8.28.2017
As birras da Irene
8.11.2017
A m o r
Mais uma semana de férias chegou hoje ao fim. Impossível não me relembrar aquele ano e meio - o primeiro ano e meio da Irene - que vivi só dela. É um privilégio poder aproveitá-la com tempo e observar o densenrolar dos seus raciocínios. Está a explicar-se cada vez melhor e já a deixar-me mais vezes sem resposta.
Momento impagável o de ontem quando, ainda bêbada de sono da sesta, abriu um olho e viu que eu estava ao seu lado. Sorriu derretida e voltou a adormecer.
Foram umas magníficas férias de família em que notei agora que tusso da mesma maneira que a minha mãe, que o mano e eu temos muito sentido de humor e que a Irene tem a vida toda pela frente para construir memórias.
Esta foto diz amor de mil maneiras e, no meio da família, estamos nós as duas. Esta equipa que se aperfeiçoa e cujo objectivo é ensinar a amar e a ser amado.
Missão comprida e vai ser cumprida. Em família.
8.08.2017
"Tenho medo de não conseguir amar o segundo filho como amo este"
E é sobre esse amor que vos quero falar. Ama-se o segundo filho tanto quanto se ama o primeiro. O amor não é mensurável, mas garanto-vos que o coração volta a bater com tanta força como com o primeiro filho. Que as lágrimas de emoção voltam a cair. Que a alegria de ver as pequenas conquistas deles é enorme. Que o desejo de os proteger de tudo chega a ser angustiante. Que o medo de não estar cá para os dois é gigante (mas mais vale nem pensar nisso). Que a vontade de lhes arrancar um pedaço das bochechas é praticamente incontrolável. Que o riso que nos sai, mal disfarçado, quando fazem asneiras é inevitável. Que as danças que fazemos juntas se prolongam cá dentro, mesmo quando a casa já está em silêncio.
Nada temam quanto a essa questão. Vão amar tanto o segundo filho quanto amam o primeiro. Podem amar diferente, apreciar coisas diferentes, aproveitar até melhor algumas coisas, por saberem que passa tão rápido, e pior outras, porque terão de repartir atenções. Mas esse sentimento inabalável de amor profundo, de amor que se sobrepõe a tudo, esse vai lá estar. Sempre.
A mãe é que sabe VIAJAR: Azeitão e Arrábida
As férias na Fuzeta
Férias neste canto do algarve? Sim, sim sim
Quem está a trabalhar não devia abrir este post
6.12.2017
Carta ao meu namorado.
Começaste por dizer que me amavas, sem eu saber se algum dia te iria corresponder, quando o meu coração já era todo teu e eu nem adivinhava. Há coisas que têm mesmo de ser, há coisas que têm mesmo de acontecer. Nem um mês depois e já tinha a minha escova de dentes em tua casa, mal sabia eu que seria para a vida toda. Sei que é. Nós sabemos. Aquele bikini preto já não me deve ficar grande coisa, já não devemos voltar a pedir pollo em vez de pulpo, o carro vermelho a cair de podre já deve estar na sucata, mas nós somos os mesmos. Quando os nossos olhares se cruzam, mesmo que debaixo deles haja olheiras, mesmo que eles se tendam a fechar mais rapidamente, a luz é a mesma, ou maior ainda. Gosto daquilo em que te tornaste. Gostas da mãe em que me tornei, já mo disseste, todo orgulhoso. Já sabíamos o que trazíamos no coração, já sabíamos que éramos boa gente, mas vermo-nos a ser família, a ter provas para superar, fortaleceu tudo. Mais e mais e mais.
São oito anos - ou serão mais? Parecem mais ou foram muito intensos? Bons oito anos. Os melhores. Ao teu lado, os melhores.
Parabéns a nós. Por querermos dançar esta dança, mesmo que às vezes pisemos os pés um do outro, sem querer. Por mandarmos para trás das costas o que não é importante, por nos darmos, dedicarmos e cedermos, sem fazer jogos de força. Que sejamos sempre assim. Que consigamos sempre respirar fundo, relativizar e reencontrar o que nos juntou e o que continua a juntar. O nosso amor. Elas. E o nosso amor nelas.
Parabéns, amor.
Há 7 anos. Constato que somos como o vinho do Porto. |
5.23.2017
Sim, separei-me.
Fotografia por The Love Project da Joana Sepúlveda Bandeira |
4.15.2017
Nunca pensei que este dia chegasse. Its time!
4.10.2017
Não deixem o amor morrer.
Com o nascimento a paixão, como todas as outras, deixa-nos meio anestesiados no início e com borboletas na barriga. É uma explosão tão grande de emoções que choramos, rimos, ora estamos tranquilos e orgulhosos a olhar para aquele ser a dormir, tão perfeito, tão nosso, ora estamos em rebuliço a achar que não damos conta. E é na soma desses dias, em que começamos uma nova vida - todos -, em que nos vamos conhecendo e redescobrindo, em que vemos nascer e crescer uma criança, mas também dois pais, que o amor se sustenta.
Se não conseguirmos esperar que o outro se reencontre, se não conseguirmos colocarmo-nos no lugar do outro e perceber que há muito por curar, há um corte e um luto com o passado por fazer, há até memórias de infância que surgem, inesperadas, há um nós que às vezes não reconhecemos e que demora a reconstruir-se ou a aceitar-se, há sono, há cansaço e há - acima de tudo - mais uma pessoa na equação.
Nem tudo vai continuar a ser igual. Arrisco-me a dizer que nada vai continuar a ser igual. E se no meio desta mudança, a relação não sobreviver, então não é amor. Porque o amor é compreensão, é paciência, é abertura para tentarmos encaixar novas rotinas e novos "eu" na história. Amar é tentar, é dar uma nova oportunidade, sabendo esperar. O amor sobrevive a maus feitios, a zangas miúdas e a grandes, sobrevive a dias ou semanas com falta de sexo, a muito sono e a birras, de todos. Mas só sobrevive se for alimentado - mesmo com períodos de jejum-, só sobrevive se relativizarmos palavras afoitas ditas a meio de uma noite mal dormida, só sobrevive se dermos e recebermos e se tivermos noção de que amor não é só o prazer momentâneo e auto-satisfação. É abdicar também, é procurar também a felicidade do outro. Amar dá trabalho, ao mesmo tempo que não dá trabalho nenhum, porque, se de coração aberto, não custa nada.
Fotografia: Joana Paixão Brás |
2.14.2017
Não preciso do Dia dos Namorados para nada.
fotografia Weheartit |
1.17.2017
Guarda o meu amor por ti
Fotografia Ties |
1.09.2017
A minha família basta-me.
Na faculdade, já sentia o relógio biológico a fazer tic tac. Acabei por pôr a carreira à frente, depois quis aproveitar alguns anos de namoro, a dois, e o meu sonho cumpriu-se aos 27 anos. Depressa soube que queria ter mais filhos. Agora tenho duas e sinto-me realizada. Não sei se sempre será assim, se sentirei o apelo mais alguma fez (se sentiremos, deixem-me usar o plural), se fará sentido daqui a uns anos aumentar a família. Para já, não digo que sim nem que não. O mais provável é que não. A ser sim, só por descuido ou daqui a muitos anos.
Ainda não faço malabarismos arriscados, ainda não me sinto capaz de cuspir fogo enquanto faço um mortal encarpado, mas já consigo não chorar quando o número de circo não corre como sonhei. Já relativizo. Pus na cabeça que vai melhorar, que vai ser menos difícil, que as dinâmicas e as rotinas vão passar a fazer parte, de forma natural, das nossas vidas.
Ainda não arranjei grande solução para as crises da Isabel, naturais da idade e do impacto de ter um irmão a roubar-lhe algum protagonismo, nem sei bem ainda o que fazer quando está a chover e tenho de por as duas no carro sem que se molhem, e por aí fora. Mas, um dia, tudo se fará e não serão uns pingos de água que me vão amedrontar.
9.14.2016
Isto é possível na idade dela?
Fotografia por Inês Ferraz - Yellow Savages (site aqui) Macacão - Little Jack Baby Clothes Sigam-me no instagram aqui @JoanaGama e a nós aqui @aMãeéquesabe |