7.30.2015

Não sei vestir bebés II

Esta foi a primeira vez que a Irene vestiu algo que não um babygrow. Acho que foi a primeira vez que saiu de casa sem ser para algo que tivesse que ver com médicos e enfermeiras. Dei o meu melhor porque, afinal, era a primeira vez que ia estar com a Joana Paixão Brás "ao vivo" e não queria que ela tivesse vontade de vestir a Irene para ficar com um ar mais apresentável, mais digna de dois apelidos a seguir ao nome próprio. Uhhh.

Acho que era o único vestido que ela tinha que lhe servisse (tinha menos de um mês aqui) e foi o pai quem lho comprou na Zara (que amor, um dia foi ao centro comercial e apeteceu-lhe encher futura-filhota de roupa). Problema? Nada de collants e uma grande insegurança sobre o que lhe deveria vestir por causa do frio. Foi este o resultado. ;)








A Joana foi uma fofinha e não disse nada, claro.  Ainda me lembro da primeira coisa que ela me disse quando me abriu a porta: "Olha, estou cheia de leite na camisola, não quero saber.".

Conhecem-se deste o primeiro mês de vida, é um dia que nunca iremos esquecer. Por causa das ceroulas da Irene, claro.

Família Paixão, de nome e de coração.

São raros estes momentos. A minha mãe vive em Santarém, com muita pena minha. A falta que nos faz! O meu irmão, Frederico, trabalha em restauração (já agora, se quiserem comer umas tapas bem boas, recomendo o Tapa Bucho, em Lisboa), por isso tem uma vida mega ocupada. Estamos todos juntos uma vez por mês, se tanto. 

Somos uma família "muita linda". Cheia de amor, de saudades, sem cobranças, sem discussões. Somos muito unidos, um bocado lamechas. Rimo-nos muito, dizemos muitos disparates. Somos um bocado tontinhos, mas não se pode ter tudo. Somos Paixão, de nome e de coração (frase mais pirosa de sempre Hehe).







Nota-se que anda pregar pregos com a testa, não?










 

Tenho sorte, muita sorte em ter uma família assim.


P.S. Lembrei-me agora - nada a ver - que este macacão, feito por mim, tem uma história gira.
Um dia destes, conto-vos. :)

Estamos a criar crianças totós

"Quanto mais recreio, mais atenção nas aulas. Quanto menos liberdade para brincar, maior o risco de acidentes. Carlos Neto, professor da FMH, explica por que tem de ser travado o "terrorismo do não". 

Carlos Neto é professor e investigador da Faculdade de Motricidade Humana (FMH), em Lisboa. Trabalha com crianças há mais de quarenta anos e há uma coisa que o preocupa: o sedentarismo, a falta de autonomia dada pelos pais às crianças e a ausência de tempo para elas brincarem livremente, correndo riscos e tendo aventuras. É um problema que tem de ser combatido, diz. Porque a ausência de risco na infância e o facto de se dar “tudo pronto” aos filhos, cada vez mais superprotegidos pelos pais, acaba por pô-los em perigo. Soluções? Uma delas passa por “deixar de usar a linguagem terrorista de dizer não a tudo: não subas, olha que cais, não vás por aí…”."

"Temos hoje crianças de 3 anos que, ao fim de dez minutos de brincadeira livre, dizem que estão cansadas, temos crianças de 5 e 6 anos que não sabem saltar ao pé-coxinho. Temos crianças com 7 anos que não sabem saltar à corda, temos crianças de 8 anos que não sabem atar os sapatos."




Fez-me bem ler este artigo, no Observador. Leiam, leiam. Muito interessante!

7.29.2015

Técnica para a selfie com bebés.

Imaginem como era há uns anos. Quando as mães queriam aparecer nas fotografias e não queriam estar a chatear os pais com isso: "anda lá tirar-me uma foto, sff, com a miúda, para public... para pôr num álbum, vá". 

Adorava selfies durante a minha adolescência. Mas, na altura, como não havia muita gente a fazer, acho que se alguém visse a pasta "egocêntrica" no meu computador me mandava internar de fininho. Ainda bem que agora toda a gente gosta e faz. 

Tiro muitas selfies com a Irene. E tenho vindo a aprimorar a técnica. Era mais fácil quando ela não se mexia, verdade, mas agora também dá. Para ficarmos bem, aconselho algumas técnicas que já vos devem ser familiares: 


  • Olhar para a câmara e não para o visor!!! - Dah! (sim, dah!!!) Senão parecemos um bocadinho Rita Pereira. No que toca à única coisa menos boa que ela tem. Tem os olhos em processo de divórcio.

  • Ter o queixo direito e, até, se quiserem, esconderem-se um pouco por trás dos bebés. - Assim resolve-se a papada e alguma borbulha mais imbecil que tenham no queixo. Ou, talvez, o resto de banana com bolacha que roubaram ao miúdo. 

  • Abrir bem os olhos para não se notar que estamos a ser privadas do nosso sono de beleza há uns bons meses. - Queremos que eles depois vejam as fotografias e pensem: "se não fosse minha mãe, ia lá". Bem, se calhar não tanto, pronto.

  • Tentem ser muito rápidas para o bebé não entrar no modo de phonejacking. - É muita pressão, é verdade, mas não é mais difícil do que estar a mudar a fralda e ter que abrir um novo pacote de toalhitas ao mesmo tempo.

  • Se possível, apanhar luz de frente. - Estar de frente para uma janela ajuda muito. É como se fosse o filtro earlybird, mas natural (e depois ainda lhe podem espetar mais um filtro de instagram por cima, o que é maravilhoso).

  • Fechem os olhos e sorriam ao de leve (eu sei que há bocado disse o contrário) - É um clássico da maternidade e ficamos sempre bem, ficamos num momento de "ai que sou tão calma e bondosa e pareço a Virgem Maria adorando o meu menino". Só que sem ser Virgem. Sem ser Maria. Mas adorando o menino, claro. 

  • Façam caretas, mesmo que estejam cansadas. - Melhor truque do mundo para "ah, ela estava feia, mas era de propósito" e "que divertida que a mãe era". 

  • Quanto aos bebés: eles costumam ficar sempre bem a não ser que estejam a meio de um espirro, a meio de fazer um cocó ou se a câmara estiver a fazer um plano contra-picado. Tentem que a câmara os esteja a fotografar também ao nível deles, senão parece que pariram um pedaço de bacon fumado.

Pronto ficam aqui com algumas tentativas falhadas e duas muito bem sucedidas ;) Mais alguma técnica que queiram partilhar? Vá, para parecer que ainda estamos todas "no mercado", apesar de termos o filho deles ao colo ;)














Há mães que não sabem. Ponto final.

Estava no parque com a Isabel. Uma mãe, acompanhada por umas amigas, gritava para o filho, "olha que levas!". O miúdo estava a engalfinhar-se com os amigos, mas tudo me soava a brincadeira. Os três riam-se. Há idades em que eles gostam de brincar às lutas, em que o confronto, os empurrões e os braços de ferro fazem parte e até são saudáveis. Lembro-me bem dos meus primos e irmão (todos rapazes) brincarem ao Wrestling. Às vezes magoavam-se à séria, mas não era essa a intenção.

Ora, esta mãe andou, os vinte minutos que lá estive, a cuspir coisas do género: "se se aleijarem, levam por cima". "Estás aqui, estás a levar uma chapada na cabeça que até ficas em coma". "Vais o caminho todo para casa a levar pontapés nesse cu". 

Sim, sim, isto existe. O miúdo, com uns 7 anos, já chorava. Nessa altura, estava a Isabel no balouço (já consegui deixar de ter medo e deixá-la andar no balouço dos crescidos - e que bem que se agarra!), parei, dei-lhe um abraço e disse-lhe "a mãe nunca te vai falar assim, nunca". E não estava a falar apenas da linguagem. Tinham de ouvir a forma. Bem alto, para todos ouvirem. Contente, por estar a ser autoritária e por estar a ter audiência. Quase que juro que lhe via um brilhozinho nos olhos. A voz era grave, assustadora. A certa altura levantou-se, com ele a chorar, agarrou-lhe num braço e disse-lhe: "não sou tua colega, com quem é que pensas que estás a falar?". O miúdo ficou mais 5 minutos agarrado a um balancé, a chorar. Apeteceu-me ir lá, dar-lhe um abraço. Senti uma revolta enorme.

"A mãe é que sabe", bullshit! Há mães que não sabem. Não sabem nada de nada. Não me venham com a história de que teve um dia mau, que não sei como é aquela criança fora dali, que todos temos direito a errar, não me venham com desculpas esfarrapadas. Há mães que não merecem ser mães. E eu quis trazer aquela criança para casa. Quis dar-lhe mimos, agarrar-me a ela e dizer-lhe que um dia vai ser feliz. Que vai saber o que é o carinho, o respeito. Que vai ter filhos e vai dar-lhes o que nunca teve. Que vai ser resiliente, lutador e vai ter um futuro promissor. Vai conseguir dar a volta.

Há mães que não sabem amar. Ponto final. Espero que os filhos saibam, apesar de tudo.

E tão cedo não volto àquele parque.

a Mãe desbronca-se (#15) - Coisas do blogue

Hoje confesso que não tinha grande ideia do que vos escrever. Às vezes acontece. E sabem porquê? Porque a Irene demorou só 10 min agora a adormecer para a sesta da manhã e mal tive tempo para pensar um bocadinho.

Assim sendo, salvou-me a rubrica a Mãe desbronca-se



Vai com um mês de atraso (quase), mas vai, Cisca! Olá ;) Obrigada pelas perguntas e parabéns pela filhota de 10 meses. 

Devo dizer-te que a escrita partilhada é o motivo pelo qual conseguimos manter o blog actualizado. A Joana tinha um que não lhe dava grande actualização (mensal, apenas, mas também acho que era mais um diário da Isabel e menos um blog como este) e eu sempre tive blogs mas tinha grandes fases de escrita e outros de menos. 

Para o teu blog tenta arranjar maneiras de conseguires tê-lo sempre actualizado. Ou publicar e-mails que te enviem... ou artigos, não sei! ;) Às vezes só fotografias. Isto, claro, se for do teu interesse ter sempre mais pessoas a ler. 

Não foi nada disto que perguntaste, pois não? Estou a ficar velhota. Daquelas a quem perguntas onde é a sapataria e se põem a falar que antes, com o Salazar, é que era. 

Inicialmente tínhamos as duas alguns posts escritos e fazíamos uma gestão dos conteúdos que nos parecessem mais adequados. Imagina que a Joana tinha um muito fofinho sobre fazer bolachas para crianças e eu tinha um sobre não mudar a fralda há minha filha há 23 dias. Iamos publicando de maneira a que conteúdo fosse alternado, independentemente de quem o escrevesse. Não publicávamos dois amorosos de seguida, nem dois de cocó de seguida, enfim. Depois, ao final da semana, víamos quem tinha tido mais trabalho e tentávamos equilibrar as coisas. Púnhamos posts que sabíamos que iam ter mais sucesso nos dias de maior audiência, etc. 

Agora já não é assim. Já nos acertámos porque estava a ser demasiado confuso. Agora, num dia uma escreve dois posts (um de manhã e outro à noite) e a outra um à tarde e no dia seguinte trocamos. Cada uma tenta variar o conteúdo para o blog ir arejando mas, sinceramente, depois de quase 800 posts, já é um bocadinho só "o que nos apetecer dizer". 

Nenhuma se passa com a outra quando a outra escreve algo esquisito porque: 

1) os textos vão assinados, por isso, a autora que se cuide, que lide com isso.

2) quando temos dúvidas dos conteúdos (eu), pergunto sempre à Joana se há alguma maneira de dar a volta para que não cause tanta fricção ou só o que é que ela acha que posso melhorar. 

3) a Joana também me pergunta coisas, mas menos. É uma mulher mais segura de si. Ahah ;)

Há uma linha editorial já dentro da cabeça de cada uma que se rege muito por sermos genuínas, pelos inputs que vamos tendo das miúdas, daquilo que vamos vendo à nossa volta, etc. 

Falta alguma pergunta? ;)

Obrigada nós pela curiosidade. 

Estamos abertas a todos os tipos de perguntas, as respostas tardam mas... em princípio... hão de vir ;)

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7.28.2015

'Ca giras

No sábado fomos a um baptizado com uma cerimónia muito bonita, de uma bebé linda, linda e também nos esforçámos por ir bué da giras (não falo assim normalmente, só no gozo, não se preocupem).



Sim, sim, não se deve ir com tudo a fazer pendant (ou pandan), mas desta vez marimbei-me para isso. Gostei de ver. O vestido é dos saldos da Lanidor, os sapatos e a carteira dos saldos da Blanco.









A Isabel foi com um vestido de linho, cor-de-rosa bebé, da Laranjinha, e com um body de gola, com debruado rosa, da Isabella Babywear (espreitem que tem preços bastante acessíveis). Os sapatos e o laçarote são da Maria Benedita.

A brincadeira nº. 2 da Isabel (a nº. 1 tenho de explicar-vos num post em breve), passar por baixo das minhas pernas.
Neste caso, pois...




A dar a mão à Mia, coisas mais fofas


Com o querido Lucas, filho da Marta que começou connosco o blogue



Como é que isto se faz?

É assim?






Sessão "E tudo o vento levou", já com os sapatos de descanso. Ai não, chamem-me parva! (Pessoas a levar esta expressão à letra, check! lol)