8.27.2015

Vamos andar de avião!!!

Ainda falta um século mas eu já estou num excitex tremendo. "Excitex" ainda se usa ou as miúdas histéricas hoje em dia já não dizem nada disto?

Vamos os três a Londres e eu estou que nem posso. Adoro aquela cidade. Foi a primeira cidade para onde viajámos os dois juntos. A primeira vez em que o David andou de avião. Tenho tudo tão presente, fomos tão, mas tão felizes por ali, mesmo com todos os esquecimentos do meu mais velho. 

- Perdeu, logo no primeiro dia, um mapa onde eu tinha assinalado tudinho e com dados importantes e o telemóvel, acabadinho de comprar, um Nokia qualquer coisa. Achamos que foi roubado no metro, logo na primeira viagem, mas não podemos dar a certeza. 

- Perdeu, passado um ou dois dias, o passe daqueles XPTO de autocarro e metro que dão para não sei quantos dias e só se deu conta no próprio do autocarro, com o motorista a achar que estávamos a dar tanga. Vai de expulsar-nos. Saímos do autocarro e íamos comprar outro passe, quando olhei para ele. "David, os sacos das compras?" "David, os sacos das compras que fizemos hoje em Camdon Town?!!!" "Ficaram no autocarro. Pousei-os no chão para procurar o passe e, na confusão, devem ter ficado lá." Não estou a falar de batatas, estou a falar de roupita, senhoras!!! Imaginam o drama na vida de uma mulher? Pronto, já passou. 

Já passaram uns belos anos. Faz todo o sentido irmos os três agora. Sem que ele perca nada, pelo amor da Santa. Quero saber tudo, mães que já viajaram com os filhos. Levaram carrinho tipo bengala? Andaram de transportes por lá (é fácil andar com carrinhos de bebé no metro e isso?) Dicas para a viagem? E sítios familiares a não perder? Coisas a tratar antes de ir? Algum seguro?

Conheço bem a cidade, já lá vivi uns meses, mas na altura estava longe de pensar em bebés e não reparava nesses pormenores. Adoro aquela cidade, já vos tinha dito há umas frases atrás. Mas adoro principalmente vivendo cá, à distância. Não me dou muito bem com aquele frio e chuva e passei três meses sem ver o sol, deprimida, deprimida. Aproveito para vos contar que trabalhei 5 meses num restaurante chinês dos bons chamado Princess Garden of Mayfair, que era uma pequena maravilha [às vezes conseguíamos comer a comida dos clientes - calma, eram as sobras das travessas e não dos pratos, não se armem em esquisitinhas], tinha um gelado de canela que não consegui encontrar igual em mais lado nenhum, e aprendi a dizer coisas como "Uo ce putau yaren" ou "Uo damindze tciau Joana" - se houver alguém que perceba mandarim por aí que me diga se eu estava mesmo a dizer "Eu sou portuguesa" e "Chamo-me Joana" ou se me andaram a tramar aquele tempo todo e andei a dizer que sou "putau"...  Bem me pareceu estranho "putau": Portugal ou... rameira?

Bem, estou a pensar voltar lá com a minha filhota. Ver se o Ming ainda trabalha por lá. Era o meu chefe do bar, a pessoa mais delicada e meiga possível e tinha toda a paciência do mundo para me ensinar a fazer os Blody Marys e os cocktails todos que possam imaginar. Estava em Londres há anos a juntar dinheiro para poder comprar um terreno pequenino na China e construir uma casinha para a família. Dividia a casa com muitos outros. Andava de autocarro (metro? nem pensar! muito caro, daling!). Falava assim: "daling, gi'mi the pate" (darling, give me the plate). E dava-me abracinhos, brincava a fingir que era o meu pai (e que saudades eu tinha da minha família por lá!). Belos tempos.

Ou não, que vivia a contar os trocos, mas lá arranjava sempre para um chocolate para afogar a tristeza. Foi lá que descobri que eu não sou feita para ser emigrante. Passei a achá-los uns corajosos (e são mesmo). Passei a dar tanto valor a dias de sol. Percebi que longe dos meus, não sou nada. Talvez não tivesse estado lá tempo suficiente para ganhar calo. Acho que quando me vim embora, foi quando estava a começar a gostar mais. Era Junho e já não chovia todos os dias. Já tinha feito amigos. Londres tinha jardins lindos onde podíamos fazer piqueniques com copos de plástico, mas de pé alto, nos dias de folga. E dezenas de museus gratuitos.

Bem, ficava aqui mais uma boa meia hora a escrever sobre as minhas experiências em Londres, mas nem eu nem vocês temos esse tempo todo. Se é que ainda aí estão. Obrigada às resistentes!

Espero que alguém tenha lido pelo menos 5 parágrafos para me dar uma ajudinha. Hehe

8.26.2015

Chegámos!

Vocês não estão bem a ver a felicidade que se apoderou de mim. Nunca gostei muito de férias. A sério que não. Nunca senti tanta vontade de ter férias como agora. Assim que entrei na nossa casa (alugada em Sesimbra) só me deu vontade de chorar. É esta a casa do nossos sonhos. É mesmo isto que um dia queremos ter. Senti toda a sorte que tenho. Fui completamente violentada dos pés à cabeça pela gratidão que sinto por tudo o que tenho: filha, marido, sogros, eu, a casa, etc. 

Estou tão feliz que sinto que hoje foi um ponto de viragem. Sair da casa onde estamos todos os dias com as nossas rotinas faz-me sentir que somos uma família, daquelas que se une noutros lados (não sei explicar melhor). 

A satisfação da Irene de estar rodeada pelos avós, de ter tanta coisa para explorar, de receber tanto mimo é inequívoca. Estava louca para sair de casa já antes de ir trabalhar (quando acabou a licença de maternidade) durante aquele mês em que fui. Nunca chegámos a ir, mas isto vale por tudo. TUDO. 

Não era preciso que a casa fosse tão boa, mas não digo que não. Os sogros foram uns amores e achámos a equação certa para passarmos umas férias tranquilos. Daquelas férias sem stresses para correr tudo para conhecer coisas, sem termos que estacionar em praias cheias, etc. Vamos descansar. Vamos conhecer-nos melhor ainda uns aos outros. 

Estou ainda mais contente porque é uma óptima transição para a Irene e os Avós se habituarem a estar juntos. Vou trabalhar em Novembro e quero muito que ela tenha o máximo de proximidade possível com eles. Não quero ser essencial. Quero que ela passe a ser Irene sem mãe a tempo inteiro (tem de ser). 


Há uma coisa que me está a deixar de "rastos": a minha máquina boa está para arranjar, vou ter que me cingir a fotografias do telemóvel e a três rolos da analógica.

Queria só deixar um agradecimento público à minha amiga Renata que está a manter os nossos gatos vivos. <3

Juro que não estamos a ser pagas!

Não, a Quinta Pedagógica dos Olivais não patrocinou o a Mãe é que sabe. Mas, inspirada nos passeios da minha partenere (ler assim mesmo), lá fomos conhecer essa quinta muito gira no meio da cidade. Eu já lá tinha estado a fazer reportagem (foi assim que felizmente já conheci muita coisa gira deste país), mas agora com uma miúda feliz, foi outra coisa.

Fica a reportagem fotográfica, que o resto a Joana Gama já explicou aqui!



























Assustador...

Correndo o risco de levar dois pontapés no esfíncter anal (há outros: o cardia, o piloro), tenho vindo a pensar, ao longo dos anos (uau! ela pensa), que as actividades paranormais e coisas do género não existem. Porém, houve duas experiências que me fizeram pensar um bocado (uau! ela pensou mais um bocado!):


  • Num campo de férias fizemos o jogo do copo (e não, se houver algum ser masculino a ler isto, não tem nada que ver com aquilo das duas raparigas e um "copo" - nojo) e aconteceram coisas esquisitas (nomeadamente desaparecer-me um discman e ir misteriosamente parar à mala de uma das colegas... brincadeira!). Fiquei cheia de medinho, mas depois passou-me (lembras-te, Renata?), foi quase pior que um dos "monitores" usar calções de banho largos sem rede e debruçar-se nas nossas camas para nos dar um beijo de boa noite.
  • Ultimamente isto tem acontecido imensas vezes e o meu cérebro não consegue processá-lo: os brinquedos da Irene, de vez em quando, começam a funcionar sozinhos. Não é possível. Coisas que são accionadas com botões, funcionarem sozinhas. Não pode ser. 



Por que é que me estou a dar a liberdade de pensar que é algum morto a fazer-se notar? Vão dizer: "'tadinha da mãe a tempo inteiro, sente-se tão sozinha que já inventa amigos", mas não é bem isso. Tenho sempre o marido em casa, SEMPRE, SEEEEEMPRE. Pronto. Eu vejo uma série no TLC (não façam essa cara) que é a Long Island Medium e acredito nas coisinhas que ela faz. Já seeeeeeeeeeeiiii!! Já seeeeeeei! Mas acredito, o que querem? E uma das coisas são realmente as coisas electrónicas a fazerem barulho... 



Agora... quem será? Assim pessoas que já cá não estejam... As minhas avós, o meu avô... Os avós do Frederico... Mas eles estariam acordados por volta das 23 todas as noites? 

Bom, fica aqui o recado: hoje vamos de férias e não vamos levar esses brinquedos connosco, podem ficar cá a brincar à vontade. 


Isto também vos acontece?  Admitam lá.... ou vou ali internar-me.... e já (não) volto? 

8.25.2015

Não devia ser permitido filhos doentes!

Não consigo imaginar. Não quero. Cada vez que me meto, por segundos, na pele das mães que estão a atravessar doenças graves dos filhos, uma angústia apodera-se de mim ao ponto de ficar mal disposta e não conseguir comer. Se já quando a Isabel esteve uma semana internada com pneumonia (que nunca mais tenha de passar por nada igual), foi uma experiência-choque para todos...

Não devia ser permitido.

Tentei manter a calma, mas não foi fácil. Queria que ela mamasse e ela rejeitava. Na poltrona, ali ao lado, ouvia cada respiração dela mais sôfrega e o meu coração mirrava. Pela primeira vez não tive coragem de estar ao lado dela, quando foi picada. Achei que lhe ia estar a passar mais ansiedade. Ficou o pai. Eu fiquei do lado de fora da sala, a chorar muito, a ouvi-la gritar. Não foi melhor. Quis estar ao lado dela a sossegá-la com a minha voz, a fazer o que tem de ser feito, a ser mãe. A partir daí não desgrudei enquanto não a vi ficar melhor. Estive ali, durante a noite, a dar-lhe colo e aconchego sempre que precisava. A arder de febre, a chorar com dores. Lá percebemos que algo a estava a incomodar. Era o catéter. Fomos mudar o catéter, nova picadela. Dessa vez não fugi e falei-lhe com a voz mais calma que me ouvi na vida.

Ter um filho doente, faz doer-nos, além da alma, o corpo. Também nós ficamos doentes, mas fingimos que não. Fingimos que temos super-poderes e até chegamos a acreditar nisso. Mas, se pudéssemos, desmoronaríamos que nem uma torre de cartas. Não podemos. Nós não. E ficamos ali, firmes, fortes, a dar-nos a cada segundo. A tentar apaziguá-los. A tentar esconder-lhes a dor. A ser palhaços, para eles se distraírem. A pedir que sejamos nós e não eles. A querer trocar, sem hesitar um segundo.

Ter um filho doente, seja com uma pneumonia ou uma simples virose, faz-nos ser Mães. Mães daquelas que afastam os lobos nos sonhos deles. Mães com maiúscula. Mães feitas de camadas, impermeáveis, indestrutíveis. Mesmo que tenhamos uma lágrima prestes a sair.

Tê-los a arder em febre, no nosso colo, moles, com um choro em gemido que dificilmente conseguimos confortar, é dilacerante.

Passa. Não sei se nos torna mais fortes, como diz o ditado. Nem tudo o que não nos mata nos faz bem. Mas isto é ser Mãe. É ganhar calo. É estar. É pôr o coração ao alto e acreditar que tudo vai passar. Pensar que eles vão ficar mais fortes. Que faz parte. Não tarda muito, esta fase passa. Virão outras, das cabeças partidas. Nunca mais teremos descanso. 

*imagem WeheartIt


Ser mãe é conviver com o risco, toda a vida. Aguentemo-nos. Finjamos que temos super-poderes para que ao menos eles acreditem. 


Vamos de viagem!

É só amanhã, mas já estou com os chamados "piquinhos no pipi" há mais de um mês e tal. Nunca gostei tanto ir de férias. Antes de ter vida pessoal, até ficava um pouco assustada por não saber bem o que ia fazer com tanto tempo disponível e porque adorava trabalhar. 

Agora estou louca para ir. Vamos passar uma semana inteira em Sesimbra (uau, que longe e que inspiracional) com o sogros numa casa alugada com piscina. Era mesmo isto. Além de mudar de sítio, aproveitar para os sogros conhecerem melhor a neta e vice-versa e, não vou mentir, para eu conhecer melhor também esta minha família também. Estou tão ansiosa. 

Vai ser óptimo descansar enquanto oiço a Irene a rir-se com os avós. Vai ser maravilhoso poder dar a mão ao Frederico enquanto sabemos que a Irene está bem e que estamos ali ao lado. Mesmo que não fosse bom, iria ser óptimo. Estou mesmo a precisar disto e acho que a família também. Um dia escrevo um post de como (não) mantive a minha sanidade mental estando há dois anos em casa, sem trabalhar e 24h por dia com o meu marido. 

Acabei de ir almoçar com a Joana Paixão Brás ao Alegro e comprei a primeira (e última, pelo preço, pfff) mala da Irene. Já estou a imaginá-la a andar com ela para a casa do pai e da mãe quando nos divorciarmos. Ahah. Brincadeira. Estou mais a imaginá-la a passar um fim de semana fora com o namorado como fez o meu irmão há uns tempos, mas com a namorada. Apesar de ser bonito o suficiente para ser gay. Sim, claro que há gays feios, mas quando são giros, são muito giros. 

Fui lá buscar abaixo a nossa mala de viagem de casamento (sniffff) e começam agora as arrumações! 


Entrou na adolescência!

Ainda não me chama parva, chata e ainda não me disse que me odeia, mas já não deve faltar muito.

A novidade agora é fechar-se no quarto dela. Não me deixa entrar. Expulsa-me. Empurra-me e fecha a porta. Pergunto se posso entrar e diz que não. Deve ir escrever no diário, ler a Ragazza e beijar os posters dos Take That, enquanto ouve na cassete dos Onda Choc "Encosta a tua cabecinha no meu ombro e chora". Debaixo da cama deve ter um Toblerone e deve andar a ver a série Riscos às minhas escondidas.

Ai espera, isso era eu, nos anos 90.

8.24.2015

Gravidez: Contar ou não a toda a gente?

Quando engravidamos, estamos num tal estado de excitação (e incredulidade) que queremos gritar aos sete ventos que vamos ser mães!

Lembro-me bem do dia 29 de julho de 2013, uma segunda-feira à tarde. Depois de sair da consulta de rotina e de ter descoberto que estava grávida (de seis semanas e 3 dias), quis ligar logo ao David a contar mas lá me tive de conter para lhe fazer uma surpresa daquelas. Quis ligar à minha mãe, ao meu pai, ao mano, aos meus melhores amigos. Quis contar às senhoras da caixa da Zara, onde fui comprar os primeiros babygrows. Andei nas nuvens. É disso que me recordo daquele dia.

Contei ao David, em casa (fiz vídeo sem ele se aperceber, mas ele é chato e não mo deixa mostrar porque a reação dele foi "estás a gozar?!" com um enorme queixo caído Hehe. Vou ali tentar convencê-lo). O meu irmão também estava na cozinha e foi a segunda pessoa a saber. Depois resolvemos ir a Santarém contar à minha mãe (dia 29 era um dia importante e ao mesmo tempo triste, por isso não podia ter calhado melhor) e depois fomos a Almeirim contar ao meu pai e ao meu avô.

Aproveitei que o Renato, a Daniela e o Sérgio estavam por Santarém e convidei-os para jantar. Também os surpreendi com o babygrow. :)

Depois, contámos à cunhada pessoalmente, e soubemos nesse mesmo dia que ela também estava grávida! Foi a loucura! Não aguentámos e tivemos de contar também à sogra, que soube por telemóvel e veio a correr para Lisboa. Duas netas? Wow. (Nasceram com um dia de diferença!).

Dois dias depois, convidei a Raquel, amiga de sempre, para jantar e contei-lhe. Tudo gravado pelo telemóvel. Chorou imenso. Foi lindo de ver.

Acho que antes dos três meses contámos a umas 20 pessoas. As mais próximas. Andei ali a morder a língua para contar a mais pessoas que me são queridas, mas contei àquelas que, caso a gravidez não tivesse vingado - sei que é mais comum do que imaginamos e nem quero pensar na dor -, iria querer ter ao meu lado, a apoiar-me. Contei àqueles com quem partilho as coisas boas e as coisas más da minha vida.

Mas também sei que há muitas mães que conseguem esperar as 12 semanas para contar a toda a gente e que conseguem guardar segredo, com os futuros pais. Uau, não sei como conseguem, a sério! Eu transbordava alegria e excitamento por todos os poros - apesar de me estar a sair o estômago pela boca -  e acho que até tinha um carimbo na testa.

Vocês são mais expansivas, como eu, ou conseguiram esperar para contar mais tarde?



* Imagem WeHeartIt

Não pára de chorar quando isto acontece...

1 - Chora imenso sempre que me engasgo ou tusso. 

Não ando sempre a engasgar-me, não. 

Desconfio que ela sinta que eu me vou apagar quando isto acontece...

É amoroso e fofo, não é? 


2- Chora com determinadas partes de músicas que pede para pôr novamente a seguir. Uma delas é quando as crianças cantam a parte do "I'm gonna run away" desta música. Assim que começam, ela diz: "dói-dói!!!! dói-dói!!!". 



Não digo para experimentarem ter um ataque de tosse convulsa para ver se os vossos bebés também ficam assustados, mas querem ver se a música também deixa os vossos esquisitos? Podemos ter aqui qualquer coisa! Não sei para que serviria, mas pronto. 



PS - Não estou nos meus dias. Estou com uma dor de cabeça enorme, mas gosto de vocês na mesma, ok? 

8.23.2015

Jurei que nunca mais voltaria a este sítio!

Sabem aqueles sítios que estão para sempre ligados às vossas histórias amorosas passadas? Pronto. Eu andei na Faculdade ali para aqueles lados e coiso e tal. Já me tinha passado pela cabeça ir lá passear com a Isabel, já fomos a vários jardins de Lisboa e Cascais, mas tinha sempre algo que me dizia "não mistures alhos com bugalhos".

Até que disse para mim "Joana Cristina, passado é passado. Foi um passado feliz, só há memórias felizes e são apenas isso, memórias, distantes. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Para isso não poderias andar por metade da cidade, nem ir até alguns shoppings, nem tinhas ido revisitar cidades lá fora". Tudo verdade, menos o Joana Cristina. Sou, pasmem-se, tchan tchan tchan... Joana Isabel.

Os sítios são aquilo que fazemos deles, no presente. O jardim da Gulbenkian é um dos meus jardins preferidos e quis que a minha filha o conhecesse. Assim foi. Enfrentei o passado e acho que o David não se sentiu nada desconfortável (sim, sim, sou daquelas que conta "tudo" e deixa tudo em pratos limpos).

Foi um belo passeio. Se não conhecem, têm de ir. Se têm filhos com tendência para o mergulho no lago, então se calhar esqueçam. A Isabel levantou os braços não sei quantas vezes, o que nos dava margem para perceber que se ia atirar e conseguimos agarrá-la. Nas férias aprendeu a mergulhar (é como quem diz...) e agora deve querer treinar isso em todo o lado.











Tínhamos toalhas na relva, mas ela preferiu mesmo o contacto com a natureza. Hehe






A máquina fotográfica está avariada (e agora não tenho tempo - € - para mandar arranjar), não consigo fazer o foco como é suposto, mas mesmo um bocado desfocadas, ficaram giras as fotos! :)


Ah! E um grande beijinho à mãe do Martim que reconheceu a Isabel e foi muito simpática (adoro conhecer-vos).

Aula de Preparação para o Parto à la Mãe é que sabe (#01)

Episiotomia, rolhão mucoso, APGAR, DPP, um sem número de termos novos que vão fazer parte das vossas vidas.

Aconselhamos aulas de preparação para o parto, aconselhamos sim, senhora. Mas quem não estiver muito para aí virado, fica com umas aulas grátis a la Mãe é que sabe, com parvoíce incluída e sem que o pai da criança tenha que adormecer ao vosso lado e fazer-vos passar a maior das vergonhas. O que não impede que os pais leiam isto, estão a ouvir?!! Também estiveram na hora H, não estiveram? Acham vocês.

Bem... vamos lá a isto.



AULA NÚMERO UM - começamos pelo fim.
Há um bebé na vossa barriga. Ou dois. Ou três. Já chega, não? Esse bebé agora está do tamanho de uma azeitona ou de uma manga. Mas quando estiver pronto a sair do forno vai estar do tamanho de uma melancia, mas com mãos e bracinhos, que no momento podem estar a dançar o Mila, do Netinho. Ora, poderão ter de levar um corte no pipi, a que se chama episiotomia. Ou apenas corte no pipi, se quiserem facilitar. Mas, na verdade, é um corte na zona do períneo, entre a vagina e o ânus.

- Os pontos caem por si, em princípio (fiquei com um a chatear mais uns tempos...)

- Vai custar-vos sentarem-se numa cadeira nos primeiros dias, ou semanas... (ajudava-me sentar-me com uma perna por baixo, tipo à chinês, mas perneta)

- Depois do banho, secar muito bem com uma toalha

- Gelo, muito gelo. O preservativo que não usaram quando estavam a brincar aos médicos e às enfermeiras, usam-no agora. Verdade! Repeti a técnica do hospital. Enchem o preservativo de água, põem-no a congelar e depois voilà. NÃOOO! Não é para enfiarem... (tosse, tosse). Acreditem que nada vai entrar nesse local sagrado nos próximos dias (semanas). Fica cá fora, mas ali coladinho.

- Se fizerem exercícios de Kegel antes do parto, ajuda depois na recuperação dessa zona - ver aqui o que são (eu já fazia anos antes, é muito importante, para prevenir a incontinência e para melhorar o desempenho sexual - nunca ouviram falar daqueles ovos/bolas de Kegel, muito popularizadas na China?)



Mães que já tiveram o prazer de saber o que é esta coisa da episiotomia, mais algum conselho?

8.22.2015

Que foi esquisito, foi...

Agora que já passou algum tempo do chamado "pós-parto" é que me começo a lembrar de algumas coisas e a conseguir processá-las. Aconteceu tudo tão rápido e tão devagar que, apesar de estranho, na altura não dei muita importância. Afinal de contas, a sobrevivência dum bebé dependia de mim . 

Não sei se isto vos aconteceu. 

Nas primeiras noites, sonhava muito. Talvez por ter perdido o que se chama de sono profundo e de ter a cabeça a mil. Sonhava muito, mas de uma maneira tão leve que confundia as duas coisas. Achava que a Irene tinha adormecido na cama comigo e que estava a mamar. Sempre. Sentia exactamente como se os meus mamilos estivessem a ser usados por ela. Chegava a levantar-me e a acender a luz do despertador para ver se ela estava ali ou não.

Na altura em que ela andava a recusar a mama, "lembro-me" que o Frederico entrou no quarto e eu, a dormir, falei com ele e disse: "estou tão triste, a bebé não mama e agora?". 

Os gatos, que dormem sempre connosco, faziam de "Irene", o peso dela pela cama era esse. Eu achava sempre que tinha adormecido e que ela andava por ali a rebolar, que ia morrer (muito dramáticos os baby blues). Isto voltou a acontecer esta semana, por acaso.

Aconteceu-vos algo do género?  



Recomendo! Recomendo!

Mais um passeio em família. Pedi-vos dicas e foram óptimas! Graças a vocês a experiência da Irene foi completamente diferente: levámos cenouras cortadinhas para dar aos animais e ela adorou! Obrigada pela dica. Também foi importante terem dito que ela podia ir de sandálias porque com os outros sapatos fica com os pés muito suados e assim não tive dúvidas! E, assim, também fui eu de chinelos.

Óptimo ter-vos desse lado! Obrigada!

O passeio foi maravilhoso, impecável, calminho, bom.




Chegámos tranquilamente à quinta (com GPS e porque o pai ia a conduzir que eu tenho o sentido de orientação de um vasilhame). Lugar à porta? Check. Chegámos, tudo de graça, como sabem e um óptimo aspecto. Apesar de ser público, estava tudo muito bem tratado como se estivéssemos a entrar na quinta de alguém. Gostei. 

Vimos a árvore das chupetas, uma árvore que os pais usam e abusam dela como pretexto para as crianças lá deixarem as chuchas e ela parece gostar porque fica gira!


O meu marido publicou isto no instagram e disse "a árvore expositora de prémios do Bibi". E eu pus isto aqui em legendas, pequenino, para não chocar ninguém.


Havia imensos animais, todos os que a Irene mais gosta (se falarmos dos de quinta). Vimos os memés (ela dizia ovelha, mas o pai depois disse-lhe que era um memé e ela optou pelo caminho mais fácil, grrr), as cabras, a vaca, o cavalo, os burros, as galinhas e os galos, piriquitos, o porco, uma porca com os seus leitões bebés, os patos, o cão... 





A quinta tem a dimensão perfeita para se levar o seu tempo a ver cada coisa. Não é pequena, mas também não é grande. Dá tempo para sairem assim que acordarem da sesta e fazê-la com calma, sem birras. Connosco correu tudo bem. Mais do que bem. Ainda dei de mamar dentro duma casa reservada a funcionários com a avó a fazer ventinho, abanando o chapéu da Irene para cima de nós. Estava calor. 

O pai e o avó ficavam sempre um bocadinho mais para trás a conversar e a linha da frente era das meninas. Algo que me diz que é um pouco assim por todas as famílias. Adorei. Além de ser a família da Irene, também é minha família e estou a adorar sentir tudo isto. Todos juntos.

Aqui entre nós, também adorei ver de perto os animais. Acho que nunca tinha visto uma vaca tão de perto, toda ranhosa e porquinhos tão pequeninos.

Além de tudo isto ainda havia um café-quiosque muito agradável e "bem apetrechado" (como disse o meu sogro) logo no início da quinta onde aproveitamos para, no fim, repor as energias.




Só agora reparei que ainda não disse onde fomos! Que post mais parvo! Fomos à Quinta Pedagógica dos Olivais.  Muitas de vocês já devem conhecer, claro. Adorei! Só tenho pena que seja do outro lado da cidade.

Que outros sítios recomendam que vá com a Irene (que fez ontem 17 meses)? Já fomos ao Oceanário (cedo demais), à Quinta Pedagógica e ao Alegro de Alfragide.


Fofo (acho que é um fofo, não sei bem essas terminologias) - Castelos nas Nuvens

Tortilha - El Corte Inglês (Old El Paso)

Lacinho - Claire's 

Chapéu - Zara (mas já está todo sujo porque é o que anda perdido no carro)

8.21.2015

A minha miúda não fala puto!!!

A Isabel tem 17 meses. A Isabel diz, agora, praticamente as mesmas palavras que dizia com 12.

  • mamã
  • papá
  • olá
  • já tá
  • bebé
  • ão, ão
  • nã, nã



  • Depois diz, mais recentemente:
  • tatá (avó)

Já disse outras palavras como "hello" (esta disse mesmo bem dito), "adeus", "tchau" e "vó", entre outras, mas foram atos isolados, não contam. Tudo o resto expressa por variações de "a", "ah", "ã", "ãã" e fala lá a língua dela.

Dificuldade de se comunicar comigo, um em dez. Faz gestos específicos e sei que quer ouvir o Panda e os Caricas, faz as galinhas, quer as "doidas", quer ir para a rua, bate na porta, quer comer (raro lol) faz o som, aponta, desenrasca-se, barafusta, diz não.

Dificuldade em perceber o que lhe digo, zero. Identifica todas as partes do corpo (engana-se najorelhas às vezes e nojoelhos, compreensivelmente), vai buscar tudo o que lhe peço, adora resolver problemas, gostar de ajudar, tem saídas maravilhosas. Esta semana disse-lhe "a mamã gosta muito, muito da Isabel. A Isabel gosta da mamã?" Sabem o que me respondeu? Nada. Deu-me um beijo nos lábios. Quão amoroso é isto?... Depois aprende palavras novas todos os dias, reage a coisas que aprendeu na véspera (tipo "espuma", bastou dizer-lhe ontem, que foi a correr para a casa de banho em modo histérica, percebendo que íamos tomar banho com espuma).

Fotografia CV Love

Tenho a certeza (quase absoluta) que aquele cérebro está em Banho Maria e que mais mês menos mês vai despejar o primeiro Canto dos Lusíadas. 

A minha questão é: quando? E não. Não estou (ainda) preocupada com o desenvolvimento dela. Está a demorar o tempo que é preciso. Mas... mas... eu tenho tantaaaaaaa curiosidade em ouvi-la! :)

Quando é que os vossos se começaram a desenvencilhar melhor? Se me dizem que eles já sabiam dizer 100 palavras com esta idade, mais vale não porem cá mais esses pézinhos (que, pelos vistos, cresceram com a gravidez ainda por cima, suas patudas)!
E não, Joana Gama, nem penses em comentar isto, que eu bem sei que a Irene é a maior gralha e está no extremo oposto da Isabel. :) Até "que chatice" já diz! OMG! Hahaha

Próxima paragem: Quinta Pedagógica dos Olivais

Hoje vamos com os avós à Quinta Pedagógica dos Olivais. Queria pedir-vos dicas de coisas que tenho mesmo de fazer com a Irene ou de lhe mostrar hoje ou truques para que a tarde corra ainda melhor. Depois, claro, fica prometido o meu relatório! 

8.20.2015

Mais uma...

Tenho partilhado convosco as minhas estupidezes. Esta acho que também é ... engraçadinha. Sai à dona. Aqui a menina, armada em hipster anda a tirar fotografias com uma máquina fotográfica analógica. Comprei a máquina numa viagem de família a Budapeste numa loja local por uns 6 euros, nunca lhe liguei muito. Agora que a minha máquina digital está a arranjar, não tenho outra hipótese. 





Primeira parvoíce: 

- A minha máquina digital é muito velha e aceitei um arranjo cujo valor é equivalente a actualmente comprar uma máquina duas vezes melhor na internet. 

Segunda parvoíce? 

- Raramente estou com a família do meu pai, estão todos espalhados por aí tipo doença venérea. Uns estão em França, outros em Pinhel, na Guarda, outros no Montijo (tudo muito longe). Eles vieram cá, estivemos todos juntos. Tirei imensas fotografias. 

- Fartei-me de tirar fotografias à Irene no Oceanário com a Avó e o Avô e o Pai que devem estar fabulosas. Maravilhosas. 

- Fui hoje ao parque e foi lá ter uma amiga minha com o marido e filho e também gostei muito de tirar tantas fotografias. Brutais, de certeza.

Se calhar não.

Quando cheguei a casa, olhei para a máquina e... o rolo tinha acabado. Pensei: "wow, que giro, mesmo quando cheguei a casa". Depois fiz a experiência de ver se dava para parecer que tirava fotografias mesmo já com o rolo acabado e... dá.

Há quantos dias ando eu feita parva a achar que estou a tirar fotografias?

QUE NERVOS!



PS - QUE COISA MAIS BIZARRA! Estava num site à procura de uma imagem de uma máquina fotográfica para publicar aqui, escrevi "analogic camera" e a primeira que me apareceu foi a "minha", a tal que comprei numa loja local de Budapeste!! Quais são as probabilidades?

A duas





 









As fotos são CV Love.


Também têm este superpoder?

Ando a dar o meu melhor para não andar sempre tão em cima da Irene quando vamos ao parque infantil. Ela tem direito à liberdade e se não souber o que é cair, também não sabe bem como estar em segurança. Claro que não a deixo fazer coisas muito "estúpidas", mas avalio o risco e o quanto ela está feliz por fazer algo sozinha, por eu confiar. 

Ora, isto tem resultado nuns bons tralhos! O mais estranho é que têm sido menos dolorosos do que quando eu andava em cima dela. Desta vez já caiu no chão de cimento (mas o rabo de cavalo amparou a batida da cabeça para trás), ja caiu de costas de um passarinho daqueles que têm uma mola no chão de pedrinhas, etc, etc. Calma Celininha (sogra), ela está bem. Tenho que a deixar aventurar-se! ;)

Está tão aventureira. Vamos sempre quase ao mesmo jardim desde que ela nasceu e é giro ver como mudam os interesses e a aptidões. Já tenta subir o escorrega pelo lado contrário e já quer descer sozinha! Algo que a Isabel já faz desde a segunda semana de vida, mas a Irene a nível deste tipo de coisas é mais prudente, vá! Ou tem uma mãe mais maricas!

Bom, o que tenho reparado e é nisto que quero falar-vos: vocês também têm o superpoder de os ver a cair em câmera lenta? Vejo tudo a acontecer tão devagar. Nunca na minha vida tive esta capacidade de ver as coisas a acontecer em câmera lenta. Que giro (e aflitivo, porque apesar de ser mais lento, não dá para fazer grande coisa a nãos er que estejamos em cima deles ou sempre a chateá-los com "cuidado, Zé Miguel!"). 

Acho mesmo que terá que ver com uma coisa animal (claro, visto que é o que somos ) e de caça. Quando estamos mesmo focados numa coisa, conseguimos percepcioná-la mais rápido e, portanto, mexe-se devagar. 

Temos todas isto, não temos? Ou vou tentar ganhar dinheiro com isto? ;)

8.18.2015

Toda a Verdade: o pé cresce na gravidez?

Era o que me diziam. Fui pesquisar, na altura, e há mesmo um estudo, publicado numa revista científica americana prestigiada, que o comprova. O pé pode aumentar em comprimento entre dois a 10 milímetros. Neguei-o com todas as minhas forças, não quis acreditar. "Como assim, o meu pé nr. 41, forma larga, ainda vai aumentar?!" "Mas aumenta e depois vai ao sítio, passados uns meses, como a barriga, não é?!" "Não?!" "E será que aumenta por cada gravidez?" 

Isto acontece porque o arco do pé (não sei se há por aí médicas podologistas com uma nomenclatura mais profissional) pode achatar.

Felizmente, pertenço às sortudas (30%) a quem o pé não cresceu. E, além disso, também nunca tive as pernas ou os pés inchados. Pronto, lá foi reposta alguma justiça. Já me bastou ter tido alcunhas e gozarem comigo na escola por causa do tamanho dos meus pés.


Vocês: aumentaram do vosso 36 para o 37 ou quê?



A Irene disse uma asneira!!

Claro que não "calhou". Não acordou a dizer aquele nome para a parte de cima do mastro do barco, mas numa utilização brejeira. Não acordou e disse "Olá, ca*****!". Confesso que, mesmo assim, seria engraçado durante uns 2 minutos. 

Isto nunca tinha acontecido, mas tinha de ser com aquela palavra! Estava na cozinha, já não me lembro do que estava a fazer, mas sei que disse "Pronto, 'tá bem, sendo assim... caguei!". 

E oiço a mini pessoa a dizer: "CA-GUEI!".

A minha reacção foi: "AHHHHHHHHHHHH!!!".

Ela: "AHHHHHHHH! CA-GUEI, CA-GUEI!".

Não dei valor depois, disse mais umas quantas vezes e já se esqueceu. Excepto quando contei esta história à avó e ela a seguir riu-se e voltou a imitar. 

Pronto. Acabou-se a linguagem livre cá em casa. Já andávamos a ter cuidado, claro, mas agora ainda pior!