12.16.2015

Coisas estranhas que acabei por ADORAR na gravidez

- Ter aspecto de quem engoliu uma arca frigorífica: 

Além de me ficar bem porque me dava um ar fofinho e de diminuir o tamanho de todos os membros do corpo por comparação, gostei mesmo de me ver assim, com uma barriga enorme. 

- Tomar magnésio em saquetas: 

A sério que me sabia bem e acordava cheia de pica para o tomar, já o ferro...

- Tocar-me imenso: 

Ahah! A sério? Não. Estava a falar de fazer festinhas na minha própria barriga. Nem era o facto de ter lá um bebé, sabia-me bem porque a pele estava tão esticada que parecia que arranjava mais espaço. 

- Dormir com a salsicha: 

A sério??? O que se passa com vocês hoje? Houve uma determinada altura que tive imensas dores de costas e tal e comecei a dormir com aquelas almofadas de amamentação gigantes entre as pernas para ver se aliviava o tamanho da barriga e confesso que me agarrava a ela como se o Frederico se tivesse deitado à mesma hora que eu. 

- Não ter de encolher a barriga para as fotografias: 

QUE BOOOM!! Livre dessa preocupação! Estou barriguda e pronto!

- Passar a por cremes depois do banho: 

Nunca tinha tido tanto cuidado comigo e, durante a gravidez, cheia de medo das estrias, comecei a usar creme na barriga e nas maminhas. Aqueles minutinhos depois do banho sabiam a um spa pessoal. Tive de mudar de creme porque o primeiro (amêndoas doces - sim, esse) dava-me vómitos e usei o da Mustela, cor de rosa na altura (agora é vermelho, acho eu!). 

- Fazer aquafitness às 8h da manhã: 

Sempre gostei de desporto ("ai é? Então, por que é que não fazes?") e, durante a gravidez inscrevi-me em aulas parecidas com hidroginástica, só com velhotas, mas foi muito divertido, mesmo às 8h da manhã. Fez-me bem. 





Grávidas, aproveitem tudo! Tudo! Tudo! 

A roupa de Natal da Isabel!

O modelito já cá canta. Sim, este ano vai ter um vestido com padrão xadrez, tradicional, que eu ando a sonhar há anos com isto. :) O vestido foi feito por uma costureira nossa amiga muito prendada que me pediu para lhe enviar modelos e sugestões e optámos por manga comprida, folhareco no peito e um enorme laço atrás (depois do Natal mostro-vos como ficou).

Os sapatinhos são mesmo o que eu queria, já lhos experimentei e ficou mesmo, mesmo fofa! Agora só faltam meias a condizer (collants ou pelo joelho, ainda não decidi, mas provavelmente collants, para ficar mais confortável) e o laçarote para o cabelo, claro, já me conhecem!

Agora, claro que com menos de dois anos isto é tudo um bocadinho fogo de vista, mas vocês entendem-me, não entendem? É completamente irresistível! E se no ano passado o nosso natal foi passado com ela nua, de fralda, e toda cheia de tubos e soro (uma semana no hospital internada com pneumonia, em que os nossos corações estiveram mais apertados do que nunca), este ano adorava ter tudo a que temos direito: saúde, família, abraços, gargalhadas, comidinha da boa, lareira e uma miúda gira de vestido e sapatinhos de princesa!






(também adorei estes sapatos de sapatos de verniz, fica para o ano! :)

12.15.2015

O melhor do fim-de-semana.

Estou farta de falar da doença da Irene. Já chega! 

Antes dela ficar doente (prometo que não falo mais da doença neste post hehe) fomos ao meu sítio preferido agora para ir ao sábado. Já tínhamos ido no sábado anterior e tivemos mesmo que repetir. Além de ser super Kid Friendly (já adicionei a tag restaurantes onde ir com os filhos e tudo, vejam mais aqui). 

O que é que este sítio tem de bom? Primeiro: uma babysitter. Excelente. Uma rapariga muito querida (e muito gira, vão ter que dizer "então????" ao vosso marido) e com muito jeitinho que fica a tomar conta dos mais piquenos (ahah odeio quem diz piquenos, mas não resisti).

Além disso, é um brunch que tem das minhas coisas preferidas (óptimas para a dieta que ando a fazer - not!). Em vez de ser imensa comida à fartazana, tem mais coisinhas boas para comer. Não fotografei nada de jeito com o telemóvel, mas vou sacar ali umas fotografias à net e já venho!




Tirei as fotografias da Zoomato.

Percebem o que quero dizer? Estou a suspirar de só olhar para isto. Parece pornografia. E, bem, para mim é. Tem imenso impacto a nível físico na minha pessoa. Sei que dispensam pormenores. E tudo muito querido, com plaquinhas escritas à mão, lindas...

O Frederico preferia que houvesse mais colestrol envolvido, mas isto é brunch para mulher. Brunch para quando somos nós a escolher o sítio.

Tem lugar para estacionar, tem uma vista maravilhosa (peçam lugares em frente à janela), têm dois turnos e, por isso, podem ir na hora que mais vos der jeito por causa dos bebés e há  imensa boa onda por todo o pessoal. O mais provável é que encontrem amigos vossos lá que o sítio parece estar "na berra". Eu encontro sempre gente e não sou a pessoa mais social do mundo.

É 20 euros por pessoa, mas podemos enfardar o que quisermos... faz-me feliz só ver a mesa. Ver tudo tão bonito, tudo!

Já disse o que é e onde? É o brunch do restaurante do Museu do Oriente. Durante a semana não sei que nunca lá fui, mas adivinho que seja maravilhoso na mesma.

Estávamos muita lindas, não estávamos?



Até tirámos uma fotografia de casal e o Frederico não é muito dessas coisas ;)
E, se passarem pelo meu instagram ainda vêem a Irene a embuchar massa como se a vida dela dependesse disso, ou vejam aqui! ;) Vale a pena, garanto. 

Recomendo e marquem já hoje para o fim-de-semana. A sério. 

Ela já não chora!

Há muitas coisas que nos passam a doer quando somos mães. Faz sentido, até porque dantes não tínhamos filhos e, portanto, tínhamos menos calcanhares de Aquiles... Um dos clássicos de dores na barriga (como se fossem autênticos murros no estômago) é quando os deixamos para vir trabalhar. Da primeira vez que voltei a trabalhar (tinha ela 5 meses), as saídas não me custaram muito porque ela não reparava que estava a sair. Custava-me estar ausente porque ela não estava habituada ao biberão, etc, e chamava pela maminha quando eu não estava. Depois pedi a tal licença de vencimento, fiquei em casa um ano e voltei a trabalhar há um mês ou dois (já não sei). Custou-me MUITO, HORRORES, sair de manhã. Ela chorava, ajoelhava-se, agarrava-se à minha perna, dizia "mãe, nãoooo, mãaaae, nãoooo". A minha sorte é que, como ela fica em casa com o pai, passado 5 minutos sei como ela está (e que lhe passou) e que não ficou a chorar para todo o sempre (como a maior parte das mães deve sentir por não poder saber). Aos poucos fomos arranjando estratégias para a envolver na minha saída de casa, inventando lenga-lengas, por exemplo.

- a mãe vai...a

- lhari (trabalhar)

- para ganhar...

- nheirinho... (dinheirinho)

- para depois ir às...?

- compas! (compras!)

Ou, esta do pai, é descrever todo o meu trajecto até casa:

- A mãe sai do trabalho, vai para o com...

- boio.

- O comboio faz...

- Tu! Tu!

- Depois vem a correr... (imita o som de corrida) toca no elevador...

- Tês!

- No número três...

Assim adiante...aos poucos acho que fomos conseguindo desdramatizar a minha ausência para mim e para ela (além dela gostar cada vez mais de ficar com o pai).

Agora quando me vê a preparar-me, já me diz que vou trabalhar para ganhar dinheirinho e não tem vontade de chorar. Pede para lhe por baton (ponho-lhe aquele do cieiro da Mustela) e diz-me adeus com a mãozinha e vai até à porta.

Saio feliz. Feliz porque sei que ela está bem, que não precisa de mim, que sabe que volto. Era a minha maior vontade, ela saber que a mãe volta. Sempre.

A Irene tem 21 meses.

O que muda do primeiro para o segundo filho?

Já sei que deixamos de esterilizar tudo e mais alguma coisa (por acaso nunca fui muito maníaca) e que passamos a varrer para debaixo do tapete, mas há muito mais para além disso.

Tinha como referência uma amiga que, depois do segundo filho, me disse que tudo tinha mudado. Que não ia ter mais nenhum, a loja estava fechada. Que era muito duro. Nunca tinha pensado que pudesse ser assim. 

Depois, falei com outra pessoa que me disse que estava a ser maravilhoso. Que não estava a dourar a pílula. Na segunda semana rumou, com os dois filhos, ao Algarve para acompanhar o marido que foi em trabalho, com uma leveza e um à-vontade que não sentiu na primeira filha. Que não faz nada sem a mais velha e não esconde nada da filha. Que está muito menos complicada em tudo. Que está muito feliz. 

Desta vez vou ficar caladinha, até porque ainda não sei o que muda. Quero que sejam vocês - se tiverem vontade de o fazer, óbvio - a contarem-me as vossas experiências. O que mudou nas vossas vidas? Na vossa organização? Na vossa cabeça? No vosso coração? Quero saber tudinho! :)




#15semanas 

12.14.2015

Sou eu que sou muito nervosa?

Como vos contei neste post, tive de ir com a Irene às urgências. E... não gostei. Passámos pelo processo da triagem, até aí tudo bem, mas depois conhecemos uma médica que não me agradou.

Sei que é um bocadinho cliché as mães, com filhos doentes, descarregarem nos médicos por tudo e por nada, mas sinto que até fui bastante compreensiva e calma. 

Chegámos lá, preocupados com as convulsões febris da miúda e ela decidiu imediatamente observá-la. Queria ver-lhe os ouvidos e, portanto, ela tinha de estar deitada de lado e imóvel. Sugeri imediatamente pô-la à mama. Nem iria reparar que lhe estava a enfiar uma coisa no ouvido.

A médica fez comentários desnecessários sobre a amamentação prolongada (a Irene tem 22 meses) que me deixaram algo furiosa (não por mos dizer a mim - porque estou informada - mas por poder dizê-los a mães mais vulneráveis e menos informadas), mas não disse nada até aqui. Depois disso disse para a despir por completo e deitá-la de lado e prendê-la para ela ver os ouvidos. A Irene odiou estar presa, odiei prendê-la e, com os nervos, acabou por vomitar.

"Ah, são secreções. Ela vomita muito facilmente, é?". 

"Não. Nunca vomitou na vida". 

Silêncio.

Não a pus imediatamente à mama por ter vomitado. Tentámos acalmá-la e foi novamente observada aos berros. Eu sei que os bebés choram e gritam mas quando é "desnecessariamente" e é a minha filha (claro) faz-me alguma confusão. 

No final de a observar falou sobre o que poderia ser a doença que ela tinha e pareceu bastante competente. Porém, esqueceu-se de qual era a nossa principal preocupação: a questão da ausência/convulsão febril. 

Sinto que a observação da miúda poderia ser muito mais pacífica, que não teria sequer vomitado se houvesse um pouco mais de tacto. 

Pareceu-me uma pediatra sem jeito para crianças. Ou para os pais, talvez. 





Sou eu que sou muito nervosa e as observações são sempre assim?

Com a pediatra dela isto nunca aconteceu... (mas também não era uma da manhã...).

O maior susto até agora.

Foi mesmo verdade. Sei que é o segundo post de hoje em que vos falamos de doenças e afins, mas é segunda-feira, o dia está cocó (apanhei uma chuvada tão estúpida hoje de manhã só porque não me apetecia revirar a mala toda à procura do chapéu de chuva do Ikea) e a Irene está cheia de febre. 

No sábado às 19h horas eu, durante 4 minutos, apanhei um dos maiores sustos da minha vida: o cérebro da Irene entrou em stand-by.

Ela estava a brincar com um puzzle (daqueles que fazem o chão almofadado), caiu para trás e bateu com a cabeça. Pareceu-me uma queda normal. Peguei-lhe imediatamente ao colo (ela chorava muito) e demos abraços em família. Parou de chorar imediatamente. Ficámos contentes porque o "abraço de família" tinha poderes mágicos, mas olhei bem para ela e não "estava cá". Não estava cá e senti as perninhas a tremer e o braço direito também. Estava sentada no meu colo, continuava sentada, mas fugiu.

Entrei calmamente em pânico. Aquele pânico que só nós, mães, conhecemos. Em que temos a cabeça parada, o coração para de bater, mas estamos super aptas para resolver a situação ou, pelo menos, para tentar. 

"Irene, queres caricas?" Nada.

"Irene, vamos fazer ó-ó.". Nada e fechei-nos mesmo no quarto.

"Irene, vamos ver os minions? Onde está o Noddy? Irene, o pai? Irene, o nariz da mãe? Neca onde está o rabo?". Nada. Nada. Nada. Nada.

Por dentro só pensava: "isto, realmente, estava a ser demasiado bom para mim, a miúda é a coisa mais deliciosa do mundo... tinha de haver merda, eu sabia que o mundo não me deixaria ser tão feliz". Já estava a imaginar mil e uma maneiras horríveis de continuar a viver sabendo que a Irene tinha deixado de ser ela... Isto enquanto tentava perceber o que se passava.

Pu-la no chão. Em pé. Começou a andar e a chorar. 

Ok. Passou.

Comecei a chorar. Estávamos as duas a chorar.

Ok. Tinha de retomar a actividade. Vamos ver o que se passa com ela:

Medi-lhe a febre. Tinha 39.2. Do nada. Estava a brincar e aos saltos e a gargalhar imenso e, de repente, 39.2. Só de relembrar que ela tinha caído. Até à febre estava a pensar que ela tinha... ido embora, sei lá.

Tratámos dela. Mensagem para a pediatra. BUR, muita mama e foi dormir à hora do costume até. 

Quando me fui deitar, mais calma, pus-me a pesquisar na net isto da ausência e da subida da febre. Lembrei-me que já nos tinha acontecido uma vez mas, como tinha sido a meio da noite, desvalorizei com os argumentos do Frederico de "deve ser do sono". Grr. Não era.

Encontrei um link qualquer (que agora não me aparece...) que dizia que é um tipo de convulsão febril, esta ausência. Lembrei-me que também tive convulsões dessas quando era pequena (das que parecem ataques de epilepsia) e enviei imediatamente uma mensagem à pediatra. 

Tínhamos de ir às urgências.

Fomos. Odiei ter que a acordar, mas até estava bem disposta. 

Depois conto-vos o meu episódio com a médica que ainda estou enervada com isso e não me apetece e sempre escrevo mais um post. ;)

Estava tudo bem com ela. Sem sinal de nada, mas também não mostrava infecção nos ouvidos nem em nada, então a médica achou que ela podia estar com uma infecção urinária daquelas dos rins e queria fazer exames. Eu não quis. Era o primeiro dia de febre, achei que ainda tínhamos tempo para os sintomas de outra coisa se manifestarem. 

Hoje já está ranhosa. 

Que susto. Que horror. 

Vi-a sem estar cá. :(

É muita bom ficar doente quando estamos grávidas, não é? #not

Ui! Que saudadinhas! Febre, dores de garganta e de cabeça e só poder praticamante tomar umas mezinhas deslavadas, com limão, e rebuçados de gengibre e não sei quê? Tão bom!



Ao menos tenho companheira de viagem (e que alinha nos meus teatrinhos - o que nos divertimos a fazer estas fotos patetas!!! hehehe). Atentem também na conjugação da roupa que ela escolheu. E na minha calvície ali nas entradas. Já está? Pronto, voltando ao meu queixume.

Estivemos as duas de molho. Ela já estava com tosse e deve ter-me passado uma virose qualquer. O soro, que lhe ponho de manhã e à noite, já não estava a ser suficiente. 

Fui à médica, que, quando me tocou, me alertou para o facto de eu dever estar com febre naquele momento (e estava, o termómetro não enganou). Garganta inflamada. E ranho, tanto que parece que vai até à testa e chega mesmo a tocar no hipotálamo, sabem a sensação? 

Receitou, entre o pouco possível, Neo-Sinefrina, para Adulto e Criança. Sou um bocado chata com medicamentos para ela (apesar de vocês terem dado um bom feedback no post dos roncos do Frederico, da Joana Gama), evito ao máximo, mas tive de me render à evidência. E foi um alívio também para mim. As comportas para o rio de ranho que se estava para aqui a armazenar abriram-se (vou parar de ser tão gráfica, prometo) e é menos uma chatice. A Isabel também já está habituada a levar com mangueiradas de soro, por isso não se queixou. Bastaram 2 gotas em cada narina e notei logo a respiração dela mais limpa. Repeti a dose à noite.

A ver se a saga dos guardanapos e do ranho que ela limpa nos vestidos de princesa acaba. Acho que está perto do fim!


* post escrito em parceria com a agência de comunicação

12.13.2015

Também tiveram este sentimento de culpa?

Esta gravidez está a ser muito diferente da primeira. Enjoos, praticamente nem vê-los (só uma leve indisposição quando estou demasiado tempo sem comer - sim, sim, às vezes esqueço-me e deixo passar bem mais do que as 3 horas...).

Na primeira gravidez, tive enjoos entre o segundo e o quarto mês, todos os dias. Daqueles de ir a correr corredores no trabalho tipo Speedy Gonzalez para ir vomitar à casa de banho ou ao caixote do lixo mais próximo. Nem os Nausefes me safavam. 
Desta vez, tirando o sono e o cansaço, não tenho dado pela gravidez. Os dias passam depressa e quem já tem um filho sabe que não sobra assim tanto tempo para mais nada. 

Na primeira gravidez, fiz um diário (que às vezes era mais semanário) bastante completo. Desta vez, não me arrisco a começá-lo se já sei que não vou chegar nem a meio. 

Já ando mesmo a ver que aquela história do segundo filho não ter direito a fotografias e a registos é mesmo verdade! Já me questionei se não se iria sentir menorizado... e já senti um sentimentozito de culpa por não estar a dar a mesma atenção a esta gravidez. 


É assim com todas? Ou viveram as gravidezes de forma igualmente intensa e dedicada? Ou isto é só a fase inicial e quando começar a ver a barrigona e a senti-lo(a) vai ser tudo diferente? 


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Escrevi este texto há um mês, para não me esquecer. Muita coisa mudou entretanto (não foi assim tanta). Vomitei depois de meter gasóleo, não aguentei aquele cheiro. Já tive alguns enjoos. Já perdi quatro kgs, porque ando sem grande apetite e o stress e trabalho não têm ajudado. Já sinto mesmo que estou grávida (não só nas mamas, enooooormes hehhe). Já sinto o bebé. Já o sinto como meu filho. Já o vi nas ecografias, tão querido, a mexer-se imenso e ouvir o coração é das coisas mais enternecedoras de sempre. Já o amo, muito.

Está aberta a época! Hehehe



Que mãe de segunda viagem não tem uma foto da praxe destas? :) Estou doidinha para alinhar neste clichet!!! Hehe

12.11.2015

Coisas que devia ter feito mais cedo.

Já escrevi um post sobre "coisas que não vou repetir com um segundo filho", mas este é ligeiramente diferente. Deixem-me só ir ler o outro para ter mesmo a certeza... Ok! É mesmo diferente.

Coisas que deveria ter feito mais cedo e que vou fazer mais cedo para a próxima:





  • mudá-la para a cama normal
Feita parva, demorei imenso tempo a tirá-la do berço. Todas os bebés têm o timing deles (ou pais), mas no nosso caso, a Irene andava a dar cabeçadas feita estúpida há meses (mesmo com o contorno do berço) e pontapés e ainda hoje não entendo por que é que demorei tanto. 
  • baixar o volume do intercomunicador
Por causa do stress de não a ouvir, tinha sempre o intercomunicador no máximo, por isso até ouvia a baba a escorrer, se ela dormisse de boca aberta. Se eles precisarem de nós fazem-se ouvir ao ponto de não termos de ter o intercomunicador no máximo, de certeza. Andava eu a stressar-me com barulhinhos de nada e a acordar milhares de vezes... 
  • borrifar para os babygrows e usar pijamas
Tão mais prático e fica tão mais gira! Não entendo a magia dos babygrows, a sério! Especialmente aqueles que têm as molas atrás (wtf?) como já escrevi aqui
  • deixar de lhe dar comida entre as refeições
Ficava sempre muito preocupada por ela não comer bem ao almoço e ao jantar, mas continuava a dar-lhe pão o dia inteiro e bolachinhas, não fosse a miúda ter fome... 
  • cortar-lhe eu mesma o cabelo
Andou a miúda parecida com o MacGyver demasiado tempo por não querer arriscar...
  • introduzir o segundo prato
Esteve a miúda a rejeitar sopa por estar desinteressada da textura... E, afinal, queria era variedade.
  •  mudar para toalhas maiores
Limpar um bebé maior com aquelas toalhas de recém-nascido com capuz... É uma tortura! E para os dois!
  • jogar às escondidas
Houve algo em mim que me impediu de vê-la como uma companheira para brincadeiras demasiado complexas. Afinal já podíamos andar a brincar às escondidas há taaaanto tempo...
  • comprar sapatos
Sim, é parvo ver um bebé de sapatos se não anda, mas andar com ele na rua com 4 pares de meias para não ter frio nos pés também... 


E vocês? 

QUANDO? QUANDO?

Sabem o que me deixaria mesmo muito muito feliz? Sabem? 

Era que a Irene ou aguentasse dormir tapada ou passasse a tapar-se sozinha. 

Não há nada que não me aterrorize todos os dias como a temperatura do quarto, se o ar fica seco, se o pijama é o suficiente, se devo vestir-lhe umas leggins por baixo, se há demasiada humidade...

Quando? Quando é que ela vai pensar: "isto do edredão é uma coisa boa e tenho um bocadinho de frio, deixa cá ver!".

Farta de ficar preocupada! 

Eu sei que existem uns sacos-cama gigantes para os miúdos dormirem mas a miúda não admite mesmo estar minimamente presa de movimentos Grrrr! Isto além de que sou eu quem paga o aquecimento e... acho que não vou gostar da factura... 

Temos de esclarecer aqui uma coisa.

Ainda bem que activámos o botão de mensagens da página do Facebook que assim chegam-nos coisas que vocês não se dariam ao trabalho de enviar por mail (nós sabemos como é essa preguiça cibernética). 





A sério? É verdade que nos confundem? Não temos nada que ver!! Tirando o nome, a idade, a profissão e as duas filhas da mesma idade e com nomes que começam pela mesma letra.

Talvez seja melhor esclarecer!

Esta sou eu (Joana Gama):


Não sou isto tudo!!! Isto foi há uns 5 anos
e é a melhor fotografia que tenho da minha pessoa, ok? 


E a minha filha é a Irene:



Esta é a Joana Paixão Brás (decorem... nome comprido, nome de betinha...):




E esta é a filha da Joana Paixão Brás, a Isabel (é a que costuma estar sempre vestida para um baptizado, comparando com a minha): 




Também nos confundem?

Digam lá a verdade! Confundem-nos ou já nos topam de ginjeira só pelo tipo de letra? ;)

Como descobri que estava grávida?

Fui à farmácia e comprei um teste de gravidez. Duas amigas pressionaram, se o período estava em falta, podia estar grávida e era melhor saber o quanto antes. Duvidei muito. "Não me sinto grávida", "não devo estar", "era demasiado rápido", "isto é um gasto parvo de dinheiro", "estou atrasada e estou toda desregulada". 

Pow-pow! Grávida, 3+. Fiquei de boca aberta. Feliz, mas incrédula. O David estava na sala. O percurso da casa de banho até à sala pareceram-me quilómetros. Quis fazer bluf, mas ele disse-me logo que já tinha percebido. Não, não tivemos a reacção "esperada". Não saltámos os dois, abraçados. Não nos rimos às gargalhadas. Ficámos só de boca aberta, com uns "e agora?" e uns "já está?" e uns "caraças, fico logo!" (já com a Isabel foi tiro e queda e também só descobri às 6 semanas e uns dias, numa consulta de rotina e sem desconfiar minimamente). Ficámos preocupados, não vou negar. Não tivemos uma reacção romântica e digna de filme. Era e é um(a) filho(a) muito desejado(a), mas nem tivemos tempo de nos habituar à ideia de que estávamos a tentar. Começámos a tentar e pronto. Sem contas, sem estratégias. Ainda bem, claro, nem quero pensar na ansiedade e na frustração de quem está anos e anos a tentar ter um momento especial destes. Mas foi num misto de nervosismo e apreensão ("é mesmo real", "vem mesmo aí", "ai meu Deus") que vivemos as primeiras horas e até os primeiros dias. Demorei algum tempo a assimilar que estava grávida. 

Agora já tivemos tempo suficiente para estarmos só felizes com a ideia. Eu feliz e cansada, vá (hehe). E olho para trás e até acho piada àquele momento em que descobrimos que íamos ser pais pela segunda vez e relembro a expressão do David, com um sorriso nervoso e sobrancelhas levantadas, com imensa ternura. 

A melhor compra de sempre.

Já não estava a dar. A rapariga lá se desenrascava com uma mesa mínima de apoio que temos na sala, com um apoio para pés do cadeirão a fazer de banco ou - chegou a fazer isto - com uma caixa de sapatos ou com a caixa dos legos para ter onde se sentar.
Adora, adora! Pintar, desenhar e faltava-lhe o conforto e o espaço para dar aso a essa alma de artista (qualquer dia qualquer sofá ou parede servirá, eu sei, pela amostra que já tenho numa porta, na minha carteira e num caderno). Medo.




Ninguém se aleijou no curso destas fotografias, calma. Não espetou parafusos na mão nem a martelámos. Adorou ajudar neste puzzle e nós gostamos de a ter por perto (Até parece que está com a farda e tudo. Hehe) Sim, ando a explorá-la ao máximo, claro, vai buscar-me os sapatos, o casaco, a carteira à mala, ajuda a arrumar o quarto, põe as fraldas no lixo e a roupa na máquina. É aproveitar enquanto isto é real!




Depois de um extreme makeover, obra da sua mãe, cá está ela a dar uso à mesa e à cadeirinha. Sim, fui eu quem lhe cortou a franja, ganhei coragem. Depois de ver as fotos confirmei que preciso de aparar ali mais umas pontas, para a miúda não ficar cegueta. Também precisa de cortar uns três centímetros no resto do cabelo, mas isso não tive coragem, porque ela já estava muito mexida e tem um cabelo ralo e fino, qualquer pé em falso nota-se demasiado.



Passa aqui uma boa meia hora seguida, mas raramente dispensa o pai ou a mãe por perto a desenharem cavalos e princesas e sapos (e que jeitinho que ambos temos!!!), para que ela pinte por cima.







Achei graça a este pormenor. Apesar da mesa e da cadeira serem mini, os pés ainda não chegam ao chão. Fofinha da mãe, pá!

As merceditas de camurça com fecho pulseira - já sei que as mães de miúdas, mais "pipis", iam perguntar e fica já tudo tim tim por tim tim - são Pisamonas.


O puzzle, ou antes a mesa e a cadeira, são Ikea e foram das melhores compras de sempre, nem sei por que razão demorámos tanto a comprá-las.

Quero uma cama destas para o bebé!

Pelos menos nos primeiros meses, o(a) bebé ficará a dormir no nosso quarto.  Depois, passará para o quarto da Isabel, que será transformado para os dois. 

Agora distanciada, acho que a Isabel passou cedo demais para o quarto dela, com três meses e picos, mas na altura fizemos a experiência e passámos a dormir todos melhor. Todos, salvo-seja, que eu tinha de me levantar várias vezes para lhe ir dar de mamar ao quarto dela (se bem que às vezes até me presenteava com 7 horas seguidinhas de sono, uma maravilha). A alcofa em que ela dormia no nosso quarto (que pertenceu ao Raminhos - sim, sim esse mesmo da barba) - tinha mais de 30 anos e era muito bonita (a alcofa!), mas estava a ficar pequena e ela acabava por acordar bastantes vezes.

Desta vez, vamos vendo, analisando, não me quero precipitar. Mas acho que vamos comprar um daqueles berços que são um prolongamento da nossa cama. Parece-me mais fácil para a amamentação, parece-me que basta esticar a mãozinha para o(a) acalmar e dar festinhas, fica mais próximo(a) do cheirinho e do calor da mãe. 

Alguém com uma dessas camas? Experiências? Marcas/ preços (já agora hehe)?




12.10.2015

Comida antiga.

Sabem quando, no meio da azáfama do quotidiano (adoro esta expressão) conseguem ter uma ideia brilhante?

Inventei a história da comida antiga. E, de repente, por ter passado a ser um "disco pedido", isso fez com que todas as tarefas pudessem ser "chantageadas" com a história da comida antiga.

A comida antiga, não é nada mais nem nada menos que o funcionamento do sistema digestivo para uma criança de 21 meses. E isto começou porque ela dizia que lhe doía a barriga e eu tentei explicar-lhe que era o cocó (segundo post no mesmo dia a falar de cocó? Whats wrong with me?) a "correr" para sair.

- Vamos mudar a fralda, Irene.

- Não.

- Quer a história da comida antiga?

- Sim.
*começo a mudar a fralda.

- Então a história é: a Irene come.
*abro a boca e como algo imaginário.

Depois mastiga.
*mastigo.

Depois engole.
*engulo.

Depois vai para a barriga onde a comida fica tipo piscina.
*faço de peixe balão com a boca e finjo flutuar.

A comida fica cocó. O cocó começa a correr para sair.
*finjo que estou a correr.

Sai do rabo.
*faço boca de quem vai dar um beijinho e ponho, assim, a língua de fora.

E o cocó é comida... antiga!!
*ela bate palmas toda feliz.


E agora até é ela quem acaba as frases e faz os movimentos. Pronto. Durante as últimas semanas nada tem sido um frete, graças à história da comida antiga.

Que truques já arranjaram vocês suas manhosas?

12.09.2015

A pergunta da praxe: Menino ou menina?

Já me perguntaram isto algumas vezes e a minha resposta parece politicamente correcta, mas garanto que é do coração. Quero menina e quero menino. Só um dos dois, calma! 

Tanto me imagino com mais uma Isabel (adoro, adoro ser mãe de uma menina!) como me imagino mãe de um rapaz (mesmo com o risco de levar com xixi na cara). Acho piada à ideia de um casal? Sim, acho (é a minha experiência e adoro ter um irmão mais novo). Mas também acho maravilhosa a ideia de ter duas filhas, cúmplices, que dormem de mãos dadas e dizem disparates em segredo, dando risadinhas nervosas, na adolescência.
Adoro ser mãe, ponto.

E não me venham com teorias de que isto são estratégias para não ficar triste, nem com o "é normal querer ter um casal" ou é uma "necessidade biológica", como li num comentário algures. Tenho uma amiga que sempre quis ter duas raparigas e eu não tenho preferência. Lá se foram as teorias todas por água abaixo. Hehe
O mais engraçado nisto tudo é que, na primeira gravidez, apesar de ter o feeling de que era um rapaz, sonhava ter uma rapariga - acho que por ter sido a única menina numa família de rapazes, primos e irmão - e o David sonhava com um rapaz e agora é o próprio David a dizer que gostava de ter mais uma menina, por estar a adorar a experiência de ser pai da Isabel. Tenho a certeza de que se for um menino, ele também vai delirar!

Por isso: venha o rapaz! Ou venha a rapariga! (com saúde, saúdinha da boa, é o cliché com mais razão do mundo!).



Ah! E pelas últimas da ecografia e da minha médica: se tivessem uma arma apontada para dar um palpite diriam que era MENINA! :)

De longe dos posts mais estúpidos...

Estou toda envergonhada a escrever sobre isto. Não gosto nada de escatologias e coisas, mas num blog sobre bebés... têm de estar à espera desse momento de vez em quando.

Ora... fiz uma descoberta que achei fabulosa (só eu). Afinal o cheiro a cocó dos bebés não é especial. 

O primeiro, com aquele cheiro a leite materno, é, pronto. Mas este não. Afinal é só cocó de quem come muita sopa.

E como sei isto? Porque ando a comer as mesmas coisas que ela.

Se acabei de vos falar do meu ex-bolo alimentar? Sim. Por que é que achei giro partilhar isto convosco? 

Não faço ideia.