1.28.2016

"Esse bebé não existe".

Sou amiga da autora no Facebook e até recentemente fui a uma consulta com ela para falarmos do sono da Irene. A Joana Paixão Brás leu este post (que a Constança fez no seu próprio Facebook) e pediu para falarmos com ela para saber se podíamos publicar aqui porque é importante. É mesmo muito importante. Espero que ajude algumas de vocês e que vocês ajudem outras mães a pensar assim, com o ritmo certo. Falei sobre o livro da Constança aqui




"A Raquel estava preparada para ter um pós-parto organizado e tranquilo. Como muitas de nós, visualizou-se a viver as semanas após o nascimento da Carolina da mesma forma como vivia habitualmente: com tudo sob controlo. Portanto, eu entendi perfeitamente o que a Raquel me quis dizer quando soluçou ao telefone: “isto não é como eu pensava”.

O que estava a passar-se com a Raquel era que a Carolina estava a ocupar-lhe todo o dia e isso apanhou-a de surpresa.

«Dou-lhe de mamar e ela mama durante quase uma hora. Depois mudo-lhe a fralda e penso que agora ela irá dormir, mas ela não quer ficar na alcofa e chora. Tento acalmá-la, só sossega ao colo, comigo a andar pela casa. Dormita dez minutos e acorda. 
Quando dou por mim já está novamente a pedir mama e eu não fiz mais nada entretanto. Depois tudo recomeça. Não consigo fazer mais nada. Não faço nada o dia todo».

Muitas mães reconhecem-se neste relato da Raquel. 
Não se passa nada com a Carolina, ela está só a ser um bebé de três semanas. 
Mas a exigência e a continuidade de cuidados que um recém-nascido precisa são quase sempre muito maiores do que aquilo que alguma vez pudemos antecipar.

Porquê? 
Porque nos preparamos para cuidar de um bebé “cache”, quando na verdade os nossos bebés são bebés “carry”. Precisam dos nossos braços, quase tanto como precisaram do nosso útero. Partimos do princípio de que se formos organizadas e metódicas e rigorosas, tudo estará sob controlo.

De que teremos “rotinas” e que o bebé vai mamar de três em três horas e que depois dormirá sossegado e que, enquanto o bebé dorme, nós conseguiremos arrumar a casa ou cozinhar ou enviar emails, ou tomar um duche relaxante.

Quando isso não acontece, e na maioria dos casos, não acontece, sentimos que algo está a falhar. No caso da Raquel, ela própria sentia-se a falhar: “O que é que eu estou a fazer de errado para ela não querer ficar sozinha?”.

(...)
A primeira coisa que eu tenho que dizer à Raquel é que o que está errado não é ela, nem é a Carolina. O que está errado para a maior parte de nós é a ideia de que o pós-parto é algo que devamos “gerir”, como se gere um desafio no trabalho.

Inconscientemente, continuamos a procurar o bebé dos livros que lemos, sem saber que esse bebé não existe. Continuamos a acreditar nas mamãs de revista, que mantêm a casa impecável e cabem na roupa de antes da gravidez quinze dias depois de terem tido um bebé.

Procuramos em nós essa mulher, procuramos no nosso filho esse bebé e não encontramos.

Pois bem, para começar o caminho de verdadeiro entendimento com o bebé que temos no colo e com a mãe que nasce em nós, é preciso despedirmo-nos sem pena dessa mãe e bebé imaginário que na verdade nunca existiram a não ser na nossa cabeça"

Constança Cordeiro Ferreira in "Os Bebés Também Querem Dormir" (ed. Materia Prima, Abril 2015)

Imagem: Nikki McLure

Truques para não falhar uma dieta (de quem já perdeu 10kgs num mês)

Lá vou ter que contextualizar outra vez porque nem toda a gente lê o blog todos os dias e a toda a hora. Estou a passar por um processo de rebranding da minha pessoa, estou a melhorar-me: comecei por dentro (hipnoterapia e tal) e agora estou (continuando a trabalhar "por dentro") a continuar o trabalho para fora (cuidar da minha imagem: maquilhagem, cabelo, roupa, dieta, etc). 

Contei-vos que perdi mais de 10kgs num mês e o que aconteceu no mês seguinte? Chafurdei. Não chafurdei loucamente, não passei a comer pizza, mas fui comendo mais vezes o que a Irene deixava no prato, papei meio hambúrguer cheio de gordura que o Frederico jantou, etc. 

Pior que tudo? Fui enganada. 


Bom, para que não vos aconteça o mesmo que a mim, aqui vão algumas dicas: 

  • Uma dieta tem de ser algo razoável e que saibamos que é possível de cumprir e que não começamos a ganhar um tom diferente de pele. Todas as dietas que não sejam minimamente variadas, não nos ajudam em nada. A ideia é emagrecer e depois ganhar um estilo de vida saudável e não voltar ao mesmo. Não convém andarmos a restringir-nos à louca para depois sentirmos aquela noção de alívio quando "pecamos". Sejamos razoáveis. Não à dieta das maçãs, não há dieta da rúcula ou do burrié. 

  • É pura matemática: temos de comer menos daquilo que gastamos. Se quisermos comer mais, temos de gastar mais, mas isto não significa passar fome. Eu, por exemplo, sou compulsiva. Sinto que tenho de estar sempre a comer (acho que substituí o vício do tabaco por isto) e tenho estado sempre a comer - principalmente no último mês hahah. Há alternativas porreiras (com tino): as frutas desidratadas, bolachas em saquetas individuais com menos 100kcal, fruta, cenoura cortada aos pedacinhos, aipo, pipocas salgadas. O limite é a nossa imaginação. É mesmo. 

  • Parece estúpido, mas convém mesmo comer nas horas que se diz por aí. Se saltarmos uma dessas refeições de "duas em duas horas", o nosso cérebro acha por bem chafurdar na seguinte. Só dificultamos a vida a nós próprias. Salto muitas vezes o lanche e depois ando toda lambona a olhar para tudo o que tenho em cima do balcão da cozinha. Até já cheguei a lançar um ar maroto à caixa do sal. 

  • Se forem como eu e perfeitamente ignorantes em matéria de comida saudável, isto é importantíssimo: LÁ POR ESTAR À VENDA NO VITAMINAS OU NO CELEIRO, NÃO QUER DIZER QUE NÃO ENGORDE (nota-se muito o trauma?). Está a custar-me imenso a separação que vou ter de por em prática agora com os meu muesli de frutos vermelhos (celeiro) porque aquilo tem açúcar. Andei a mamar um puré de banana, iogurte e cereais praticamente todos os dias (vitaminas) e vim a saber que o puré de banana tem açúcar, assim como os cereais... Sim, fui apanhada neste clássico e deveria ter percebido quando vi pastéis de nata à venda que nem tudo é porreiro para quem faz dietas. Burra. 

  • Isto é como deixar de fumar. Não se pode depois fumar um cigarrinho aqui e outro ali. Até porque podíamos já ter feito desmame de açúcar e estar tudo a ser mais simples para nós e emborcando aqueles dois palmiers a tomar café com a Joana (tão bons) fez com que o  meu corpo achasse que agora precisa de comer dois palmiers todos os dias. Para quem consiga manter o equilibrio, melhor. O meu raciocínio, infelizmente é mais: "perdido por 100...". E daí ter emborcado dois palmiers e não um. 

  • Façam escolhas informadas. Às vezes poderão estar a abdicar das vossas bolachas preferidas e essas nem são tão más comparando com as que se dizem "digestivas". Hoje foi dia de consulta de nutrição na Clínica do Tempo (apareci toda envergonhada por andar a claudicar - sim, fazer Cláudios) e o nutricionista falou-me neste site que nos diz qual é o mal menor por ter os ingredientes todos escarrapachados e calorias. Se nos apetecer comer uma banana em vez de uma maçã, depois onde podemos ir compensar, etc. 

  • Não entrem em negação, caramba! O nosso cérebro entra em survival mode nalgumas alturas e quando não nos queremos pesar (já disse o nutricionista de hoje) é exactamente mais quando nos devemos pesar. Mais vale estar atentas aos pequenos gramas do que depois darem por vocês e terem mais 10kgs no bucho como foi o meu caso. 

  • Não deixem a compra de roupa mais pequena para o "final da dieta". Tinha perdido 10kgs e não saboreei essa vitória. Não me sentia mais magra porque andava a vestir a mesma roupa de sempre. Pelo que, devagarinho, a dieta foi sendo esquecida porque parecia não servir nenhum propósito. 

  • Levem comida de casa. Sempre. Não se aventurem a cheirar e a chorar quando forem comprar comida aos centros comerciais. Aquele cheiro a pita shoarma ou a cheeseburguer é pior que candidíase. 

  • Não façam dietas à parva só porque sim. Respeitem-se e aos vossos timings. Comecem só mesmo quando querem começar e se a cena for logo "começo para  a semana", já estão a começar mal. É hoje. Não é segunda.

  • Caso façam asneira, não está tudo perdido. Compensam no dia seguinte com motivação extra para fazer tudo bem - este raciocínio é que está certo! 

Dicas de quem perdeu 10kgs há dois meses num mês e de quem só perdeu 1kg neste. ;)

Querem acrescentar mais umas quantas? 

1.27.2016

Sabem maquilhar-se?

Antes de ser mãe não me maquilhava. Só quando subia a palco é que punha "um pó" porque tenho rosácea e, corada dos nervos, sentia que ficava num lugar desfavorável para fazer "humor", para gozar com a "normalidade e anormalidade" - estou a usar muitas aspas, não estou?

Quando engravidei quis passar a ser mais vaidosa e quando voltei ao trabalho isso materializou-se, agora maquilho-me todos os dias, excepto de vez em quando ao fim-de-semana para também deixar o focinho respirar. 

Não sei se tenho ou não jeito, sei que fico com melhor aspecto - é o que interessa. Ando louca com uma marca de maquilhagem (demasiado cara, porra) só porque tem embalagens bonitas e sempre que recebo tenho de ir comprar qualquer coisa (nunca, mas nunca gastei dinheiro com coisas destas). 

Uma coisa que noto é que: quanto mais preciso que a maquilhagem fique bem feita (no dia da foto tinhamos - a Joana e eu - uma entrevista filmada) é quando tudo corre mal. 

No meu instagram aqui

Tenho várias dificuldades: o risco com eyeliner, acabar o risco fora do olho de maneira a não parecer um pouco menina da vida, as sobrancelhas que uma vez arranjei e fiquei com ar de quem me tinha posto uma daquelas escovas dos biberões no rabo, por lápis na parte de baixo dos olhos sem que, passado uma hora pareça que estive a chorar numa posição fetal por baixo do chuveiro, por blush quando já tenho uma cor de quem parece que faz aquilo das saunas da Islândia... 

Vocês sabem maquilhar-se? Como é que aprenderam? Só este ano percebi que a base nunca me ficou bem porque não esfoliava a pele e era por isso que parecia que tinha feito digitinta na cara... 

Já sei que tenho uma sobrancelha maior que a outra, mas estou traumatizada! 

Ele exigiu ser o primeiro a ver o filho.

Aqui na rádio almoçamos todos os dias em conjunto porque trazemos todos comida de casa ou vamos comprar "ali" para trazermos para cá e comermos em equipa. É um momento em que se fala da actualidade, de parvoíce, de... cientologia (caso de hoje, falámos sobre um documentário que o Rui Pêgo e eu vimos na Netflix - muito muito interessante) e de partos. 

Fiquei a saber (vou confirmar) pelo meu informadíssimo colega David Carronha que o facto de parirmos deitadas (e não de cócoras como será, talvez, a nossa posição normal para expelir coisas e seres humanos do nosso corpo) por causa de Luís XIV. O Luisinho pediu que a moça se deitasse porque exigia ser o primeiro a ver a criança. 

Provavelmente só veria mesmo a criança que, na altura, não imagino as mulheres andarem a depilar-se com pedacinhos de menir (sim, eu sei que as épocas histórias estão um pouco distantes).

Acabei de confirmar, aqui, que há mais gente a partilhar a mesma informação do meu colega: 

"A posição que a mulher adota durante as últimas fases do trabalho de parto pode variar, desde sentada nas cadeiras e banquinhos usados na Europa medieval (que só se modificou no reinado de Luís XIV, quando os obstetras convenceram as amantes do rei a dar à luz deitadas em mesas demodo a que aquele, escondido atrás de uma cortina, pudesse ver tudo)[apud Pete M. Dunn, "Obstetric Delivery Today", Lancet, April 10, 1976.], até balançar pendurada nas traves da cabana. A posição mais freqüentemente adotada, e que é também a mais vantajosa do ponto de vista fisiológico, é com as costas curvadas, os joelhos fletidos e os músculos que percorrem a parte interior das coxas descontraídas..." 

Que opinião ficaram do Luís? Um rapaz que é capaz de ficar excitadinhos com imagens semelhante à de um talho por ser limpo ou um pai que quer estar tão presente ao ponto de querer ver tudo o que acontece? Será que tudo seria diferente se Luís XIV tivesse acesso ao youporn? Ou será que era extremamente obsessivo e queria só ver se nenhum obstetra estava com um sorrisinho maroto? 

Seja como for e ainda nada investiguei sobre o parto mais natural ou todo natural ou em cima de uma couve lombarda, é assustadora a quantidade de mutações que fizemos na nossa natureza no nosso meio que nos poderão estar a prejudicar. 

Daqui.

Quantas mais coisas não serão necessárias mas que estão instituídas porque ninguém se dá ao trabalho de pensar nisso ou porque, se se dá, a inércia e ou os lobbies se ocupam de abafar qualquer tipo de pensamento mais (adoro esta expressão) fora da caixa? 

Desde que fui mãe que tento interpelar-me mais sobre as coisas. Não quero acabar a ser uma velha chata cheia de teorias de conspiração a quem os netos chamarão da avó Tan-Tan, mas a partir do momento em que impingem o leite de vaca como se fosse uma necessidade do ser humano e todos nós acreditamos nisso... Que outras mil e tal coisas andamos a fazer/comer/pensar/comprar/respirar/usar que nos fazem mal, que não são necessárias, que servem apenas para alimentar alguma indústria?

Não, não sou hippie mas também acho que se ser hippie for questionar algumas coisas que já se pensam normais, acho que quero ser um pouco mais hippie. 

1.26.2016

OMG! Já chegou a fase das Princesas?!

A Zero a Oito enviou-nos uma revista nova, "Tu és uma Princesa", e eu achei que a minha filha ia bocejar a ver aquilo. Mas não. Nem eu sabia que ela já sabia dizer "pinxesa". Quis vestir logo o vestido que vinha com a revista. Fiquei num misto "que crescida!" com um "oh não!". Não estimulei aquilo. Não a ponho a ver desenhos animados de princesas. Não há livros desses cá em casa. Onde foi buscar aquele entusiasmo? Vem no ADN? Haha





Confesso que achei piada ao vê-la com o vestido por cima do pijama. E a rodopiar. E a querer ver-se ao espelho. E, parte boa, já tem máscara de carnaval. :)

Ah e a caixinha que ela está a abrir em cima é a Bububox, que adoramos receber todos os meses com presentes surpresa para a idade dela! Óptima ideia!

Mas agora contem-me tudo. Já chegou a fase das Princesas? Tenho de me preparar para ouvir 900 vezes por dia "Já passou... já passou...."? Save me!!!

Família? A minha.

Queria contar-vos o quão emocionante foi ver a minha avó celebrar 80 anos, rodeada dos que mais ama. Podia dizer-vos o quão importante esta mulher é na minha vida, o quão me sinto feliz por tê-la, com saúde, pertinho de nós, e o quão dela me corre nas veias, na força e na vontade de viver, mas deixo-vos apenas com algumas imagens do aniversário da bisavó das minhas filhas, a avó Rosel, que até de nome é única.







Parabéns, avó Rosel! Que conte muitos, para que as minhas filhas possam aprender tanto consigo. E rir consigo <3



Sobre essa coisa de amamentar em público...


Confesso. Estou a perder a paciência para falsos moralismos.

Uma coisa é as mães que amamentam não se sentirem à vontade, gostarem de privacidade, acharem que o filho se distrai, gostarem de ter um momento resguardado. Como quer que as mães se sintam bem!

Outra coisa é apontarem o dedo, exigirem que as mães se resguardem, que vão para a casa de banho, para o carro. É terem comentários e atitudes discriminatórias. É sentirem repulsa por verem mulheres a amamentar. Onde se vê menos mama do que num decote pronunciado, do que num bikini na praia, do que numa sessão fotográfica espalhada pelas paragens de autocarro, do que no Carnaval. É só e apenas uma mulher a dar de mamar ao filho. A alimentá-lo. Uma mulher não tem de ficar em casa com o filho para o alimentar. Tem de fazer tudo o que quer e o que tem de fazer, onde quer que seja. 

Sempre dei mama onde quer que calhasse: restaurantes, jardins, centros comerciais, casas de amigos. Umas vezes com pano, outras com avental de amamentação, outras sem nada. Quando correu melhor? Sem nada. Criança sem calor, sem transpirar, sem querer brincar com a fralda. As vezes em que me tapei, fi-lo pelos outros, não por mim, porque eu sempre encarei este acto sem qualquer pudor. Porque me preocupei com os outros?... Nem eu sei explicar e, neste momento, já não faz qualquer sentido. Quero caminhar no sentido inverso, aliás. E não, não é por provocação. É para que a amamentação volte a ser uma coisa normal.

E não, nenhuma mulher o faz para chamar a atenção. Nem se levanta do lugar até ao balcão de mama de fora, depois de amamentar a criança. São breves segundos em que se volta a pôr o soutien ou a camisola no lugar, muitas vezes cronometrado, para não "chocar" ninguém. Enquanto o bebé mama, não se vê nada, não me lixem! Menos que num decote pronunciado.

É por nos termos desabituado de ver mães a amamentar bebés que este ato tão natural e desprovido de malícia se tornou neste bicho de sete cabeças!

Deixemo-nos de hipocrisias. Não sejamos mais papistas que o Papa (se até ele incentivou as mães a amamentar na missa...) Basta! Paremos de sexualizar as mulheres por dá cá aquela palha.

Mulheres, paremos de ser as primeiras a apontar o dedo a quem amamenta onde e quando o bebé pedir. Mais compreensão, mais tolerância. Tentemos mudar, devagarinho, mentalidades.

Não gostam de o fazer? Respeitemos.
Sentem-se à vontade para o fazer? Respeitemos.

Simples?

1.25.2016

O nome da bebé está escolhido!

Para as mais atentas, não vai ser uma surpresa. Andámos uns dias indecisos entre dois Ls (não necessariamente por começarem por L, mas por gostarmos de ambos), mas acabámos por decidir: Luísa

Cada vez faz mais sentido. Já o disse tantas vezes que é como se sempre assim se tivesse chamado. Foi um nome um bocado "controverso" na família. "Ah mas não preferes antes x ou y?" "Não, preferimos este. E já está escolhido." Queríamos um nome clássico, que casasse com Isabel, simples e que ficasse fofinho também com diminutivo, Luisinha.

Às 12 semanas, senti-a pela primeira vez. Achei que deviam ser coisas da minha cabeça, mas a obstetra disse que podia ser. Então aí tive a certeza. Mas no dia 19 de janeiro (20 semanas menos 1 dia) senti-a mesmo. Já como um bebé. A dar-me pancadinhas de amor. A responder aos meus apertanços (sou a única que dá apertões na barriga para se meter com o bebé?).

Esta semana tive um momento mágico. A Isabel a dormir a sesta, por cima da minha barriga e a Luísa a dar-me pontapés. Um encontro a três. Foi lindo, lindo. Inesquecível. E tenho a certeza de que foi só um de muitos segundos que vão ficar para sempre registados na minha cabeça. 

Isabel e Luísa, amores da minha vida. Continuidade. Isabe L uísa. Não foi propositado (sou mestre da piroseira, mas não chego a tanto). <3






Fotografias LoveLab

Quando comecei a perder a sanidade (ou a ganhá-la)

Apesar de ser a outra Joana que está grávida (a Joana Paixão Brás), estou eu a falar sobre isto, não se confundam. 

Com a gravidez da Joana, tenho tido inputs para me lembrar mais da minha gravidez (sinto que, desde que a Irene nasceu, que ainda não tinha tido tempo para isso). Uma das coisas que me lembro, além de ter sido, desde o início, extremamente idealista (queria que o Frederico me visse a tomar o Folifer porque era algo que devíamos fazer em família - sim, eu sei haha) é dos sonhos. Lembro-me dos sonhos esquisitos. 

Todos temos o nosso processo de integração de uma decisão importante na nossa vida. Sinto que decidi querer ser mãe com o coração mas que o meu cérebro precisou dos 9 meses para se preparar (e o meu corpo também, sim, apesar de não se ter preparado grande espingarda que dilatar não foi coisa para ele, filho da mãe).

Andei super feliz a tentar engravidar. Fazíamos amor todos os dias (wrong! - dicas para engravidar como gente grande aqui) e eu andava já com um brilho especial por saber que estava a cozinhá-las (não era sebo, não). Sempre que sabia que não estava grávida - porque passava todos os dias a convencer-me que já estava enjoada, inchada e que até já sentia pontapés - ficava triste, triste como se algo me dissesse que não merecia. 

Quando soube que sim, já estava, chorei de felicidade. Já estava. No dia seguinte, não. Entrei logo em pânico: o que fui fazer à minha vida? Não há volta a dar! Será que pensei bem nisto? Será que mereço ser mãe? Será que consigo fazer com que o meu bebé seja tão feliz quanto merece? E agora? 

Aos poucos a paranóia e a ansiedade foi dando lugar a uma calma de quem está naturalmente preparada para desempenhar esse papel. Mas! Mas, não sem antes, ter uns milhares de sonhos esquisitos. 

Sonhei com tudo aquilo que possa ser minimamente associado ao nascimento de uma criança: flores a desabrochar, amamentação, tudo. Bebés. Imensos bebés em todos os meus sonhos. Era o meu cérebro a aperceber-se do que aí vinha. Esses sonhos continuaram depois, todas as noites. Ela já nascida e o meu cérebro a trabalhar: tu tens uma bebé, agora és mãe. 

Acabou o processo. Já cá está tudo dentro. Sou mãe. Enquanto que dantes parecia que ela passava demasiado tempo acordada (parecia que não tinha tempo para mim), agora sinto que dorme muito. A nossa vida já está adaptada, já não custa, já não estou a fazer luto nenhum pela vida anterior e a actual. Já está. 



Tanto sonho, tanto sonho que tive. Agora voltei a ter alguns porque inscrevi a Irene no colégio e é uma nova fase de mentalização. 

Sou eu? Vocês também sonham muito? 

Sempre que não consigo fico a pensar nisso.

Odeio este tempo. Dantes era o meu preferido, adorava que chovesse para me embrulhar toda numa manta polar na sala enquanto usava o computador e fumava cigarros com a boca cheia de rebuçados Flocos de Neve. Adorava poder usar casacos grandes, não andar sempre toda complexada por ter uma mancha de suor debaixo do braço nem ter o reflexo do sol no buço loirinho. Agora é terrível. Saio do trabalho e já praticamente não há sol para ir brincar com ela lá para fora.

Sinto que ela precisa de mais natureza. Neste fim-de-semana concentrei-me nisso: apanhou mais sol e viu as abelhas depois da aula de música, ainda no sábado, à tarde, fomos à Quinta Pedagógica dos Olivais e domingo à tarde fomos aos baloiços perto de casa (e tiramos estas fotos lindas - modéstia à parte). 

A Irene não anda na creche. Tirá-la de casa é uma das minhas maiores prioridades, pô-la em contacto com a Natureza, com o sol, com o vento no rosto, as pedrinhas, tudo é algo que está sempre a ferver dentro de mim. Sempre que não consigo, fico a pensar nisso. 

Este fim-de-semana foi para tirar a barriga de misérias. Sugiro que façam o mesmo. É o "natural". E tanto dá, tanto dá! Pode ser o jardim em frente a casa, o canteiro lá em baixo, os baloiços em frente da casa dos avós, aquele muro baixinho onde eles podem aprender a equilibrar-se... 

Ando num desafio enorme de tentar dar-lhe um bocadinho de natureza porque está todos os dias em casa só com o pai e com o Noddy e a Bubbles. Não é fácil, mas só temos que nos lembrar que não é preciso irmos até ao Monsanto com balões e ir ver os animais todos do jardim zoológico. Às vezes, o cão que está a ser passeado pela vizinha já faz as delícias deles.










Fizemos 3 anos de casados.

Há três anos que decidimos apostar nesta dupla. Decidimos fazer um all-in (ou lá como se diz no poker) e é isto: Joana e Frederico juntos para sempre.

Há três anos estávamos a ir para Las Vegas, de mão dada. A odiar todos os minutos da viagem de 10 horas, com frio, fome sem podermos fumar... Estávamos juntos e numa loucura. Para quê ir casar a Las Vegas? Têm de perguntar ao Frederico, mas ele irá responder-vos que assim "há uma história para contar". Tem razão. 

Casamos menos de três horas depois de aterrar. Tudo muito rápido, muito surreal. Rapidamente demos por nós com duas alianças super rascosas nos dedos (não valia a pena gastar mais dinheiro), daquelas que deixam os dedos verdes. 

Foi maravilhoso. Só nós os dois e o minister (que não era o Elvis, não) e o tipo dono da capela para fazer de testemunha. Pudémos concentrar-nos só e exclusivamente no olhar do outro, na sua respiração, nas mãos suadas. 

Estávamos como tínhamos ido para o avião, mas com uma viagem de mais de 10 horas em cima (escala em Londres). Cabelo espapaçado, baba na cara de ter adormecido algumas vezes, mas quentinhos porque ambos sabíamos que que era isto. 

Vi AQUELE olhar no Frederico. Uma imagem clara de satisfação plena, de "trabalho feito", de missão cumprida. Como se estivesse a pensar para si "está tudo, ela é magnífica, somos os dois perfeitos, acabou a busca, vamos começar a viver". O mais provável é que estivesse a pensar no jantar, mas deixem-me sonhar. 

Começámos a viver há três anos e já criámos vida juntos desde aí. E que vida. E que trio. A miúda que anda a forçar gargalhadas para fazer os outros rir e os pais que, quando a adormecem em conjunto à noite, tentam fazer rir o outro com finais descabidos para as frases da história que inventamos em directo. 

"O nhonhó foi com o carro ao jardim para fazer... cocó". 

Que o amor seja para sempre o maior padrinho do nosso humor. Dos três. 








1.24.2016

Se não somos a coisa mais amorosa do mundo!

Somos, sim senhora! Umas bonecas! Literalmente. Já tinham reparado nas nossas novas ilustrações Sara-a-dias?

A Joana Gama com a Irene, eu (Joana Paixão Brás) e a Isabel. Grávida. Adoro, adoro. Ficámos mais louras, mais giras e as miúdas cresceram. A Irene está igual, tal qual eu a vejo. A Isabel com o novo look e com os dentes todos, que a nossa ilustradora não tem vida para andar a mudar a ilustração sempre que lhe nasce um canino ou um molar. A Joana Gama aproveita todas as oportunidades para fazer publicidade ao livro dela e para tapar a barriga (no fim da dieta e já toda sarada do ginásio, faço-a prometer usar um top com abdominais à la Carolina Patrocínio). Eu estou agarrada à barriga e toda orgulhosa (único momento da vida de uma mulher em que gostamos de ter barriga). Mesmo feliz com este resultado. 

Obrigada, Sara-a-dias. És a maior (e não digo isto por estares a rebentar de grávida)!

[A Sara também pode fazer a vossa ilustração. Surpreendam a mãe, a avó, o primo com o retrato da família. Ou sem ser em família, é como quiserem! Tenho a certeza de que vão gostar do resultado, como nós gostámos!]

Tenho medo de não amar tanto o 2º filho.

Todos os dias servem para os amarmos mais e mais. Para nos apercebermos como é que seres tão pequeninos fazem de nós pessoas maiores todos os dias. Maiores para caber este coração que cresce a cada sorriso, a cada birra, a cada fralda, a cada gargalhada, salto, fotografia...

Muitas das vezes, tal como hoje, penso: "tenho medo de não amar tanto o 2º filho". 

Sei que ainda não o conheço, mas da mesma maneira que sinto todos os dias que é difícil amar ainda mais a Irene, como posso eu sentir que irei amar um novo ser que não será ela? 

Sei que amamos, sei que amamos, mas às vezes penso nisto.  

É com ela que eu estou a nascer... 

(fotografias que tirámos há bocado ao por-do-sol no jardim aqui perto de casa, não editei, estava louca para vos mostrar)























1.23.2016

Já ouviram a minha voz sexy?

Já não há desculpas. Agora toda a gente já tem a SIC CARAS (canal 103 da Meo, vão lá espreitar). Ora bem, a voz sexy que escutam entre os programas é a minha. Sim, sim. Aqui a gaga não gagueja em algumas situações e esta é uma delas. Voz toda colocada e meia sexy (é o melhor que consigo... hehe). A minha mãe diz que tem o canal sempre ligado só para me ouvir. Isso e porque deve gostar de ver a Passadeira Vermelha e o Contra-Capa mas não consegue admitir. :)

Já ouviram? Hã, hã?

Página do FB da SIC CARAS, aqui.

Esta foi mesmo tirada ontem à noite, a fazer as locuções. Sim, havia de ser a fazer o quê? 






A primeira conquista da Isabel




Foi lindo de se ver. Na festa de anos da prima Sofia, alguém andou de olho na minha filha. Seguia-a para todo o lado, dançaram juntos, deu-lhe beijinhos, esteve ao lado dela nas bolas de sabão e depois até na hora do bolo se quis sentar perto dela.
Que miúdo mais querido! Sorte o pai da Isabel não estar lá, senão estava feito ao bife :)

1.22.2016

a mãe é Cabaz de tudo!

A mãe volta a ser Cabaz de tudo e temos 10 presentes para oferecer. Não são um, não são dois... mas 10! Desde sapatos, a mantas, a packs de festa, a gorros, aulas de ginástica, ilustrações personalizadas... estamos mesmo, mesmo em pulgas para vos revelar tudo o que aí vem. Para uma família vai ser Natal em janeiro! :)

Fica já uma amostra, para se começarem a babar:



Já vos explico tudinho! O que temos para oferecer?


Sapatos de Carneira da Tru-Tu-É


O sapatinho beto de que eu tanto gosto. Os sapatos da Tru-tu-é são um produto 100% português, montados e cosidos à mão. Reforçados na biqueira e no calcanhar, com palmilha elevada na zona plantar para um total conforto. 

Vão poder escolher a cor, entre estas cinco opções, OU optar ainda pela carneira de velcro (em vez das franjas). 

 

Manta By Mom



A ByMom tem produtos para o bebé e para a casa muito queridos e, desta vez, vai oferecer uma manta quentinha. Versão menina ou versão menino, à escolha!


Ilustração da My Nest


Seleccionámos duas opções entre as muitas ilustrações My Nest: o Abecedário Ilustrado OU o Calendário de nascimento, (em rosa, azul ou ainda com uma fotografia, enviada pela vencedora). O formato poderá ser em A4 ou A3, também à vossa escolha (a moldura não está incluída).



Gorro ou Touca do Atelier das Trapalhadas



Poderão optar por uma de várias opções: um gorro ou uma touca, feito por umas mãos de fada (adoro a touca da Isabel!), à medida do(a) vosso(a) filho(a). Podem escolher a cor, mediante o stock.




Snack and Seat da Mada in Lisbon

Um saco/assento/cadeira chamado Snack and Seat da Mada in Lisbon para os vossos babies se sentarem nas cadeiras em casa da avó, num restaurante, onde vos convier! Esta ideia é simplesmente brilhante. Poderão escolher entre vários padrões disponíveis.




Pack de Festa Party'm Love



A Party'm Love vai oferecer ao vencedor um pack de festa, com o tema Little Teddy Bear, composto por:


 -10 Bolachas para lembrança, com etiquetas personalizadas

- Convite Digital

- 1 Bandeirola

- 12 Etiquetas garrafas

- 8 Cupcake toppers

- 8 Etiquetas - Identificadores comida

- 1 Cake topper


As bolachas são decoradas a pasta de açúcar, em formato de ursinho.

Há a possibilidade de personalizar os elementos com as informações da festa (convites), nome do aniversariante e alterar a palete de cor da composição.




Nuvem Dream Catcher da Molde Design Weddings
 

Um elemento decorativo bem fofinho para a casa: uma nuvem Dream Catcher, com cor à escolha (mediante cores disponíveis em stock) e com pompons, cuja cor também será escolhida pelo vencedor.





Não queríamos dar-vos só bens materiais, por isso vamos presentear-vos também com 1 mês gratuito de aulas Play and Music, no Gymboree de Carnaxide, onde a Isabelinha anda desde que é gente. Diversão mais do que assegurada, como podem ver no vídeo! (tão pequeninaaaa)



Cartões de gravidez/nascimento/criança da Wonderland Parties



A Wonderland Parties vai oferecer um conjunto de cartões para assinalar datas e momentos importantes das nossas vidas: gravidez, primeiro ano do bebé e infância. 

Entre estas três opções, escolhem uma!


Toalhão + Toalha de Rosto Bewee (personalizada)



E para terminar, uma ideia muito bonita: gravar os desenhos dos pequenos artistas em toalhas, lençóis, almofadas ou sweatshirts. 

A Bewee irá oferecer um conjunto de toalhão + toalha de rosto bordados com um desenho escolhido pelo vencedor do concurso.



10 presentes! Ufa!



O que fazer para participar? 

1) Um like em em cada página dos nossos parceiros: 

- atenção que já deitamos o facebook abaixo uma vez com um cabaz, por isso, verifiquem antes do final do passatempo se os vossos likes se mantêm -










  

2) Um like na página A Mãe é que Sabe, já agora (isto é só para os que andaram perdidos na vida sem conhecer o nosso blog antes).



3) Partilhar o post do passatempo no Facebook publicamente no perfil pessoal e identificar três amigos/amigas no post original. 

Este post: 



É a loucura! A mãe é mesmo Cabaz de tudo! Boa sorte!!!
Publicado por A Mãe é que sabe em Sexta-feira, 22 de Janeiro de 2016


Identificaram os três amigos/amigas no post original? Ok. Só podem participar UMA vez.


As participações serão válidas até às 23h59 de dia 29 de janeiro de 2016. O vencedor, anunciado no dia seguinte, deverá contactar-nos por e-mail para amaeequesabeblog@gmail.com. Iremos pô-lo em contacto com todas as marcas do cabaz que irão agilizar o processo directamente com o sortudo ou sortuda.


O vencedor será escolhido aleatoriamente através de random.org. 


BOA SORTE!