12.12.2017

Já é Natal cá em casa!

Luzinhas, árvore na parede, casinhas de cartão, coroas, suportes para velas, vinil no vidro da sala, uma mini-árvore em cartão, um calendário do advento e palavras com aquilo que mais importa nesta época. Dito assim, parece muita coisa, mas acho que as nossas decorações de Natal estão tal e qual o que eu queria: simples, minimalistas, especiais. Desafiei a querida (é mesmo querida!) Filipa da Momentos Com Design a deixar a nossa casa mais bonita e ficou tudo ainda melhor do que eu tinha imaginado. Está acolhedor, mágico. Nesse mesmo dia tive cá amigos a jantar e queriam levar tudo para casa deles. É que nem pensar. Podem encomendar alguns destes elementos na página do Facebook da Filipa e contratá-la para decoração de festas, de eventos: ficam tão bem entregues, palavra!

Para retratar este ambiente, claro que não podia cá faltar a Joana Bandeira do The Love Project, que vai acompanhando o crescimento destas garotas e registando os momentos mais importantes das nossas vidas. Uma excelente prenda de Natal é um voucher com uma sessão The Love Project para oferecer! Fica a sugestão.


Preparados para 30 fotografias, no mínimo, com espírito de Natal? Ho-ho-ho!

Os vestidos deste Natal são da Kolor Kids
  Laços Lemon Hair Lovers

















Só para avisar que eu "estraguei" esta árvore de natal na parede fantástica, pondo-lhe uma gambiarra preta, ok? Mas à noite fica bonito!










Olhem só os fofos.










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12.11.2017

Fim-de-semana cheio de coisas boas e segunda-feira sem ansiedade.

Há fins-de-semana em que não quero marcar nada. Ficamos por casa a fazer bolachas, a pintar, a dançar e a conversar. A fazer as lides, umas vezes com mais vontade que outras. A fazer cócegas, todos de pijama. Esse tempo faz-nos falta, como família. Mas depois há outros em que me apetece aproveitar tudo e ter o melhor dos dois mundos. Ir à rua apanhar sol, ou fugir da chuva, estar com amigos, com família, ir ao cinema, fazer uma refeição fora (e a verdade é que fora de casa parece que elas fazem menos birras, sem falar que sabe bem às vezes não nos preocuparmos com a loiça...).  Este fim-de-semana sentimo-nos de volta à cidade que nos viu partir há quase dois anos. Sabe bem estar de volta. Receber os amigos em casa para um sushi, com as miúdas já a dormir, ir ao cinema só com a Isabel (fomos ver o Estrela de Natal), ir tomar o pequeno-almoço fora, ter o avô a contar-lhe uma história, fazer peixinho no forno, ir visitar a avó com os tios, ir às compras, decorar a casa para o Natal... houve de tudo. E nem sequer senti que tenha sido uma correria. Foi bom, completo. 2a feira chegou e com ela uma semana cheia de memórias.

Antes de nos decidirmos vir para Lisboa, andava a ficar nervosa com a chegada das segundas-feiras, dia em que ficava deprimida e ansiosa por me sentir sozinha. Sozinha em casa. Horas e horas em que não abria a boca para falar, a não ser que fizesse stories. Não queria mais aquele silêncio todo, já não me estava a fazer sentido. Agora, apesar do tempo parecer correr muito depressa, sinto que todos os minutinhos contam, nem vos sei explicar. Estava na hora.

Fiquem com o meltingpot do fim-de-semana:

O avô contou duas vezes a história A Estrela do Mar, da Fernanda Velez, à Isabel. Muito querida!

Jantar em casa: Sushiiiiiiiiiii.

Com uma das (ou A) mulher mais bonita de Portugal, por dentro e por fora. Uma inspiração!
Apanhada a comer ou a armazenar comida nas bochechas. Foto da Rita Ferro Alvim.


No Corações com Coroa Café, um projecto que têm de ir conhecer em Belém!

Mãe, o filme do pai, os "Stauós"!

Amanhã mostro-vos as decorações de Natal e a sessão em casa com estas miúdas <3 com The Love Project



E vocês, o que fizeram no fim-de-semana? Já começaram a despachar as prendinhas? Por aqui ainda nada, para não variar... ;)



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Têm os miúdos cheios de tosse? Eis como ajudo a Irene (ou tento).

A Irene está cheia de tosse. Daquelas que não a deixam dormir mais de 10 minutos seguida, tipo seca, de cão. Porém, respira bem nos intervalos. Irrita-me sentir que não há grande coisa que possa fazer por ela. Não fui trabalhar para ver se ela tem descanso e fica melhor. 

Por volta desta altura, há sempre este tipo de quadro (que chatice). Desabafei com a Joana Paixão Brás (que nome tão grande, Joana, que seca haha!) e parece que a própria Luisinha anda assim. 

Sempre que a Irene fica assim dou-lhe muita água e uso o velho truque da cebola. O quarto fica a cheirar a metro, mas convenço-me que estou a fazer algo útil e até me faz sentido que funcione. 
Leiam isto

Pus ontem a cebola no quarto dela, mas ela não parava mesmo de tossir e até chegou a vomitar expectoração ou lá o que foi. Não resisti e foi dormir comigo (ela sente-se mais segura, eu gosto e tinha saudades dela - fui a Londres no fim-de-semana e ela ficou com o pai - e não tenho que andar a fazer piscinas). 



Como acordou ainda muito aflita (e eu também), enviei uma mensagem à nossa pediatra (recomendada por uma amiga que lamento que não tenham porque é a maior a recomendar coisas - e não só) a perguntar se havia maneira de ajudar e ela sugeriu um xarope natural para a tosse. Depois de ler a bula, caramba, é mesmo isto que procurava (não conhecia - aliás, passei muito da minha infância a desejar ter tosse para beber maxilase e note-se aqui o "beber): Grintuss pediátrico.

Acabei de dar a primeira colher, por isso não faço ideia se resulta, mas saber que estou a dar algo que em princípio não terá mesmo nada que lhe faça mal e que lhe poderá fazer bem já ajuda e muito o meu coração de mãe. Vocês percebem. 

Que truques têm vocês na manga? 


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12.10.2017

Vejam estas imagens e vão lá procriar.

Apeteceu-me escrever este título, que marota que eu sou. 

Ontem, quando estávamos no Corações com Coroa Café, que, já agora, aconselho vivamente (além de ser um espaço muito agradável e a carta estar nas mãos do Chef Kiko, estão a ajudar a associação que, por sua vez, ajuda mulheres e meninas, tendo um papel preponderante no futuro destas, e por isso, de comunidades e de gerações futuras), uma pessoa disse-me que nunca tinha visto irmãs tão amorosas, a darem-se tão bem. Concordo. Muito queridas, muito meigas, uma ternura. Foi ver a Isabel a receber a irmã, que chegou mais tarde, a ir mostrar-lhe o espaço, de mãos dadas. É de um encanto e de uma magia sem fim. Era bom que esta história acabasse assim. E acaba. Mas, pelo meio, há safanões, palmadas, birras de meia noite. Faz parte. Gostava de ajudá-las a entenderem-se melhor, mas faz parte, digo eu. Acaba sempre em bem, mais não seja porque acabam por se distrair das quezílias. Passado um bocado, lá estão elas a brincarem, a fazerem estragos juntas, a jogar às escondidas à maneira delas. Apanhei-as hoje a dançarem e cantarem ao espelho. A Isabel a tocar guitarra e a Luísa a dançar. As duas a brincar com os coelhinhos na casa. As duas a saltar na cama (calçadas, blecc, culpa minha). Vejam estas imagens e vão lá procriar, caso estejam com dúvidas pequeninas (se tiverem das grandes, não o façam. Quer dizer façam mas com precauç... Bem vocês sabem). Ter dois seres destes, que são um trabalho do caraças mas que nos dão uma alegria imensa, foi a MELHOR DECISÃO das NOSSAS VIDAS.
Pronto, já disse. 










Coisinhas de que possam ter gostado:
Roupa: Tsuru
Guitarra: Fragosa 


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12.08.2017

Pedido de desculpas à mãe que nos convidou para o aniversário da filha

Há cerca de um mês e meio, talvez, recebemos um convite para o aniversário de uma coleguinha da creche da Luísa. Achei engraçado, pensei que era muito simpático, levei o convite para casa e... Nunca mais me lembrei dele.
Nem dele, nem na data, nem de responder.
Eu ficaria zangada ou triste se as pessoas não se dignassem a responder ao meu convite para um aniversário. Com um não ou com um sim, o mínimo é haver uma mensagem, uma chamada, algo a agradecer. Parece-me óbvio que a boa educação assim o dite. Boa educação ou só um bocadinho de sensibilidade.

No entanto, eu não as tive. Nunca mais me ocorreu. Isso não faz de mim má pessoa, faz de mim uma pessoa que falha. Eu não sei se não teria ficado fula com alguém que não se desse ao trabalho de sequer responder, mas a verdade é que, nesta vida corrida e tão cheia de tudo, às vezes podemos esquecer-nos. Não invalida que saibamos pedir desculpa.

E vocês? Como reagiriam?



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12.07.2017

Carta de um pai para a filha

"Lembro-me de ti…
Lembro os nossos momentos em frente ao espelho quando te enrolava metodicamente o cabelo, o teu olhar vaidoso quando te dizia que nunca tinha visto ninguém tão bonito;
Lembro quanto te vesti o macacão colorido comprado na zara, pedi para rodares e tu rodopiaste;
Lembro as nossas boleias, surfadas atabalhoadamente nas ondas da Cabana do Pescador;
Lembro quando te aconchega à noite;
Lembro as horas infindáveis e os passeios no quarto quanto te socorria as cólicas nocturnas, deitava-te sobre o meu braço, tão pequena que eras;
Lembro-me do teu choro;
Lembro-me das tuas gargalhadas, do teu olhar feliz;
Lembro-me quando dançavas, trémula ao início, com aquele olhar do tipo… sou linda?;
Lembro-me quando cantavas, quando todos os meus sentidos se guardavam para ti;
Lembro-me de chorar e de rir com as tuas conquistas;
Lembro os teus beijos, os teus abraços e quando dizias gosto muito de ti;
Lembro quando deitavas a cabeça no meu colo, e o quanto isso me apaziguava;
Lembro-me de pensar que iria sempre lembrar todos os nossos momentos juntos;
Lembra-me para nunca esquecer o que é tão bom lembrar!"

Pai.


Obrigada, pai. 
Lembrar-te-ei para nunca esqueceres o que é bom lembrar. Lembrar-te-ei para que me contes sempre todas as histórias e todas as emoções. E para que as vivamos sempre, mais uma vez.

Agora, já com filhas, sei - sei na pele, nos olhos, no corpo todo - do que te queres lembrar. Para sempre. E vejo-me nelas, há 30 anos, no teu colo. É como voltar a ele. Voltar a nós. 

Só comprei roupa para ela!

Há várias coisas que "me vão acontecendo" ao longo da vida que, se me contassem há uns anos, ter-me-ia rido tanto, mas tanto que me ficaria a doer o meu uni-abdominal. Se me dissessem há 6 anos que me iria casar e ser mãe, nem imaginam a gargalhada. Provavelmente até teria feito stand-up sobre isso e teria feito um espectáculo de duas ou três horas (as if I could). 

Outra era que tinha recebido um cartão-presente para gastar na C&A, uma loja que tem imensa roupa gira para mim e para a Irene (com acessórios incluídos - coisas que parecem nunca "ser demais") e ter gasto tudo nela. Entrei na loja, fisguei logo uma camisola para mim (uma branca com pêlo que imaginei logo com um baton vermelho e tal e tal) mas, de resto, tive vontade de comprar tudo o que vi na secção dela. E ela também.

Fui com ela. Quero envolvê-la na escolha das roupas. Já vos contei que, por mim, é a Irene quem escolhe a roupa dela (para evitar birras, selecciono três opções e, a partir daí, é ela quem escolhe o que vestir - para mim faz-me mais sentido assim e ela fica vaidosa) e ver tanta coisa da Minnie, do Mickey, do Frozen (ela não viu o filme, mas como tem amigas com roupas de lá, associa), dos Minions, da Patrulha Pata, dos Carrros, Homem Aranha (a Irene adora o spider man, não sei porquê)... deu-nos imensa pica para comprarmos roupa juntas. Isto, claro, intercalado com a Irene andar a brincar às escondidas entre os cabides e de alguns mini ataques de pânico da minha parte. 

Para mim, as regras para a roupa dela são: serem confortáveis, adaptadas à estação (não à de Santa Apolónia... - ai que boa piada que esta foi) e que ela goste. 


 

 
Estas foram algumas das nossas escolhas. Inicialmente tive vontade de ir sozinha, para ver as roupas com calma para ser um "momento meu", mas depois achei que é divertido ela estar envolvida na escolha da roupa dela porque, no futuro, é isso que vai acontecer. E, se ela participar já no processo de decisão, ser-lhe-á tudo mais natural e provavelmente não andará como a mãe aos 31 anos a batalhar sobre "que estilo é o meu". Ela vai saber. 

 
Neste caso é simples. Na C&A é tudo acessível e, por isso, aquela coisa extra a caminho da caixa também pode ir e estamos a comprar roupa necessária mas, também, coisas que a fazem feliz todos os dias de manhã quando calha ser "aquela peça que ela escolheu". Escolheu as calças pretas por serem quentinhas e parecerem neve, escolheu o vestido da Hello Kitty porque a Sara (educadora que tem uma viola com uma Hello Kitty) vai gostar, escolheu a camisola azul porque tem as lantejolas reversíveis e tem a Hello Kitty ou um pinguim. 

 
Às vezes, por ser a Irene a escolher o que veste e combina, quando a levo à escola, tenho um bocadinho de inveja pelas amiguinhas delas estarem tão bonitas, com conjuntos lindíssimos, betinhos, cores pastel, prontas para irem a "qualquer lado" mas, para mim, esta vaidade dela compensa. Mesmo quando vai com calças com estrelas, casaco com flores e camisola às riscas. 

Para já, é assim que estamos.

Vocês envolvem-nos nas vossas compras ou preferem ter o vosso "momento de compras" sozinhas, como se fosse um momento spa? 


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12.06.2017

a Mãe dá - E quem tem filhos que precisem de óculos?

Temos dois pares de óculos para vos oferecer! Zunga, assim do nada, aquele orçamento que tinham pensado para os óculos da cria, podem descontar a armação. Já dá para uma prendinha para vocês neste Natal ou até prendona que comprei uns óculos recentemente e... credo!

Adoro ver crianças de óculos, Sei que não deve ser confortável para a criança (eu acabava sempre por perder ou partir os meus) e, por isso, se a Irene precisasse de óculos - que não precisa (ainda) - escolheria aqueles que ela mais gostasse, os que a fizessem sentir mais bonita e vaidosa. 

Destes dois, a Irene iria passar-se com os da direita, certamente e iam-lhe ficar muito bem também - eheh, modéstia de mãe de criança que ficticiamente precisaria de óculos, à parte. 


São giros? Eu gosto. E o melhor é que além de serem giros, esta colecão disponível em exclusivo nas óticas da Optivisão - a essiKIDS, nova marca do reconhecido fabricante mundial de lentes essilor - tem imensos modelos assim fora do normal para eles gostarem (e nós também). A Essilor já conhecem por ser a líder mundial de lentes oftálmicas e também considerada por ter as lentes de melhor qualidade (inquebráveis e com protecção azul para os equipamentos electrónicos), agora estas armações, além de serem ergonómicas e flexíveis, têm dobradiças com esferas e são muito confortáveis dada a leveza das hastes. 


Ficam tão queridos. Fui mudando de opinião com os tempos, adoro ver miúdos de óculos. Até me apetece participar no passatempo para ter uma armação só para ela brincar.

A mãe dá duas armações EssiKids! Temos as pretas e azuis e as azuis e rosa, vamos a isto? 

1 - Sigam a página da Optivisão no Facebook. 

2 - Sigam a conta da Optivisão no Instagram. 

3 - Comentar o post do Facebook com o nome de três amigos(as) e partilhar publicamente no vosso perfil de Facebook.


Dia 11 de Dezembro entraremos em contacto convosco por comentário no post e pedimos para que enviem os vossos dados para o nosso e-mail. Fiquem atentas às notificações. 

Beijinhos e boa sorte!



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12.05.2017

A minha filha não dormiu a noite inteira durante 3 anos.

Não há um único dia em que não me lembre. Um único dia em que não acorde com a Irene a chamar por mim, olhe para as horas, veja que são 7h - e não 1h e depois 2h e depois 2h30 e depois 5h - e não pense em todos os pais que ainda não dormem a noite toda. 

Sofre-se muito, caramba. Sofre-se muito fisicamente por privação de sono (não temos os ciclos de sono deles e acordamos a meio do nosso sono), psicologicamente porque deixamos de funcionar e tudo o resto agudiza: "o que estou a fazer de mal para ele não dormir?", "eu mereço isto porque houve uma vez que...", "terá frio?", "ele não gosta de mim", "não faço nada bem"... 

Nem toda a gente terá este diálogo interno tão negativo como o meu mas há, de certeza, quem tenha. 

Falo para vocês. Vocês para quem o choro do bebé representa muito mais do que um bebé a chorar, representa todas as inseguranças e medos e com dias, meses e anos de sono em cima... tudo fica pior.

 


Há imensos motivos para um bebé não dormir e nem sempre se poderá não dar atenção a alguns factores. Pode realmente ter dores, fome, frio, ter os horários desregulados/ausência de rotina, estar hiperestimulado, tudo... 

Porém, é normal. É normal que haja bebés que não durmam a noite seguida durante muito tempo. Nós, adultos, não dormimos a noite toda também, mas já lidamos com os pequenos despertares nocturnos com outra segurança e não chamamos por quem nos faz sentir protegidos. 

Depois de muitas noites a culpar-me, à mama, a mudar a temperatura em décimas, a ponderar mudar a cama de sítio, o tipo de pijama, a ingestão de líquidos, o tipo de fraldas, o material do pijama, as horas da dormida, a ordem do banho e do jantar... a Irene passou a dormir a noite inteira. 

Aconteceu passados 3 anos, sem ter conhecimento de ter mudado alguma coisa para isso. Além de nós, o cérebro deles e o corpo deles tem o seu ritmo e aprendizagem. Foi quando se fez o click para ela. A minha responsabilidade é fazê-la sentir-se segura o máximo possível e assegurar-me que estou atenta aos sinais dela de autonomia.

Respira bem? Não sua? Está quente? Terá fome? Frio? Precisa de mim?

Três anos depois passei a dormir, mas sentindo a sorte que isso é, de tudo já ter passado.

Quero, com este post, dizer-vos que um dia irá acontecer.

Recomendo o Centro do Bebé para quem precise de sentir que "está tudo certo".

Apesar do desespero nos levar a fazer o impensável, passem sempre as vossas decisões e estratégias pelo coração. Usem as vossas últimas forças para pensar que, se o bebé estivesse a falar, o que diria quando acorda duarnte a noite e o que estarão a dizer com a estratégia que adoptarem. O que vos parece ter mais amor?

Não fiz co-sleeping (num segundo nem vejo como não fazer, sinceramente), mas parece-me ser a maneira mais simples de não abdicar do nosso máximo descanso e também de não oferecer ao bebé a quantidade de mãe e de pai que ele precise.

É o que for preciso.

Agora que a Irene fala e que, às vezes, acorda durante a noite, sabem o que diz?

"Mãe, anda para aqui que tenho saudades tuas, gosto tanto de ti... anda, por favor".

Eles chegam lá no ritmo deles. 

Que fique claro que não sou entendida na matéria. Tenho só a minha experiência e desespero em cima. E desespero à séria.

Força.


Tudo o que já escrevemos sobre sono aqui.


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12.04.2017

À minha amiga que perdeu a bebé, antes que ela nascesse.

Escrevi, há um ano e meio, esta carta à minha amiga que perdeu a bebé. Há uns dias essa amiga deu a cara, pela primeira vez, para falar publicamente sobre este assunto, ainda tabu na nossa sociedade. Não queremos falar da morte, fugimos dela a sete pés, não deixamos que os outros façam o luto, não sabemos enfrentar uma mãe e um pai que perderam um filho, antes dele nascer. E começa logo nos hospitais, com o pessoal de saúde, muitas vezes com pouca sensibilidade para o tema. Não há sequer infraestruturas para que uma mãe que tem de passar por um pesadelo destes não tenha de estar lado a lado com mães que acabaram de ter os seus filhos. Ouvem chorar, ouvem o milagre da vida acontecer, mas vão para casa sem os seus bebés, com o colo vazio. Depois, amigos e família, que se apressam a dizer que tinha de ser assim, que a natureza é sábia ou que não tarda muito virá aí outro bebé... 

É certo que neste blogue celebramos a vida, desanuviamos com disparates, mas sinto necessidade de chamar a atenção para esta questão também, que se tornou minha, há ano e meio. 

A história da minha amiga e a história de muitas outras mulheres, aqui

A carta que lhe escrevi há um ano, longe de saber todos os pormenores. 

Corajosa, Manuela. 

Alice dos nossos corações.


"Vivi, no final desta gravidez, um sentimento contraditório enorme. Uma amiga perdeu a bebé, já com 26 semanas de gestação. Não conheço a dor de perder um filho. Quando recebi a notícia, a sentir vida a pulsar dentro de mim, no meio de pontapés e mais pontapés, foi desolador. A vida e a morte, ali, frente a frente. E eu, do lado bom, da sorte, da felicidade, da vida...

Escrevi-lhe um texto e resolvi agora publicá-lo também aqui, para as dezenas de mulheres que têm de passar por esta dor e que dizem ser muito difícil de sarar. Uma dor tantas vezes incompreendida pelos outros, como se um filho não fosse sempre um filho... 

"Quis estar contigo hoje, dar-te aquele abraço, umas festinhas, partilhar as minhas lágrimas e o meu olhar de dor contigo, falar-te baixinho, passar-te a minha força. Não pude estar presente - já não estou autorizada a fazer viagens de carro para longe sozinha e não consegui companhia. 
Mas quero que saibas que me despedi da tua filha, daqui. Abracei-te mil vezes e pedi que a tua tristeza desaparecesse, todos os dias, um bocadinho mais. Não sei o que é estar aí, nesse lugar, no teu lugar. Nem me consigo colocar na tua pele, de tão grande que é o aperto. Nem estou perto de imaginar que dor é essa. Felizmente. Infelizmente para ti, tiveste de ser tu a passar por ela. "Acontece muito", "a natureza é sábia": vais ouvir de tudo e nada vai parecer amenizar essa dor. Chora, revolta-te, manifesta-te, grita, pergunta porquê, porquê tu, porquê a tua A. Faz o luto. Pede ajuda. Pede abraços. Pede silêncio. Vive, mesmo que pareça que nada faz sentido. Não faz sentido. Mas estás cá. Eu estou cá e cá estarei para te ouvir, quando quiseres. Cá estarei e o meu coração - e o que bate dentro de mim - será sempre um bocadinho teu."


Força, força a todas as lutadoras desse lado. Algumas delas - porque sentimos que é preciso dar rosto à perda gestacional - partilharam as suas histórias connosco, neste post: Bebés que não chegam a nascer.

Se precisarem de ajuda, não hesitem em contactar o Projecto Artémis.


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E de repente não me passo quando ela quer sujar tudo.

Ui, meninas! Espero que não tenham noção do que é viver cada movimento deles com um stress enorme antecipando aquela mancha de iogurte no sofá ou aquele rasto de migalhas da sala até ao quarto. A plasticina espalhada por aquele tapete que é difícil para caraças de aspirar, terra das plantas no edredão da cama, essas coisas. Vivo com muito stress (tudo no geral, mas em particular...) a possibilidade dela sujar alguma coisa e, por isso, o meu instinto é acabar com a brincadeira ou estar a fazer ressalvas de 2 em 2 minutos - o que é , de longe, das coisas mais irritantes de sempre quando se está no lugar da pessoa que só quer fazer alguma coisa em paz. 

E, houve um dia em que aqui esta mãe que hoje espalhou mal a base e como não a trouxe vai ter que lidar com isso até às 22horas teve a brilhante ideia de ir buscar a toalha anti-manchas que a mãe lhe ofereceu para por debaixo das toalhas normais da mesa. De repente, a Irene tem um tapete em que pode ajavardar o que quiser, como quiser e eu sei que é só pegar naquilo e sacudir na janela ou espetar para dentro do tambor da máquina e entrar em negação sobre o que aconteceu. 

Fotografia de Março de 2015, no post de receita de Plasticina Caseira.
Fotografia de Março de 2015, no post de receita de Plasticina Caseira.

Isso tem feito com que a Irene não só se possa lambuzar toda em tintas, mas também fazer papinhas com coisinhas fora do prazo que a mãe guarda no frigorífico até começar a ganhar um verde floresta simpático, assim até saem de lá mais cedo. A plasticina pode ser amassada no chão, até pode ser pizzada ou até posta dentro dos iogurtes, não quero saber. 

Numa brincadeira com tintas caseiras, num workshop em Fevereiro de 2015.



Amén, toalha anti-manchas que salva a motricidade fina da minha filha da minha ansiedade. 



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