5.10.2016

HOJE vamos ao Goucha!

Ah pois vamos! 4a feira, dia 11 de maio (ou hoje, se estiverem a ler isto de manhã), vamos ao Goucha e à Cristina, "coisa mai boa"! Sim, estamos entusiasmadas! Sim, é sempre bom sermos entrevistadas pelos maiores! Mas há aqui um problemita.  

NÃO TENHO NADA PARA VESTIR!!! SOCORRO! 

Imagem WeHeartIt

Estão a ver aquela fase da gravidez em que já nada assenta como deve ser (não estou a falar contigo, Carolina Patrocínio! Rrrrrrr...)? Em que ter barriga grande é uma maravilha, mas se não viesse acompanhada por duas asas de panela gigantes de cada lado, óptimas para agarrar, era muito melhor? Sim, isto está tudo muito bem feito, é a natureza a acumular gordura para assegurar a sobrevivência, blá, blá, mas expliquem lá isso aos meus vestidinhos guardados no armário. Até as túnicas fogem a sete pés, cheias de medo que as costuras rebentem.

E uma pessoa, que só vai estar ao lado da elegantérrima da Cristina e com uma Joana Gama que está boa como o milho, não quer ir de pijama (coisa que, por mim, se tornaria farda oficial das grávidas e pronto). Bem. Alguma coisa tem de servir. 

Vamos ao que realmente importa: vamos falar de um tema que nos diz muito (o que será? Bolachas milka? Macramé?) e contamos convosco para sintonizarem o canal, mandarem bitaites na página do Você na TV, dizerem que eu sou a mais linda, o que vos der na gana. :)

Wish us luck! 


Estar grávida do segundo filho.

Confesso que, por muito que me dissessem que a magia era igual, não senti durante muito tempo. Não senti como da primeira. Andei ali que tempos a estranhar tudo, a esquecer-me de que estava grávida tantas e tantas vezes, a não ter uma ligação tão intensa com a minha barriga, pelo menos não tão intensa como da primeira vez. Nem o tempo de gravidez me pareceu o mesmo: passou tudo muito mais rápido. Não escrevi tudo num caderninho, não fiz um diário, não escrevi coisas apaixonantes, não tomei longos banhos de espuma a namorar cada pontapé, não cantei vezes sem conta para a bebé, nem conversei tanto com ela, não pus a barriga a ouvir música clássica. O pai não falou tantas vezes com ela, não beijou tanto a barriga, eu não comentei tanto cada pontapé, não roubei tantas vezes a mão do pai para sentir cada movimento. Não fiz tantas juras de amor. Não saboreei, com aquela paixão descompassada, cada segundo. Não fotografei a barriga todas as semanas. Não tive tantos medos, nem enjoos sequer. Não fiquei ansiosa nem fiz a mala com antecedência. Apesar da curiosidade, não a quis conhecer antes de tempo. Não tive, nem tenho, pressa. 

Acredito que, pela minha descrição, estar grávida do segundo filho possa soar a algo frio e desapaixonado. Não é. É algo sereno, terno, apaziguador. Amo e desejo esta minha filha tal como desejei a primeira. Mas, talvez por já conhecer o Amor na verdadeira acepção da palavra, a paixão louca da primeira gravidez dá lugar a uma experiência mais madura, mais calma, por já adivinharmos que vai culminar num amor maior do que tudo. A gravidez acaba por ser um misto de "já sei o que é" com um "que maravilha!". É um "já não me lembrava que era assim" com um "ficava nisto mais uns tempos". Tirando o episódio da semana que passou, esta foi uma gravidez santa, sem queixumes, sem dores, sem grandes ansiedades, nem sequer metade das idas à casa de banho. E, como não sei se será a última vez que estarei grávida, até já tenho saudades.

Estou grávida de 36 semanas, a um mês - se tanto - de conhecer a Luisinha. No tempo que nos falta, vou fazendo as despedidas, devagarinho, da minha barriga (que tem uma filhota aos soluços neste preciso momento), da Isabel como filha única e, também, de mim, como mãe de apenas uma, que consegue ter um colo sempre disponível. Não sei o que me espera. Assusta-me um bocadinho a gestão inicial, a partilha da atenção entre ambas, mas quero acreditar que o meu coração de mãe vai saber o que fazer e que o meu colo se vai espraiar, como as margens de um rio.

Só sei que vai ser uma aventura e tanto e que vamos ser muito felizes. Para já? Duas gravidezes vivenciadas de forma completamente diferente, mas uma certeza no coração: sou uma sortuda por poder sentir em mim este milagre da Vida.





5.09.2016

Até me fez imersão!

Abençoado domingo em que decidi questionar as nossas rotinas. Geralmente, enquanto a Irene dorme a sesta da tarde, vou rapidamente aninhar-me no sofá para ver qualquer coisa na televisão com o Frederico e cochilar um pouco (já mesmo quando a miúda está quase a acordar -  um clássico). 

Depois de adormecer a Irene e de ficar alguns minutos só a ouvi-la respirar e ver o corpinho dela a mexer com a respiração, decidi não fazer o mesmo de sempre. Fui tomar um banho, longo, demorado, de imersão. 

Uma amiga minha ofereceu umas "bombas" para o banho. Uma espécie de sais para o banho, óptimas e só naturais. Experimentei e... fui feliz. Durante meia hora, pus-me toda a parte de mim que cabia dentro da banheira, ouvidos e tudo e ignorei o mundo exterior. O intercomunicador estava ligado, a água conduz o som e, portanto, qualquer coisa podia ouvir. 

Senti a minha cabeça a viajar, desde pensamentos mais concretos como "o que vou fazer a seguir", para "os rebuçados deviam ter mais cores". Senti que a minha cabeça andava aos berros e que consegui acalmá-la um bocadinho. Acho que meditei ou que me hipnotizei. Qualquer coisa. 

A água estava à temperatura perfeita e, como estava cheia de espuma, conseguia ouvir a espuma a desfazer-se nos meus ouvidos e pequenas bolhinhas de ar a contornarem-me o corpo. 

Senti primeiro os pés, isolei-os do resto do corpo. Depois as pernas, depois a barriga (parece que me esqueci do pipi), as mamas, o pescoço e a cabeça. Entrei mesmo num estado diferente que, sinceramente, não tinha nenhum outro propósito que não simplesmente deixar de ser um bocadinho. 

Acho que foi um efeito tipo SPA/Yoga só que na banheira da minha casa de banho. Foram 30 minutos em que borrifei para imensa coisa, para o cochilar no sofá, para dar um jeito à cozinha, pôr a roupa a secar... tudo. 

Adorei. 


Lembrei-me agora que um dos pensamentos que me veio à cabeça foi agradecer ao meu corpo por se ter portado tão bem durante o parto, por ter funcionado, por me ter feito ter a Irene. 

Não costumo ser tão esotérica. Influências de uma amiga minha (obrigada, Eugénia) e, sinceramente, acho cada vez mais que o crescimento interior tem de passar por reconhecermos mais a nossa dimensão espiritual que deve passar todos os dias amuada a um canto por não lhe prestarmos atenção.

Não sou coach de nada, não sei nada de Mindfulness, foi uma experiência que correu bem e que me deixou muito bem disposta e contente comigo, por me ter dado esse momento. 

Experimentem também.

PS - Não façam é como eu e tenham o telefone perto da banheira que, quando vibrou, apanhei um susto tão grande que me ia afogando. Eu, se é para me afogar, não pode ser naquela posição como se fosse a parir de fininho. 

a Mãe dá - Livros a Mãe é que sabe

Vocês não vão acreditar! 

A vossa vida muda hoje. Esqueçam tudo o que fizeram até hoje! Há a vossa vida antes deste momento e depois deste momento. 

Vamos oferecer-vos 10 livros a Mãe é que sabe (não me apetece nada ir pô-los ao correio, mas pronto, depois vejo como faço isso que não há de ser a grávida a ir, estou feita). 

Nós gostamos muito do livro (ahah, claro que sim), apesar de nenhuma das duas o ter lido. É uma compilação daqueles que julgamos serem os textos essenciais dos dois primeiros anos das nossa vida enquanto mães mas, para que também não nos achem preguiçosas, também tem textos originais.

Nós vamos apresentado os capítulos à medida que os forem lendo. Têm sempre uma conversa entre as duas Joanas (nós, que horror, estou a falar de nós), em que explicamos o que nos passou pela cabeça, se é o que nos passou alguma coisa. 

Além disso, decidimos incluir os vossos comentários (não todos que, senão, iríamos ter um livro da dimensão de um Pantagruel ou algo do género), porque a verdade é que vocês fazem tanto parte deste blog como nós (ohhh, lagriminha).

Sinopse:

"Mais do que uma ida à esteticista, o que toda a mãe precisa, ainda para mais nos primeiros tempos, é sentir-se compreendida, acompanhada e confiante (quase que parecia um anúncio a pensos higiénicos agora, nós sabemos). A mãe é que sabe. E se há alguém que tenha de meter isso na cabeça somos nós, as mães. Produto de um blogue criado com muito amor mas que, à semelhança dos bebés, com muito cocó também à mistura, este é um livro que pretende ser a melhor amiga de quem esteja a passar pela maternidade (não o edifício em si, mas a aventura de ser mãe). Infelizmente, nem sempre engravidamos ao mesmo tempo que as nossas amigas e, por isso, ou fazemos um bloguezinho (ups) ou ficamos a falar com as paredes. Sabemos que não têm tempo para ler este livro, mas certificamo-nos que ficaríamos bem na prateleira - apesar de, por termos sido mães, já não termos uma prateleira em condições. Estamos convosco. Aqui está como sobrevivemos aos primeiros dois anos da Isabel e da Irene." 

Têm aqui um excerto do livro, se quiserem dar uma olhadela. 



O que têm de fazer? Muito simples.

1- Comprar um livro (ahah, a brincar). 

2 - Partilhar o post do passatempo que está no Facebook publicamente, este:


                          

3 - Comentar o mesmo post com "se não ganhar, eu compro um". ;)

4 - O sorteio há de ser por random.org e iremos anunciar os vencedores em forma de comentário no próprio post, pedindo que nos enviem uma mensagem com a morada para a nossa página. 


Anuncio os vencedores no Domingo de manhã. Se me esquecer, não é por mal, mas em princípio não me esqueço porque sou muita boa. 

5.08.2016

Queridas Joanas,

Imagem WeHeartIt


"Queridas Joanas,

Escrevo hoje porque agora a mãe sabe. Acompanhei religiosamente o vosso blogue ao longo da gravidez, assimilando conhecimento mas também muito humor e amor.

A minha Joaninha nasceu na passada segunda feira dia 2 de maio pelas 19h, com 2,430 e 46 cm. Pequenina como a mãe e calminha como o pai!!

Agora a mãe sabe o que é:
Amar incondicionalmente
Apaixonar-se de amor profundo cada dia ainda mais
Admirar cada curvinha e dobrinha
Ver se respira a cada 30 segundos
Achar que todo o choro é do nosso filho mesmo que ela seja a mais calma da enfermaria
Aguentar 30 horas de contrações e rezar à Santa Epidural
Cerrar os dentes mesmo que o bico do peito esteja um pouco gretado
Usar fraldas para a incontinência por tempo ainda indeterminado
Não conseguir rir porque repuxam os pontos
Usar camisas abertas à frente dois números acima
Arejar o peito pela casa sempre que ninguém está a ver
Ouvir 500 mil bitaites, 50% baseados em superstições da Idade Média (não comas bacalhau enquanto amamentas que a criança vai sair ranhosa, se o bebé abre a boca muitas vezes faz uma cruz de saliva na testa...)
A mãe Natacha agora sabe que este amor é para sempre!!
P.s. Só comprei as fraldas por vossa causa lol melhor dica de sempre.

Beijinhos da mãe Natacha e da Joaninha para as mães Joanas e filhas"



Um muito obrigada à Natacha, pelo email que nos enviou, pela partilha desta enorme felicidade do nascimento da Joaninha. Dá a tudo isto de "ter um blogue" um sentido de reciprocidade grande e sentimo-nos muito acarinhadas por nos confiarem os grandes momentos das vossas vidas.

[Já agora, as fraldas de que a Natacha fala são aquelas de incontinência de que vos falei aqui e aqui e que considero a melhor dica para levar na mala da maternidade, modéstia à parte. Tenho de ir comprá-las esta semana para fazer de uma vez por todas a porcaria da mala, que ando a adiar como se fosse um elefante asiático e só fosse parir lá para as 87 semanas de gestação.]
 

Fui à bruxa.

Quer dizer, não foi bem assim. A bruxa acabou por vir até mim. Ainda não é bem isto. 

Trocando por miúdos, a minha mãe, apesar da formação em psicologia e filosofia, acredita em tudo o que é energias cósmicas, maus-olhados e quebrantos. Já quando eu estava eu grávida da Isabel, pôs-me a tomar banho com sal, para equilibrar as minhas forças energéticas. Pensei "mal não me faz e se ela fica mais descansada com isto, vamos a isso". 

Hoje soube que uma senhora da terra da minha mãe pôs num prato água com azeite, fez umas rezas, falou em mim e eu estava cheia de quebranto. Eu, completamente ignorante nestas matérias, deduzo que devia estar cheia de maus-olhados e más energias no meu corpo (malditas haters... hehe). Depois das rezas, disse a minha mãe, devo ter ficado a sentir-me muito melhor.

Sou céptica. Bastante. Acredito em energias, tenho a certeza de que nos deixamos contagiar por quem estamos rodeados, tenho a certeza de que há pessoas tóxicas e que essas más energias nos podem influenciar, mas daí a meter sal e azeite ao barulho (adoro, mas num pãozinho acabado de sair do forno, com alho e oregãos) e a acreditar no poder de algumas pessoas para nos "lavarem o corpo" à distância, tenho ainda um longo caminho a percorrer. Mas como também tenho um bocadinho daquela coisa a que chamamos vulgarmente miaúfa (medinho, caganço), prefiro não gozar muito com a coisa, respeitinho e alguma distância, por que las hay las hay.  

Pensando bem, nem tenho um amuleto, um olho grego numa pulseira, nadinha de nada. E desse lado, alguma crença nestas matérias espirituais?

10 motivos para (não) ter um blog.

Sempre tive blogs toda a minha vida. Vá, desde que existe internet. Sempre tive necessidade e vontade de escrever porque, de alguma forma, não vos sei explicar bem, é assim que organizo a minha cabeça. Não consigo parar para falar comigo no dia-a-dia e isto, assim, ajuda-me a sistematizar, a perceber o que sinto, quem sou (ai que bonito).  A dificuldade e as gratificações de ter um blog dependem muito do que pretendemos com ele. Já tive vários: 

- Um diário - sem qualquer pretensão de ser lido por muita gente. Funcionando praticamente como arquivo pessoal em que publicava fotografias dos meus afazeres, contava o que tinha feito e, ocasionalmente uns desabafos mais intensos quando havia desgostos amorosos ou problemas familiares ou do género. 

- Um álbum - ser menos escrita e mais fotografia (e aqui tanto dá para ser mais no registo de diário como de portfolio se se interessarem por fotografia a sério - tive os dois). 

- Um blog artístico - com desabafos super encriptados e reflexões filosóficas da vida muito ao estilo de uma pita intensa a passar por uma fase de auto-descoberta com muito drama à mistura e não assinado.

- Este blog. Um blogue de maternidade, que funciona como diário, mas que junta reflexões, fotografias com qualidade (outras nem tanto) e com algum humor e que pretende ser lido por muita gente, por vocês. 


Os três primeiros géneros são "apenas" para gratificação pessoal (o mais importante). Ou para poupar dinheiro num psiquiatra ou para ter registo das nossas coisas partilhando com aqueles que nos apetecer (porque não havia facebook na altura e, por isso, só chegava ao endereço quem soubesse dele). Surpreendi-me porque o primeiro e o terceiro tiveram ainda muita gente a ler. Fazia um post por dia ou menos. 

Quanto a este blogue, é um blogue que dá imenso trabalho. Convém mesmo - e daí também sermos duas (para além da pluralidade) - escrever frequentemente para vocês não se esquecerem de nós. A sorte é que ambas temos aquela necessidade de escrever e de partilhar que vos falei ali ao início. 

Já estão a morrer com tanta seca? Tá bem. 

Isto tudo para dizer que os 10 motivos para ter um blog (e para não ter) dependem muito do que quiserem de um blog e, portanto, do retorno que quiserem ter. Suponhamos, só para simplificar que queriam ter um blogue de sucesso como o nosso (ahah). 

10 motivos para ter um blogue: 

1 - Podemos partilhar com um grupo grande de pessoas coisas que nos unem e que nos fazem sentir normais. 

2 - Ficamos com um arquivo muito engraçado e genuíno daquele período de tempo.

3 - Podemos um dia vir a ter um negócio com o blog, sem comprometer a qualidade dos conteúdos e não passando a ser um estendal de publicidade (bom, isso depende de cada uma). 

4 - Menos tempos mortos (porque uma mãe não está suficientemente ocupada, não é?) e sensação de se ter embarcado num projecto. De alguma forma sentimo-nos empreendedoras. 

5 - Aliviar conversas menos interessantes para os nossos amigos. 

6 - (já me estou a ver à rasca) Se escreverem muito e bem (cof... cof) fica mais de metade do trabalho  feito para publicarem um livro. 

7 - Os familiares têm acesso a informações mais detalhadas sobre o que vai na vossa cabeça (isto pode nem sempre ser bom).

8 - Podemos inspirar e informar pessoas de alternativas que poderão fazer sentido para a vida delas (só me lembrei desta agora? que chatice! as haters vão dizer "mas a do negócio lembras-te logo, sua vacarrona!). 

9 - Tirarmos dúvidas com outras mães sobre mezinhas e pedirmos opinião nalgumas decisões. 

10 - Um espaço em que escrevemos e que há alguém que nos queira ler. 

10 motivos para NÃO ter um blogue: 

1- Para se ter sucesso dá um trabalho que é só estúpido. 

2 - Temos de interromper os nossos fins-de-semana para escrever posts como é o caso. 

3 - Parece que temos de ter uma sensibilidade super apurada, uma enorme auto-censura e "medo" para não podermos dizer o que realmente pensamos e não magoarmos sempre alguém. 

4 - Demora muito tempo até se conseguir desenvolver um negócio rentável proporcional ao esforço empregue (nós ainda não conseguimos!).

5 - Temos de lidar com várias sensibilidades dentro das nossas famílias sobre o que podemos expor, que fotografias publicar, do que podemos e não podemos falar. 

6 - Estarmos completamente expostas à opinião de qualquer pessoa e termos de lidar com isso. 

7 - Ficar tudo registado nos arquivos da internet. Se fizerem uma pesquisa pelos nossos nomes vão aparecer coisas que se calhar não gostaríamos que fosse a primeira impressão que alguém tivesse de nós. 

8 - Levarmos com bocas de quem não percebe o que nós fazemos numa de "ai vai lá escrever mais um post, ó blogger", "porque eu sou blogger", blá blá. Existe um preconceito. 

9 - Termos de lidar com uma vertente "empresarial" que não nos agrada e tratar de publicidades, orçamentos, pormenores, negociações... (blergh). 

10 - Nunca podermos relaxar porque sabemos que temos de arranjar conteúdo frequentemente. 


Mais uma vez, não se aplica a TODOS os blogues. Peguei no que sinto. Somos um blogue que não se importa com a concorrência porque sabemos os benefícios que ter um blogue traz principalmente à "cabeça". E porque sentimos que não somos concorrentes umas das outras por sermos todas diferentes. 

E vocês, bloggers ou ex-bloggers, querem acrescentar alguma coisa? O link para o vosso blog nos comentários por exemplo? 

;)

5.07.2016

O nosso preferido.

Que Lisboa não nos leve a mal ou, mais concretamente, a FNAC do Alegro de Alfragide. Apesar do primeiro lançamento ter sido aquele em que esteve mais gente, em que tivémos inclusivé uma figura pública a apresentar (ou parecido, vá: o Raminhos), acho que falo pelas duas quando dizemos que este foi o nosso preferido. 

Tal poderá ser atribuído a várias coisas, mas eu acho que teve que ver muito com a estética da sala. A sala da FNAC de Almada é mais pequenina, mais acolhedora, mais escura, com paredes pretas. De certa forma, acho que isso nos fez sentir mais confortáveis por não termos que estar num "modo formal". 

Além disso, depois da experiência do primeiro, claro que já íamos mais lançadas. Não haver televisões (pessoas a fazer reportagem) também tornou tudo mais "pequeno" e mais natural. 

Fomos as duas nós próprias (não que não tenhamos sido antes), mas senti-nos mais nós, mais "as Joanas do blogue". Quero agradecer, às mães que foram, aos pais que acompanharam as mães, aos bebés, às crianças, ao senhor mais velhote que foi avó neste mesmo dia e ao Ricardo do Starbucks que decidiu aparecer para comprar um livro para a sua Tatiana que vai ser mãe do Rodrigo daqui a umas 15 semanas. 

Claro que quero agradecer à minha família (avós da Irene) e aos meus amigos por não terem falhado mas, felizmente, acho que me posso orgulhar de ser muuuito sentimentaloide e de toda a gente saber o que sinto por eles. Sabem que não me importava que não tivessem ido, mas que fiquei toda derretida por irem, ainda para mais com o temporal que estava. 

Aquilo que aprendi com "os lançamentos" do nosso livro é que este blogue nos preenche: a nós e a vocês. Só que vocês são umas sonsas e lêem uns 40 blogues ao mesmo tempo e nós dedicamo-nos em exclusivo a vocês ;) Escrever faz-nos bem, ouvir-vos também. Fazer da maternidade uma experiência colectiva torna tudo mais saudável é como aprender a nadar com pé na zona baixinha, em vez de nos estarmos pseudo a afogar na parte mais funda e a engolir pirolitos (adorei escrever esta palavra). 

Tenho de vos agradecer. A vocês que nos lêem. Têm-nos feito sentir muito acompanhadas. Não que não tenhamos amigos e família, mas vocês são aquela melhor amiga que nos percebe só de suspirarmos. 

Obrigada à Sara-a-Dias pelas ilustrações, à Marcador (e a Liliana que foi hoje <3) por ter acreditado em nós e às nossas filhas por nos inspirarem todos os dias. 

Sentimos o vosso amor. Esperamos mesmo que também sintam o nosso. 

Como disse a Joana no instagram dela: "Nós as cinco". 

a Mãe gosta! (#01)

Estamos há dois meses a viver numa aldeia a uns quilómetros de Santarém. Passam-se semanas sem ter de ir à cidade. Tenho ido muito mais à mercearia comprar fruta deliciosa, ao talho comprar carne de qualidade, à farmácia da aldeia... e por aqui tenho feito a minha vida. Mas, de vez em quando, lá vou bater perna, comer um pampilho à Bijou (sabem do que estou a falar? Se não sabem, fiquem na ignorância porque é só uma ma-ra-vi-lha e não quero ser culpada pela vossa engorda) e espreitar uma ou outra loja.

A Janete, seguidora do nosso estaminé, convidou-nos a deliciarmo-nos com a lojinha CutxiCutxi, que abriu recentemente em Santarém. Passei por lá com a minha mãe e é, de facto, uma perdição. Tudo o que tem é fofo: das roupas, aos sapatos, aos objectos de decoração... Fica uma pequena amostra do que podem encontrar por lá ou encomendar online! A Mãe gosta!




Também tem coisas bem giras para menino!


 


O que eu escolhi para a Isabel:

Apaixonei-me pelas costas desta túnica

O que escolhi para a Luísa:

Fiquei muito indecisa entre estas alpercatas e os sapatinhos cor-de-rosa do laço (umas fotos acima), mas rendi-me.

5.06.2016

Já somos famosas - Na TV7 Dias

No sábado foi assim. Já vos tinha feito um relato do lançamento do livro, mas agora, em vídeo, ficam com uma maior noção de como foi aquela horinha. Um obrigada à Andreia Costinha de Miranda, da TV7Dias, pelo profissionalismo e pela simpatia e - já agora - adorámos o resultado final. (Não sei como convenceste o meu marido a falar, mas deves ter os teus truques... Hehe Adorei ver os nossos maridões babados, que fofos). 

Amanhã - sábado - há mais! Vamos estar na Fnac do Almada Fórum, às 16 horas, para mais momentos de ramboia e parvoíce e vou dar o meu melhor para não entrar em trabalho de parto por lá. Vá, vão à Primark e aproveitam para nos ir dar um beijinho e trocar dois dedos de conversa.


Há 8 anos eu era assim (podem gozar)

Foi a minha primeira sessão fotográfica quando entrei para a Mega. O lenço não fazia parte da minha indumentária, claramente. Foi um "Ah! Isto fica tão bem!". Não, não fica. Acho que estou bem melhor agora.

Ganhamos imenso quando nos tornamos mulheres, não é? 

Não sei o que fazer às mãos. 

Sim, é aquela fase estúpida passado um mês ou dois de fazer franja.

Alguém deu um pum.

Alguém tem um torcicolo.
Aqui entre nós: estava a odiar sem fotografada.
Pareço toda extrovertida e não sei quê, mas só queria mesmo sufocar-me. 

Olhem para mim a chegar (ao mesmo sítio das outras 35542 fotos)

Parece que vou passar por baixo de um andaime baixinho.

Estou a sentir as minhas coxas pela primeira vez.

Ai que tenho a boca cheia de aparelho.

Parecia que tinha comido um pão de Deus de enfiada.


Para onde foi o coelho? 

Algemada para ir para o manicómio.

5.05.2016

Comprei a minha filha com uma bolacha.

Não faz sentido compensar os miúdos com comida. A comida não deve ser encarada como um prémio. São pediatras e especialistas a dizê-lo e basta pensarmos um bocadinho e veremos que é um raciocínio lógico. 

Mas... hoje foi o que me saiu. Não estou com facilidade em pôr-lhe a pomada da conjuntivite. Arranjei maneira dela participar na coisa: lavamos as duas as mãos, ela abre os pacotinhos das compressas esterilizadas, eu retiro a compressa, ela põe o soro na compressa e limpamos o olho. Repetimos várias vezes. Depois de limpo, ponho a pomada (já tem conjuntivite nos dois olhos) e ela deixa por, sem grande alarido. O problema vem depois: quer coçar os olhos e retirar o creme. Hoje o que me saiu foi "se não mexeres nos olhinhos a mãe dá- te uma bolacha". E ela parou e disse "boooooaaaaa!". E lá se andou a controlar até lhe dar a bolacha. Até parece um reforço positivo e algo sem mal nenhum, mas fiquei a pensar nisso. A Isabel teve fases péssimas para comer - não sei se se lembram dos meus desabafos - e, que me lembre, nunca lhe fiz este tipo de "chantagem", chamemos-lhe assim. Dar um carácter de punição ou de prémio à comida pode levar a que eles desenvolvam uma relação com a comida pouco saudável no futuro. A comida é comida, fonte de nutrientes, para eles "crescerem", ficarem "fortes" e é, cá em casa, um momento de união, de família, de brincadeiras (também já foi de choro, birras e muito, muito stress, até eu ter começado a desdramatizar). 

Não gostei da minha estratégia e só resultou - óbvio - até ter comido a bolacha. Depois lá se esqueceu do nosso "pacto" e mexeu nos olhos como quem amassa pão. 

Que estratégias usam/usavam vocês para que eles - com dois anos e picos - não tenham tanta tentação de lá ir meter a mão? Obrigada!

5.04.2016

Quando nos ligam da creche...

Quem tem filhos na creche ou na escola já deve ter passado por isto.

Há aqueles segundos entre ver escrito "creche" no visor (ou o nome que lhe tiverem atribuído) e o ato de atender em que o coração não sai disparado da boca por pouco. 
Depois os 6 segundos em que se demora a receber a notícia parecem dois minutos. Normalmente há um "está tudo bem, mãe, não se preocupe, mas..." O "mas" mata-nos um bocadinho. 

Desta vez (assim como das outras, felizmente) não foi nada de grave. Mas há o "mas" e nós nunca sabemos. O coração acelera sempre, sempre. 

Conjuntivite. Ufa. Menos mal.

Também sofrem com as chamadas da escola ou sou demasiado piegas (hipótese mais que provável! Hehe) ?

A Necas foi pela primeira vez ao cabeleireiro.

Tenho sido sempre eu a cortar-lhe o cabelo. Depois do banho, penteava e depois cortava com a tesoura das unhas. O que vale é que como ela tem o cabelo ondulado e afins, nunca se notou bem que eu tenho tanto jeito para cabeleireira como para apicultora. 


Expliquei-lhe tudinho. Expliquei-lhe que a menina ia pegar numa tesoura e que lhe ia cortar o cabelinho. Que não ia doer. Que ia ficar fresquinha e ela até estava entusiasmada. Até que... começou a chorar! Não sei se foi o por a mola na cabeça que foi feito com menos cuidado, mas só aí é que lhe caiu a ficha. Consegui controlar. Estive o tempo todo a falar com ela, a fazer-lhe perguntas, a cantar canções e ela até se distraiu.

Ficou mais fresquinha, acho que fica bem das duas maneiras - modéstia à parte, claro, mas valeu a pena. Muito mais prático, isso sim.

Foi a primeira vez no cabeleireiro, não correu mal e compensou porque um corte feito por quem tem jeito... ;) 

5.03.2016

A Mãe dá - Vencedora (mas com uma surpresa para todas!)

Já temos vencedora do passatempo em que "a Mãe dá" um PACK TOTAL de fraldas reutilizáveis Mita, desde o nascimento até aos 5/6 meses!
Daniela Esteves Pinheiro!
PARABÉNS!

Mas - esperem lá - desta vez as restantes participantes nem têm de fazer um sorriso amarelo! A Mita resolveu fazer uma SURPRESA a todas as leitoras do a Mãe é que sabe...



... um desconto de 50% direto, sem valor mínimo, em qualquer compra Mita. Assim todas podem comprar fraldas reutilizáveis para os vossos bebés! Que tal, hein? :)

Não quero ofender ninguém...

Não há mas. Não quero mesmo ofender ninguém. 

No outro dia uma amiga minha aproveitou que o filho já estava a dormir para ir dar uma volta e ir comprar roupas para ela. Disse-me que ficou chocada porque não fazia ideia da quantidade de mães a passear com filhos bebés tão tarde, depois das 10h da noite no centro comercial e que a impressão com que ficou foi que eles estavam birrentos e cansados. 

É um facto que existe uma hora apropriada para adormecer os bebés. Posso falar-vos mais disso se quiserem. Até às 9h da noite seria o ideal, mas existem outros factores que depois compensam deitar mais além da hora ideal como ver um dos pais que chega mais tarde a casa. 

Eu sou das mães que sempre respeitou ao máximo o sono da filha, até exageradamente. Sinto uma culpa grande se sair com ela à hora que ela devia estar a dormir e vir que ela está cansada ou rabugenta porque decidi levá-la comigo para fazer algo que não era "necessário". Isto sou eu. 

O que leva a que mães de bebés vão com eles tão tarde para um centro comercial? 


Neste caso é uma criança e não um bebé, mas achei piada à fotografia. 

A qualidade de vida subiu IMENSO.

Com este nome até parece que é um post publicitário da Deco (ehehe a ver se ninguém de lá lê), mas não é. 

Abriu, finalmente, na minha rua um café. Do lado onde moro não há viv'alma. Imensas lojas para arrendar, tudo e 0 de coisas úteis. Até aparecer este café abençoado. 

O Frederico lembrou-se de que eu lá fosse perguntar se podiam deixar, de fininho, o pão acabado de cozer lá à porta e eles disseram que sim!!!

Agora, todos os dias, às 7 da manhã, tenho pãozinho quentinho pendurado na maçaneta e... que qualidade de vida!

Isto para dizer: 

vejam o mesmo aí nos vossos cafés, pode ser que até iniciem um negócio bom para eles e vocês.... acordam com uma felicidade ainda maior! 

Custou-me um pouco ter lata para ir pedir, mas... compensou! 



Aquela vaca salvou-me a noite!

Acho que não é típico da Irene. Pelo que tenho falado com algumas amigas (assim parece que tenho muitas), é algo recorrente. Desde nova - principalmente pela dificuldade que tinha em pô-la a fazer as duas sestas a horas (muita ansiedade minha) - sempre que ela não dormir "o que devia dormir", era de esperar dois episódios de terrores nocturnos. Ela "acordava", passada na cabeça, sem me reconhecer, só me batia e gritava como se fosse a Sansa Stark e estivesse a ser perseguida pelo Bolton (não o Michael Bolton, apesar disso também dar direito a querer fugir e bem). Gritava, chorava e tudo de TERROR. Não era só um pesadelo manhoso como aquele que ela tem de vez em quando a dizer que tem a boca com bichos (feita estúpida disse-lhe que tinha de lavar a boca senão ficava com bichos...). 

Foi horrível para o meu coração na altura. Ainda para mais, li nalguns sítios que o melhor é só ficarmos a vigiar o episódio e não lhes tocarmos nem acordarmos para o cérebro resolver o nó e não voltar a acontecer nessa noite, mas eu não conseguia, claro (acontece normalmente na primeira metade da noite). Voltou a acontecer no outro dia. Não fez sesta ou dormiu muito muito pouco, já não me lembro e, à noite, foi mesmo o TERROR.

Rejeitava a maminha, batia-me, arranhava-me, ficava super ofendida comigo, não dizia coisa com coisa... Não sabia o que fazer. Às tantas, pensei: vou fazer uma brincadeira com ela, pode ser que isso ponha o cérebro a funcionar um bocadinho mais do lado "dos acordados".

- Irene, queres banana?

- nãooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo!

- Irene, queres um acordeão? 

- nãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaao!

- E uma vaca amarela, queres? 

- Sim!

Parou de chorar. Acordou. Continuei: "Necas, uma vaca amarela??? Não há!! É como haver cães roxos! Ou o xixi ser verde! hahaha"

Ela sorriu e deitou-se de barriga para baixo. O pai fez-lhe festinhas até adormecer e pronto. 


Obrigada, vaca amarela. 

Pior desenho de sempre!! E não fui eu a fazer, googlei e encontrei ahah. 

5.02.2016

Primeiro banho do ano

Depois de ir buscar a Isabel à escola e depois de uma birra daquelas que mete ranho a escorrer cara abaixo e sem percebermos bem o que a originou, lembrei-me: está um calor dos diabos, não há vento, este sol já não lhe faz mal, vamos lá desafiá-la a brincar com os baldes de água. Desafio aceite na hora, claro, e ficou logo bem-disposta.

Brincou, regou plantas, molhou-se toda e ainda comeu uma nêspera com a maior das satisfações (adoro os sons que faz a saborear algo). Regressei à minha infância na Perofilho, em casa da avó. Os banhos nos baldes na rua, à saída da garagem, e as subidas às nespereiras para apanhar aquelas nêsperas pequeninas mas tão saborosas, que fazem parecer que ontem comi palha. Ela gostou, é o que importa. :)

Finalmente, chegou a primavera cá a casa e bem pode ficar!

















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Gravidez não é doença, mas...

Gravidez não é doença. Certíssimo. Na primeira pude experimentar isso até ao fim, na maior das calmas e trabalhei até uma semana e picos antes da Isabel nascer. Enjoos no início (nos primeiros 4 meses, vá), uns desconfortos normais de fim de gravidez, muito chichi, mas nem de retenção de líquidos ou de azia me pude queixar.

Nesta gravidez, tudo perfeito até agora. Nos últimos meses, andava fresca que nem uma alface, sem grandes desconfortos, nem sequer necessidade de ir à casa de banho de 5 em 5 minutos. 

Mas ontem... ontem fui apanhada por umas dores que sim senhor. Acho que até tenho alta tolerância à dor, atenção. Já tive pedras nos rins, já arranquei cisos, já tive um parto e pontos até mais não, custa-me zero ser picada para análises e não sou de guinchar muito. Acho que para me queixar à séria (e chorar de dores físicas) é preciso bastante. Ora, ontem senti umas dores na zona pélvica, debaixo da barriga, virilhas e vagina que "Deus me acuda". Difícil de explicar. Dores musculares, ossos, choques eléctricos, murraças... eu sei lá. Quando queria dar dois passos, levantar-me da cama, virar-me na cama (só me sentia bem deitada de lado) era um vê se te avias.
Tive amigas que me disseram que podia ser disfunção da sínfise pública, que tinham tido na gravidez e que só passou depois do parto. No fundo é uma inflamação das articulações, resultado do maior relaxamento e movimento dessas articulações, depois de se libertar a hormona relaxina. O corpo prepara-se para o parto, cria condições, mas essas condições podem dar nisto, com o excessivo à-vontadinha que se dá às articulações e depois elas andam ali mais laças e mais desalinhadas (se houver por aí gente que perceba mesmo disto e estiver a dizer algum disparate, corrijam-me por favor). Pois que elas andaram com dores destas semanas atrás de semanas (e uma delas só teve a filha às 41semanas e 4 dias), disseram-me que não havia muito a fazer e eu só pensava: como vou aguentar estas dores de ir às lágrimas durante semanas?

Fui ao hospital tentar perceber o que teria efectivamente. O médico viu-me, fiz ecografia, mandou-me fazer CTG, paracetamol para a veia e soro, análise à urina (não por esta ordem). Melhorei. Sem ficar perfeita, já conseguia andar. Tive muitas contracções (confesso que não tinha sentido nem uma em casa, mas com o alívio das dores pélvicas, senti-as e bem). Não lhe pareceu a tal disfunção, mas sim dores resultantes das contracções de treino e o meu corpo a preparar-se para o grande evento. De qualquer forma, se voltarem em grande, volto lá. Muita hidratação e descanso. A tentar cumprir, que a Luisinha tem ainda umas boas semanas pela frente na minha barriga!

Ontem, durante as 3 horas em que lá estive, claro que tudo me passou pela cabeça: "ora, se nasce hoje não tenho aqui as malas", "também, se nascer hoje as roupas não lhe iriam servir mesmo, que seria prematura", "que parvoíce, não vai nascer nada", "ui! nova contracção, já? ai tu queres ver?", "a Isabel vai ficar "sem mãe" a dar-lhe colo e cavalitas menos um mês do que o previsto?", "tenho fome e quero pato à pequim com arroz chao chao". Demasiadas sinapses a ocorrerem no meu cérebro.

Hoje, sinto-me melhor que ontem (já não choro a andar, nem perto), já tive algumas contracções, mas muito espaçadas, e estou calma. De esforço físico só: idas à casa de banho, fazer um almoço rápido, apanhar a roupa estendida e ir buscar a Isabel à creche. De resto, estou a fazer um buraco no colchão da cama, com o meu peso. :)

Agora é optimismo e bola para a frente (só de pensar nas coisas bem piores que algumas mães sofrem na gravidez, isto é peanuts).


O almoço de hoje, para compensar alguns dos estragos que tenho feito, todo o santo dia:

Uma foto publicada por Joana Paixão Brás (@joanapaixaobras) a


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