5.26.2017

Não fui mãe aos 9 meses de gravidez, fui ao décimo mês da minha filha.

Quando fui mãe, vivi os primeiros dias de forma tranquila e feliz. Apesar das dores, apesar da subida do leite dolorosa, apesar dos receios e de nem sempre perceber o choro da minha filha e de não saber bem como acalmá-la. Sentia-me plena, com força e amor. Sentia que tudo aquilo tinha um propósito e, acima de tudo, estava a vivê-lo com o melhor pai do mundo ao meu lado, a pessoa mais talhada para a paternidade que eu conheço. Ríamo-nos muito, o que tirava uma certa pressão de todos os momentos menos bons. 

Digo-vos quando é que a ficha me caiu mesmo e quando senti um abanão que me tirou o chão: quando o David foi trabalhar, uma semana depois. Senti-me sozinha, desamparada, triste, muito triste. Cheguei a sentir que era uma criança a tomar conta de outra criança. Chorei copiosamente, senti solidão. Como era possível? Ter acabado de realizar o maior dos meus sonhos e não estar a usufruir daqueles momentos em pleno? Sentir-me orfã... nem sei bem explicar. E atenção que tive a sorte de ter a minha avó em casa naquela segunda semana, que me lavava os bodies cheios de cocó e me fazia a sopa (imagino quem não tem nada disto e quem se vê sozinha, sozinha a todos os minutos e a todas as horas...). Não fui mãe quando a minha filha nasceu, ao 9º mês de gravidez, fui ao décimo. Foi nesse primeiro mês que comecei a perceber as dificuldades e a superá-las, a derrubar mitos e a crescer como Mãe. Foi naquelas manhãs em que não conseguia tomar banho nem tirar o pijama, foi naquelas tentativas de passeio em que me esquecia sempre de alguma coisa fundamental (quem é que se esquece de fraldas?!), foi naquele dia em que já tinha tudo pronto e que ia finalmente chegar a horas ao combinado e ela me faz um cocó que saiu por todo o lado, parede inclusivé, enquanto a trocava. Ou quando ela chorava no ovo e eu parti uma unha a tentar fechar a porcaria do carrinho. Ou de quando caí nas escadas com ela no ovo e malas e torci o pé (e acabei nas urgências). E as dores a amamentar que me faziam dar uma volta de 360 graus à cabeça qual exorcista? E aquelas perguntas do "o que fazes o dia todo" vindas de gente que obviamante não é mãe/pai ou então teve um nenuco em vez de um bebé com necessidades a toda a hora? E aquelas fomes loucas que nos fazem encher a cama de migalhas e atacar o frigorífico a qualquer hora da noite quando nos queremos ver livres daqueles quilos a mais que não reconhecemos (e nem está lá a barriga a justificar)?

Agora à distância, dá-me para rir (e até sentir saudades), mas na verdade o décimo mês de um primeiro filho pode ser uma tempestade, mas com a ajuda certa (amigas, especialistas, família, blogues tipo amaeequesabe.pt ehehe) e agora com o décimomês.pt (uma plataforma pensada por Bepanthene Pomada) pode melhorar e muito. Às vezes basta sabermos que o que estamos a passar é normal, basta sentirmo-nos identificadas com alguma história, basta termos resposta a algo que nos andava para ali a atarantar. Basta que nos perguntem "como te sentes?" em vez de, como sempre, "como está o bebé?". 
Eis alguns dos textos que podem fazer algo melhorar nos primeiros tempos enquanto mães, dar-nos aquela segurança que nos falta, sentirmos uma mão no ombro ou um abraço que nos está a faltar para podermos ver tudo com maior clareza e relativizar (já que as hormonas nem sempre ajudam...). 
Visitem, recomendem às amigas grávidas ou no pós-parto. Vale muito, muito a pena.
Fotografia do David - Isabel com uns 10 dias de vida
O resto? É deixar o tempo correr. Tudo vai melhorar.

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Alerta: prenda do dia da Criança ♡

Quando é que se deixa de receber prenda no dia da criança? Eu acho que nunca. E a Timex está comigo nisto: até 30 de Junho, na compra de qualquer relógio Timex (de valor superior a 75 euros), é oferecido um relógio de criança (há dois modelos giríssimos à escolha - não conseguir resistir ao cor-de-rosa para a Irene).







À esquerda o Timex Kids Gecko's (o da Isabel) e, à direita, o Timex Kids Flowers (da Irene) 


Foi toda vaidosa com o relógio novo para a escola. Até agora tinha levado um meu antigo (daquele do Dias dos Namorados há imensos anos), mas além de ser bracelete de plástico, nem ficava justo ao pulso ou tinha os números visíveis. Nada como algo mesmo para eles... :) 

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