.

3 horas num hospital à espera para sermos atendidas. Consta que até os privados andam ao rubro, por isso, não havia muitas mais opções - só chamar o médico a casa, assim que façamos seguro de saúde para a Luísa, passa a ser uma opção a ponderar.
O que aquela miúda correu no S. Francisco Xavier... andou ao colo da Ester, fez amizades por ali fora, queria ir para a rua a cada dois minutos... imparável e com um grau de marotice que nem vos conto (nem doente esta miúda relaxa um bocadinho, estão a ver o género?). Lá fomos chamadas e amavelmente atendidas - zero razões de queixa - para decifrarmos o que a bebé teria, com febres inconstantes há quatro dias. Otite. Uma otite no ouvido esquerdo. Começou a fazer sentido a preferência por mamar mais para um lado, mas não associei, até porque nunca se queixava, não punha a mão, não coçava nem chorava deitada.

Agora dorme, depois de tantas emoções.
E como eu adoro vê-la dormir. É como se pudesse parar o tempo e deliciar-me com a respiração dela. É como se a sentisse minha, vulnerável, pequenina, quentinha, dependente. Há algo de mágico em observar alguém dormir: é a minha meditação.

Logo logo vai ficar boa de novo (e voltar a ter criatividade para me pintar as paredes da sala ou desfazer um livro em minipartículas: a Isabel NUNCA me fez destas, é todo um novo mundo). Logo logo vamos todos conseguir descansar mais um bocadinho. Ando EXAUSTA. Boa noite!



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O meu rabo foi protagonista de uma reportagem.

Quem diria que de todos os bloggers que foram entrevistados, foram escolher estas duas beldades (e o meu rabo como protagonista) para a fotografia principal da reportagem da Sábado sobre os bloggers mais influentes? 

O meu rabo agradece, o meu bracinho já nem por isso, mas a verdade é que se nota que a sessão fotográfica foi muito divertida com a fotógrafa Raquel Wise e com a jornalista Raquel Lito. Fomos ambas carregadas de adereços e estou muito feliz por não terem sido as fotografias em que a Joana Paixão Brás me está a pôr fraldas na cabeça as escolhidas. 

Como somos muito lindas e porque, graças a vocês, ganhamos dois prémios "este ano" (estão ali em cima no título, já devem ter reparado) fomos as porta-vozes das  bloggers de maternidade, todas orgulhosas, claro. Mesmo tendo a Joana Paixão Brás aparecido sem almoçar (às 17h...) e me ter comido umas quantas gomas que tinha na mala e eu não me ter calado desde a sala da maquilhagem até à sessão fotográfica propriamente dita. Deve ser por isso que a Raquel jornalista escreveu na reportagem que eu era "mais expansiva". Se dissesse o que lhe apetecia devia ser "pain in the ass", "ainda hoje tenho a voz dela nos meus ouvidos"... Bem, já está, Raquel. Já passou! 

Decidi, porque tenho uma camisola branquinha, óptima para isto, tirar num momento de pausa fotografias à la influencer (que não tem tempo para ir ali à rua e tirar umas como deve ser) com a revista. 

Parecendo que:

1) leio revistas, 
2) que sou muito feliz a fazê-lo, 
3) que não estou furiosa por hoje não ter lavado o cabelo e querer tirar fotografias. 

Tomem disto: 




Por último, depois de vos agradecer devidamente por todos os minutos que "perdem" a ler-nos, e à Raquel fotógrafa, à Raquel jornalista, às meninas da maquilhagem que nos puseram tão tesudonas, tenho de agradecer também à Joana. Não concordamos com tudo, mas temos feito ambas com que todo este trabalho valha a pena e que corra tão suavemente que já lá vão 3 anos e não há dúvidas que de vamos continuar (pois não, Joana? hahah).

Um beijinho, vejam a Sábado que eu, entretanto, vou perguntar à Raquel se há maneira de ler isto na internet. 


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1.03.2018

Ter de escolher entre as duas filhas

O título parece saído de uma crítica de cinema ao A Escolha de Sofia, mas, àquela hora da noite, e toldada pelo cansaço de ter estado sozinha com as duas, adoentada (as mães não podem ficar doentes, não é?) e com a Luísa doente, foi como se tivesse a fazer uma escolha dramática. 
A Luísa estava com febre (ainda esta e não percebi o que será). A única coisa que come é leite materno. A Isabel, perto das 23h30 começa a gritar e a chorar, aflita, a dizer que lhe doía muito o ouvido. Tentei acalmá-la, dei-lhe BUR, e andei ali a dar-lhe colo e a dizer que ia passar. Gritos gritos e pedidos de ajuda. Decidi pedir ao David que viesse para casa para irmos com ela às urgências (não atendiam na Saúde 24).
Perante aquele cenário, tive de escolher entre ir com a Isabel ou ficar com a Luísa. Foi a primeira vez. E custou. Custou ver a Isabel a sair de casa, ao colo do David, a chamar por mim. É nestes momentos - e só nestes - que sinto que pode ser injusto para o irmão mais velho a chegada de um com quem dividir atenções. Mas é a vida. Hoje já mais calma (apesar de muito cansada), já não estou tão dramática.


Resumo do que aconteceu depois ontem: ainda antes de chegarem às urgências, a Isabel disse que já só doia um bocadinho e vieram embora. (Sem febre e sem doer, eram capazes de espancar o David, além de que, e o mais importante de tudo, era estariam a pô-la em contacto com vírus desnecessários). Ficou boa, até ver.
A Luísa continua murchinha e com febre, la terei de ir ver o que se passa.


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O que é que a família dá a uma blogger de sucesso no Natal?

Temos um blogue de sucesso, temos de admitir. Graças a vocês, claro. :) Obrigada por gostarem de nos ler, obrigada a todas as que ainda antes de publicarmos no Facebook, já leram o nosso post no blog (como fazem isso?), obrigada às que comentam no Facebook sem ler o post, as que lêem o post e não dizem nada e até as que abrem o post, não lêem e comentam negativamente. Têm sido alguns anos (3, ainda, só) de muito trabalho, mas também de muita partilha que também nos ajuda a sistematizar pensamentos e sentimentos mas que além disso sabemos que têm ajudado muitas mães a não se sentirem sozinhas, a se sentirem menos malucas. Estamos, mesmo, convosco. Mais do que isto só mesmo se estivevessemos em vossa casa - mas como neste momento  até tenho a cozinha toda para arrumar e pernas de frango para o jantar e pelo meio máquinas de fazer e, também, sinceramente, ninguém me convidou e não gosto de aparecer serm ser convidada. 

Posto isto, as que nos acompanham, sabem que uma de nós - eu - terá menos "blogger de maternidade" style. Não leio outros blogs (espreito de vez em quando o Dias de Uma Princesa da Catarina Beato mas, tirando isso, nada mais) e, por isso, o que vou vendo aqui e acolá de instagrams e artigos em sites faz com que veja isto das "bloggers" de fora. 

Parece que as bloggers - algumas são - são uma espécie de artistas inalcançáveis, mas há toda uma vida além do blog. Imensa coisa que não podemos contar ou para não ferir susceptibilidades ou, então, porque ainda há - mesmo neste blog - coisas que queremos manter só como nossas. 

As minhas prendas de Natal não são uma delas. 

Adorava saber o que é que as famílias dão às bloggers mesmo conhecidas, mesmo mesmo coiso. 

Eu recebi: 

Tupperwares mesmo da marca tupperware da minha mãe porque lhe disse que um dos meus sonhos era que todos os meus tupperwares fossem de gente rica - mais alguém?

Umas calças Levi's pretas - decidi o ano passado gastar menos dinheiro em roupa e poupar para peças de qualidade que durem mais tempo e que até me assentem melhor

Um gato das mãozinhas chinês - porque uma vez contei aqui no blog que a Irene e eu íamos frequentemente a uma loja de chineses visitar o gato e a minha mãe e padrasto lembraram-se disso e embrulharam para a Ir... espera aí! Isto foi uma prenda para a Irene, não foi para mim. 

Recebi também uma Britta da mãe. Um daqueles jarros com filtro para a água o que faz com que tenha de comprar menos garrafas (melhor para o ambiente, acho eu) e para a minha carteira também.

Panos de loiça giros porque depois do divórcio, devolvi-lhe todos os panos dele e decidi ficar com o mínimo indispensável, mas realmente já precisavam de uma renovaçãozinha. 

Dinheiro do pai para "comprar qualquer coisa para mim".

Da minha madrasta umas lentes muito giras para por no telefone e para tirar fotografias em modo fisheye. 

E do meu padrasto um sponsoring para uma viagem em breve que faça. 


Claro que tenho noção da sortuda que sou por ter recebido tudo isto, mas acho interessante que tenha gostado dos tupperwares como de tudo o resto. Quando as mães cuidam de nós, atenta aos pormenores, a coisas que digamos sabe a amor, não é? Obrigada, mãe. 


Quais foram as vossas prendas preferidas neste Natal ou até as dos vossos filhos? Apesar da melhor prenda de todas, já a termos :) 

Fotografia The Love Project - Cabelo - Nela Cabeleireiros



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1.02.2018

O que esta mãe fez...

deixou-me tão, mas tão... comovida. 

Nós somos espectaculares, somos tão apaixonadas, tão bonitas, caramba!

Fui jantar fora com a Irene no outro dia à Capricciosa em Carcavelos. Fez uma sesta enorme e, por isso, o sono iria tardar mais um pouco a tonar-se evidente. Tivemos um óptimo jantar, a fazer olhinhos para um menino que estava na outra mesa (a Irene, não eu!), depois pensei: a miúda tem os ouvidos entupidos, a minha madrasta disse que as otites serosas do Tiago se resolveram com idas à praia então... vamos ali ao pé do mar.

Era de noite - daí o jantar - e ao pé da praia, no chão, estavam imensos confetti. Estava a mãe, muita bem vestida, parecia uma manequim da Massimo Dutti (e agora isto era o melhor post de publicidade de sempre), em pé de frente para o filhote e estavam a fazer uma passagem de ano a fingir com confetti e champomy. Que dupla mais amorosa (a mãe e o filho, não propriamente os apetrechos, apesar da mãe ter bebido voluntariamente o copo todo de champomy o que me fez pensar se aquilo será agradável, afinal).


Não fiz perguntas, eventualmente a Irene meteu conversa. Fiquei a imaginar porque é que a passagem de ano teria sido antecipada, claro que só me veio à cabeça que talvez fosse o fim-de-semana do pai e a mãe também quisesse passar o fim-de-ano com o filho ou vice-versa.

Seja como for, foi das coisas mais amorosas que já vi. 

Para além disso, ainda me deu tempo para sentir outra coisa: ver aquela mãe com aquele menino, fez-me perceber que nós somos o primeiro grande amor dos nossos filhos. Nós mostramos-lhes como devem ser tratados e como são as relações. 


Aqueles dois, a passar o ano ali ao luar, eram fabulosos... 


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1.01.2018

Reconheço que tenho um problema.

Todos os anos penso nisto, mas acho que é cada vez mais difícil encontrar um equilíbrio. Tecnologias em casa. Acho que não vale a pena colocar umas palas: elas vão viver numa era em que os telemóveis são como que um prolongamento do nosso corpo, sem os quais se vão sentir incompletas. É o que já acontece, é o que vai continuar a acontecer. Eu não me sinto bem sem telemóvel. Não gosto de ficar sem bateria se estou a viajar de carro, não gosto de me esquecer do telemóvel, fico ansiosa quando não o encontro na mala, a achar que o perdi. É das primeiras coisas que faço quando acordo, se não estiver atrasada, e é das últimas do dia também: dar uma "lambidela" pelas redes, ver o que se passa "por aí" ou se alguém disse alguma coisa. Os nossos filhos identificam mais depressa um telemóvel e sabem a quem pertence do que distinguem uma bolacha de um pedaço de pão. Vêem-nos com ele, já sabem que há bonecos por lá algures e que dá para tirar fotografias também por lá. Percebem que se deslizarem os dedos atingem resultados diferentes. 
Ora, eu todos os anos penso que vou impor algumas regras para tentar ser menos dependente do telemóvel e das redes, mas não sou bem sucedida. Acho que nunca tento a sério. Acabo por me desculpar com o meu trabalho, com uma suposta necessidade que nem sempre é verdadeira e que só existe para me abafar a culpa. 
De vez em quando, lá combino com o David "agora não há telemóveis" e conseguimos. Estou a rir-me por estar a reconhecer nestas palavras um vício, mas não tem piada nenhuma. Como podemos depois querer que as nossas filhas, em plena idade do armário, nao vivam em função dos telemóveis e dos outros e respeitem regras, se nem nós o fazemos? 
Claro que tiro horas só para elas, mas também as integro bastante no vício (bonecadas e óculos e chapéus e máscaras dos messenger e afins) e isso é um bocadinho parvo (ou não será?, se for lúdico e aproveitarmos para brincar e construir personagens?). 
Falamos tanto em abrandar, em slowliving, em aproveitar todos os momentos com eles, mas lá vamos nós registar tudo e contar a todos o que estamos a viver, não vá tudo não ser real e ninguém saber... (E nós bloggers estimulamos e vivemos desta dinâmica...). Não teremos de fazer uma selecção muito mais apertada de como e com quem andamos a "gastar" os nossos tempos livres? 
Olhemos para eles a brincar ou com aqueles olhos arregalados a verem um livro novo e tentemos bastar-nos de vez em quando. Dá-nos uma sensação de poder, de escolha, de força gigante! 
Esqueçamo-nos propositalmente dos telemóveis em casa no fim de semana para nos sentirmos livres! Não? O que fazem vocês?

Boa semana! Bom Ano Novo! 






 Roupa Boboli, Ténis Vans


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