7.07.2017

I'm back, bitches!

Ahhhh, dou por mim muitas vezes a dizer que "não gosto" porque não posso e não quero ficar aborrecida. As sextas-feiras têm sido da Irene com o pai e, pela primeira vez, vou voltar a poder fazer parte de um evento do meu trabalho fora de horas. 

A Irene estava habituada a que fosse sempre eu adormecê-la e a readormecer com mama. Agora que já dorme a noite toda e que, inclusive, já dorme em casa do pai, a minha noite, hipoteticamente, poderá ir além das 23h (que é quando começo a babar o sofá). 

Comecei a aperceber-me aos poucos que o Super Bock Super Rock ia acontecer também à sexta e pensei: "nãaaa, vou a um festival?". Acho que a última vez que fui terá sido mesmo o Super Bock, ainda no Meco (2012), a fazer reportagens para a SIC e no ano em que conheci o Frederico - acabaram-se os concertos e festivais a partir daí. 

Sabem o que me apetece dizer? I'm back, bitches!

Os festivais não são de todo a minha onda: não gosto de multidões, de confusão, nem percebo muito bem o conceito de um concerto assim para massas (aprecio muito mais showcases), mas o simples facto de poder ir torna-se... algo perfeitamente desejável para mim. 

Parece que o tempo voltará uns 6 anos antes, quando sentia que ainda não sabia o que o futuro me reservava e onde o tempo, apesar de me pesar por ser ansiosa, não mandava tanto em mim.

Vou ao Parque das Nacões para ver uns concertos (não oiço metade do cartaz, vou ter que me educar até lá), mas sabem que mais? Eu posso ir e vou!

Hoje soube que, de acordo com a Medicina Tradicional Chinesa, o nosso corpo precisa de, pelo menos, 3 anos para recuperar do trauma do parto e gravidez. 

Não é só o corpo babies... somos nós por completo. 

Quem vai ao Super Bock? :)

Já agora, deixo-vos aqui o meu directo preferido desse Super Bock e as extensões que me favoreciam o focinho, apesar da roupa ter acentuado em demasia o facto de eu ser roliça: 



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Estamos de férias! (mesmo que sejam só 4 dias)

Estamos a uma hora de Barcelona, no Mas Falet. A convite da Bébéconfort, viemos ao lançamento de um novo carrinho, o Nova, (depois conto-vos tudo sobre o novo carro) e viemos aproveitar para conhecer esta zona da Costa Brava e dar um pulo até Barcelona. O hotel onde estamos alojados é estupendo e, apesar de já termos chegado quase à noite, ainda deu para dar um mergulho na piscina, antes de jantar. Estamos cá com a Maria Ana Ferro, do A Mãe já Vai e com a Mariana Alvim (RFM) e alguns dos filhos (ah ah, dito assim é estranho, mas elas têm 3 cada uma). 
O voo correu estranhamente bem, a viagem de autocarro também não foi má, apesar de extensa, por isso não me posso queixar mesmo nada destas miúdas, que têm uma capacidade de adaptação imensa. 

Fotos, fotos:






Fatos de banho Summer Factory













Hoje vamos até Barcelona, depois hei-de fazer um post com dicas para a cidade. Se tiverem sugestões, venham elas!

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7.05.2017

Não tenho dinheiro.

O dinheiro não estica, é verdade. A vida não está fácil, também é verdade, mas dei por mim a aperceber-me que gastava muito do meu dinheiro em "trampa". Aqueles momentos em que achamos que tudo na loja do Tigre (coff.. coff..) é muito barato e acabamos por comprar um piaçaba, um tampão com motivos infantis e meio candeeiro de plástico a 50 euros.

Reparo que assento muito da minha vontade de me sentir bem em comprar "coisinhas". Seja mandar vir umas camisolas da Zara sem precisar ou de comprar uma vela na Zara Home (calma, não estão a pagar o post - mas deviam) ou comprar uma agenda nova de 50 euros (aconteceu). 

Isto sou eu. Provavelmente a esconder um buço por fazer porque "não tenho dinheiro". 


Em vez disso, estou a privar-me de, talvez: 

- ter poupanças - seria interessante poder ter um "pé de meia" para não me arrepiar sempre que me lembro que é mês de pagar o condomínio 

- ter menos merd* cá por casa - a quantidade de porcaria que tenho por aqui, brinquedos perfeitamente desnecessários para a Irene e mini porcarias sem utilidade. Não quero nada um corta ovos, que parvoíce! Corto o ovo com uma faca, para quê tanta mariquice?

- viajar nas férias - poder pegar em mim e na Irene (e, se calhar na Susana) e irmos a Londres, Paris, Espanha... Fazer coisas "em grande" que me preencham mais do que apenas comprar e "enfiar na gaveta" (sei que esta expressão também tem algo que ver com cuecas e rabo, mas decidi manter). 

- comprar cortinados - ando sempre a dizer que não tenho dinheiro, que é caro e, se calhar, com tanta trampa, já tinha os cortinados e até uma pessoa para mos abrir e fechar quando fosse preciso. 

- ir à manicure e pedicure e não sei quê - "não tenho dinheiro para isto", se calhar até tenho! Ando é a gastar em coisas que me façam sentir menos bem tipo um pedacinho de relva artificial dentro de um vaso de plástico que está aqui a enfeitar-me a secretária e que os meus gatos adoram roçar o esfíncter nela - já valeu a pena por eles. 

Sei que não vou conseguir abdicar de tudo, mas vou "deixar-me de merdas" e tentar aproveitar o que já cá há em casa. Se me organizar melhor no armário, provavelmente até tenho mais roupa para usar em vez de andar a comprar mais "básicos" a 3 euros por serem baratos. 

Vá. 

#adeixarmedemerdas

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8 dicas para ser tudo mais rápido e ganhar tempo!

Agora que sou mãe "sozinha" ou divorciada, ou lá o que é...  Tenho ainda mais vontade (e necessidade) de encontrar maneiras de tornar tudo mais "descomplicado", de ser mais produtiva, para não perder tempo com "coisinhas" e poder aproveitar a filha, as manhãs, as tardes com o mínimo de drama possível. 


1- Escolher a roupa no dia anterior (a minha e a dela). 

A Irene escolhe a sua própria roupa - dentro de alguns limites como, por exemplo, estar adequada à temperatura - e isso, de manhã, com pressa, pode ser uma dor de cabeça e motivo para birra de parte a parte. Com calma, incluir a escolha da roupa do dia seguinte na rotina de deitar. Negociar com calma, estando as duas mais pacientes. No dia seguinte, relembrando que foi ela a escolher, em princípio, aceita tranquilamente. 

2- Ter várias frutas já arranjadas e separadas por tupperwares de vidro. 

Adoro coisas que organizem coisas como tupperwares. Se forem de vidro, fica mais fácil (e bonito) ver o que está lá dentro. Claro que há muita fruta que oxida, mas nada nos impede de termos duas frutas sempre prontas no frigorífico para colorir o pequeno almoço ou para a sobremesa do jantar. "Costumo" ter melancia ou manga sempre arranjadinha. 



3- Purés de fruta bio. 

Uma das grandes descobertas que o Frederico e eu fizemos foram os purés 100% fruta e bio. Além de darem para esconder xaropes quando necessário, são super fáceis de comer e de dar e são fruta que podemos transportar tranquilamente para qualquer lado. 

4- Convidar a estar presente durante a preparação das refeições.

Mais do que estarmos constantemente a sermos chamadas para ir à sala, propor uma actividade que envolva a preparação dos próprios alimentos ou "porque é que não trazes para aqui o piano e tocas ao pé da mãe?". Já todas nos habituamos ao chinfrim, digo eu. 

5- Ter uma rotina clara. 

Há que haver excepções, mas estas não podem competir com a frequência das regras. "Raramente" são as excepções, "quase sempre" são as regras. No meu caso, facilita muito que a Irene não questione a ordem das coisas, por serem, desde sempre, as mesmas: não há brincadeira depois do jantar, é imediatamente xixi, lavar dentes, maminha, ler e cama (às vezes é um livro, outras vezes dois, às vezes não há...). 



6- Estar focadas só nele quando é para os deitar ou arranjar. 

Muitas das vezes demoramos o triplo do tempo por estarmos a fazer quatro coisas ao mesmo tempo. Para mim resulta mais ir por fases. Primeiro eu, depois ela. Há menos lugar para dispersões e mais foco. 

7- Não mexermos no telemóvel às refeições. 

Sim, também adorava que fosse mentira, mas não. Acontece. Se estivermos atentas à refeição, vai tudo "mais rápido" e ainda temos mais tempo para conversar com os nossos filhos em vez de os deitarmos e sentirmos "que nem tivemos tempo". 

8- Reconhecermos as emoções deles. 

Perceber que se acordam birrentos é porque têm sono. Um abraço e compreensão, além de serem carinho, poupam-nos imenso tempo a curto, médio e longo prazo. Se não lhes apetece jantar, o mais provável é ser porque não têm fome, siga! 


Fotografias: The Love Project 

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Pais, dêem mais espaço ao brincar!



O amadurecimento do sistema nervoso e os estímulos ambientais permitem que o bebé, ao longo do primeiro ano de vida, adquira um progressivo domínio do seu corpo e se comece a relacionar com o meio que o rodeia. Esta fase é muito importante para o desenvolvimento psicomotor.

A estimulação precoce nos primeiros anos de vida do bebé é fundamental para o seu desenvolvimento e nesta fase é a família que tem um papel mais importante. Verifica-se, por variadas razões, que os pais têm menos oportunidade de tempo para interagir e brincar com as suas crianças. Desta forma é muito importante que a família brinque e interaja com o seu filho, proporcionando um meio rico e diversificado de experiências para que este aprenda e se desenvolva de uma forma harmoniosa. Os pais devem conhecer e experienciar o desenvolvimento psicomotor e efetivo-emocional dos seus filhos respeitando seu ritmo individual e propiciando o desenvolvimento das suas potencialidades/capacidades.

Como cita Brazelton, “os estados de desenvolvimento são particularmente importantes para a compreensão da interação na infância, uma fase em que as necessidades e as capacidades se alteram muito rapidamente”. Em especial os bebés prematuros necessitam de uma especial atenção através de experiências psicomotoras adequadas às suas necessidades, para que consigam atingir adequadamente a maturação do sistema nervoso central.

Por outro lado, surgem no mercado inúmeros materiais de apoio à infância como cadeiras e outros apoios para posicionamento das crianças cada vez mais variados e sofisticados. Alertamos para o facto de que, se as crianças se limitarem a todos estes apoios, que reduzem a exploração do espaço envolvente e o brincar, pode resultar num impedimento ao desenvolvimento adequado. Por esta razão, deve-se colocar a criança num espaço amplo e seguro para que esta explore o ambiente que a rodeia, promovendo desta forma o rebolar, rastejar, gatinhar e a marcha.

É no brincar organizado e estimulante que a criança se torna mais autoconfiante e criativa, ou seja, ganha as competências necessárias para lidar com os desafios do dia a dia. Devem então os pais serem incentivados a brincar com os seus filhos de uma forma conhecedora da respetiva etapa de desenvolvimento, proporcionando um brincar direcionado para a aquisição de competências.

Fisioterapeuta Maria João Mendes
Terapeuta Ocupacional Sandra Nobre

Colaboração:
Happy Move


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7.04.2017

Sou uma vergonha de blogger.

Sou blogger. Sem vergonhas de o assumir. A premissa é simples: tenho um blogue e esse blogue chega a muita gente (ir ao Colombo neste momento é uma experiência giríssima - estranha mas boa, porque me sinto acarinhada -, onde a cada esquina há alguém que nos vem falar e que sabe os nossos nomes e que diz que a Luisinha é mais pequena ao vivo). Ainda para mais, não tendo mais nenhuma actividade profissional, neste momento, é isso que sou: blogger. Sem preconceitos. Sou outras coisas: mãe, mulher, filha, amiga, cantora de banheira...

Prefiro achar que inspiro algumas pessoas (e receber mensagens e emails de pessoas que nos contam as suas histórias, desabafam, nos sentem como pessoas de confiança), do que ouvir aquele termo muito em voga: influencer. Mas não fujo a ele. A verdade é que influencio. Ainda hoje recebi um email de uma marca que me dizia que tinha esgotado as peças, depois da minha publicação (se calhar também só tinha duas ahah). O consumismo que nós, pelos vistos, estimulamos - e que tantas vezes me põe a pensar - não tem de ser mau, desde que com moderação, como em tudo na vida. 

Eu e a Joana não somos propriamente fashion experts nem it girls, não vendemos uma vida de sonho, nem férias de luxo, não temos sempre o último grito das tecnologias para vos mostrar, nem somos propriamente boas nos DIY, nem em trabalhos manuais, nem em receitas de cozinha. Mas temos vidas comuns, aspirações comuns a tantas outras, um amor imensurável pelas nossas filhas, cansaço que nos faz latejar as têmporas e algum sentido de humor para encarar tudo isso e a vida, no geral. Temos princípios e barreiras que não transpomos e, por isso, ainda me custa quando nos dizem que nos vendemos, "como as outras", porque não sabem da missa à metade nem da publicidade e convites que já recusámos no blogue, por querermos que ele continue a ser a nossa casa, respeitada por nós e por quem nos lê (sendo que, cada um faz o que entender do seu espaço, ora essa!). 

Não vamos a muitos dos eventos para os quais nos convidam. Sem desprimor para os eventos, para as agências ou para as marcas: é o nosso tempo que está em causa, a nossa disponibilidade (a Joana Gama trabalha, eu tenho duas filhas e vivo em Santarém), mas também alguma falta de jeito/ desajuste (?). Ou de, depois de calculado o custo-benefício, não haver grande dividendo. E eu até gosto de ir a eventos, regra geral. Se me pagarem, gosto mais ainda. (ahah) Como sou sociável, se a(s) marca(s) me interessar(em), se achar que me vou divertir, conversar e sair da rotina (que bom que é falar com adultos - quem está em casa com crianças, compreenderá), mas não o faço muitas vezes (ou não tantas como se calhar devia, sei lá, se calhar faz mesmo parte do pacote).

Hoje fui à apresentação da Hawkers, uma marca de óculos espanhola que está a fazer o maior sucesso. Fui porque tinha de ir a Lisboa, mas também porque adoro os óculos, a Isabel já tinha uns e achei giros e bons (e agora atenção porque têm parceira com a Imaginarium), porque achei que me ia divertir (consegui convencer o Renato a ir connosco e é sempre um pagode - ele é um ramboieiro) e reencontrar gente fixe.

Gostei, foi muito giro mas não estaria a escrever este post se não tivesse acontecido por lá algo bastante embaraçoso para mim. Estava eu a degustar um belo de um almoço - nessa altura o Renato já estava a tomar conta da Luísa, por isso nem lhes posso apontar o dedo - quando deixo cair vários pratos e copos de uma mesa ao chão. Nem sei bem como fiz aquilo. O maior chinfrim seguido de um silêncio ensurdecedor. Eu de cabeça baixa. Nem consegui encarar ninguém, só pensei: não posso sair de casa. O Arrumadinho diz algo como: - não te preocupes, ninguém ouviu nada, foi super discreto. Ahahah 

Sou uma vergonha de blogger? Se calhar sou.
- vou a poucos eventos
- não conheço as agências
- não sou boa a memorizar marcas
- não tenho muito tempo para responder a muitos dos emails/mensagens que as leitoras amavelmente nos enviam
- não faço as unhas nem a depilação tantas vezes quanto gostaria e às vezes ando nuns preparos terríveis nos stories do instagram
- sou chata com a publicidade que entra no blogue
- parto a louça toda nos eventos, literalmente

Vocês continuam a gostar de cá vir, a marimbar-se para os meus pêlos nas pernas, a partilhar posts e a dar-nos a conhecer a mais e mais gente? É o que verdadeiramente interessa.
Obrigada













E desculpem lá esta reflexão. Deu-me para aqui hoje.

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7.03.2017

Porque é que os sapatos não têm todos o mesmo tamanho entre marcas???????

Ando-me a passar com a questão dos sapatos! Por que diferem tanto de umas marcas para as outras? Nem sempre quero ir com a miúda experimentar sapatos quando posso comprá-los e ando sempre num "vai para lá e para cá" para ver o que serve. Há outros em que depois já não "me apetece" e ficam ali a marinar porque posso dar a alguém e depois há os outros que tiramos a etiqueta cedo demais como foi o caso destes.

Irrita-me também solenemente não conseguir saber o quão grandes lhe estão os sapatos, visto que muitas vezes o sapato não deixa sentir os dedos dos pés... 

Há por aí truques? 

Desejosa que calcemos o mesmo número, eheh. 












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Troquei de número de telefone com um motorista da Uber.

Ando, pelo menos, 4 vezes por semana de Uber e durante 15 minutos para cada viagem. Dá para tudo um pouco, até para trocar de número de telefone... 



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Vais ficar viciado no colo.



Vais ficar viciado no colo. Na mama. Nas minhas mãos que te confortam até adormeceres. Nos meus beijinhos pelo corpo todo logo pela manhã. No facto de assim que choras eu pegar em ti e mostrar-te que estás em segurança. Em adormeceres na nossa cama de madrugada quando tens noites mais agitadas. É isto que me dizem de ti, filho. Que tens um mês de vida mas já tens manha, que sabes manipular-nos a fazermos o que queres. Que vais ser uma criança dependente. 

És o meu primeiro filho, não sei se estou a fazer tudo bem ou tudo mal. Estou a fazer o melhor que sei. A seguir o meu instinto. Aquilo a que já quase ninguém dá importância. Preferem regular-se por horários, biberons, regras estipuladas e choros constantes. Eu prefiro seguir o amor. Porque dar-te colo quando choras, alimentar-te quando queres e mostrar-te que estás em segurança quando acordas no meio da escuridão e do silêncio, é fazer-te crescer com amor. E o amor é a base de tudo. Pelo menos de tudo o que está certo. É a base de uma infância feliz, das hormonas que te dão leite, de uma família equilibrada e de adultos conscientes e humanos. É o amor que vence sempre. Qualquer luta ou batalha, qualquer medo que se atravesse à nossa frente. 

Fala-se tanto de traumas de infância, de adolescentes rebeldes, de psicoterapeutas para resolver problemas psicossomáticos, de dizer sim ou dizer não. Mas continuamos a cruzar-nos com pessoas que assim que olham para nós decidem aconselhar “não o habitue ao colo”, “deixe-o acalmar-se sozinho”, “não lhe dê mama sempre que quiser, senão não quer outra coisa”, e tantas outras barbaridades. Pais que se queixam de não compreender os filhos, mas que os deixam horas a chorar no berço ignorando completamente os pedidos dos mesmos. Que fazem cursos pré-parto, pesquisam todos os sites possíveis, lêem todos os livros sobre bebés, mas ignoram tudo porque a vizinha lhes disse que as teorias estão todas erradas.

Não sei se tens manha, se me manipulas, se já vens ensinado, se nunca mais vais adormecer sozinho ou aos dez anos ainda vais queres passar a madrugada na minha cama. Mas sei do que precisas agora. Do que me pedes. Do medo que tens do escuro e do silêncio. Do colo que te faz já sorrir para mim. Do amor que tenho para te dar e da segurança que me exiges. É por isso que vamos ignorar o mundo à nossa volta e crescer os dois no que é certo para nós, no que nos faz felizes, com ou sem manha, mas com muito colo pelo meio.





Joana Diogo
A Joana escreve no O que vem à rede é peixe
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