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3.14.2017

Resoluções Montessorianas (Montessori #02)

Ainda estou em falta, já sei! Já sei!!!! Tenham paciência! Se dantes era eu a dondoca que estava com a miúda em casa aqui do blog, agora sou eu que trabalho e vou ao ginásio e cuido da Irene e ainda quero ter tempo para ver umas séries no sofá antes de me começar a babar desalmadamente como quando oiço um pacote de bolachas a abrir. Só tenho uma filha, é verdade, mas também já ouvi dizer que eles se entretêm uns ao outros, por isso, vá!

Ainda estou em falta com o resumo do Workshop de Montessori onde fui e cuja professora convidei para escrever aqui no blog para dar umas boas dicas e falar dos workshops que irá dar e onde. Só não digo quem e onde que quero ver se a L se apressa a escrever hehehe. 

Bom, fiquei inspirada como vos disse aqui. Prometo que vos vou passar o básico, prometo. Mas achei que iriam gostar de saber de algumas resoluções.

Fotografia de umas das várias actividades que tenho feito com ela e que vos quero mostrar. 

Deixar de passar a sopa

É importante que eles tenham contacto com várias texturas de legumes. Não podemos esperar que o único contacto que tenham com eles seja no estado líquido e depois ficarmos chateados por rejeitarem quando estão no prato num dia ou outro. Isto acho que não é Montessori mas foi uma opinião que me fez sentido e que estou a adoptar. :) 

Deitar brinquedos fora

A verdade é esta: muitos brinquedos não significa mais entretenimento. Acho que eles sofrem do mesmo problema que eu quando entro numa Desigual: é muita coisa e desisto, apesar de individualmente achar que podem ser engraçadas. Quantos brinquedos não terão eles que poderão ser dados a quem não os tenha ou então aquelas partes de brinquedos que já nem sabemos onde está o todo e que só fazem aquele lixinho aborrecido no final da caixa onde os arrumamos? Bem, que frase tão comprida, cansei. 

Adaptar mais o espaço a ela

Fiquei preguiçosa com o tempo. Muitas das coisas da Irene no quarto dela estão disponíveis. No entanto na casa de banho nem por isso. Continuar o esforço de lhe chegar as coisas que ela já deve fazer sozinha (com supervisão, claro) como lavar os dentes, pôr perfume, pentear-se. Comprei uma coisa muito gira no Ikea que depois vos mostro noutro post (tenho que ir fazendo render o peixe senão os anónimos dizem que publico posts da treta só porque sim e... às vezes é mesmo heheh).

Mais cestos e tabuleiros

Isto é Montessori puro. Tabuleiros ajudam no transporte dos brinquedos de um lado para o outro e delimitam o espaço visual e físico para as brincadeiras, além de tornarem bem mais prático a sua arrumação e limpeza. Os cestos a mesma coisa, juntando o facto de ajudarem na categorização dos brinquedos e aumentarem o potencial de arrumação de uma prateleira, por exemplo. 

Mudar a areia dos gatos

Andei a evitar durante imenso tempo que a Irene, ao contrário do que ela mais anseia, mudasse a areia dos gatos. Essencialmente porque faria um chiqueiro enorme de areia no chão ou atiraria os cocós contra a parede ou qualquer coisa. Mais uma vez: preguiça. Mostrei-lhe como se limpa a areia dos gatos e adaptei o espaço pondo um caixote do lixo ao lado do caixote da areia para lhe ser mais fácil. É agora da responsabilidade dela (nós limpamos quando ela se esquece, coitados dos gatos). 

Aprendizagem em três pontos

É um método da linguagem Montessori que certamente a professora/formadora vos irá falar em breve mas que consiste em algo que a maior parte de nós já faz intuitivamente que é apresentar três objectos, nomeá-los e depois perguntar onde está o objecto a. Seguidamente perguntar que objecto é aquele para certificar que o conhecimento foi apreendido. Será que me está a faltar qualquer coisa aqui? 

Deixar de falar tanto durante a demonstração de algo

Isto às vezes acontece-me com o meu PT (não deixa de ser #omelhorptdomundo), mas ele tenta explicar enquanto demonstra e às vezes perco-me. Com eles é importante deixá-los observar sem que introduzamos mais informação ao mesmo tempo. Não precisam disso, antes pelo contrário. Às vezes dar apenas a indicação "vou mostrar-te a levar o copo" e por a acção em prática é o suficiente. Se não for suficiente, repetir.

Uma derivação da actividade anterior. 

Não corrigir negativamente

Insistir na repetição da demonstração depois da criança terminar o seu processo. E valorizar o esforço da criança. Reflectir se não haverá coisas anteriores que pudéssemos ter ensinado para facilitar o processo. Exemplo: não esperar que a criança saiba arrumar um pano se nunca a ensinámos a dobrar. 

Não elogiar a meio do processo

Deixar que a criança termine a sua tentativa antes de elogiar para que esta consiga ainda ter oportunidade de corrigir qualquer coisa e de aperfeiçoar e também de não sentir que os elogios não têm fundamento. Deixá-los acabar, observando e aprendendo também nós. É difícil conter o entusiasmo, bem sei. 

Muita observação

Montessori é espectacular (há de ter as suas fragilidades, claro) e deslumbra muita gente por bater certo com tanta coisa. Maria Montessori passou imenso tempo a observar crianças e parte da aprendizagem de Montessori para os professores e auxiliares é a observação silenciosa (se é que isto não é um pleonasmo). Agora reparo que a vontade da Irene em fazer sozinha e as "birras" dela, eram as minhas birras para não ter trabalho em ensinar-lhe as coisas ou em adaptá-las a ela. 


Espero ter-vos inspirado a mudar qualquer coisa! Depois contem!

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3.13.2017

A vaidade de fazer tudo sozinha (Montessori #01)

No outro dia fui a um Workshop de Introdução à linguagem Montessori. Gostei tanto, mas tanto que até já saquei à "professora" a disponibilidade de nos escrever uns artigos em breve sobre como podemos adaptar à nossa realidade em casa e nas escolas. Em breve, terei novidades para vocês. 

Ainda não compilei toda a informação do workshop que vos queria passar, porque queria algo mais do que apenas vos "passar os apontamentos", mas não podia deixar de vos dizer algo que me ajudou a melhorar a minha relação com a Irene (não que estivesse mal). Ela desde há muito tempo que deixa bem claro que quer ser ela a fazer as coisas, nem sempre a incentivávamos (ou porque poderia sujar tudo ou porque estávamos com pressa, etc.) e a verdade é que era sempre por nos dar "trabalho". 

Isto de quererem fazer as coisas sozinhos é sinal de que o crescimento está a acontecer de uma forma normal e que querem aprender coisas novas, rumo a independência, que são seres curiosos. Claro que nem sempre é possível deixá-los fazer tudo - depende da idade, por exemplo, mas também depende do espaço.

É aqui onde entra a minha curiosidade por Montessori: de que forma poderei adaptar o espaço de maneira a não me enervar se ela se sujar toda a comer sozinha ou se quiser esborrachar um bróculo na mão? O que preciso de lhe "mostrar" antes de a deixar partir na aventura desamparada? O que depende de mim para lhe facilitar (não a tarefa), mas a aprendizagem? 

Sabiam que foi Montessori a pensar na criação de mobiliário adequado à estatura das crianças? Parece-me ter sido importante. É algo que ando a estudar e que, sinceramente, me tem ajudado a compreender a minha filha. Isto é, baseando-me mais na observação do que a move, do que a faz feliz e de como poderei fazer parte do processo, fazendo com que ela aprenda melhor. 

No dia do workshop comeu na mesa dela. Adorou. Não é pratica que queiramos que se torne rotina porque gostamos de comer juntos, mas foi especial para ela. "Parece crescida!". E para mim também foi importante para ver o que é que afinal ela conseguia fazer sem que eu estivesse sempre tipo abutre a dizer que ela não é capaz, que vai sujar tudo ou "que se faz assim". 







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9.29.2016

Cá está ele!

Já me decidi: é esta a cama que eu quero e vou avançar com pedidos de orçamentos. :) A Isabel tem cama no chão desde que fez um ano e meio e foi das melhores decisões que tomámos: não por começar a dormir melhor, mas porque nos permitia adormecê-la sem ficarmos todos doridos e até ficar a dormir ao lado dela se fosse o caso. Dá-lhe autonomia, não se parte toda caso caia, tem sido do melhor! E esta caminha é um encanto e acho que o quarto delas está a precisar de uma peça assim. 

Não acham o máximo?


Via Pinterest
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8.08.2016

Ela dorme no chão.

Um dia, decidi pôr a Irene a dormir no chão. 

Por vários motivos que expliquei aqui:



  • Ela dormia muito mal, acordava imensas vezes durante a noite e poderia ter que ver com o facto de já não ter espaço para dormir à vontade (não foi isto que resolveu, mas acho que passou a dormir mais feliz, sim). 
  • Eu ouvia os pontapés e cabeçadas que ela dava na grade, mesmo com o contorno de berço e ficava sempre preocupada que ela se magoasse a sério. 
  • Era desesperante a gestão de adormecê-la toda curvada com ela no berço ou, então, o baile de pega ao colo e põe na cama e chora. 
  • Senti que ela estava a deixar de gostar de estar na cama por associar sempre ao stress que era adormecê-la para as sestas ou para a noite.

Li sobre Montessori e sobre o que isso implicaria no quarto dela e a cama no chão pareceu-me uma solução muito interessante. 

Foi muito complicado nos primeiros dias, porque a Irene, por se mexer muito, caia muito da cama. Apesar de me dizerem que "faz parte do processo", não aguentei mais vê-la no meio do quarto, mesmo com tapetes e afins. 

Rendi-me a umas protecções de cama que entalei entre o colchão e o estrado e, até agora (mais de um ano depois), só tenho a dizer maravilhas. A nossa vida mudou por completo. 

Vantagens de ter a cama no chão? 

  • Não existir uma separação física entre mim e ela. Posso adormecer com ela na cama, posso dormir com ela se me apetecer. Não existe um "largá-la" enquanto ainda está meio acordada. Estamos as duas ali, sem pressas. 
  • Ela tem autonomia para entrar e sair quando lhe apetecer (felizmente a Irene não tenta sair da cama quando sabe que é para dormir, mas também está tão escuro que ela não teria muito sítio para onde ir). 
  • Posso amamentá-la durante a noite e relaxada por estarmos deitadas, por ela adormecer e rebolar sozinha para o outro lado e eu, se adormecer, estar tranquila também. 
  • Ela tem espaço para dormir à vontade e para brincar. 
  • Por não ter que a levantar para a por junto a mim para consolar com maminha ou sem maminha, desperta menos durante a noite e, por isso, não se criam rotinas desnecessárias.
  • Se quisermos adormecê-la os dois, temos espaço para isso. Apertadinhos, mas podemos estar em família. Claro que também podíamos fazê-lo na nossa cama, claro.
Lembrei-me de vos escrever sobre isto porque, no outro dia, fui ao Parque da Serafina e uma leitora (a Vera, que adorei conhecer), veio ter comigo (OBRIGADA, VERA ;)) e falámos um pouco sobre a dificuldade em adormecê-los e os problemas do berço, etc. Pode ser que assim ajude mais pessoas a pensarem no assunto. 

 
Sempre que nos virem, venham falar connosco. Adoramos conhecer-vos, mesmo. ♥

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