6.14.2016

O jogo preferido da Irene.

No outro dia, quando o pai chegou a casa surpreendeu a Irene com uma prenda. Ele é como eu e não resiste em comprar-lhe qualquer coisa quando anda a "passear" mais sem rumo numa loja em que também tenha coisas para ela (como é o exemplo da FNAC). Como ele passa todos os dias com ela em casa até eu voltar do trabalho foi-lhe fácil encontrar algo que pudessem brincar os dois e em que ficassem os dois felizes com a escolha.

A ideia é pescar os números/cores (que têm a forma de peixe) com uma cana e depois colocar os números no sítio correspondente ou na cor certa. 














Estou encantadíssima com o jogo, não acham giro?

Os vossos andam doidos com o quê? ;)

Dia 19 faço 30 anos e tenho um convite para vocês

Já têm planos para dia 19, o dia mais importante do ano? Eu já: planeio ter uma noite do caraças, a dormir cerca de 30 minutos de cada vez, entre mamadas, cocós e filha de dois anos que vira exorcista de três em três horas, na melhor das hipóteses; depois vou apanhar 2 minutos e meio de sol ao pé da piscina; a seguir almoço qualquer coisa requentada na minha cama, a espalhar migalhas de pão pelos lençóis, enquanto dou mama... E por aí fora. Assim vou comemorar a entrada nos 30! Hehe mentira, vou arranjar-me e vestir o meu melhor vestido, que em menos de nada vai ficar a cheirar a leite coalhado. ;)

Mas tenho um convite para vos fazer, para que tenham um dia bem giro. Das 10h às 20h, na Casa do Campino, em Santarém, vai decorrer o "Mamãs, Bebés & Companhia", com várias marcas, worskhops (amamentação, cuidado com a pele do bebé, lanches para os filhos e snacks para grávidas, entre outros), muitas actividades para os miúdos: hora da história, aula de zumba para mamãs e bebés e crianças, teatro de fantoches, quintinha pedagógica, batismo a cavalo, pinturas faciais e jogos tradicionais.


Podem consultar o programa aqui ou ir à página do Facebook, aqui.

A entrada tem o valor símbólico de 1€, que reverterá para a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão com Deficiência Mental de Santarém (APPACDM).

Podem ainda ir comer uns pampilhos à Bijou, dar um saltinho às Portas do Sol (com uma vista impressionante sobre o rio Tejo e a lezíria e com escorregas para eles), e passar um dia em cheio na minha cidade. Vão gostar!

6.13.2016

Sessão fotográfica falhada.

Adoro fotografar, adoro a minha filha e tenho este blog. Tudo junto dá vontade de, às vezes, fazer uma coisa mais compostinha e tirar fotografias mais "quelque chose". Comprei uma máquina de fazer bolinhas de sabão na Tiger (que agora é Flying Tiger - finalmente percebe porque é que deram um nome diferente à do Oeiras Parque, juro que me perturbou até saber o motivo), a recarga de glicerina (ou lá o que é) e pensei: "vou fazer a delícia das crianças lá da quinta para onde vou passar uns dias". 

Lá levei, mas esta máquina (como qualquer coisa) tem alguns inconvenientes: se a pusermos no chão, provavelmente vamos ver uns quantos putos a cairem no chão tipo Family Guy por causa do sabão todo que fica espalhado. 

Pus a máquina na relva, já tinha vestido a Irene com um vestidinho que lhe ofereceram nos anos, foi com as sandálias a combinar, teve de ser e lá fiquei eu à espera de umas fotografias fabulosas ao final da tarde, mas não. Ela borrifou-se para a máquina e só tive uns 20 segundos para tentar fazer alguma coisa. 

Tinha tudo para correr bem, não tinha? 

Assim que arrumei a máquina e tinha um fundo muito foleiro tipo um Opel Corsa e uma mangueira já ficou ela doida... grrr...


A máquina nem devia aparecer no enquadramento. Parece um catálogo elaborado de uma loja dos chineses. 

Ai que coisa tão engraçada para eu ignorar e ir dar mais atenção a uma formiga cheia de tétano ou de candidíase.

"20 euros nisto, mãe? Se bebesses um pouco do frasco e arrotasses, fazias o mesmo efeito..."
Bom, quando ela tiver filhos, vou fazer como a minha mãe: guardar isto durante 30 anos num sítio qualquer lá em casa (eu acho que há um sótão escondido ou assim) e depois saco disto num domingo qualquer e digo-lhe "hã??? lembras-te disto???".

As mães têm todas um sítio destes em casa, não têm?

Ser mãe é chorar com isto.

Estava agora a filtrar as imagens das férias e deparei-me com esta fotografia (em baixo) que me fez automaticamente chorar e por vários motivos. Por ter sido espontâneo e eles realmente se darem assim um com o outro, por uma sensação de estar tudo "certo" e porque sinto saudades de ser pequenina e de ter o meu pai também "ali" comigo.

Estou a lembrar-me do meu primeiro sentimento depois do parto, o meu primeiro segundo de "consciência" do que tinha acabado de acontecer (foi um parto muuito complicado) foi quando o Frederico lhe pegou ao colo. 

Ser mãe (também) é chorar com isto. São os nossos filhos que nos dão muita da nossa vontade de viver e de sermos felizes, mas a moldura de ter a família junta (seja a original ou nem por isso) é maravilhosa. Aprecio com uma felicidade a triplicar por reconhecer a "sorte" que a minha filha tem. 



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Amor de irmã mais velha

Não tem sido fácil, mas vale cada respiração mais profunda, cada coçar de cabeça, cada lágrima, cada nervo em franja. As birras já se fazem sentir com maior regularidade, o mimo da mãe é cobrado a cada instante, as noites voltaram a ser mais difíceis. Mas. O "mas" aparece sempre como tábua de salvação. É que vale mesmo a pena. Por momentos como este. 



Ser mãe de dois é abraçar a árdua tarefa de nos desdobrarmos, quais super mulheres, não deixando que nada falte a um ou a outro. É ir ao quarto da mais velha, acudir-lhe o choro nocturno, com a bebé pendurada na mama. É fazer contorcionismo, com o corpo e com o espírito. Mas, lá vem o "mas", é também ver a Isabel beijar a mana, uma e mais uma vez, é vê-la correr para ela sempre que chega a casa ou quando acorda, é ouvi-la falar baixinho para a Luísa, com carinho e cuidado, como que a contar-lhe um segredo, é presenciar um riso de satisfação ao achar que a mana lhe fez uma festinha, propositadamente. E fez, nós vimos. Momentos destes não têm preço e valem cada dificuldade. 

















"Colinho à mana". É o que mais pede, desde que a mana nasceu. E é a principal razão do seu choro, quando o pedido é negado. Oferece-lhe todos os peluches e brinquedos, quer tapá-la "até ao pescoço" e contacta, orgulhosa, "não está a chorar!", quando tem a bebé calminha no colo dela, por cima de uma almofada. "Os olhinhos a acordar!", diz-nos, contente por ver a irmã a abrir os olhos e a ficar a olhar para ela.

Vais ser uma irmã mais velha maravilhosa, Isabelinha. Não tenho dúvidas.


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6.12.2016

Parece que cresce mais durante as férias.

Continuamos de férias, mas acabam em breve. É pena, mas ainda bem! As férias têm de durar o tempo suficiente para nos sentirmos longe mas nem por isso têm de durar mais. Já tenho algumas saudades de casa, dos meus gatos (que foram alimentados, claro), de tomar banho no meu chuveiro, de adormecer a Irene sem ter de ouvir imenso chinfrim à volta... 
Porém, o segredo é aproveitar todos os segundos. Aproveitar o ritmo de nada, sem pressas de fazer tudo, mas indo construindo memórias. Férias a três é diferente. É mais cansativo, muito mais, mas também é muito mais gratificante. 
Viemos com uns amigos para a Quinta da Malmedra, acho que alugamos isto tudo com imensos casais amigos de amigos nossos que também têm filhos. 
A Irene parece que cresce mais durante as férias...












 



















As férias não são para descansar.

Pelo menos com miúdos tão pequeninos, não. Temos adorado estar na Quinta da Malmedra porque isto está mesmo feito para ser a delícia dos mais novos: piscina interior, exterior... Também está feito para ser a delícia dos mais velhos: mesas de snooker, projector com tela grande, piscina exterior, ginásio, bbq...

A Irene ainda está numa idade em que não posso deixar de estar de olho nela, muito menos com duas piscinas tão perto... Tomar conta dela em casa, em que está tudo formatado para ser seguro e divertido para ela é uma coisa. Haver duas piscinas, degraus, sol forte, chão a escaldar (...) dá muito mais trabalho.

Uma coisa que me tem dado imensa satisfação é ver como os meninos (mais velhos) se relacionam com ela. Muitos são fraternais e mimosos. Deixa-me de coração cheio. Confesso que já estive mais longe de pensar em engravidar que esta historia da Isabel estar apaixonada pela Luísa deixa-me de "rastos" num bom sentido.

Acho que diminuí o tempo de espera. Ainda anos, mas menos.

O que é facto é que estou estourada e que um dos mais prazeres desta viagem é ter a minha filha a dormir no meu quarto que, à conta do meu fritanço do pós parto, pu-la a dormir sozinha no quarto dela no segundo dia de vida.

Adoro ouvi-la respirar. É minha. Que bom.

Prometo que durante a semana retomarei a escrita com outro fôlego.





   T-shirt do gato e saia da MOVE•MENT.



6.11.2016

Apaixonada pela minha bebé

Estou completamente in love. Foi daqueles amores à primeira vista que só tinha sentido uma vez na vida. Uma paixão galopante, que nos deixa sem fôlego, que não nos deixa dormir. Fiquei a olhar para ela, sem conseguir desviar o olhar, depois das 7 horas em que nos separaram. Precisei de recuperar o tempo perdido. 
Aquelas foram horas difíceis, com muito choro à mistura, porque nem tudo correu como eu esperava. Ninguém esperava. Depois de um parto perfeito, em que fiz 3 vezes força na mesma contracção e a minha bebé veio conhecer o mundo, sem episiotomia, depois de ter agarrado nela com as minhas mãos e puxado para cima de mim, depois dela ter vindo mamar, da forma mais animal e natural possível, algo não estava afinal bem comigo, percebemos minutos mais tarde, no recobro. Apanhámos o maior susto das nossas vidas e tive de ser operada de urgência, num naqueles cenários que só vemos no Dr. House, a sentir um frio incontrolável, a ouvir as vozes já distantes e com medo, muito medo. Com direito a despedidas. Foi duro. Mas já passou. Estou a recuperar bem e já não sou assombrada pelo que aconteceu. Um dia destes conto tudo (as grávidas estão proibidas de ler, óbvio!).

Agora, é tempo de vê-la crescer, devagarinho. De ver na Isabel uma irmã mais velha cheia de amor para dar. De nos habituarmos a estar juntos, os quatro. A conhecermo-nos, a ajudarmo-nos, a partilhar tudo. Os momentos de puro amor, as birras, os ajustes à nova realidade. Não é fácil. Mas está a ser tão, mas tão bom.




nome madeira: Molde Design Weddings
tapa-fraldas: colecção de inverno da Cosythings, agora Coth
sapatinhos: Lovely Things

bebé: a coisa mais calminha e mamona à face da terra ;)

6.10.2016

Não quero saber de vocês!

Estamos a aproveitar o fim de semana prolongado e não tenho internet no computador. Estou a adorar o sítio, ja tinham ouvido falar da Quinta da Malmedra?






Finalmente: a minha filha come!!!

Não sei quantos posts escrevi sobre este tema: alimentação (vão vocês contá-los, que eu agora não posso), mas devem ter sido bastantes. Foi, sem dúvida, das coisinhas que mais nervos me causou nestes dois anos. A Isabel teve períodos assustadores, em que pouco ou nada a agradava. Chegámos a desistir de lhe dar sopa, tal era o estado de stress em que ficávamos lá por casa. Tentámos de tudo. Cuspia, chorava, dizia que "não" e ainda nem tinha visto o que era. Meses disto. Um suplício. Sossegava-nos ela comer bem na creche (chegaram a fazer vídeo para que eu pudesse comprovar a rapidez com que comia uma sopa... "isto não pode ser a mesma criança!". Era a mesma mas sem fazer farinha ali). Acalmava-nos ela ir ganhando peso e estar bem de saúde. Começámos a não relevar. A não nos sentirmos culpados por nem sequer fazermos sopa ao jantar (comia melhor bróculos inteiros, por exemplo, siga!).


Até que...
começou a comer rúcula! Rúcula, têm noção do passo enorme que isto é para uma esquisitinha como a Isabel? E depois tomate cherry. E depois... tudo. Todos os frutos (banana ainda não é fã), sopa ao jantar, legumes variados, queijos de toda a espécie e até - como, como, como? - azeitonas! Mas mais do que isso é a curiosidade e os sons que às vezes faz a comer, de satisfação. O pegar num palito de cenoura e querer molhar no iogurte natural e fazer "uhmmmmm" e repetir. Dizer "quero" para qualquer coisa que estejamos a comer. Uma alteração gigante que me chegou até a comover.

Quem tem filhos que não são grandes apreciadores de comida, saberá bem o desgastante que é tentarem fazer um mortal encarpado para que eles engulam uma colher que seja de comida. E até davam um mindinho para que tudo mudasse.

Não estou a cantar vitória, não, não estou. Eles têm fases e ela poderá querer voltar a fazer greve de fome... mas isto já tem sido uma enorme conquista. Orgulha-me que ela coma papas de aveia com granola, fruta e passas ao pequeno-almoço e que goste de iogurte natural sem açúcar e que o coma como me lambuzo com uma taça gigante de gelado. Fico de coração cheio ao fazer-lhe um pratinho de salada a acompanhar o segundo prato e vê-la comer aquilo tudo à mão, como se estivesse a picar uma iguaria. Adoro ouvi-la pedir pão com manteiga. "Só um bocadinhoooo", diz ela com olhos de bambi, porque sabe sabe que eu não gosto de abusar na manteiga. 
E a roupa suja sem ser por ela cuspir tudo ou girar a cabeça como se estivesse a ser exorcizada... maravilha! Passei a gostar de nódoas nas camisolas. E fico contente por não me ter deixado comprar pelas teorias de que lhe tinha de dar comidas com mais tempero ou mais açúcar e por ter esperado por ela [mesmo que às vezes tenhamos de ter o tablet como aliado...].
Boa sorte a todos os que andam a passar as passinhas do Algarve com esses piscos aí em casa!



*post escrito antes da Luisinha

6.09.2016

Não faças aos outros...

Esta notícia fez-me pensar. Sempre comentaram o meu peso e acho que é inegável que isso tenha tido efeito na imagem que tenho de mim própria. Nem sempre é a intenção que conta, porque sinto que muitos dos comentários que fazemos não são para magoar os outros: são meras observações ou até uma maneira desajeitada de expressar preocupação e de dar uma motivação extra. Porém, podem magoar, podem prejudicar, podem não ter o efeito desejado. 

Muitos dos nosso comportamentos/atitudes não são pensados. São a nossa forma automática de reagir/sentir de acordo com o que nos foi "passado" e daí ser tão complicado ter noção daquilo que fazemos e das suas repercussões... Esta notícia fez-me pensar que: 

- Hei de arranjar maneiras produtivas de ajudar a minha filha a levar um estilo de vida saudável; 

- Irei tentar fomentar-lhe a auto-estima ao ponto de gostar de ter atenção e não de precisar; 

- Não utilizarei informação que ela me tenha passado em momentos vulneráveis contra ela;

- Não irei implicar com namorados e afins, irei tentar respeitar ao máximo as suas escolhas; 

- Tentarei sempre explicar-lhe o porquê de cada regra para que ela perceba que "tudo" tem o seu motivo; 

- Quando não houver motivo não digo "a mãe é que sabe", mas tentarei expressar o que me vai na alma: "filha, a mãe fica muito nervosa se fizeres isso e não vai conseguir dormir", sei lá!

- Não me zangarei com ela por ter más notas, tentarei ver com ela soluções para a ajudar a ganhar método, gosto, responsabilidade ou até maneiras alternativas de interiorizar a matéria... 

- Não lhe farei queixinhas de pessoas em comum, deixarei que ela construa a sua opinião;

- Tentarei perceber o porquê das suas opiniões e ouvi-la; 

- Não terei interesse em que ela faça "boas acções" obrigada, mas sim explicar-lhe a importância de viver em sociedade e de retribuirmos o amor e respeito dos que nos rodeiam; 

- Trata-la-ei com a confiança merecida, independentemente da idade. 




Claro que isto na teoria é muito fácil. Sei, porém, que o primeiro passo para que as coisas possam acontecer é tentar elaborar, parar para pensar nos nossos objectivos. Foi o que fiz. Querem fazer as vossas reflexões por aqui também?