8.24.2017

Maternidade Low-Cost.

Coisas que, três anos depois, não teria comprado e teria poupado imenso dinheiro: 

- Brinquedos de plástico

São datados, são irritantes e não ficam bem em lado algum. Prefiro comprar ou instrumentos musicais (tem muitos) ou brinquedos de madeira de maior duração e cuja utilidade vai mudando consoante o desenvolvimento dela. 

- Peluches

Para quê tantos? A maior parte não fui eu a comprar, mas já reparei que eles escolhem um ou dois e os outros são só "malta". 



- Pratos infantis

Que parvoíce, como é que caímos nesta? Who cares o tipo de prato? Além de que eles, ao comerem nos nossos pratos até ganham uma noção de consciência e responsabilidade diferente (claro que não lhes daríamos os pratos tão cedo para as mãos, só quando estivessem preparados).

- Milhares de copos de plástico assim e assado. 

A bebés que bebem de um copo, sem mariquices. Será que não dá para passar de um para o outro ou usando as palhinhas, simplesmente? Desconfio que um próximo não terá acesso a 88 maneiras de beber água por garrafas diferentes. 



- 48 talheres

Sejamos honestos, pomos a loiça a lavar ou lavamos a loiça com alguma frequência. Não precisamos de ter talhares como se deixassemos de ter água em casa durante semanas. 

- Esterilizador de biberões

No meu caso praticamente não usei biberões, mas também reparei que a fase de esterilização passa rápido e que não é necessário um mono lá em casa. 

- Demasiada roupa

Fazendo as contas à quantidade de vezes por semana que se lava e passa roupa, só precisamos de x número de conjuntos que, se alternarmos, darão um dobro. A Irene tem roupa demais para cada estação, mas vai deixar de ter, muahah. 

- Chuchas

Apesar da Irene não ter usado chuchas, chegou a uma altura que tenha 342. E, que saiba, eles têm uma ou duas que gostam (se não tiverem tantas alternativas devem conformar-se mais facilmente, digo) 



- Muitos sapatos

Apostar nos neutros e para estilos variados! A Irene precisa de um par de ténis, umas botas, uns sapatos mais betos, umas sandálias e uns chinelos. Porque é que parece ter tantos sapatos como eu (mesmo sabendo que o pé dela cresce e vai tudo a abrir não tarda!). 

- Berço

Nunca teria comprado o berço, teria passado imediatamente para o colchão no chão no quarto dela. Sem berços para não me enervar. É uma mini-jaula tanto para nós como para eles. E quando temos que os por no berço depois de duas horas a embalar? Não havendo berço.... mais fácil ;)

- Trocador

Se se planear bema  mobília, qualquer cómoda poderá fazer de trocador com algo fofinho para por o bebé por cima. Simples. 



- Mala do bebé

Compramos uma mala maravilhosa para arrumar tudo em todo o lado mas, na verdade, qualquer mochila serviria para o mesmo. Criativamente até poderíamos ter criado compartimentos com saquinhos, caixas o que for. 

- Cadeira de alimentação XPTO

Que parvoíce. Nem vos digo quanto custou a nossa cadeira de alimentação, quando as do Ikea servem perfeitamente... e custam 1/1000000 dos euros além de lhes termos menos amor e deles poderem brincar à vontade com menos avisos. 

- Livros de Puericultura

Andei a ler porcarias imenso tempo e a comprar demasiados livros muito cocós até chegar aos melhores. Podia ter tido uma mãe amiga que me soubesse guiar, mas não tive. Tempo e dinheiro perdido. 



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8.23.2017

"Porque é que a casa da mãe já não é a casa do pai e da Necas?"

Foi hoje. 

Desde que nos decidimos separar até hoje não pensei muito mais nas dúvidas que a Irene pudesse ter. Naquela primeira semana explicámos que ela iria ter duas casas: a da mãe e a do pai e que ambas eram dela também. 


Foi pacífico. 


Fomos aconselhados (e bem) a explicar as coisas só dentro daquilo que ela perguntasse. Tenho-me apercebido que é realmente a melhor técnica. Apesar deles só perceberem o que são capazes de perceber, escusamos de tornar isso mais difícil e confuso.

Hoje, quando saímos de casa para a ir levar à casa do pai, ela perguntou "era ali onde íamos passar as duas e dizíamos adeus ao pai que ia à janela". 

Respondi que sim e com um sorriso, surpreendida por ela se lembrar e também para retirar qualquer conotação triste que pudesse ter (que não tem, minimamente). Naqueles 30 segundos de silêncio para mim - que, na realidade, devem ter sido uns 2 na vída real - veio a pergunta: 

"Porque é que a casa da mãe já não é a casa do pai e da Necas?"

Tinha já uma resposta longa ensaiada, mas editei-me. Por ela. Eu conheço-a, sei o que a cabeça dela já organiza e o que ainda é complexo e sei que tanto o conceito de namoro, amor e de final de relação não interessa muito. O que lhe interessaria? Que ambos a amamos, mas que houve uma mudança. 

Disse-lhe: "Porque agora somos só amigos, filha". 

E calei-me. Eu que tenho a tendência para aprofundar tudo, para explicar tudo o melhor que posso, tive de pensar nela (eu cá me vou resolvendo, não preciso destes momentos com a Irene para me organizar). 

Sozinha em casa - uma doente, a outra imparável. SOCORRO!

A Isabel está doente desde domingo, pelo que tem ficado em casa. Temos ficado em casa. Eu e as duas. Isto sim, minhas amigas, é prova de fogo. Mil vezes agarrar nelas e ir ao parque, pô-las a correr e a comer terra. Mil vezes a correria da praia, o tira e põe de braçadeiras na piscina, o "senta-te e come, por favor" do restaurante. Estar em casa com as duas, estando uma doente, é um mestrado, só suplantado quando estiverem as duas doentes (aí atingirei o doutoramento). Não quero esse grau tão depressa, valha-me a virgem santíssima.

Eis o nosso dia em falas de mãe.

DE MANHÃ
(que se confunde com noite porque dormir é para meninos, não há cá disso: há despertares de hora a hora e idas à casa de banho e cocó e água e dores de barriga e medir a febre e uma chora de um lado e a outra acorda do outro).

- Luísa, beijinhos à tua irmã, não. Tem dói-dói.
- Isabel, desvia a cara. A Luísa é bebé e não percebe.
- Luísa, nesse copo não.
- Não, Isabel!!! A Luísa não pode beber daí. Vou buscar o dela.
- Isabel, não se bate! Não se bate! Não batas na tua irmã. A mão é para dar festinhas, para comer, para pintar. 
- Não, com os pés muito menos!!!
- Luísa, nem pensar! Bater não!
- Sai de cima da tua irmã.
- Tu muito menos, não se pisa.
- Não, não. Dá festinha. Isso, linda. Isso mesmo. Que querida. A mana assim fica melhor! Não, beijinhos, não.
(isto em looping)

DE TARDE
(onde se deseja rapidamente que chegue a noite, apenas e porque chega uma alminha e o rácio de duas para uma acaba, mas ainda a procissão vai no adro)

- Luísa, agora é para fazer óó. Dormir.
- Isabel, tens de dormir mais um bocadinho, o teu corpo precisa de descansar.
- Shiuuuu Luísa.
(separá-las de quarto, adormecer cada uma de sua vez, uma acorda e acorda a outra, readormecer uma e outra e passar umas três horas nisto. Tudo bem.)
- Luísa, não desmanches o puzzle da mana, não.
- Isabel, já sabemos que há brincadeiras que não podemos fazer quando a mana está acordada. ("mas ela nunca dorme", responde. Verdade.).
- Meninas, não quero ver mais palmadas, não, não, não.
- Não me interessa quem começou, não se dá palmadas.
- Come só um bocadinho de maçã cozida, Isabelinha.
- Amor, tens o teu copo para beber. Nesse, não.
- Sim, dou colinho às duas.
- Luísa, esses lápis não! Olha que te magoas.
- Isabelinha, já sabemos que há brincadeiras que só quando a mana não está ao pé.
- Amor, oh estás triste? Vamos para a mesa, então.
- Luísa, em cima da mesa em pé, não!
- Queres ir fazer cocó? Esses bicharocos malandros, pá.
- Luisinha, não abras a torneira. Não, outra vez não, já chega.
- Já vai passar a dor de barriga, meu amor. Amanhã vais estar melhor. A mãe dá festinhas.
- O piaçaba, não!
- Dá cá o papel higiénico!
- Vá meninas, lavar as mãos.
- Já chega de água. Boa.
- Luísa, conseguiste tirar toda a roupa passada a ferro da gaveta. Que chatice!!!
- Tens tantas coisas para brincar, porquê, porquê, porquê, meu Deus?!
- Não, beijinhos com a boca aberta, não. Isso, festinhas. Queridas, queridas.
- Olha que coisas mais lindas que eu aqui tenho. Adoro-vos.

(- David, a que horas chegas?)


DE NOITE
(não se fala muito para não acordar ninguém, nos parcos minutos em que dormem, mas o que sai são maioritariamente impropérios e lamentações, mais ou menos em sussurro ou dito apenas para dentro)

- Fartinha disto.
- Por que é que não estás a dormir ao lado dela? Assim demoras muito a chegar lá e ela grita e acorda a irmã!
- Coitadinha. Preferia estar eu doente.
- Isto sim é dose.
- Farta de dar mama.
- Raios partam.
- Quero dormir duas horas seguidas, por favor, Deus do céu!
- Vai passar, minha querida. Vai passar.
- Luísa, dormir.
- O balde e a esfregona!
- Sei lá eu! 
- O termómetro, onde está o termómetro?! Tem pernas?

O bronze que eu não tenho (nem terei nos próximos 4 anos?), a lingerie que eu não tenho, o branco imaculado que eu, com uma filha a vomitar, não teria. Mas a expressão que eu faço é mais ou menos esta. Sem o ar sexy.
Bem, afinal, devia ter procurado outra fotografia.

*fotografia weheartit




www.instagram.com/joanapaixaobras
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8.22.2017

Quero ser a Daenerys Targaryen!

As haters cabritas que estejam quietinhas com os spoilers que ainda tenho mais de metade do episódio de ontem para ver. Vá, sosseguem esses úteros marotos. 

Não consigo ver a Game of Thrones em paz, sem que a minha cabeça não se atreva a massacrar-me com pensamentos bastante possíveis - not.

Depois de ter papado todas as temporadas até aqui, todas elas com maior atenção do que aquela que dou, por exemplo, à minha pedicure, acho que já estou em posição de dizer que quero ser a Daenerys Targaryen e não por um motivo, mas por vários: 


- Pode estar perto daquele rapazinho que é o Jon Snow

Isto foi quando lhe disse tudo aquilo que tínhamos em atraso para tratar os dois. 

Digo isto porque ele tem ar de ser interessante. Parece ser alguém para ter muito perto. Mesmo muito perto. Mesmo mesmo muito muito perto. Mesmo, mesmo... Ela bem quer que ele se ajoelhe. Ele é que acha que é para ela ser a rainha dele, mas não. Ela sabe o que quer e como já ouviu dizer "You know nothing, Jon Snow", quer-lhe ensinar umas coisinhas giras. 

-  Em vez de ter bebés, teve dragões

Sabe pouco. Viram algum dragão com fralda? Viram? Algum a pedir mama? Incomodado por ter que arrotar? A dizer que não quer sopa? Pronto. 

- Fez sweet love com o Khal Drogo



Estava sujinho? Estava, mas não tinha bicho. Quer dizer, acabou por ter que acho que morreu com uma doença qualquer, não foi? Foi, porém, com uma ferida de batalha... Valentão que andou à lutinha e ficou com dói-dói. A mãe dá beijinho, dá... 

- É a não-queimada

Vocês têm a noção do jeito que isso daria para tirar coisas do forno? Ou para não fazer a figura de estúpida que fiz na semana passada quando pus óleo bronzeador na barriga e me tinha esquecido que ainda estava branca nos meus lindos abs por só ter usado fato-de-banho este ano? Khalessi ratolas. Pode estar ali de papo para o ar na boa enquanto o Inverno não chega sem se preocupar com que tipo de factor se besuntar. 

- Anda num dragão

Pode já não fazer amor há alguns episódios, mas ninguém me diz que andar em cima de um dragão não terá os seus encantos. O Lanister disse-lhe para ela não ir que podia falecer e o que é que ela fez? Foi na mesma! Não podia era dizer: "ah, tu és a mão da rainha, mas como não somos íntimos ao ponto de me poderes tratar de outros assuntos, uso o meu dragão de surra!".

- Dracarys!

Hoje esmifrei o forno até mais não a fazer pescada com batatas e vegetais para a Irene, banana assada e vegetais para mim. Era só um Dracaryzito como quem não quer a coisa e aquilo ficava tudo pronto e sem radiações. Sinto que os dragões não estão a ser aproveitados como deve ser.

- É sexy só com as axilas de fora



Brincamos ou quê? A Daenerys sabe que não abundam gilettes por ali e, por isso, pensou: mais vale escolher aqui umas roupas que me escondam as pernas e como tenho de andar de dragões e ainda não vi ninguém com soutiens, vou pô-las aqui bem apertadinhas. Não sei como fará para rapar as axilas, mas talvez tenha sempre os braços para baixo que era o que eu fazia quando ainda não tinha tido coragem para pedir à minha mãe para me comprar uma e usava a dela ocasionalmente às escondidas. 

- Não tem de fazer raízes!!

Não sei como é que a Shakira lida com isto, mas ela está claramente numa posição de vantagem. É óbvio que não é tão loira assim, mas não há cá raízes para ninguém. 

- Fala Valeriano

Parece-me uma excelente opção sempre que quiséssemos mandar alguém fazer algo à quinta pata de algum mamífero de grande ou médio porte. 

- Está apta para instagram por causa das trancinhas-mete-nojo

Não sei se é a Missandei que lhe faz aquilo (ela tem que fazer qq coisa já que o Verme poderá não ser muito produtivo muahah), mas temos aqui uma instagrammer in the making. Não tarda já está a aceitar coisas da Forever 21 e a usar o #ootd que me partiu a cabeça toda durante meses por não saber o que era até que me lembrei de ir ao Google e é: outfit of the day. 

É só isto. 

Obrigada. 

Boa noite. 


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8.21.2017

A minha filha não diz nadica de nada.

Se fosse filha de primeira viagem, ai se fosse filha de primeira viagem, já teria ido com ela a uma terapeuta, a um otorrino, à bruxa, mandar lançar os búzios, para ver se estava tudo bem. 

Mentira. Com a Isabel sempre fui muito do relax também, no que aos timings de desenvolvimento dela dizia respeito. Nunca tive grande pressa para nada. Via-a feliz, não notava problemas ou dificuldades à primeira vista e esperei sempre. Andou bem mais tarde do que a prima - que tem um dia de diferença -, que começou aos 9 meses. Ela lá começou aos 15 (? confesso que não me lembro) mais que a tempo e super confiante. Quando foi, foi. Não tive de lhe sacar das mãos nem empurrar para que andasse sozinha. Quando reuniu tudo no cérebro dela e se sentiu confiante, deu os primeiros passos.
Com a Luísa, vou notando algum desejo em algumas pessoas de que comece a falar. (avó Béu, estás aí?) "Então ainda não diz nada?" Não. "Mas já não devia dizer?". Devia, devia recitar já. Calma. Tem 14 meses.

Diz olá - há alguns meses; diz uma espécie de "adeus" - adê; diz "dá". E é isto. Disse "mamã" uma ou duas vezes até hoje e - giro - foi quando o pai a tentava adormecer. "Estou em apuros! Não quero este a adormecer-me! Mamãaaaaa!!!" Espertinha. Já disse qualquer coisa como "papá", mas nada muito consistente nem repetido. 

E então?! 

Vamos a ter calma. Nem está a ser pouco estimulada, nem está atrasada ou é preguiçosa (e se for, terá ajuda, a seu tempo). É a Luísa. E a Luísa é uma macaca, adora trepar tudo, dança muito, é muito física e deve andar mais concentrada nessa área. Um dia destes, começa a disparar palavras que nunca mais cala.
É verdade que já percebeu que apontando e fazendo "aaaaa" quando estamos a beber água, terá água. Ou que quando não quer algo, agita a cabeça como quem diz não. Aponta para a fralda quando tem cocó. Procura-me quando quer maminha e aponta, escolhe que mama quer. Corre, pede colo, pede comida com gestos e estalidos. Quando se magoa, aponta para a zona que magoou e faz um "oh" e dá um beijinho e pede um beijinho. E lá nos vamos entendendo.

Porque acho que a estimulo o suficiente?

Porque, apesar de me recusar a não lhe dar os objectos pretendidos sem que ela os tente nomear - como já vi várias pessoas sugerirem,
  • canto para ela
  • quando aponta para algo, nomeio sempre o que ela quer; aliás, faço disso quase um jogo, com os objectos na mão: queres a taça? ah! queres água?! Á-G-U-A
  • digo as palavrinhas bem ditas e não como ela diz "adeus" é "adeus", não digo chicha nem nada do género (apesar de usar, além de "carro", "popó", com a Isabel, e "memé", e ela saber muito bem dizer "carro" ou "ovelha"). 
  • falo bastante com ela, explico-lhe o que estou a fazer e o que vou fazer, ou como me sinto
  • deixo-a ver videoclips infantis e ouvir músicas infantis 
  • conto-lhes histórias (só agora consegue ouvir uma até ao fim, ao contrário da irmã, que ficava atenta desde os 8-9meses).

Como a Isabel, mesmo estando na escola desde os 6 meses, não foi muito mais precoce que a Luísa a falar, não me preocupo mesmo nada. E agora é uma gralha e expressa-se bem, faz frases grandes e condicionais, usa palavras como "experimentar", por exemplo, o que para 3 anos não é nada mau. Também diz "mais maior" e coisas do género, claro. Tudo normal. :)


Por isso, gente que anda para aí a remoer-se toda por dentro porque os filhos ainda não falam, muita calma nessa hora.

Se acham que já ultrapassam o intervalo de tempo expectável, então sim, não perdem mesmo nada em procurar a opinião do pediatra e de um terapeuta da fala (ou se, até aos 3 anos, além de não falarem, não engolirem sólidos, ninguém entender o que dizem, babarem-se excessivamente, gaguejarem muito, aqui como eu, entre outras coisitas*). Às vezes mais vale excesso de zelo e detectar algum problema numa fase precoce, porque mais facilmente evoluem, do que esperar pela escola para resolver.

Susana Cabaço Fotografia
Site aqui.

Roupa Zippy 


*não sou terapeuta da fala nem nada que se pareça, é só informação que fui lendo.

 
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8.20.2017

Nunca pensei que fosse assim!

Estou a ficar irreconhecível, ahah. Não me alongo muito mais no texto e vão perceber porquê quando clicarem no vídeo :)



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8.18.2017

Chorei com aquela avó de prematuros.

Os netos gémeos da F. já nasceram, antes de tempo, ainda antes de completarem os 7 meses. Estão ali, agarrados à vida, a batalhar há três semanas. Cada etapa, cada conquista (e alguns percalços e muitas incertezas). Notava-se que estava muito combalida, preocupada, cansada e, após algum tempo, ficou com os olhos cheios de lágrimas, a voz a falhar. Não aguentou mais. Nem ela, nem eu. Dei-lhe um abraço e tentei passar-lhe força. Conheço muitos casos de sucesso. Muitos mesmo. Lembrei-me logo do caso do Nós e as Marias, que nasceram com meio quilo, e deste fantástico texto que publicámos aqui. E é nesses casos que temos de pensar. Apesar de não ser fácil...

Hoje apercebi-me do sofrimento de avó. Sofre pelos filhos e pelos netos, sem poder estar sempre por perto. Sofre longe, com o coração lá.

Hoje apercebi-me de que passamos muitas vezes a gravidez fartinhas e ansiosas (nunca foi o meu caso, por acaso), mas nem pensamos bem no importante que é eles ficarem cá dentro mais tempo, até ao fim e no quão imaturos nascem, mesmo ao fim de 40, 41, 42 semanas. Nem nos lembramos da luta que muitas famílias travam quando isso não acontece. A incerteza, aquelas caixas, o colo que não podem dar a quem mais precisa, os tubos, as picadas, as aspirações, o regressar e ver uma casa vazia, o cansaço e o medo. O nascimento de um bebé devia ser sempre motivo para felicidade e não de dor e de medo da perda ou de sequelas.

Hoje apercebi-me de que não basta ficar aqui a sentir-me triste por estas famílias e por estes bebés. Há coisas a fazer para minimizar todo o sofrimento destas famílias.

  • Esta avó disse-me que o filho e a nora estão nas casas da Fundação Ronald Macdonald (para quem não sabe são "casas longe de casa" para os familiares de crianças doentes, que precisam de cuidados permanentes ou ambulatório) - já tínhamos falado sobre a fundação aqui e dado a conhecer como podemos contribuir: financeiramente ou com presentes solidários como bonecas de pano, almofadas, peluches, estojos (agora para o regresso às aulas, por exemplo!).

  • Perguntei-lhe também se os netinhos já tinham os polvos, que são uns polvos feitos em croché, 100% algodão, de que os prematuros gostam muito, por ajudarem a simular o ambiente no útero, onde tinham o cordão umbilical e que os ajudam a sentirem-se mais seguros (parecem fazer aumentar os níveis de oxgénio no sangue). Já tinham e a avó tinha aliás ido comprar linha para enviar para que se pudessem fazer mais polvinhos para mais prematuros. Esta iniciativa é fantástica! Vejam aqui no grupo Polvo de Amor ou na página Migos como podem colaborar, seja com material, seja a fazerem os próprios polvos. 
(Este projecto nasceu em 2013 na Dinamarca, projecto OCTO, 
que já distribuiu mais de 26 mil polvos!!!!).


Nós e as Marias

 
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8.17.2017

Estivemos em Barcelona e acontece isto!

O meu post sobre os nossos dias em Barcelona, felizes, em família, a comer gelados na rua, deitados na relva, a comer umas tapas numa praça, a caminhar, a caminhar, a caminhar - nunca usámos transportes públicos, excepto para o aeroporto - andava aqui a marinar. E agora acontece isto? Estivemos ali, mais acima ou mais abaixo. Estivemos por ali a viver dias felizes, a passear e a sonhar, com o presente, com o futuro, a construir memórias e a sermos uma família. Apanhámos chuva e partilhámos o arco do triunfo com desconhecidos, um senhor ajudou-nos uma vez a descer escadas com o carrinho, trocámos sorrisos com uns avós e uns netos, uma senhora meteu-se com a Luísa, que dava os primeiros passos mais consistentes na Barceloneta, o rapaz da gelataria respondeu-me em português. Vi amor por todo o lado, vivemos amor. A Luísa dormiu no meu colo, a Isabel deixou-se levar pelo sono, descansada, numa daquelas ruas, abraçámo-nos muito. E hoje, ali, viveram-se momentos de horror. O medo não nos pode limitar, não nos pode fazer temer, mas bolas!, morreu ali muita gente. Pessoas como nós. Pessoas que poderíamos ter sido nós, tivessem estes extremistas terroristas decidido atacar um mês e picos antes.

Para quem ainda não viu o que aconteceu, uma carrinha atropelou várias pessoas no centro de Barcelona, nas Ramblas. A polícia confirma 32 feridos e um morto, o jornal El País fala em 13 mortos.
Vi numa imagem uma criança no colo de uma pessoa, pedi para que fosse sua mãe e para que estejam os dois bem. Que os feridos recuperem rápido.

E mais AMOR por favor.




 
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Cabeça de gorda.

"Segunda-feira é que é.". 

Segunda-feira

Pequeno-almoço: Panquecas de banana e aveia. Bebida de amêndoa feita no domingo para começar tudo em ordem. 

Almoço: 
Uma cenoura, um ovo cozido e muita água.

Lanche: 
Um queijinho e uns morangos. 

Jantar: 
Sopa

Ceia: 
Dois litros de gelados do Santini e três donuts. 


"Ah, hoje nem correu mal, foi só à noite, mas para começar não faz mal"


Terça-Feira

"Ontem fiz asneira, hoje tenho que me portar bem".

Pequeno-almoço: Copo de água com gotinhas de limão.

Almoço: McDonalds

"É só hoje, para me despedir"

Lanche: Ucal

"Podia ter comido uma torrada e um bolo de arroz e não comi, por isso, até me portei bem". 

Jantar:
Sopa

Ceia:
Uma fatia de fiambre de perú fumado. 

Quarta-Feira
"Hoje vou ao ginásio que alimentação sem exercício físico..."

Pequeno-almoço: 
Panquecas de banana e aveia.

Treino

"Também não tenho de começar já a sério... começo devagarinho..."

Pós treino: 
Caixa de Kinder Surpresa em barrinhas na bomba de gasolina. 

"Porque eu mereço" .

Almoço: 
Lasanha
Mousse de chocolate

"Foi só hoje, nunca há disto aqui no refeitório da empresa"

"Segunda-feira é que é". 

... 

QUE NERVOS! 


8.16.2017

"Não quero ser pai velho"

Não estava à espera de ouvir isto da boca do meu irmão Pedro. Estávamos a falar sobre o que ele planeava para si e quais os seus timings e disse que não queria ser pai tarde. Antes cedo e muito mais cedo do que eu estava à espera. Desde pequeno que é muito sensato e esta conclusão decorria facilmente das premissas. Ele pensa bem e sente bem, ele lá sabe. 

Talvez um pouco inspirada por ele e inspirada também por um casal que encontrei neste mesmo jardim há uns dias: decidi trepar com ela. Em vez de ficar a vê-la (e cheia de medo que caia), aproveitei o facto de não ser "mãe velha" e dela estar numa fase aventureira. Achei que ia ser giro para as duas e foi.

Muitos de nós tomam a decisão ou verbalizam que querem ser "pais cedo" para não serem "pais velhos", mas depois pouco aproveitamos. Aproveitar é isto. 

A única diferença (expectável) entre um pai "novo" e um "velho" é o trepar ou nem por isso. 

Trepei.

Ser mãe ou pai velho claro que está na saúde, mas está na cabeça. Isso acima de tudo.

Aproveitemos. Por eles e por nós. 



 




 







 



 




 

Saia da Irene - Tuc-Tuc

Colar - Goda

Jardineiras - Pura
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8.14.2017

BEST OF Férias! Já acabaram! Snif snif

Foram umas férias em cheio, repartidas pelo país. Sem grandes luxos, sendo que é um luxo poder passear, conhecer sítios lindos e estar com a nossa família, com amigos e, mais importante ainda, com saúde. Apesar de gostar de abrandar o ano todo, não há como as férias para nos ouvirmos a todos melhor, para ter tempo para tudo e para nada, para olhar o mar, viver a serra, conhecer terras e terriolas, dançar num bailarico da aldeia, comer uma caracolada, uma sardinhada, ficar quase até ao pôr do sol na praia... Claro que com filhos há birras, há cansaço e gritaria, há noites mal dormidas à mesma (ahah), mas há tudo o resto que compensa. Muitos abraços, muitas cócegas, muitos beijos e muito amor. E açúcar das bolas de berlim nos queixos. Tão bom!

Estivemos: 
[Cliquem nos links para irem vendo mais imagens]

- uma semana no Algarve (Fuzeta) com o avô Fernando

- uma semana em Azeitão, em casa da Susana, e nas praias da Arrábida

- uns dias em Évora, em casa dos avós, com passeio por Monsaraz

- e o resto em Santarém, em casa, com ida até aos Olhos d'água (praia fluvial)


Do que mais gostei?
  •  de termos tido uma cicerone que nos mostrou a serra da Arrábida e nos acolheu
  • de termos aproveitado para estar com os avós das miúdas
  • de não me ter preocupado com as sopas das miúdas, levei da BebéGourmet
  • de me ter marimbado para maquilhagens e vestimentas (excepto no casamento da minha melhor amiga)
  • da casinha no algarve, da Fuzeta, da Armona e da Praia Verde
  • dos ponchos hiper-práticos das miúdas, de cada vez que saiam da água, da Gordinhos
  • de ter ido até à praia sem as miúdas ouvir o silêncio e namorar
  • dos petiscos e das bolas de berlim (agora fechar a boca imediatamente!)

Se estão preguiçosas ou têm mais que fazer do que clicar em mais links, fica um resumo em imagens:

[Suspirei fundo só de rever isto tudo]

Susana Cabaço Fotografia
Site aqui.




A Susana

Os tais dos ponchos

Na Armona com o avô

Com os amigos

O meu maior descanso nas férias

Banhos na rua

Pés descalços

Foram as primeiras "férias a sério" para a Luísa



No dia de praia só a dois (aproveitei para ler o livro Viver Devagar)

Manas

Avô



A tentar

Fins de dia

No casamento


Em Monsaraz, com vista para o Alqueva

Gordices em Setúbal

Num restaurante que decobrimos ao acaso em Setúbal (Tasca do Largo) muito fixe

Babywearing na piscina e em todo o lado



 
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