5.03.2016

Aquela vaca salvou-me a noite!

Acho que não é típico da Irene. Pelo que tenho falado com algumas amigas (assim parece que tenho muitas), é algo recorrente. Desde nova - principalmente pela dificuldade que tinha em pô-la a fazer as duas sestas a horas (muita ansiedade minha) - sempre que ela não dormir "o que devia dormir", era de esperar dois episódios de terrores nocturnos. Ela "acordava", passada na cabeça, sem me reconhecer, só me batia e gritava como se fosse a Sansa Stark e estivesse a ser perseguida pelo Bolton (não o Michael Bolton, apesar disso também dar direito a querer fugir e bem). Gritava, chorava e tudo de TERROR. Não era só um pesadelo manhoso como aquele que ela tem de vez em quando a dizer que tem a boca com bichos (feita estúpida disse-lhe que tinha de lavar a boca senão ficava com bichos...). 

Foi horrível para o meu coração na altura. Ainda para mais, li nalguns sítios que o melhor é só ficarmos a vigiar o episódio e não lhes tocarmos nem acordarmos para o cérebro resolver o nó e não voltar a acontecer nessa noite, mas eu não conseguia, claro (acontece normalmente na primeira metade da noite). Voltou a acontecer no outro dia. Não fez sesta ou dormiu muito muito pouco, já não me lembro e, à noite, foi mesmo o TERROR.

Rejeitava a maminha, batia-me, arranhava-me, ficava super ofendida comigo, não dizia coisa com coisa... Não sabia o que fazer. Às tantas, pensei: vou fazer uma brincadeira com ela, pode ser que isso ponha o cérebro a funcionar um bocadinho mais do lado "dos acordados".

- Irene, queres banana?

- nãooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo!

- Irene, queres um acordeão? 

- nãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaao!

- E uma vaca amarela, queres? 

- Sim!

Parou de chorar. Acordou. Continuei: "Necas, uma vaca amarela??? Não há!! É como haver cães roxos! Ou o xixi ser verde! hahaha"

Ela sorriu e deitou-se de barriga para baixo. O pai fez-lhe festinhas até adormecer e pronto. 


Obrigada, vaca amarela. 

Pior desenho de sempre!! E não fui eu a fazer, googlei e encontrei ahah. 

5.02.2016

Primeiro banho do ano

Depois de ir buscar a Isabel à escola e depois de uma birra daquelas que mete ranho a escorrer cara abaixo e sem percebermos bem o que a originou, lembrei-me: está um calor dos diabos, não há vento, este sol já não lhe faz mal, vamos lá desafiá-la a brincar com os baldes de água. Desafio aceite na hora, claro, e ficou logo bem-disposta.

Brincou, regou plantas, molhou-se toda e ainda comeu uma nêspera com a maior das satisfações (adoro os sons que faz a saborear algo). Regressei à minha infância na Perofilho, em casa da avó. Os banhos nos baldes na rua, à saída da garagem, e as subidas às nespereiras para apanhar aquelas nêsperas pequeninas mas tão saborosas, que fazem parecer que ontem comi palha. Ela gostou, é o que importa. :)

Finalmente, chegou a primavera cá a casa e bem pode ficar!

















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