4.15.2017

Ela quer dois irmãos e agora?

Quem não quer? Não consigo imaginar nenhuma criança que pense que gostaria de ser filha única para o resto da vida. Eu sinto que tive as duas experiências, por acaso. O meu primeiro irmão nasceu quando eu tinha 10 anos e o outro quando eu tinha 20. 

Mesmo assim, apesar do primeiro irmão, sinto que sempre fui tratada como filha única pela minha mãe. E não vejo isso de ser "filha única" como uma desvantagem. Nunca percebi muito bem o "mimo demais", o "nota-se mesmo que és filho único". Acho que não é preciso ter irmãos para se perceber uma data de valores. Percebe-se também tendo-os, mas se não se tiver, pode-se chegar lá na mesma. 

No outro dia, quando conhecemos este cão maravilhoso de uns vizinhos nossos, ela fartou-se de dizer que "A Necas é irmã do cão". 

O Frederico olhou de lado para o cão e tentou encaixá-lo na minha agenda para conseguir averiguar onde é que o Melvin e eu tínhamos trocado algumas carícias. O que é facto é que tanto saindo ao Melvin como ao pai, teria o mesmo formato de olhos, mas não me vou alongar para ver se me escapo a esta questão como uma senhora. 


O mais giro foi, no outro dia, quando a Irene disse que queria ter dois irmãos: uma menina chamada Helena e um menino chamado Farmácia.


Quando antes me falava de irmãos e eu ainda estava indecisa, confesso que me tocava mais no coração. Agora, mais racional, percebo que é um grau de parentesco que está a perceber e que já vai reconhecendo nalguns amigos como a Luisinha e a Isabel. 

Já lhe tentei explicar que a mãe tem uma coisa no pipi chamada DIU, mas ela perguntou se dava pontapés e se um dia ia sair quando eu fizesse força. Expliquei que esperava que não que se quisesse que mais coisas saíssem do meu pipi, poderíamos experimentar ter um farmácia para ver até se deixava de ter de comprar Ben-u-Ron. 



Olhem lá se o rapaz não é sensual? Os donos que me perdoem estes innuendos. Senti que havia clima entre os dois, mas nunca fui avante, não se preocupem.


Outros textos: 

"Quando é que eu tenho o próximo?"

"Ela pediu-me um irmão." 

"Vou pôr um DIU."

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4.14.2017

O primeiro gelado da Luísa

Mentira, que já tinha provado dos meus saudáveis (à colher), mas agora foi o primeiro gelado oficial só dela. Pensei dar-lho eu (até para não sujar o fofo novo), mas a miúda já está habituada a ser ela a comer pela própria mão e ia armando um escarcéu. E lá lho dei para as mãos sapudinhas.

Ora, o gelado é nada mais nada menos que um bocado de água com um morango cortado lá para dentro e ela chamou-lhe um figo. Já tenho um de tangerina preparado no congelador. Estranhou os pingos do gelo a derreter nas mãos e nas pernas, mas não se incomodou por aí além. Fica a dica para os bebés que estiverem agora aflitos com os primeiros dentinhos.

E por falar nisso, começámos agora a usar o colar de âmbar (sou uma pessoa um bocadinho céptica, mas deixa lá ver. Tiro-o quando a miúda dorme para ficar mais descansadita e lá que lhe fica giro, fica!).















Fofo e laço - Principessa (ao vivo ainda é mais lindo!)
Colar - Welove Âmbar
Formas de Gelado - Tiger? Casa? Primark?
(Não me recordo, mas há em todas)

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4.13.2017

Enfiava-me já dentro de uma banheira do novo gelado da McDonald’s



Se é para sonhar, sonha-se alto. Fica a dica para os senhores da McDonald’s, já que estão numa de novidades: uma espécie de SPA com gelado N’Ice Fruit morango (99% fruta), que é tão mas tão bom para quem, como eu, anda a ver se perde o ar de texiguinho (nada contra, são fofinhos, mas gosto mais de gazelas). 

Ontem tive a oportunidade de conhecer o primeiro quiosque “The Ice Spot by McDonald’s” que não é mais do que um quiosque (boa, Joana) independente do restaurante, onde se pode comer não só os tão famosos Sundae e Mcflurry, como também este novo geladinho saboroso, que pode ser servido em copo ou cone, e ainda se pode personalizar o gelado com toppings líquidos e crocantes. São os Spot The Cone (ou Spot the Cup). As gulosas como eu caíriam na tentação de mandar mini-suspiros, brownies, triple chocolate, caramelo salgado, cookies, smarties, amêndoas caramelizadas ou pistácio, tudo para cima do gelado, que eu sei. Já estão para aí a salivar, também sei. E há ainda os toppings líquidos: chocolate, caramelo, morango ou maracujá. Isto tudo numa outra gelataria sairia os olhos da cara, mas ali fica baratíssimo, o que também é apelativo. 

Agora tenho a boa notícia para as pessoas da margem sul ou para quem, como eu, vá à praia para aqueles lados e depois passa ali a comer um gelado: o primeiro The Ice Spot é no Almada Forum. As restantes vão ter de esperar mais um bocadinho porque a McDonald’s prevê abrir 4 spots destes em centros comerciais até ao final do ano. 

Agora chega de paleio e vamos às imagens. Preparem o babete, que vão babar-se todas.



Eu e a minha texuguinha número dois, depois da praia

Não me contive. Não aguentei!

Já estava para vos contar isto há coisa de um mesinho. Quando estavamos as duas em casa, brincávamos mais às pinturas e aos desenhos. Agora, o tempo que temos parece tão pouco que raramente vamos lá parar. Houve uma diferença enorme. A Irene já desenha girinos e fiquei... tão comovida. É um daquele sinais que conseguimos dizer ao nosso coração "ohhh... estamos a fazer tudo bem" e, por outro lado, "ela está tão grande". 


No dia do Pai, a Irene desenhou a família na escola! Já tenho a Bewee em vista para pegar nos desenhos dela e pedir para fazer lençóis, toalhas, roupa... (não acham uma ideia espectacular?). 

Entretanto estamos a pedir para corrigir a pega da caneta, os lápis de cera da Rebento ajudam (primeira imagem). 

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4.11.2017

Querem receitas saudáveis para a Páscoa?

Cá em casa é preocupação que se coma coisas o mais saudável possível. Não somos fundamentalistas, há dias em que entram na equação sobremesas com açúcar ou até batatas fritas, mas não fazemos disso hábito. À refeição há água - guardamos os sumos naturais ou estes de compra biológicos para dias de festa. Para o dia em que servem flocos na escola ao lanche, mando uns que a Isabel adora: quinoa, millet, trigo puff, arroz puff. Conseguimos substituir a 100% as papas de compra por papas de aveia, como vos contei aqui. Fazer coisas em casa, controlando o que se come, tem outro sabor. 
A Luísa, como sabem, é uma pequena debulhadora e até hoje ainda não me disse que não a nada (tirando a comida passada - e é por isso que começámos a fazer BLW -, mas agora até já aceita a colher e, por isso, vou-lhe dando de vez em quando papa de aveia - vê a irmã a comer e também quer; sopa; iogurte natural, etc, etc - quer é COMER!). Tenho partilhado algumas ideias e receitas nas stories do instagram.

Com o aproximar de épocas festivas, tentamos contrabalançar a oferta de doces com coisas saudáveis, que eles gostem, que fiquem atractivas ou que eles nos possam ajudar a fazer!  Há para todos os gostos: coelhinhos, ovinhos e um bolo mais simples que podem depois decorar. Vamos entrar no espírito da Páscoa?


PANQUECA COELHINHO



- 1 caneca de farinha com fermento (a farinha pode ser trigo integral ou até pode ser substituída por metade polvilho doce, metade polvilho azedo e uma colher de café de fermento)
- 1 caneca de leite (podem usar leite vegetal, se preferirem)
- 1 ovo
- 1 banana
- 1 colher de sopa de azeite, óleo de amendoim (ou óleo de côco)

Numa tigela, junta-se o leite à farinha e mistura-se tudo com uma colher de pau. Parte-se o ovo para a tigela e continua-se a mexer. Acrescenta-se o azeite. Esmaga-se a banana e envolve-se no preparado. Aquece-se uma frigideira untada com azeite/óleo de amendoim, em lume médio. Deita-se uma a duas conchas de massa na frigideira. Frita-se as panquecas durante alguns minutos ou até que façam bolhas e as bordas fiquem douradas. 

Usa-se uma espátula para virar as panquecas e deixem-nas alourar do outro lado mais 2 minutos, ou até que estejam bem cozinhadas.

Depois a decoração: corta-se uma banana ao meio e coloca-se as orelhas, usa-se 6 palitos de aperitivo ou gressinos para fazer os bigodes e ainda uns bocadinhos de queijo fresco ou mozzarela para os dentes e o nariz pode ser com uma rodela pequenina de morango, por exemplo.
 
OVOS DE PÁSCOA ORIGINAIS


- 6 ovos
- 1 batata
- 2 colheres de sopa de maionese (faço caseira)
- 1 cenoura
- 2 colheres de chá de mostarda (opcional, eu não uso)
- ½ colher de chá de sal (de preferência marinho)
- Pimenta q.b.
- Azeitonas



Coze-se os ovos, a batata e a cenoura. Descasca-se os ovos (eles adoram ajudar, peçam-lhes ajuda!). Corta-se a tampa do ovo e retira-se a gema. Depois amassa-se a batata e a cenoura com um garfo e levam-nas ao liquidificador com as gemas, a maionese e a mostarda. Acrescenta-se o sal e a pimenta.
Bate-se até a massa ficar homogénea. Depois coloca o conteúdo num saco plástico limpo e seco, faz um furo numa das pontas e enche os ovos ocos com a mistura. Para fazerem o bico cortam bocadinhos de cenoura e para os olhos podem usar pedacinhos de azeitona.

Nota
Maionese: (faço caseira - é simples! 1 ovo, sumo de meio limão, sal q.b, bate-se tudo com varinha e depois acrescenta-se um bocado de azeite devagarinho - uns 100ml - continuando com a varinha mágica até ficar creme e já está!)



LANCHE DA PÁSCOA PARA OS COELHINHOS

Uma sandes de pão escuro com uma fatia de queijo; fiambre de peru cortado em forma de coelho, bocadinhos de cenoura para as miniaturas de cenoura, tomate “cherry” e alface para decorar. Um copo de leite para acompanhar e à sobremesa uma mini salada de frutas com banana e frutos vermelhos. Os coelhinhos vão ficar satisfeitos!


Estas e outras receitas para eles fazerem (ou fazer com eles) estão no Rik&Rok.


BOLO DE IOGURTE
do Na cadeira da Papa
(com pasta de tâmara em vez de açúcar)

- 2 iogurtes naturais (de 120-125ml) - uso iogurtes naturais bio da Auchan
- 2 ovos
- 1 copo de açúcar mascavado ou outro adoçante a gosto (uso pasta de tâmara)
- 1 copo mal cheio de óleo vegetal (usei de côco)
- 1 colher de chá de essência ou aroma de baunilha (opcional)
- 4 copos de farinha de trigo ou espelta
- 4 colheres de chá de fermento para bolos
  1. Pré-aquecer o forno a 180ºC. Untar uma forma com o óleo usado
  2. Numa taça colocar os iogurtes, os ovos, a pasta de tâmara, o óleo e a essência de baunilha. Misturar com as varas.
  3. Juntar a farinha de trigo e o fermento. E envolver até ficar sem grumos.
  4. Colocar a massa na forma.
  5. Levar ao forno por 30-35 minutos ou até o palito sair limpo.
Notas
- Usar o copo de iogurte como medida para os restantes ingredientes
- Se usarem tâmaras secas tenham o cuidado de demolhar para ver se retiram ao máximo o xarope de glicose em que são envoltas; se usarem pasta de tâmara convém dissolver num bocadinho de água quente











A Leonor do Na Cadeira da Papa deixou aqui o link para fazerem o download desta receita com símbolos para serem os filhotes a fazerem, tal como a Isabel está a fazer aqui.



Próxima coisa a experimentar: panquecas de espelta e alfarroba ou estes muffins de banana. (a adorar este site com receitas maravilhosas e, melhor ainda, com link para todos os ingredientes necessários!)


Inspirem-se e partilhem!
BOA PÁSCOA!
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Cedo Demais?

Ui. O que tenho ouvido ao longo da vida tooooda da Irene (3 anos) que compro as coisas "cedo demais". Eu gosto de ter para quando já estiver pronta. Nunca fui a mãe louca por estímulos e gosto muito de respeitar o crescimento e desenvolvimento dela (tanto a nível físico como emocional). Há pressões de todo o lado para as fraldas, para o desmame, aqueles negócios que estimulam as crianças fisicamente com o pretexto de que estão a ganhar competências "para a escola" (supostamente o sítio para onde eles vão para ganhar competências - onde é que já vamos!!)

Gosto, porém, que ela tenha os instrumentos que a possam deixar mais contente e que se possa divertir com eles, quando lhe fizer sentido. E como havia uma trotinete na escola e me tinha parecido muito entusiasmada, foi essa a prenda dela de aniversário. 

Ando louca para andar em cima daquilo, já andei um bocadinho pequenino só para matar "o bicho" (falo da vontade de andar de trotinete e não o sujeito da canção do Iran Costa). Na volta temos a trotinete só por minha causa, ahaha. Ela ficou mesmo muito feliz e assim que for desenvolvendo as skills, vai-se apercebendo que se vai tornar mais e mais divertida. 

E é muito mais leve e prática que andar com um triciclo depois quando ela não quiser mais em cada passeio. :)









Coisinhas que possam ter achado giras: 

Roupa - Zara
Ténis - Vans (dah)
Trotinete - Imaginarium
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Este colete não está na moda.

Queriam fotografias da Joana Paixão Brás com mais lantejoulas e sentada ao pé de uma paragem de autocarro em Évora para mostrar pecinhas de roupa compradas num centro comercial mais próximo? Não. Hoje, para variar, falamos de algo um pouco mais substancial. Aliás, nem há muito a falar. Há a fazer. Há que reconhecer a CAIS na sua missão de dignificar e integrar socialmente quem usa os conhecidos coletes que agora são amarelos. Cor ainda mais fortes, tal como quem os veste.


Num próximo semáforo, durante o vermelho vejam o amarelo :)

Mais sobre a CAIS aqui.

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4.10.2017

Não deixem o amor morrer.

Já todos sabemos que não é um bebé que sustenta uma relação. Aquela máxima de "engravidar para segurar um homem" ou ter um filho para tentar salvar um casamento é crendice do passado. 

Neste momento, acho que já todos temos consciência de que a relação do dia-a-dia, o amor, a cumplicidade, a união na saúde e na doença, a noção do lado lunar do outro, o respeito e a empatia já têm de vir de muito antes. Se não vem - porque nunca antes havíamos sido confrontados com esse teste - tem de passar a haver. E a verdade é que um filho vem mudar muita coisa. Muda a casa, muda os horários, muda os estados de espírito, muda corações. E, ao mesmo tempo que os muda, acrescenta. E ao mesmo tempo que nos acrescenta uma força que não sabíamos que existia, acrescenta medos, acrescenta incertezas e traz ao de cima algumas das nossas maiores inseguranças e fragilidades. Perante o assoberbamento que é ter um filho a depender totalmente de nós, ficamos expostos. Totalmente nus.

Com o nascimento a paixão, como todas as outras, deixa-nos meio anestesiados no início e com borboletas na barriga. É uma explosão tão grande de emoções que choramos, rimos, ora estamos tranquilos e orgulhosos a olhar para aquele ser a dormir, tão perfeito, tão nosso, ora estamos em rebuliço a achar que não damos conta. E é na soma desses dias, em que começamos uma nova vida - todos -, em que nos vamos conhecendo e redescobrindo, em que vemos nascer e crescer uma criança, mas também dois pais, que o amor se sustenta.

Se não conseguirmos esperar que o outro se reencontre, se não conseguirmos colocarmo-nos no lugar do outro e perceber que há muito por curar, há um corte e um luto com o passado por fazer, há até memórias de infância que surgem, inesperadas, há um nós que às vezes não reconhecemos e que demora a reconstruir-se ou a aceitar-se, há sono, há cansaço e há - acima de tudo - mais uma pessoa na equação.

Nem tudo vai continuar a ser igual. Arrisco-me a dizer que nada vai continuar a ser igual. E se no meio desta mudança, a relação não sobreviver, então não é amor. Porque o amor é compreensão, é paciência, é abertura para tentarmos encaixar novas rotinas e novos "eu" na história. Amar é tentar, é dar uma nova oportunidade, sabendo esperar. O amor sobrevive a maus feitios, a zangas miúdas e a grandes, sobrevive a dias ou semanas com falta de sexo, a muito sono e a birras, de todos. Mas só sobrevive se for alimentado - mesmo com períodos de jejum-, só sobrevive se relativizarmos palavras afoitas ditas a meio de uma noite mal dormida, só sobrevive se dermos e recebermos e se tivermos noção de que amor não é só o prazer momentâneo e auto-satisfação. É abdicar também, é procurar também a felicidade do outro. Amar dá trabalho, ao mesmo tempo que não dá trabalho nenhum, porque, se de coração aberto, não custa nada.



Fotografia: Joana Paixão Brás



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