1.27.2017

Descontos até 40%, tungas!

Pensei logo em vocês quando soube que a Fnac vai ter descontos para a nossa malta. O mail dizia: "FNAC Kids Puxa por Eles: até -40% em Puericultura, Livros, Jogos e Brinquedos para bebés".

Afinal menti. Não pensei logo em vocês. Primeiro pensei em mim e quantos dias passam até receber para ir "às compras" para a Irene. Adoro descobrir coisas "únicas". Não só porque não quero a casa cheia de tralha repetida (mas de cores diferentes), mas também porque gosto de lhe mostrar que tudo pode ser uma surpresa. Aquele livro que tem uma história, também dá para brincar com as mãos, misturar cores, este jogo dá para pescar e este dá para fazer amigos em papel.

Quero que ela aprenda a pensar fora da caixa - se soubessem o quanto eu odeio esta expressão por fazer parte do meu trabalho diariamente, isso e o verbo "agilizar" - e a ver os livros como coisas mágicas, portas para a imaginação dela. Um ponto de partida para se perder no seu mundo enquanto vai aprendendo. 

Depois de pensar em ir "estourar dinheiro", aí sim, pensei em vocês. E lembrei-me que vos tenho mostrado no blog os jogos e os livros preferidos da Irene, fiz uma espécie de top para ver se se controlam quando forem à Fnac. Pus os links das compras online na legenda, caso queiram fazer um orçamento. Está tudo Irene approved. 

Espero que gostem das sugestões e, já agora, se acabarem por levar algum destes para casa, depois digam-me o quanto adoraram. Quero sentir que vos proporcionei um bom momento em família! :)


Loto

Um parecido, muito giro também aqui.
A ideia é pescar os números/cores (que têm a forma de peixe) com uma cana e depois colocar os números no sítio correspondente ou na cor certa. Além de tudo ser amoroso e praticamente de madeira, ainda hoje se interessa por ele e ficou uma das brincadeiras de marca entre ela e o pai. Trabalha motricidade além de conhecimento dos números e cores. E de pesca também se algum dia quiser ir por aí, já tem aqui alguma experiência. 

Hervé Tullet - Mistura as cores 

Online aqui.
Este livro poupa-nos uma limpeza de meia hora. Claro que não significa que não misturemos cores com eles noutros dias, mas o facto de ser um livro atrai-me. O Hervé Tullet, autor de um dos maiores best-sellers deste segmento (atrevo-me a dizer deste), mantém a sua simplicidade e... talento!

Estes livros são mágicos e é isso mesmo que passam para eles. Que estamos a fazer magia e que são eles quem controla a história, enquanto aprendem acções, cores, etc. 

Online aqui.
Este livro é uma combinação perfeita para juntar a família e ainda ficar com uns bonecos especiais com umas memórias agarradas. 


Tem animais para destacar, com as suas características escritas (se são preguiçosos, o que gostam de comer...) e até eu consegui montá-los com cola. Neste caso, em baixo, o coelho fui eu e o Óscar foi o pai. Também já houve uma gata Biba que acho que está debaixo de um brinquedo qualquer no quarto dela.


Aqui, ali e acolá


Online aqui.


Quando a Irene ficou em casa connosco, foi-nos acompanhando ao longo do dia e a maior parte das refeições. Temos um carinho especial por ele. Lembro-me do dia em que o comprei, etc. É daqueles livros que, mais tarde, quando doar os livros a alguma associação ou amiga, irei guardar dentro do armário. 

Além dos desenhos serem amorosos e de dar para adaptar para várias idades, o pai até já criou histórias extra as que lá estão. Tanto que o livro é diferente quando é contado pelo pai e quando é contado pela mãe (o pai é bem melhor nisto). 

Com este livro começou a aprender o aqui e ali (o acolá... dispensamos um pouco), "em cima", "em baixo", "contente", "triste", as cores... Está tudo aqui. Depende só de quem lê.




Num destes sábados (ou domingos, não sei), a Irene ficou a fazer a sesta com os avós enquanto fomos almoçar. 

Quando voltamos, a avó, assim que teve oportunidade, com os seus olhos que sorriem mais do que 20 bocas juntas quando estão felizes, disse-nos "aquele livro das mãos é mesmo muito giro". Ainda tinham estado pouco tempo juntas. Menos de uma hora  e ainda com tempo de fazer piquenique pelo meio (estender um cobertor no chão e comerem pão com manteiga, sendo que é a Irene a barrar no pão dela) e já tinham ido direitinhas àquele livro. Ambas as meninas gostaramA Avó ficou surpreendida por ser tão giro e a Irene adorou aquele momento com a avó e em que, além de ter começado a olhar para as mãos de outra maneira, teve um estímulo enorme para ver as coisas "para além do que parecem". 

As próprias mãos podem ser um brinquedo para horas, sendo elefantes, girafas...


Foi um livro que se tornou num abraço entre avó e neta e também numa descoberta criativa das suas próprias mãos. Afinal, a Irene está sempre acompanhada de coelhinhos, elefantes, cães e sapos... basta querer que eles aparecem. 





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Às melhores filhas do mundo

A vocês que me desculpam sempre,
que têm um coração puro, sem maldade,
que me sorriem mesmo que tenham dormido mal
e que às vezes têm de levar com as minhas trombas.

A vocês que me vêem chorar
e que assim sabem que sou gente,
e que não faz mal expressarmos as nossas emoções,
que não temos de engolir choros ou ir chorar para longe,
apesar de eu às vezes desejar isso a alguém tão pequenino e indefeso,
só porque estou cansada.

Já te pedi, Isabel, "cala-te por favor!"
Já te disse, Isabel, "não chores mais!"
Já te implorei que parasses.
E agora te digo, Isabel, que ainda bem que falas, interrompes, choras e tens bicho carpinteiro.
Estás viva, estás a aprender, estás a testar, estás a crescer!
Tudo demora o seu tempo.

A vocês, minhas filhas queridas,
que se contentam com tão pouco
com uma careta, um bolo imaginário, uma dança alegre, um colo a três
E que às vezes empanturro com informação e objectos e vozes estridentes
como se fosse preciso um circo montado para preencher a ausência de outros momentos.

Exijo que me ouças à primeira, Isabel, que faças o que te digo
quando nem sempre levanto os olhos do telemóvel quando me interpelam.
"Mãe, estás a ouvir?", perguntaste-me, com dois anos! Dois anos!
E nesse momento levei uma chapada imaginária e caí em mim.
Não, não estava a ouvir. Apesar de ter anuído.

Prometo-vos, minhas filhas,
estar mais, de verdade.
Prometo-vos dar-vos o exemplo, mais vezes,
e não exigir tanto de vós,
quando nem sempre vos dou o que merecem.

Merecem tudo.
Olhares ternos,
ouvidos atentos,
abraços demorados,
colos cheios de empatia.
Porque é isso que gostava que fossem, nas vossas vidas.

Presentes.
Conscientes.
Amáveis.





 
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Tirar sobrancelhas com linha?

Comecei a ver fotografias de nós as duas e reparei que a Joana tem sempre as sobrancelhas impecáveis. Eu, por outro lado, apesar de nunca ter estranhado muito as minhas, sempre achei que podiam ficar melhores. A Joana foi, como costume à Wiñk e eu decidi experimentar.  Ficam aqui as nossas experiências: 

Joana Paixão Brás: Desde a primeira vez que fiz depilação com linha que me rendi. Nunca mais corri o risco de me arrancarem metade da sobrancelha (sim, já aconteceu): é uma coisa progressiva e sem grandes riscos. Ficam sempre super bem definidas, nada exageradas e fininhas (já não se usa) e depois é só ir mantendo.


Joana Gama: 

Gostaram do antes? E do depois? Costumam fazer as sobrancelhas como? Se é que as fazem... 

1.26.2017

Vou por um DIU.

E o que é que vocês têm que ver com isto? Nada. Ou, se calhar, tudo!

Sabem no que reparei? No outro dia, por causa do meu problema de pele (rosácea) tive de tomar alguns comprimidos. Entre eles, um antibiótico (verifiquei a sua compatibilidade com a amamentação no e-lactância, claro). O antibiótico corta a pílula (nunca me esqueci disto depois de ter ouvido histórias de malta que engravida assim "sem querer) e reparei que me sentia de forma diferente. Senti até alguma libido - que sempre atribuí que não fosse um comportamento expectável em mim.

A verdade é que praticamente desde que iniciei a minha vida sexual (bem... as conversas que para aqui vão) que tomo contraceptivos orais que, como todas sabemos, são combos de hormonas que deitamos pela goela abaixo. Mesmo a "anel", creio que ainda terá uma dose hormonal significativa, apesar de localizada.

Pensei: não haverá uma maneira de não me "intoxicar" tanto e de ter o mesmo efeito? Visto que não planeio ter um segundo filho para breve (como escrevi aqui, por exemplo, ou aqui), talvez seja uma boa candidata para por um DIU.

Marquei consulta na minha GO (termo que só passei a conhecer quando quis engravidar) e realmente parece ser uma óptima decisão. É o chamado "aqui vou eu". O mais tardar em Fevereiro já tenho aqui o bicho (salvo seja). 

Quais são as vossas experiências ou opiniões? Já pensaram nisto? 

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Tomar cápsulas com a própria placenta: Sim ou nhanheca?


Epa, não! Ignorância da minha parte, medo do desconhecido, o que seja. Comecei a ver o vídeo e deu-me um bocado de nojo só de pensar em fazê-lo. Mas depois, assim já à distância, volvidos alguns dias e pensando na informação que chegou até mim, deixou de ser repugnante para passar a encará-lo como uma opção válida. Não sei se o faria, acho que não, mas acho, acima de tudo, muito interessante. Sou uma curiosa por estas coisas e acho que o saber não ocupa lugar. Faz sentido que a placenta seja uma fonte enorme de nutrientes, ferro, etc e que ajude a mãe no pós-parto e que as recém-mamãs se sintam melhor com essas cápsulas. Até gostava de contrariar esta minha "repugnância" mas não deixo de imaginar que estaria a comer nhanheca. Uma nhanheca muito importante, que alojou as minhas filhotas e que fiz questão de ver bem no segundo parto (até pedi ao David que tirasse uma fotografia, mas ele achou too much information e não quis), mas daí a me imaginar a consumi-la vai um bocadinho. Claro que às vezes comemos coisas igualmente viscerais e nem sequer sabemos bem o que estamos a comer, mas, mesmo assim, não me convence. 

Vocês? Tomariam? Conhecem alguém que tivesse tomado e sentido que fez diferença? Faz-se em Portugal? Quero saber mais, por mera curiosidade e porque o saber não ocupa espaço ;)

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1.25.2017

Esta miúda...

Como é que isto aconteceu?
Como é que, de repente, tenho aqui, diante dos meus olhos uma miúda, que já gosta de tranças como a Elsa e capaz de fazer frases grandes com complementos circunstanciais e com os verbos todos bem conjugados?
Como é que já tenho aqui, diante de mim, uma menina de coração grande, disposta a tudo para fazer a irmã sorrir, preocupada quando ela chora, cheia de empatia, capaz de lhe mandar brinquedos no carro para a distrair, por livre e espontânea vontade, de olhar maroto, língua de fora e sons estranhos para fazer a irmã rir às gargalhadas?
Como é que, de repente, tenho alguém que me quer ajudar a fazer o jantar, a dar banho à irmã e a mudar-lhe a fralda e a espalhar os cremes, sabendo avaliar quando a irmã está assada? :)

Não sei como isto aconteceu, surpreendo-me todos os dias. Como está crescida! Ainda se recordam do primeiro post em que ela apareceu (Isabel, pessoas. Pessoas, Isabel)? Awwwwww... dois anos e está assim!

Nota-se que ando numa fase boa de enamoramento com esta miúda, depois do desabafo do outro dia? Estou mesmo. Apesar das birras, ela é a minha menina, ora crescida, ora bebé.















Coisinhas que podem ter achado giras:
Vestido Lanidor
Casaco Zara
Galochas Igor - foi ela quem escolheu o que quis calçar ;)

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Ela está cansada e doente e quer a mãe, mas a mãe tem ir trabalhar

Sábado à tarde, a Irene começou a ter algumas secreções nos olhos. Achei que podia ser conjuntivite mas, para ter a certeza (além de ter enviado mensagem à pediatra), fui limpando com toalhitas próprias para os olhos. 

Nessa noite teve febre. Sempre mais nervoso para nós por causa da possibilidade de convulsão. Pareceu ficar tudo bem. Não ficou. Segunda fomos ao hospital e tem uma infecção respiratória, continua com febre e já passaram mais de 72 horas. 

Hoje devemos ir à médica dela (à espera de resposta) para reavaliar. 

Aqui pelo meio são três noites em que nenhuma das duas descansa. Ela toda entupida, com alguma tosse, com febre e depois a deixar de ter. Eu, com as barreiras da cama a espetarem-se-me nas costas, cheia de pontapés dela nas costas (confesso que até tem um lado agradável porque sinto que estou a dormir com a minha filha), preocupada com medir febres, assoar narizes, dar água, dar mama, dar mama, dar mama, dar mama. 

E no dia seguinte, o sol amanhece ignorando tudo o que aconteceu, como se fosse um dia normal para o mundo. Lembro-me dos primeiros dias de vida da Irene em que o medo da noite e o cansaço aliviavam só por saber que finalmente havia pessoas a viver a sua vida lá fora. Agora o sol significa que passou mais uma noite em que nenhuma das duas descansou e em que ela continua com febre. 

Acordei sem paciência porque ela estava a fazer um drama por causa de um ganchinho. Dei-lhe 200 ganchinhos, mas queria o único que não havia. Fez drama porque não queria que eu fosse tomar banho, não queria que eu fosse trabalhar. Ainda consegui ter um laivo de sanidade e dar-lhe miminhos antes de sair. Ela está cansada e doente e quer a mãe, mas a mãe tem ir trabalhar (mesmo que depois esteja a escrever um post no blog). 

Chego ao trabalho, com um ar terrível e perguntam-me o que se passa. Digo que tenho a filha doente e, a mãe que sai do outro carro diz "pois, isto anda péssimo, ontem à noite o meu filho vomitou imenso por causa da tosse". 

Estamos preocupadas, cansadas, até parece que também estamos doentes, mas temos de continuar a abrir o estore quando o sol nasce e ser mais uma daquelas pessoas que "vive a vida lá fora", apesar de termos os filhos doentes e o nosso corpo a gritar por sono.

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1.24.2017

Arrependeu-se de ter ficado em casa com os filhos!

Não há verdades absolutas. 
E há coisas que nos fazem pensar. 

Hoje de manhã fiz um hino às mães que ficam em casa com os filhos, aqui. Tem sido essa a minha realidade com a mais nova, a tempo inteiro, e mais presente na vida da mais velha, que passa muito menos horas na escola do que passava. Até agora, pesando prós e contras, foi a melhor decisão que podia ter tomado. Continuando como estava, teria regressado ao trabalho logo aos 3 meses da Luísa, tal como foi com a Isabel, tinha horários imprevisíveis, com reportagens a qualquer hora - e às vezes à noite e longe de casa - e não tínhamos apoio familiar. Não queria isso para nós. E tinha, claro, condições, estrutura e ajudas para poder mudar de vida (vim viver para o campo e voltei a viver com a minha mãe, tal como já falei aqui e o David aqui). 

Até agora, nunca pensei no "então e se depois vocês se separam?"
Nem no "quando quiseres regressar à vida activa, vai ser difícil".
Muito menos no "ninguém te vai agradecer o esforço".
"Não sejas parva como eu fui". 

Hoje uma leitora que optou por ficar em casa com os filhos que dizia que, se fosse agora, faria diferente. Que tudo se cria. E que agora é demasiado velha para recomeçar. Fiquei a pensar nisto. Não fiquei assustada, longe disso, mas fez-me reflectir. 

Eu acho que nunca me vou arrepender de ter ficado em casa este tempo com a minha bebé. Está a ser, neste momento, aquilo que mais desejava. Apesar de ser difícil e de querer calçar uns ténis e fugir para muito longe quando a miúda não me faz nenhuma sesta de jeito, não me vejo a fazer outra coisa, a largar isto para receber um ordenado que não estica e de um trabalho que me rouba 8, 9, 10 horas das 11 ou 12 úteis num dia de uma bebé. Tenho a sorte (para mim) de, com alguns ajustes, poder não trabalhar, ou de pelo menos não ter de trabalhar da forma convencional, com ordenado certo ao fim do mês. Mas não consigo prever o futuro, isto é, não consigo ver a médio ou longo prazo. Tudo na minha vida é feito um bocadinho ao sabor do vento e sabe-me bem manter este enigma e poder mudar quando achar que tenho de mudar (apesar de saber que nem sempre controlamos). Daí não conseguir imaginar-me, daqui a uns anos, arrependida. Mas percebo que se possa ficar, em certa parte. Por outro lado, o meu lado mais romântico diz-me que nunca me hei-de arrepender de as ver crescer milímetro a milímetro e de estar lá para lamber cada ferida nesta fase tão importante da vida. Dá-me Vida. E gosto de aproveitar cada minuto porque nunca sei se vou cá estar no seguinte. Nunca pensei que desistiria da minha carreira, sempre tive o cérebro a borbulhar e sempre me meti em muitos projectos, e agora aqui estou eu. Até quando? Não sei, logo se vê. 

Mas não quero ser parva, como a leitora sugeria. Estarei a ser? Arrepender-me-ei? Vou dizer "teria feito diferente?". Mistério. (Mas espero que não, claro). 

Mães que estão em casa, o que pensam disto?




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A ti, mãe que estás em casa com os teus filhos

A ti, mãe de todas as horas e de todos os minutos

A ti, que gostarias de ter mais tempo livre mas que sabes que todos os segundos passados ao lado do(s) teu(s) filho(s) são uma benção

A ti, que escolheste ficar um, dois, três, vários anos, a acompanhar o crescimento deles 

A ti, que até sentes que não escolheste, que ficaste desarmada e que eles é que te escolheram a ti 

A ti, a quem perguntam quando voltas a trabalhar, querem saber o que estás a pensar fazer de vida, quando, para ti, não é preguiçoso nem desprestigiante ver os teus filhos crescer, estar lá, educá-los e dar-lhes o almoço, adormecê-los nas sestas

A ti, que de vez em quando dás em louca com tanto por fazer quando, ao mesmo tempo, és julgada por nada fazeres

A ti, que tiveste a oportunidade de meter a carreira, o emprego ou o trabalho no pause para te ocupares a tempo inteiro do bebé, do filho, do miúdo. Dele e da casa. Da casa e da organização dos dias. Da organização dos dias e de um novo projecto, em que achas que conseguirás estar mais presente, ou até trabalhar a partir de casa [caso o teu projecto seja "apenas" estar ali para os teus filhos, é tão válido quanto tudo o resto]

A ti, que às vezes perdes a paciência, que estás cansada, pensa que é um privilégio que muitas mães gostariam de ter, mas não podem. 

Força. 

Baloiço Mada in Lisbon

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1.23.2017

A mãe dá - Vencedores 10 bilhetes duplos para o filme Miss Sloane!




E não é que é hoje? Já vos tinha dito que estava MESMO ENTUSIASMADA com este Passatempo! 

A Mãe dá 10 bilhetes duplos para irem ver comigo o Miss Sloane - Uma Mulher de Armas, no Cinema UCI, El Corte Inglês, hoje à noite!

Não se esqueçam que têm de lá estar às 20h30!


Os vencedores são:

João Madeira
Manuela Malarranha
Cândida Ferreira
Sara Coelho
Vera Bravo
Ana Munhoz
Luciana Maruta
André Grilo
Patrícia Fernandes
Maria Teresa Torgal André

Muitos Parabéns! (Caso não possam comparecer, enviem-nos um email para amaeequesabeblog@gmail.com com brevidade, para que possamos sortear novo vencedor).


Fiquem com o trailer para irem sonhando com uma pipoquita enquanto vêem um filme cheio de reviravoltas sobre um tema super atual (e preocupante) que mete lobis, jogos sujos e esquemas que envolvem o Congresso dos Estados Unidos. Promete!

ATÉ LOGO!

1.22.2017

A ti, grávida cheidanerves.

Nem todas levamos a vida numa de "ai, o que tiver de acontecer, acontece". "Vai correr tudo bem". Há umas quantas de nós que se enervam, que têm medo de não estar a fazer bem as coisas, que têm medo que o corpo não funcione em condições ou que toda a humanidade tenha um segredo fatal sobre isto da maternidade e que nós sejamos as únicas a não saber. 



Sim. Eu era uma dessas pessoas. Achava que, além de não estar equipada para ser mãe fisicamente (não sei porquê, achava que o meu corpo talvez nunca viesse a funcionar, desde pequenina) também não seria capaz de ser a mãe que eu precisaria de ser para ser feliz (sim, tenho noção do quão egoísta parece ser esta afirmação).  

A verdade? É como tirar a carta de condução. Antes de tirarmos parece (para estas algumas, claro), muito assustador e "demasiada coisa ao mesmo tempo", depois começamos a reparar nas pessoas que nos rodeiam e que têm carta e que nem todas parecem ser guardadoras de um potencial gigante para a condução e começamos a apercebermo-nos de que talvez seja possível conseguirmos. 

O problema? Não há aulas para isto de ser mãe. Não andam connosco durante umas 100 e tal aulas a explicar regras (das quais nunca nos iremos lembrar - o mais próximo disto são as aulas de preparação para o parto) e depois conduzem connosco num automóvel até nos sentirmos seguras o suficiente para fazermos um exame e, se passarmos, podemos ser mães. 

Neste caso, em princípio, decidimos e depois temos logo as chaves na mão para levar o bicho a passear, sendo que convém que ele sobreviva (e nós também). A parte boa é que temos 9 meses para nos habituarmos à ideia, mas temos também 9 meses para nos minarmos por dentro e para que as pessoas "da nossa vida" não nos acalmem, antes pelo contrário. 

Gostava que me tivessem dito estas coisas (podem rir-se à vontade, mas teriam ajudado): 

- Não és menos de que qualquer outra mulher que seja mãe. 

- Lá por não seres perfeita, não quer dizer que não mereças ser mãe. 

- O amor pelo teu filho encaminhar-te-á sempre para as decisões mais certas.

- Tu vais sentir o amor de que toda a gente fala. O teu coração não está morto. 

- O teu medo, em ti, é sinal de que queres muito que tudo corra pelo melhor. 

- Não depende tudo de ti, mas no que depender darás o teu melhor (porque amarás) e é isso que importa.


Depois de tudo isso que senti e que, de vez em quando ainda sinto - mas que quanto mais vou amando a Irene mais me vou amando a mim - cá estamos. A Irene tem praticamente três anos e é feliz e eu também.

Tudo começou naquele dia em que, numa de loucura, achei que era capaz.



Outras leituras: 

"Estás grávida se..."

"Não sou mãe galinha, sou mãe informada". 

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1.20.2017

E se for uma seita?

Foi a primeira coisa em que pensei. Sabia lá o que era isto do Método DeRose (não sou ingénua ao ponto de por ter lido umas coisas e de ter feito uma aula que ache que sei alguma coisa) e a Sara, uma das melhores amigas da minha prima, era simpática quando éramos mais novas, mas sabia lá eu que caminho tinha tido... Até poderíamos combinar um encontro e depois eu sair de lá com um rim a menos (ou um rim a mais - imaginem, haver malta que oferece rins na rua a outros... também seria complicado). Na dúvida, decidi convidar o Diogo, #omelhorptdomundo.

Não foi por isso! Claro que entretanto fui pesquisar o que era (como tudo o que não sei e gostava de saber, até já cheguei a pesquisar o que é "ranho" como fez uma leitora questão de me lembrar, ahah) e pareceu-me muito interessante. O Diogo (meu pt), num dia destes desafiou-me a tentar a posição do corvo (vejam aqui em baixo) e foi por isso que a Sara achou que poderia ser engraçado dar-me uma aula. 



Quando estivemos juntas, claro que me acabou por "corrigir" e até de tornar o exercício mais fácil e estável ;)


A própria Sara, directora da escola Método DeRose Cascais, explica-vos o que é:


Fizemos muito mais coisas (não como o final que a Sara nos mostrou), mas não consegui gerir o "cartão cheio". Estava a gostar tanto da aula que não quis ir apagar coisas e perder tempo. Não sei se ligam muito a este tipo de coisas. Eu não ligava. Acho que andei durante antes dissociada do meu corpo mas, aos poucos, estou a fazer as pazes com ele, dando-lhe a atenção que ele precisa.

Além de estar todo a trabalhar (não devo ter músculos adormecidos de momento, acho que estou a "funcionar bem"), sinto-me também orgulhosa de mim mesma por todas as milestones que tenho vindo a alcançar. Só nesta aula de DeRose foram três ou quatro. 

É saúde, é orgulho, é equilíbrio, auto-estima, auto-controlo...  é sermos a melhor versão de nós próprios. Como diz a Sara, ajuda em tudo. Parece-me uma maneira muito saudável de nos focarmos no que é mais importante e também uma óptima maneira de nós, mães, andarmos com a cabeça mais no sítio e consigamos fazer um kameamé sempre que for preciso em situações mais complicadas sem parecer que o mundo está a ruir. 

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Fomos ao Borboletário!

Mais uma dica de passeio "A Mãe é que sabe", desta feita em Constância. Uma leitora de Santarém já me tinha sugerido este programa e acabámos por ir assim "à maluca", num dia em que nada disso fazia parte dos planos. Ainda bem que fomos. Além de ser perto de Constância, um sítio muito pitoresco e bonito que vale a pena visitar, ficámos a conhecer a vida de uma borboleta (nada como ver in loco como tudo se processa), assim como a conhecer várias espécies e as diferenças entre elas.

O Borboletário Tropical, em Constância, tem, além de várias espécies e de um berçário de borboletas (adorei o conceito) uma pessoa que nos faz a visita guiada muito, mas mesmo muito paciente e boa no que faz, adequando o discurso a quem a ouve, com imenso jeito para crianças. A Isabel adorou e, se entrou de lá com medo de formigas - sim...- saiu de lá a fazer festinhas nas lagartas e super feliz. 

O espaço envolvente é também muito bonito para piquenique, lago com patos e parque com escorregas e campos de futebol, ideal para passar um dia em grande com os miúdos.  {se não conhecem a região, aconselho também o Castelo de Almourol}.

Havemos de voltar na primavera para desfrutar ainda mais do espaço. Recomendamos!

{ah e disseram-nos que a melhor hora para ver as borboletas a voar é ali entre as 11h e as 14h, se não me falha a memória, por isso caso os vossos filhos já não façam sesta, força}






















Coisinhas de que possam ter gostado:

Vestidos - Lanidor (Saldos)
Carneiras azuis - Maria Pipoca
Casaco Isabel - Zara

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1.19.2017

A Mãe dá - 10 bilhetes duplos para o filme Miss Sloane - Uma Mulher de Armas!


Ai migas! Não sei se é por ir tirar barriga de misérias, se é por ter umas horinhas só para mim numa sala escura de cinema sem ter de ter a mama de fora ou ouvir choro de bebés, se é por ir ao cineminha ver um filme tchanan com a maravilhosa Jessica Chastain (ai filhota, que vestido foi aquele que levaste aos Globos de Ouro? Credo!), e poder mandar abaixo um pacotão de pipocas sem dó nem piedade (e pôr lá umas gomas pelo meio, que no escuro ninguém vê), se é por poder conhecer leitoras do blogue e bater um papo (sim, que uma pessoa em casa com a criança precisa tanto de converseta)... mas estou MESMO ENTUSIASMADA com este Passatempo! 

Mas então o que é que a Mãe dá

A Mãe dá 10 bilhetes duplos para irem ver comigo o Miss Sloane - Uma Mulher de Armas, no Cinema UCI, El Corte Inglês, 2a feira às 21h15!

{Têm de lá estar por volta das 20h30 para que possamos ver as fronhas umas das outras (vou tentar tapar estas olheiras e ter um ar compostinho!) e dar dois dedinhos de conversa (estou tão sedenta de falar com adultos que vão ter de ter paciência ahah)}.

O que têm de fazer? 


Para se habilitarem, só têm de preencher o formulário abaixo, até às 23h59 de domingo  (permitida apenas uma participação por endereço de e-mail).

Os vencedores serão escolhidos aleatoriamente através do Random.org e o resultado revelado às 9h de 2a feira.
(Se sentem a sorte do vosso lado, ponham já a avó, o tio, a prima, o pai das crianças de sobreaviso. Grávidas, é aproveitar porque depois vão andar a ressacar de cinema (eheh).)




Fiquem com o trailer para irem sonhando com uma pipoquita enquanto vêem um filme cheio de reviravoltas sobre um tema super atual (e preocupante) que mete lobis, jogos sujos e esquemas que envolvem o Congresso dos Estados Unidos. Promete!

BOA SORTE!



Senti-me tão mãe.

Se dantes era horrível para mim adormecer a Irene, desde que conheci a Constança, adormecê-la deixou de me enervar e passou a ser um momento até produtivo com muito contacto visual, muito miminho e, depois, de meditação. Dantes irritava-me ficar tanto tempo no quarto dela, agora acabo por ficar mais um pouco a ouvi-la respirar (a maior parte das vezes adormeço) e aproveito para processar coisas que se passaram no meu dia, coisas que tenha que fazer ou, às vezes, só a apreciar o facto de estar ali ao meu lado uma pessoa que está cá graças a mim. Muitas das coisas que mais me têm deixado feliz ultimamente, surgiram nesses minutos "extra" em que fico por lá. 

Ajudam-me a sentir-me cada vez mais confortável neste papel de mãe. Fazer este balanço silencioso de como estará a correr, como posso melhorar, o que sinto sem estar a fazer outra coisa ao mesmo tempo, tem sido muito proveitoso para mim. E que melhor banda sonora que o nosso filho enquanto ele dorme? 

Quem haveria de dizer que eu escreveria isto? Pus a Irene a dormir no quarto dela no segundo dia de vida ou terceiro porque o respirar dela não me deixava dormir. 

Hoje, quando acordou às 4h da manhã, lá fiquei com ela. Voltou a ter um pesadelo em que gemia baixinho e a respiração ficava acelerada. Fiz-lhe cafuné (como de vez em quando faço para que ela relaxe) e não resultou. Então, decidi abraçá-la e dizer que estava tudo bem. A Irene ouviu-me, a sua mãe, e relaxou. Passou. Respiração desacelerou e ficou mais pesada outra vez. 

Que coisa mais simples, mas que me fez sentir tão completa. Saber que o meu abraço e a minha voz a acalmam mesmo quando está a dormir. Não há nada mais puro que isto. 


Agora, como temos a escola ao pé de casa e do meu trabalho, conseguimos ainda ir uma hora ao jardim antes de anoitecer. Que privilégio. 

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Outros textos relacionados.


Sobre odiar adormecer a Irene: 

Querem stressar para os pôr a dormir? 

Como não nos passarmos da cabeça quando os queremos adormecer. 

Às vezes não tenho força ou paciência. 

A vida de um bicho de uma caseira muito caseira.

Sobre mudar a Irene para o quarto dela: 

Vai para o quarto dela. 

Entrevista sobre co-sleeping ao Observador.

Sobre achar que não era capaz de ser mãe: 

Não sejas estúpida, Joana. 



Coisinhas que podem ter achado giras:
Casaco - Boboli

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1.17.2017

Guarda o meu amor por ti

Quero que nunca te esqueças que foste a minha única escolha. A pessoa que escolhi para passar o resto da vida ao meu lado. Aconteça o que acontecer, venha quem vier, tu serás sempre a minha escolha. Quem se vai juntar a nós pode ser qualquer pessoa. Vamos ajudá-la a atingir o seu máximo potencial, vamos amá-la incondicionalmente, mas o meu amor maior serás sempre tu. Tenho medo do amor que estou prestes a conhecer. Esse amor que dizem ser mais que a vida, um amor animal, que vem das entranhas. Espero, sinceramente, que ele não me cegue em relação a ti. Tu que me deste a mão quando mais precisei, que me ouviste quando só conseguia soluçar, que me viste acabada de acordar sem qualquer beleza artificial, tu que já me viste do avesso. O meu coração nunca se vai esquecer de ti, mesmo que outra pessoa comece a ocupar o mesmo espaço que ocupas dentro dele. És, no meu mundo inteiro, a única pessoa que me vê realmente como sou, que acredita no que poderia ter sido e nunca tive coragem de ser, que vê sempre o melhor de mim em tudo, que me encoraja a ser o que conseguiria ser. Desculpa não acreditar tanto como tu. Desculpa fazer de conta que não te ouço porque tenho medo de perder o que já tenho. Mas ouço, meu amor. Ouço-te sempre e o meu coração concorda sempre contigo. Quando, um dia, me esquecer de dizer que gosto de ti, que te amo acima de tudo, que és o meu amor maior, por favor guarda estas palavras dentro de ti. Protege-as do mundo lá fora.


Fotografia Ties

Joana Diogo
A Joana escreve no O que vem à rede é peixe
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