2.26.2016

"Aproveita a gravidez para dormir muito..."

Foi o que disseram à Sara-a-dias, que está prestes, prestes a conhecer a Salomé.
Aproveita para dormir muito. Descansa tudo o que puderes, diziam.


Pois, pois. Mais alguém com insónias e xixi e desconfortos vários na gravidez? :)

2.25.2016

Pareço um vampiro

Epa, epa, epa. Não me lembro de tal coisa na outra gravidez. Pareço um vampiro. Mesmo. Tenho as gengivas (ou gengives, como se ouve por aí) completamente lixadas. Já comprei uma escova de dentes molinha, mas mesmo assim, dava para fazer um arroz de cabidela. Desculpem se já estão todas enojadas, mas este tema só lá vai com humor. Mais alguma dica para solucionar isto?



Obrigadinha.

Paizinho, Vírgula!

Já conhecem? Já conhecem? Já conhecem? Como NÃO? :)

Sou fã do Paizinho, Vírgula! e dos vídeos deste pai. Tudo faz sentido para mim. É assim que penso. É este o meu objectivo e modelo de parentalidade. É aquilo que o meu coração de mãe sente e aquilo a que me proponho ser e fazer.


Percam (ganhem!) uns minutinhos a ver alguns vídeos (ainda por cima com sentido de humor). Pode ser que vos ajude a compreender estes seres fantásticos e desafiadores que temos em casa.

2.24.2016

Sim. Estou grávida e como sushi.

Antes que comecem a chamar-me irresponsável, vamos lá a confissões. Estou grávida e como sushi. Não como todos os dias. Não como em todos os restaurantes e em todas as tascas de centro comercial. Não como tudo. Mas como.

Não quero influenciar ninguém com as minhas escolhas. Somos todas adultas, certo? Esta é a minha escolha. Pedi opinião à minha obstetra, logo na gravidez na Isabel, e ela liberou, com a maior das calmas. Disse-me apenas para ter cuidado na escolha dos restaurantes. Depois, pus-me a ler algumas coisas, quando uma amiga me disse que não comia sushi porque não era imune à toxoplasmose. Aquilo fez-me confusão e não percebi como é que os peixes apanhariam o toxoplasma... E, de facto, zero a ver com isso (basta não comer sushi com vegetais e morangos, etc, que não deverá haver esse perigo).
Agora, o peixe pode conter parasitas prejudiciais à saúde... pode. O peixe de alto mar pode ter níveis altos de mercúrio... pode. Podemos apanhar uma intoxicação alimentar, podemos. Há o risco de listeriose, há. Alimentos mal lavados, mal preparados e mal acondicionados (até num arroz reaquecido pode haver esse risco). Portanto, e não sendo fundamentalista em quase nada na alimentação durante a gravidez, escolhendo sítios de confiança, sim, corro esses riscos umas duas vezes por mês. Opção minha.

Posto isto, grávidas que comam sushi e não grávidas, pessoas em geral, deixem-me que vos apresente este novo restaurante que conheci ontem, num almoço de bloggers, o SushiRibeira (Arigatô) e que me conquistou desde o primeiro olhar (sim, os olhos também comem). As gyosas são qualquer coisa. O sushi é delicioso. O ceviche que vem numa crosta (têm um prato com várias coisa de fusão) é muito bom. Ainda provei uma massa muito boa (também têm opções de pratos cozinhados). E a sobremesa... aquele brownie com gelado de chá verde, senhoras... senhoras! Ainda hoje babei a olhar para ele.


Grávidas proibidas de comer sushi, pensem: já faltam poucos meses. Está quaseeeeee. Quando saírem da quarentena, vão desforrar-se e experimentar o menu degustação do SushiRibeira, que vale muito a pena.


Anónimos a criticar a minha escolha em 3, 2, 1... :)

Grávidas e atacadores.

Quem não? :) Hahahaha

Sara-a-dias sempre em altas!

Atacadores.

Tirem as roupas de criança dos sites de criança! Já!

TIREM AS ROUPAS DE CRIANÇA DOS SITES DE CRIANÇA!

Porquê? Porquê? Quero! Quero! Quero!

(a avó materna já está na posse desta lista, visto que a Irene está quase a fazer anos, a avó paterna também pode tirar ideias - tire, pff hehehehe)

ZARA




















ZIPPY













H&M










É, não é?

Pois.

Hacks de uma mãe despachada (#01)

Eu não sou a mãe mais despachada à face da terra, longe disso. Porém, com o tempo lá vamos arranjando uma maneira mais fácil (para nós) de fazer as coisas.

A Irene tem pele atópica e reage mal a toalhitas e a produtos para limpar o rabinho. Borrifei-me (literalmente) para tudo e agora uso só água. Até passei por uma fase em que pus um bocadinho de bicarbonato de sódio nessa água (só para contrabalançar o PH porque ela estava muito assada), mas água parece ser mesmo a melhor solução. 

Usamos, então, um borrifador que comprei na Tiger (1 euro) e as compressas de tecido não tecido mas de tecido que afinal não são de tecido porque não sei quê. É tipo este que está aqui em baixo mas um pouco mais giro, claro. 




Partilhem aqui como comentário os vossos hacks que nos próximos posts até posso divulgar as vossas ideias e os vossos hacks para passarmos todas a ter o trabalho mais facilitado ;)

Tive de disfarçar que estava a chorar.

Tive mesmo. Não queria mesmo que a Irene percebesse que a mãe estava a chorar porque iria entender mal a situação.

Estava a adormecê-la ontem, no registo dos miminhos que vos falei - tenho adorado (aqui) e, como queria ver se ela se começava a acalmar disse:

- A mãe está cansada, podes, por favor, tentar fazer ó-ó?

- A mãe está triste?

- Não, a mãe está sempre contente, sabes porquê?

- Porquê?

- Porque gosta muito muito de ti. 

Ela sorriu e abraçou-me com muita força ao mesmo tempo que fazia aquele barulho que fazemos quando apertamos alguém...

Tive de disfarçar, mas caíram-me lágrimas... ;) E sabem o melhor? Adormeceu. Virou-se de barriga para baixo, ainda mexeu um bocadinho as perninhas e isso, mas adormeceu.




Parece a gozar, mas não é...

Agora, o que é a gozar é que o diálogo tivesse sido exactamente assim. A versão verdadeira é esta:

- A mãe está cansada, podes, por favor, tentar fazer ó-ó?

- Tite, mamã!

- Não, a mãe está sempre contente, sabes porquê?

- Sim. 

- Porque gosta muito muito de ti. 

Ser mãe é estar apaixonada todos os dias.

Última semana na creche de sempre

Ui. Como vos explicar o quão pequenino o meu coração está?

Imaginem terem de deixar a vossa filha, tão bebé, com desconhecidos. Imaginem que a vossa filha conheceu estas pessoas com 5 meses e meio (aqui). Imaginem que, no meio de tantas inseguranças (normais de mãe) com leitinho, depois sopas, colo, sestas, amor, atenção, doenças, tudo corre bem. Que a vossa filha se habituou de uma forma fácil ao ambiente e às pessoas (aqui). Que tem uma amiguinha, a Laura, com umas bochechas maravilhosas e um sorriso lindo, que está com ela desde o início.


Nem precisa de legenda. Foi a 1 de setembro de 2014.

Imaginem que aquele bocado de coração que vos foi roubado no início, voltou a crescer e que se apercebem que a vossa filha gosta de lá estar, que é feliz, que foi bem tratada, estimulada, acarinhada. Que lhe deram muito colinho. E regras. E que por lá come sempre sopa (coisa que em casa é quando o rei faz anos...). Que sabe de cor o nome de todas as educadoras e auxiliares (chateia-me chamar-lhes auxiliares, por mim ficam todas educadoras!). Que não gosta muito quando a vamos buscar mais cedo. Que corre para a aula de música às terças feiras (mesmo que vá sempre atrasada, pais desnaturados!) e que em casa pede para lhe pôr as músicas da Vera (professora de música), que já sabe trautear. Que já consegue fazer um resumo do que fez no dia, que me conta se fez cocó ou xixi na sanita, toda orgulhosa.
Imaginem agora que este ano e meio foi bem melhor do que esperaram no início. Que tudo se fez, que a bebé se tornou numa criança traquinas (e que faz moche aos colegas...) mas também carinhosa, que dá beijinhos à Ana e à Guida e que adora a Lola e a Ana e a Fátima e "todaaaas", como ela diz. Sinto-a feliz ali. E vai acabar.

"Obrigada por me terem ajudado a crescer" é a frase que mais se vê por aí escrita nas lembranças que se oferece às educadoras.

Eu agradeço por terem ajudado a Isabel a crescer. Mas também por terem ajudado esta mãe e este pai a sentirem-se um bocadinho menos culpados, quando se atrasam a ir buscá-la, por saberem que ela está bem entregue. Por estarem lá, quando nós não estamos. Por terem sido a segunda casa dela, numa fase tão importante no seu desenvolvimento. Por terem passado mais horas com ela do que nós e por terem dado tanto de vós. Reconheço que o vosso trabalho é muito, mas muito cansativo e de uma enorme paciência e responsabilidade, mas tenho a certeza de que também compensador. Que se lembrem sempre do sorriso da Isabel, das caretas e disparates. Ela não se vai lembrar de vocês daqui a uns anos, mas eu farei questão de lhe contar que foi muito feliz aí.

Obrigada.


2.23.2016

Coisas que uma mãe feliz faz.

Já estive do outro lado, do lado infeliz, do lado cansado... ao mesmo tempo que, por uns minutos, tinha laivos do lado feliz da maternidade. Esta mudança deveu-se muito a dormir melhor (já vos falei disso aqui e aqui), mas também a tratar da minha ansiedade (aqui) e a voltar a trabalhar (aqui). 

Já chega de links, caramba. 

Mais fotos aqui


Coisas que noto em mim, agora que está tudo mais calmo: 
(não sei quanto tempo durará, mas sei que não será assim sempre e para sempre)

  • Quando a Irene me chama de manhã para acordar, vou cheia de vontade de a ver e entro no quarto com alegria e a brincar com ela e cheia de vontade de a mimar. - Dantes entrava triste, cabisbaixa, sem lhe passar alegria nenhuma por estar tão cansada e até zangada por ter sido acordada. 
  • Consigo arranjar estratégias mais criativas para contornar problemas temperamentais. Dantes, assim que ela me dissesse que não queria trocar a fralda (assim que acorda), ficava logo enervada. Agora, brinco e lá se muda a fralda até de uma maneira divertida. 
  • Tenho mais vontade de a integrar nas minhas tarefas. Em vez de a privar de ver a mãe a cozinhar (como se  eu cozinhasse) ou a maquilhar-se, tenho vontade de lhe mostrar o que são batons, as cores, etc. Dantes ela ficaria excluída e dir-lhe-ia só "isto é dos crescidos". 
  • Preparo-lhe os lanchinhos (e para mim também). Ontem lavei e cortei os morangos todos para, sempre que ela quiser, ser só servir. 
  • Presto mais atenção aos detalhes dela. Às vezes ela anda com as unhas mais tortas ou com o cabelo menos penteado ou, quando vamos à rua, visto-lhe a primeira coisa que me aparece à frente. Agora, até as unhas limei, tive finalmente paciência para inventar uma brincadeira para lhe conseguir secar o cabelo, ponho-lhe creminho da cara na cara, faço-lhe massagens nos pés depois do banho e escolho com imenso gosto e carinho a roupa que ela vai usar (se depois resulta, isso é outra coisa). 
  • Menos ipad e mais livros. Estou mais disponível para lhe dar de comer e para lhe contar histórias e ler coisas que impliquem paciência e não a despacho para o ipad. 
  • Mais dança! Mais vontade de por música a tocar, inventar coreografias, mais actividade física. 
  • Mais gosto em adormecê-la. Adormecê-la deixou de ser uma tortura e passou a ser um momento maravilhoso em que contemplo e saboreio e depois sinto um prazer enorme em que ela se "entregue ao sono" por se sentir protegida pela mãe que está ali ao lado dela. 
  • Mais carinho físico. Acaricio-a mais vezes, dou-lhe mais mimos, olho mais para ela, sorrimos mais juntas. Há mais silêncio. 
  • Maior vontade de fazer planos diferentes. Principalmente agora que o tempo não tem estado grande espingarda, apetece-me ensiná-la a descascar a banana para os bolos, a mexer nos ovos cozidos, a experimentar aulas de natação (ainda tenho de ir ver disto).
  • Vejo-a mais como ela é e o crescimento dela. O tempo abranda um bocadinho e consigo vê-la a crescer, que qualidades tem, como será a personalidade dela...
Isto tudo para vos dizer: se tiverem algo que vos esteja a impedir de serem felizes, resolvam! Ajam! Cada dia que passa é mais um que poderia ter sido muito mais fabuloso. E o bom disto é que, assim que descubramos como é bom quando as coisas correm assim, não queremos outra coisa e facilmente voltamos ao nosso equilíbrio. 

Assim, sim! ;)

2.22.2016

Vamos viver para o campo!


É esta a paisagem que vemos, quando abrimos a porta. Em cada fresta da janela, verde, natureza. O Pipo e o Sunny correm lá fora. A Isabel adora acordar ali. E é ali que vamos estar nos próximos meses. Não sabemos quantos, nem isso agora interessa. É ir vivendo, ao sabor dos dias. Assim, de pijama com sandálias e casacos, a aproveitar todos os momentos. "Rua" é a palavra que a Isabel mais pronuncia naquela casa. E vai ser isso mesmo, filha. Rua! Rua, erva, flores, passarinhos. Galochas, poças, terra, joaninhas. Tudo nosso, para exploramos, com tempo, devagarinho. Tão devagarinho que vou jurar que vejo o teu cabelo crescer, milímetro a milímetro.
 
Eu volto a casa. À família, aos mimos da minha mãe, a poucos quilómetros da avó Rosel, dos meus tios e primos. Volto a uma calma que me apaziguava quando conseguia respirar aquele ar, nas poucas horas do fim-de-semana. É o fim do choro no carro durante uma hora quando apanhávamos trânsito, depois da creche. É o fim de tantas horas separadas. Vou busca-la mais cedo e ainda vamos ter um dia pela frente para fazer pinturas, para apanhar as pedrinhas do chão. É liberdade. É família e ajuda. Sinto que estou a regressar a casa. Sinto que estou a regressar a mim. 
 
Está quase.

Eles são tãooo queridos (e não falo dos bebés)

Opá, o que me derreti com isto que aconteceu...

Veio a Bububox que já vos falámos aqui no blog (e que ambas adoramos o conceito) e, na caixa, veio um pacote de massa orgânica em forma de animais. Costumamos usar massinhas das estrelinhas e das letrinhas, mas a Irene foi ao rubro com estas massas, por terem tartarugas e leões e girafas.

Pedi ao pai para ir cozendo a massa enquanto íamos a caminho de casa da aula de música e ele lá fez. Quando lá cheguei ele olhou para mim com um ar triste e disse: 

- olha, não sei se isto da massa é  boa ideia...
- então, amor? 
- ela vai ver que são animais e há alguns que ficaram maltratados... há girafas sem cabeça, ursos sem corpo...
- awwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwww

Eles podem não se preocupar com as mesmas coisas que nós ou até parecer que não se preocupam com grande coisa, mas esta preocupação é maravilhosa, não é? AMOROSO!!! Dá-me vontade de lhe apertar as bochechas. 

Acho que a massa ainda não se vende cá em Portugal, mas há de se vender!