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11.27.2014

Roupas cocós vs. fato de treino

Quem é que não adora ver o seu mini mais que tudo todo embonecado? Acho que toda a mãe babada gosta. Então se for mãe de menina... Ui! A coisa pode descambar a ponto de ter de hipotecar a casa para comprar as roupinhas da princesa. Eu, por outro lado, por ser mãe de um rapaz quase consegui juntar para uns Louboutin.

Ele é fofos, ele é cueiros, ele é golinhas e fitas e vestidos e toucas. E carneiras e laços e cenas. Mas a Joana Paixão Brás depois faz-vos uma descrição desta parafernália de roupas que eu não percebo nada disto...

Eu cá perco-me é com jardineiras. Então se forem OshKosh. A-D-O-R-O! Tive a sorte de herdar algumas dos meus irmãos mais novos e ainda me perdi no eBay com outras tantas em segunda mão. Malditos dois dias em que tive de ficar em casa de repouso por causa da BVC. Ainda por cima já tinha a confirmação de que era um menino... Ainda foram umas quantas... Isso e uma camisa Ralph Lauren por 5 éros, qual feira, mas original!

Mas entretanto o menino não só nasceu como foi para a creche. E o facto é que eles estão muito melhor de fato de treino (ou roupas confortáveis e equivalentes). Passei à ir à Primark e à Zippy comprar calças de fato de treino, bodys, t-shirts e casacos com capuz. Assim ele pode gatinhar, rebolar e andar na brincadeira à vontade. E se se sujar não fico com pena de a roupa ficar com nódoas.

E vocês? Empinocam os vossos bebés quando vão para a creche? Ou fazem como eu e só os empinocam ao fim de semana?

11.26.2014

Estou à espera da cabeça partida

Oh. Meu. Deus.
Já sofro por antecipação, para depois o golpe não ser tão forte... Não sei como vai ser daqui para a frente.
Mães que têm filhos terroristas, como aguentam? Como aguentam estar constantemente com o coração nas mãos? Saber que o "não" não chega. Ou o castigo ou a palmada no rabo...
O Lucas ainda só tem 9 meses e eu já consigo antecipar o futuro dele... Cabeça, braço ou queixo partido, em algum ponto da sua infância. Ou as três hipóteses e mais algumas. Quando digo que ele é terrorista se calhar estou a exagerar um bocadinho. Ele é aventureiro, curioso, destemido e todo despachado. E eu tenho imenso orgulho nisso! E é assim que ele é feliz: a explorar, a testar o limite, a observar com as mãos tudo muito detalhadamente. Quer ir, vai. Quer mexer, mexe. Quer meter na boca, mete.
Mas isso vem com um preço. Eu sei. O pai dele era assim... Metia-se em cada alhada. Chegava a casa todo esfolado, ou com sangue em alguma parte do corpo. Chegou a ser atropelado! Compreendem o meu pânico, não compreendem? Eu não era assim. Eu era sossegada. Tinha medo. Gostava de ficar a brincar no mesmo sítio, horas e horas à volta de um brinquedo. Eu era feliz assim. Mas fora a parte da segurança, não quero que o meu filho cresça à minha imagem. Quero que seja ele próprio, igual a si, com a sua identidade e personalidade.

Só queria saber como fazem, mães de miúdos terroristas. Porque isto me assusta.

11.25.2014

Photomaton

Pois é, o Tiago tem destas coisas (talento e isso). Pedi-lhe para me tirar algumas fotografias com o Lucas, ao seu estilo Photomaton (que eram aquelas máquinas de tirar fotografias automáticas e que disparavam numa determinada cadência) e, apesar de nunca ter fotografado bebés, ele aceitou!

E eu estou extremamente contente com o resultado! Tipo, bué!







Obrigada Tiago!

11.24.2014

Banco de leite

Recentemente conheci uma mãe que é dadora de leite materno. Foi, assim, uma surpresa, saber que existe em Portugal um Banco de Leite Materno, criado pela Maternidade Alfredo da Costa para dar resposta à necessidade de leite na Unidade de Neonatologia.

Estas dádivas são altruístas, não recebendo as mães dadoras valores monetários em troca. Recebem sim o maravilhoso sentimento de saberem que estão a ajudar um bebé, prematuro ou doente, a crescer mais saudável. Está cientificamente provado que o leite materno é o melhor alimento para um bebé recém nascido. Havendo possibilidade, porque não aproveitar o que de melhor a natureza tem para dar?

As recém mamãs que já tenham a amamentação estabelecida com o seu bebé podem ser dadoras, retirando o leite excedente após as mamadas dos seus filhos. O leite é posteriormente recolhido, analisado e tratado para poder ser administrado àqueles que mais precisam. São necessários alguns cuidados, e há algumas restrições em quem pode ser dadora, como o facto de fumar ou tomar algum tipo de medicação, por exemplo, mas o leite é aceite na maioria dos casos. Quem quiser ser dadora deverá contactar o Banco de Leite através do e-mail bancodeleite@mac.min-saude.pt ou através do número 961 333 730 (dias úteis das 9h às 16h).

Só posso dizer que esta foi uma excelente iniciativa da MAC, e só tenho pena de não a ter conhecido há mais tempo, para poder, eventualmente, contribuir, e para a divulgar junto de mães conhecidas.

Obrigada às mães dadoras. Aplaudo-vos. De pé.



11.23.2014

8 coisas nojentas que as mães fazem

A maioria das mulheres é muito sensível às nojices do dia a dia. Mas parece que isso muda como que magicamente quando se tornam mães. Ainda que seja só com as nojices dos seus filhos. O resto fica tudo igual. Ai uma poça de lama, que nojo! Ai um peixe cru, que nojo! Ai um pudim de ovos, que nojo!

Fica aqui uma lista de algumas das coisas que o comum mortal acharia nojentésimo (não necessariamente por esta ordem, já que os graus de nojo variam muito de pessoa para pessoa - embora para as mães possam estar todos mais ou menos equiparados):

#8. Cheirar o rabo dos bebés: Não é porque tenhamos saudades do cheirinho a bebé, é só mesmo para confirmar se tem cocó, para podermos tomar as devidas diligências (igualmente nojentas) e limpar o dito cujo;

#7. Comer os restos da comida do bebé: Esta não só não é muito nojenta, como é extremamente prática, já que raramente nos lembramos de nos alimentar;

#6. Lavar as chuchas na boca: Caiu ao chão? O bebé está a berrar? Não há água potável nas proximidades? Então siga! Se for só porque sim também é válido;

#5. Andar cheia de nódoas: Sejam de bolsado, vomitado, ranho ou mesmo baba, quando não nos apercebemos a tempo de mudar de roupa, as nódoas são como cicatrizes de guerra que exibimos orgulhosamente! A não ser que sejam do molho do bife do almoço. Aí já é vergonhoso;

#4. Limpar macacos do nariz e remelas com a ponta dos dedos: Sim, macacos. Daqueles pegajosos e que parece que, por mais que os puxemos, não acabam nunca. E que vêm com ranho. O ranho é o fio condutor, claro, tal e qual um mágico a tirar lenços da cartola. Só que esta versão é mais monocromática, a roçar os tons de verde e amarelo;

#3. Ir à casa de banho com o bebé ao colo: Às vezes tem de ser. E o que tem de ser tem muita força, não é o que se costuma dizer? Antes isso que fazer pelas calças abaixo;

#2. Usar a unha do mindinho para tirar coisas dos orifícios: Seja para tirar cera das partes visíveis da orelha ou cotão do umbigo, a unha do mindinho é um instrumento extremamente versátil! Agora compreendo porque há homens que têm essa unha tão comprida! Blergh! Acabei de ter uma visão... Ok, vamos ficar-nos pelas nojices dos bebés, que são bem-vindas. Tudo o resto é nojento!;

#1. Apanhar vomitado e bolsado com as mãos: Esta nojice mostra também como os reflexos maternos são algo de sobrenatural. Não só não sabemos muito bem como é que conseguimos ser tão rápidas para apanhar vomitado, mas muitas vezes, depois, não compreendemos porque o fizémos. Afinal, ficou tudo sujo na mesma!;

Quem é que nunca usufruiu de um momento nojento destes com os seus filhos? Pois já usufruí de todos! Sem achar propriamente nojento. Pelo menos na altura. E com muito orgulho!

Se continuo a achar os caracóis nojentos? Pois...

11.22.2014

Beijinhos

Ontem quando te ia buscar à escola vi uma mãe com um menino ao colo. Reparei que estava a dar-lhe beijinhos e não consegui não sorrir para dentro.
No entanto, quando viu que estava a ser observada, por mim, parou.

"Não era preciso!", pensei. Eu compreendo!

Quando finalmente te tive de novo nos braços, enchi-te de beijinhos.
Adoro dar-te beijinhos! Adoro adoro! E quando estás ao meu colo, mesmo que esteja a fazer outras coisas, levas com montes deles.
E só reparei que é algo que faço inconscientemente desde que saíste da incubadora quando testemunhei um momento desses entre outra mãe e o seu filho.

Um momento tão íntimo, tão carinhoso, tão cheio de amor...

Espero que me deixes encher-te de beijinhos até bem tarde. Mesmo quando fores adolescente e já nem olhares para mim quando saíres de casa de manhã para ires para a escola.

Beijinhos filho

11.21.2014

Porquê, dentes?

Porque é que vocês insistem em infligir dor ao meu filho?
Parem lá com isso!
Não é que eu o queira desdentado para o resto da vida, mas havia necessidade de causar tanta dor?
Havia necessidade de ele acordar aos gritos durante a noite sem nada que o acalme?
De ficar com febre sem razão aparente?
De ter umas bolas inchadas nas gengivas?

Havia?

Mães de todo o Portugal e arredores, digam lá de vossa justiça o que é que ajuda a aliviar os dentes dos vossos filhotes?

Já ouvi dizer muito bem do Pansoral, é o que eu uso. Deduzo que resulte. Não só o Lucas deixou de gritar, como também já experimentei em mim e fiquei com a gengiva ligeiramente anestesiada...

E os colares de âmbar? Aquilo é caro... Mas também já estive tentada a comprar. Só não comprei porque levei nas orelhas do pai da criança a dizer que aquilo era treta e que se resultasse mais gente usava e blá blá blá. Já compraram? Os vossos bebés ficaram mais aliviados?

Uma amiga também já me trouxe de Inglaterra umas saquetas homeopáticas com umas bolinhas muito pequeninas. Já fui da opinião que os homeopáticos resultavam muito bem, em várias áreas, não só nos dentes. Agora estou um pouco mais céptica... Que me dizem?

Eu já estou por tudo. Todas as mães devem ser assim.

Ninguém gosta de ver os filhos com dores, não é?
Parem lá com isso, dentes!

11.20.2014

'Bora pijamar

Eu toda contente a pensar que era hoje que ia dormir a noite toda... Devia ser por isso que o meu filho foi hoje de pijama para a creche. Mas não. Vou levar com ele a acordar às 2h da manhã para comer e depois às 6h cheio de energia para um novo dia. Outra vez.

Devia ser essa a razão do Dia Nacional do Pijama, ajudar os pais a dormir, e não uma acçãozeca de solidariedade. Por que raio hei-de gastar um pijama dos poucos que ele tem da Primark? Vá, tem poucos não por eu ser porca, é porque cresce a correr e basicamente não vale a pena comprar mais.

Agora a sério.

O Dia Mundial do Pijama é uma iniciativa promovida pela associação Mundos de Vida e visa ensinar às crianças o que é ser solidário, bem como sensibilizar a população para o "direito de uma criança crescer numa família". E como bónus vão de pijama para a escola, porque é giro.

Já pensaram nisso? Não no bónus, mas na cena das crianças. Para a maioria de nós o facto de uma criança crescer numa família é um dado adquirido. Mas o facto é que para muitas isso não passa de uma utopia, apesar de esse ser um dos seus direitos fundamentais. Só por isso acho que devia ter ido para o trabalho de pijama. Se não fosse despedida talvez me perguntassem o que andava a fazer assim vestida, e eu teria a oportunidade de alertar mais alguém para esta causa. Mas era perigoso, ainda adormecia e depois era chato se alguém telefonasse.

Além de irem de pijama, as crianças são convidadas a montar um mealheiro de papel, previamente entregue com o convite, e a fazer um peditório aos seus familiares, amigos, vizinhos, padrinho e a quem mais se lembrarem. Desta forma, irão aprender a ser solidárias para outras crianças. Haverá também actividades relacionadas com o tema durante o dia de hoje, o que fará com que o dia seja ainda mais especial. Actividades especiais e ir de pijama. Maravilha de dia!

O Lucas foi hoje de pijama para a creche. E nem foi para me poupar trabalho, que o desgraçado, mesmo que não se borre todo (é mesmo assim, não há maneira de dizer isto com jeitinho), fica sempre a cheirar a cocó. Logo, tive de lhe vestir um pijama lavadinho e a cheirar a (não, não é a rosas) Skip Baby.
Levou também o mealheiro, que por pouco não chegava inteiro, já que esta chuva ensopa qualquer coisa. Ele ainda é muito novo para compreender a parte solidária do pijama, mas ao menos pode fazer a festa e ir confortável. Imaginem uma sala cheia de bebés de pijama. Coisa mai' fofa!

11.19.2014

A tua caixinha

Foi (quase) assim que te conheci. Conheci-te quando nasceste, e tive a oportunidade de te dar um beijo e um olá. Mas depois levaram-te. Levaram-te de mim. Da tua mãe.
Voltei a ver-te no dia seguinte. Não pude pegar-te ao colo. Só tocar-te. Senti o teu calor. Estavas quentinho, lá dentro, mesmo despido.

Estavas ligado aos monitores que apitavam quando deixavas de respirar ou quando o teu coração fazia coisas esquisitas. Tinhas o oxigénio a entrar pelo nariz. Eras pequenino. Não tão pequenino como outros meninos que te acompanhavam na neonatologia. Afinal, não te tinhas adiantado muito. Só 5 semanas. Os tubinhos que te ajudavam com o oxigénio pareciam enormes para as tuas pequenas narinas.

Tinhas também uma sonda na boca. Não sabias comer. Não sozinho. O leitinho tinha de chegar ao teu estômago com ajuda. Um leitinho. Não era o meu. Depois passou a ser o meu, também. Com algum esforço consegui ajudar-te a crescer, embora não chegasse. Bebeste sempre mais algum leitinho.
Tinhas uma mão negra. Tiveram de te picar. Num dia numa mão. Noutro na outra. Noutro talvez no pé. Foste muito corajoso.

Estavas muito sereno, quando te conheci, quando pude finalmente sentir-te como meu. Mesmo assim ao longe, na tua caixinha. Que te protegia de mim, deste mundo para o qual não estavas preparado. Eu queria tanto abraçar-te! Sentir o teu cheiro, encostar os meus lábios na tua pele. Fazer-te sentir que eu estava lá, que não estavas sozinho.


Tive medo. Muito medo, de te perder. Embora me dissessem que a probabilidade de te ires ser ínfima, eu não conseguia deixar de olhar para ti, tão frágil, e pensar que da próxima vez que as máquinas apitassem seria a última que te veria com vida. Felizmente, não passou disso. De um medo.

O tempo passou. Primeiro tiraram-te o oxigénio. Já sabias respirar sozinho! Que grande vitória! Nessa altura ainda estava internada. Ia ver-te sempre que podia, que sabia que poderias estar mais tempo acordado para nos conhecermos melhor. Enquanto dormias tentava descansar, para recuperar da cesariana e para que, quando regressasses a casa, pudesses contar comigo a 100%.

Tive alta. Mas tu ainda não sabias comer. Não pudeste vir comigo para casa. Para a nossa casa. Doeu-me muito. Sabia que estavas em boas mãos, que era o melhor para ti, mas não conseguia deixar de pensar que te tinha falhado. Ainda agora tinhas chegado e eu já estava em falta para contigo. Doeu-me tanto.


Quando regressei ao pé da tua caixinha pude, finalmente, pegar em ti. Foi um momento mágico! Eu não estava nada à espera. A senhora enfermeira virou-se para mim e perguntou-me, com a maior das naturalidades, se queria pegar-te. Se queria? Claro que queria!

Passei a visitar-te duas vezes por dia, embora pudesse ficar mais tempo. Não o fiz pois apenas poderia ficar a olhar para ti, enquanto dormias. Aproveitei esse tempo para descansar e recuperar. Queria ser só tua quando fosses para casa. E queria poder receber-te. Como vieste mais cedo, ainda faltavam coisas importantes para ti. Às vezes penso se terei sido má mãe por fazer isso. Por não ter estado sempre contigo. Mas a minha consciência diz-me que não. Fiz o que devia ter feito. Não ganhaste nada se eu tivesse lá estado o tempo todo. E ganhaste uma mãe mais presente sempre que estive contigo. Ia ver-te e ia tirar leite, para que pudesses continuar a tê-lo quando fosses para casa.


À medida que o tempo ia passando ias evoluindo cada vez mais. Passámos a poder dar-te banho. Era o ponto alto do nosso dia. Meu e do pai. O pai também ia sempre visitar-te. Eras todo dele enquanto eu tirava leite. Depois eu reclamava-te para mim. Já só faltava teres alta e vires para casa. Mas não conseguias aprender a comer. Fizeste fisioterapia. Aprendeste a mamar. Agradece à terapeuta Paula, ela foi muito importante para que o conseguisses fazer. Passámos a dar-te biberão. Muito devagarinho. Não tinhas força para mais. Apertávamos-te as bochechas para perceberes como se fazia.

E, um dia, quando menos esperávamos, bebeste um biberão inteirinho! Por precaução ficaste mais uma noite na tua caixinha, e no dia seguinte passaste a ser só nosso. Foram só 12 dias. Mas foram 12 dias que pareceram uma eternidade. Hoje contas já com 9 meses. Ou 7 meses e meio, como algumas pessoas gostam de dizer. Obrigada por teres lutado e por estares hoje connosco, Lucas.



Obrigada a toda a equipa de neonatologia do Hospital da Luz. Aos enfermeiros Hugo, Patrícia, Andreia e aos outros cujo nome não me lembro, um especial obrigada por nos terem feito sentir em casa, por terem ajudado o Lucas a recuperar tão bem, e por nos terem ensinado a cuidar melhor dele.

11.18.2014

Mãe Mãos de Tesoura

Quem frequentou um curso de preparação para o parto deve ter sido confrontado com o dilema das unhas. Como cortar as unhas ao recém nascido? Com uma lima? Normal ou "para bebés"? E a tesoura? Tantas dúvidas... Mas afinal qual a melhor opção?

Cheguei à conclusão que:

#1: Se optarmos por usar limas, podem ser aquelas mais roscoves de papel que se vendem no supermercado;

#2: Mesmo com as limas mais xpto, as unhas dos recém nascidos são tão molinhas que é, na mesma, muito difícil pô-las mais curtas;

#3: A tesoura é uma boa opção, as unhas parecem papel, mas há que ter cuidado com bebés mais irrequietos;

#4: Mesmo com os bebés ditos irrequietos (eu comprei um desses modelos), com algum cuidado é quase impossível cortar-lhes os dedos.

Conclusão: a experiência dir-vos-á o que melhor resulta para cada um dos vossos bebés e seus respectivos pais, dependendo do nível de perícia manual dos mesmos. Ou seja, eram bons a EVT no 5º ano? Então estão safos com a tesoura. Se o cubo que montavam se parecia com um octo-nãoseiquê-edro, então se calhar é melhor optar pela lima.

Mas uma coisa é certa, não deixem de lhes cortar as unhas, se não querem ver a pele deles (e a vossa, já agora) que nem carpaccio de vitela.

11.17.2014

Furar as orelhas. Sim ou não?

Porquê sujeitar uma bebé de meses ao sacrifício de furar as orelhas?

"Uma" bebé, quer dizer, também deve haver meninos de orelhas furadas. Há gostos para tudo...

Já tenho visto alguns bebés com brincos. Faz-me confusão. Até acho um bocado pirosinho, mas o que eu gostava mesmo de saber é: porquê?

Ah, é porque fica tão fofinha/gira/querida...
Chamem-lhe o que quiserem mas, então, deixem-me lá ver se entendi: a ideia é provocar dor e duas feridas abertas nas orelhas dos bebés por uma questão pura e simplesmente estética?

Epá... isso é PARVO!

Senão vejamos:

1. Andamos a esterilizar 8633820 coisas deles desde que nascem até, pelo menos, aos 6 meses, para não apanharem infecções, e depois abrimos-lhes duas feridas nas orelhas, de propósito?

2. Mães, a maioria de vocês deve ter as orelhas furadas. Muitas não se lembram, mas sabem uma coisa? Dói! Dói na altura e dói depois, enquanto não cicatriza. Lá está: tanto cuidado com almofadinhas para aqui e para acolá e depois infligimos-lhes dor, de propósito?

3. Tradição? Não me parece... Por essa lógica também era tradição dar sopas de cavalo cansado aos miúdos e "chuchas de açúcar" aos bebés e dar-lhes com o cinto vezes e vezes sem conta se se portassem mal. Seguir a tradição, mesmo sendo estúpida?

Estas são só três razões. E deveriam ser suficientes para não furarmos as orelhas aos nossos bebés.

Não me venham cá com merdas tretas e desculpas esfarrapadas!

Sim, sou contra.

11.14.2014

O meu corpo é um saco de boxe

Calma! Não estou a ser vítima de violência doméstica! Pelo menos por parte do meu marido.

É mesmo o meu filho de 9 meses. Quando acorda às 6h da manhã e fica aos berros na cama porque não quer estar sozinho, trago-o para a nossa cama na esperança (AHAHAHAHAHA!!!!) de que durma mais um bocadinho.
Pois. Mas não. Sabem aquela música pimba que diz qualquer coisa do género "e mexe, remexe" e mais qualquer coisa? É o Lucas.
Não só não pára um segundo, como gosta de se agarrar a mim para se pôr de pé e fazer kung fu, entre outras coisas.

Aposto que não sou a única! Ou espero, ao menos. Deve haver aí mais mães que são violentadas todos os dias por um ser mais pequeno que o nosso fémur...

Partes várias do meu corpo são, por isso, vitimadas diariamente nas mais variadas situações:

Vítima número um: os cabelos. Adoro! Então quando ele agarra com aquelas micro-mãos os cabelos fininhos das têmporas... Gosto tanto que até me vêm as lágrimas aos olhos!
Vítima número dois: o nariz, por fora e por dentro. Regozijo-me de felicidade!  Que o queira arrancar à força e que, sem querer, no processo, me enfie o dedo na narina e aperte com a unha a mucosa até fazer sangue.
Vítima número três: a barriga, mesmo na zona do útero e da minha cicatriz da cesariana. Gosto imenso! São os pontapés quando lhe mudo a fralda ou o visto. E não são pontapezinhos, são bojardas dignas dos pés do Cristiano Ronaldo! Enfim, pode ser que um dia ganhe a Bota de Ouro. Uma vez já era giro.
Vítima número quatro: a pele, toda, em geral e em particular. Deliro! Beliscões no pescoço, nos braços, na cara, e onde aquelas mãos conseguirem... passo a redundância, deitar mão.

Isto leva aquela expressão "mãe sofre" a todo um novo nível de dor, a física. Que eu dispensava, obrigada. Já chegaram as poucas contracções que tive e as dores nas costas/ rins/ mamas/ pernas/ pés que me acompanharam na gravidez.

11.13.2014

Natacinha (ou Adaptação ao Meio Aquático)

Sempre achei imensa graça aos bebés dentro de água. Desde que saiu o Nervermind dos Nirvana, pelo menos.



Por isso, assim que o  Lucas fez 6 meses e teve o ok da pediatra (pelo menos nos meses quentes) inscrevi-o nas aulas de Adaptação ao Meio Aquático. Qual natação, qual natacinha! Chamemos as coisas pelo nome.

Andei à procura na net e nos fóruns das mães por piscinas "amigas dos bebés". Que níveis de cloro têm, Ph, número de alunos por professor, etc, são alguns dos factores a ter em conta.

Gostei muito de um artigo da Pumpkin, e depois andei a ver piscina a piscina qual a ideal para nós.

Pela localização e pelas condições, acabámos por escolher a Piscina Municipal de Campo de Ourique, que é gerida pelo Ginásio Clube Português. É uma piscina bastante recente, e as aulas das crianças são num tanque separado do das pistas, o que permite que o tratamento da água seja diferente.

Tive sorte, pois já só havia 4 vagas e para um dos horários ao domingo de manhã! Sim... Custa muito! Mas, tenho a dizer, vale muito a pena! Eles adoram! Pelo menos o Lucas adora. E nós, os pais, também gostámos muito dos professores e das aulas em si.

E ele fica tão, mas tão cansado, que ainda não acabei de o vestir e já está a dormir. Quem tem bebés com energia... a mais, vá, sabe a vantagem que isso pode ser! É uma hora e meia de descanso ao domingo de manhã. Que sonho!

11.12.2014

Pior que ter um bebé doente...

...é ter o pai doente!

Eu explico: como se não bastasse os miúdos na creche apanharem 17464851 doenças, mau mesmo é ter o bebé doente e o pai dele também.

O bebé está ou constipado, ou tem conjuntivite, ou vomitou, ou tem diarreia, ou, no mínimo dos mínimos, ranho... vá... Embora esse seja muitas vezes o seu estado normal.

Fica sensível, com olhinhos doentes, a tossir como se lhe fossem sair as entranhas e nós damos tudo por tudo para que ele se sinta confortável e para que sofra o mínimo possível. Já estávamos cansadas, mas se pudéssemos ficaríamos no seu lugar, as vezes que fossem precisas!

Mas pronto, é um bebé, não tem culpa de não se saber exprimir a não ser com o choro. Damos-lhe um desconto! Além de ter saído de dentro de nós, isso também conta um bocadinho!

Porque é que os pais, que é como quem diz os homens, são tão fiteiros? E porque é que escolhem as piores alturas para ficarem doentes? Quando têm planos com os amigos ou têm de ir ver jogos não sei onde nunca ficam doentes!

Mais mães com dois bebés doentes em casa, sendo que um é o pai? Que ponha a mão no ar a mãe que não sofre do mesmo mal! Que é para eu lhe mandar uma chapada, se faz favor! Para a próxima que fique caladinha! Não é preciso virem para aqui vangloriar-se, ok!?!?! Agora, vá, que tenho de ir ver das minhas duas crias.

11.11.2014

Um simples gancho.

Uma mãe, como todas as mães, quis embelezar a sua filha. Vestiu-a com todo o prazer, como sempre. Brincou com ela enquanto a embonecava e pôs-lhe um simples gancho nos cabelos.

Esse gancho levou-lhe a filha.

Um simples gancho.

A Valentina tinha apenas 9 meses. Ninguém deu conta de ter engolido o seu gancho, situação tão normal, de segundos. Quem nunca desviou o olhar por uns segundos? Algum tempo depois, a pequenina deu entrada na urgência com convulsões e vómitos com sangue. Foi-lhe finalmente encontrado o objecto no esófago e a Valentina foi operada. A cirurgia correu bem, e teve alta finda a recuperação. Alguns dias depois os episódios sangrentos repetiram-se. Complicações com os pontos (não sei explicar) estiveram na origem de nova hemorragia e a bebé foi de novo operada. Coma induzido. Infecção generalizada. Morte.

Li este post da Anita Mamã que além de contar esta história miserável, conta-a com todo o coração e alma de uma mãe. Li e, primeiro, a agonia. Depois as lágrimas. Depois o vazio. Foram assim aqueles minutos para mim.
Não consigo sequer imaginar o que a mãe Amanda, que eu não conheço de lado nenhum, possa estar a sentir.

E se fosse o meu filho?
Não consigo imaginar.
Não quero.
Não posso.

Estas palavras e este post são para ela, para a sua família, e para a sua, agora etérea, filha. Valentina.
Que a perda do seu querido e frágil tesouro não tenha sido completamente em vão. Se é que é possível tirar algum sentido disto...
Que aprendamos todos: mães, pais, familiares, educadores e cuidadores.

Um simples gancho.




Obrigada Sara-a-Dias!!!

Já repararam nos nossos bonequinhos super giros e fofinhos?

Vocês ainda nem tinham começado a ler este blog e já estavam loucas. É o efeito Sara-a-Dias.

Ela aceita encomendas. Sim, enviem-lhe pastéis de nata que ela gosta. 

Graças à Sara até podemos nem ter nada de jeito para escrever que parecerá sempre bem. 

É como ser estúpida e andar bem-vestida. 

Nem temos palavras para te agradecer direito, Sara.

Mas um OBRIGADA cai sempre bem e nunca será demais!

Obrigada Sara-a-Dias