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6.11.2017

Primeira noite com ela na casa do pai (e primeira noite sem ela).

Há uns bons meses, quando fantasiava com a primeira noite sem a Irene, estava longe de imaginar que seria por me ter separado e por ela ir dormir à casa do pai. Apesar de termos concordado que fico com a custódia dela, que ela vai fim-de-semana sim, fim-de-semana não para a casa do pai, todas as sextas e durante a semana sempre que o pai quiser (desde que a traga a hora de iniciar a rotina de sono), as coisas têm ido devagarinho.  

Assim que o pai teve o quarto dela pronto na "casa do Pai", fiquei entusiasmada por poder incentivar a dormida. Não quero que ela perca a ligação com o pai enquanto cuidador e fique só pai "de fim-de-semana". Tudo isso depende da relação que construirem os dois, mas dormir em casa do pai é fundamental, o pai cozinhar para ela, dar-lhe banho, verem os dois televisão, fazerem planos... 

Estava feliz por ambos e ainda estou. A Irene precisa de sentir o toque do pai, o cheiro do pai, ouvi-lo gargalhar, fazer as brincadeiras que só eles sabem, sentar-se no colo do pai, pentear o pai, pregar-lhe sustos, ver o amor profundo nos olhos do pai... Só se vêem essas coisas estando, sentido, com calma. 

Ontem foi a primeira noite na "casa do pai" e foi também a nossa primeira noite separadas. Estava confiante que iria ser simples, mas não foi. Quando a deixei lá, ele fez-me notar que dei umas 3 vezes o mesmo recado e acabou por me sair (surpresa) "isto não está a ser fácil para mim". Facilmente me desfiz em lágrimas enquanto "corria" para a saída (a Irene não viu nada) e disse: "é a primeira vez que durmo sem ela, não é fácil". 

Dei-me uns minutos de tristeza esquisita. Porque não era tristeza, era... Desconforto. Fui eu que incentivei a dormida, quero muito que ela durma mas... e quando chegasse a casa e visse o quarto dela vazio? 

"Ela está com a outra melhor pessoa para cuidar dela em todo o mundo".

Segui e fui correr. Corri 5 kms e passou-me (reportagem no meu stories no meu instagram). Fiquei feliz pelos dois, apesar de ter sido difícil adormecê-la. Ela percebe que quando está com o pai que é o tempo dos dois e que, quando está comigo também. Não chamou por mim. E por que haveria de o fazer? :)

Voltou hoje às 11 da manhã. Tranquila. Descansada. Sem saudades minhas. Feliz. Pronta para outra e eu também.  






Coisinhas giras: 

Fotografias - Joana Hall


Colar do coração e brincos - Our Sins 

Relógio - Timex 


Para ler: 


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5.23.2017

Sim, separei-me.

É verdade. 

Não sinto que tenha sido uma decisão, mas antes uma consequência inevitável. 

Aconteceu para que possamos os três sermos mais felizes em conjunto, mas separados. 

"Os pais são muito muito muito amigos, mas já não são namorados" - tenho esta pronta para quando as perguntas se tornarem mais difíceis. 

E somos. E vamos ser. 

Há um coração que bate por causa do brilho que tivemos nos nossos olhos um dia enquanto olhávamos um para o outro.

A nossa filha é a nossa vida. A nossa filha é o nosso bem mais precioso. 

Um bem, não de pertença, mas um bem de bondade, de pureza, de felicidade. 

Olhei para nós os três e quis ver-nos a todos mais felizes. Vamos ser. Estamos a ser. 

Merecemos todos que o nosso acordar e deitar sejam apenas pausas no melhor que podemos ter da vida e não que a vida seja uma espera por, um dia, algo ser menos imperfeito. 

Há imenso amor nesta família. Imenso. Continuará a haver e, agora, terá mais espaço e mais silêncio para ser visto e sentido com nitidez. Sem complicações quando tudo se tornar mais habitual, quando os medos desentupirem as gargantas. 

Nunca haverá ninguém que ame mais a nossa filha que eu e o pai.

Estamos unidos para sempre pelo amor, os três. 

"Os pais são muito muito muito amigos, mas já não são namorados". 

Quando há certezas, não há opções. 

Para mim, o amor vencerá sempre. 

E não há nenhum mais forte que este que eu e o pai da Irene conhecemos juntos, ao mesmo tempo: o incondicional. 

Fotografia por The Love Project da Joana Sepúlveda Bandeira


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