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11.10.2019

5 anos!

5 anos disto. 
5 anos e picos de uma amizade que deu nisto. 
5 anos em que, tu, Joana Gama, tiveste de levar com a montanha russa que eu sou, ora lá em cima e motivada, ora frustrada, desanimada e a sentir-me paralisada. 
5 anos em que tu, Joana Gama, nem sempre escreveste coisas com as quais eu concordava, mas era isso que nos distinguia e que sempre deu força a este blogue: a tua paixão e garra.
5 anos a rir-me muito com os teus textos e a reflectir e a aprender com quase todos. 
5 anos de desabafos, de disparates, de fotos de cara lavada e até de pijama. 
Sem ter medo do que os outros pudessem pensar.
A partilhar casos, histórias de outros, dores de várias mães.
A responder a e-mails de leitoras que procuravam palavras amigas e de compreensão quando mais ninguém à sua volta parecia tê-las.
A fazer rir, a descomplicar, a partilhar coisas tão íntimas que faziam com que quem estava do outro lado se sentisse normal. 
Copo menstrual, sexo pós-parto, divórcio, guarda, partos, cansaço, psicoterapia, sonhos e desilusões.
Mudança de vida.
Reações inesperadas, desabafos e partilhas que faziam com que 
sentíssemos que o que fazíamos aqui até era especial.
Um convite para escrever um livro, para idas à TV, para entrevistas, para embaixadoras de projectos e até de marcas.
Nãos, bastantes nãos, quando não consumíamos nem confiávamos em algum produto. Alguns sins que faziam sentido que nos pagavam para que pudéssemos ter tempo para escrever sobre tudo o resto. Mais que justo.
Projectos que desenvolvemos por nós, começados por ti, e nos quais sempre confiei e aos quais
me entreguei.
Dicas de viagens, restaurantes ou de consumo, mas principalmente dos valores em que acreditamos, de livros, museus, espectáculos, atividades, disciplina positiva e aquilo que uma escola deveria ser.
Textos, vídeos e depois podcast, para falarmos de tudo o que tem a ver com a maternidade e tudo o que não tem. Tudo o que somos e tudo em que pensamos.
Já errámos, já fomos intempestivas ou dissemos disparates, já nos arrependemos, já mudámos de opinião e mantivemos tantas outras. 
Mas, sobretudo, já ficámos felizes por algo que parecia tão pequenino ter chegado ao coração de tanta gente (e se só ao de uma pessoa que fosse não teria sido em vão).

Quantas vezes já chorámos com comentários muito desagradáveis? (fui só eu?)
Quantas vezes já soltámos uma gargalhada? 
(e um pum? - é retórico, não respondas Joana Gama, pleaseeee LOL)
Quantas nos orgulhámos do que andamos aqui a fazer?

Já te disse que me orgulho muito de nós? E que sinto que te tenho de agradecer muito, mesmo muito?

Obrigada, Joaninha. Companheira de blogue, mas também de vida.











Obrigada a todos os que connosco já embarcaram nesta aventura:
 à Marta, que aqui estava há 5 anos; 
à Sara-a-Dias, que nos desenhou logo de início;
- à Joana, à Inês e à Susana, que nos têm vindo a fotografar e a acompanhar todas as nossas fases; 
- à Maria que nos deixou este cantinho também muito bonito; 
- a todas as pessoas que estão nas agências, marcas, editoras, revistas, programas que um dia viram algo especial em nós e decidiram dar-nos voz e apostar em nós.

Mas principalmente a todos os que nos seguem há 5 anos (alguém ainda? ahah), mas também a quem chegou mais recentemente. 
A quem nos ajuda a crescer, quem nos abraça e quem nos questiona. 
Quem quer o melhor para nós e para as nossas filhotas (não em conjunto, embora às vezes pareça). 
Tem sido bom, muito bom!

São 5 anos, caraças!



11.04.2019

Adopto a gata ou não adopto a gata?

A Isabel e a Luísa foram dormir, no sábado, a casa da tia que, além de gatos mais adultos, tem dois gatos bebés. Da última vez que lá tínhamos ido, a Isabel fez todo um número dramático porque queria ficar com um. Eu percebo-a. Eles são irresistíveis. Expliquei-lhe que não ia dar. Que não tínhamos, neste momento, vida, espaço e tempo para animais de estimação. Foram lágrimas e mais lágrimas, umas de crocodilo e outras bem sentidas. 

Mas neste fim-de-semana não houve lágrimas nem pedidos. Houve uns olhos maravilhosos de bambi de quem está absolutamente apaixonada e "mais vale é aproveitar cada segundo". Passou sábado à noite e domingo de manhã a dar-lhes colo. E nós, que até agora tínhamos sido irredutíveis, estremecemos um bocadinho das pernas. Ficaram bambas. 

Este é o gato, mas ela escolheu a gata para adoptar


Eu andei 16 anos da minha vida a pedir um cão. Chegou nessa altura e lembro-me bem da felicidade que foi. Lua. A nossa Lua. O meu pai foi buscá-la ainda estávamos no apartamento em Santarém, mas tinham comprado casa na aldeia, com terreno e espaço para ela correr à vontade. Aquele ano foi um "inferno", com destruições atrás de destruições, óculos e paredes roídas e o diabo na terra. O engraçado é que não a trocaríamos por nada. Foi nossa amiga durante tantos tantos anos. Deu-nos o Pipo, que ainda é vivo, já velhote. Quando a minha mãe me ligou a dizer que ela tinha morrido, envenenada, chorei tanto, mas tanto. Andei quase uma semana deprimida. Ainda me comovo a pensar nela. 

Por isso, eu sei da importância de se ter um animal de estimação. Da relação e das memórias que se criam. Claro que queria dar essa experiência às minhas filhas, mas também - assumo - sou bastante comodista. Sou preguiçosa para limpar a casa. E só de pensar em ter ainda mais responsabilidades e mais um ser que depende de mim até estremeço. Por tudo isto, ponderámos bastante. 

Ou então não, nem pensámos assim tanto, sentimos que poderia seria bom e pronto. Decidimos que vamos trazer a gata para casa. Que ela vai fazer parte da nossa família. Ainda estou um bocadinho em choque, tal como quando descobri que estava grávida (ahah não me gozem). Já desenterrei o aspirador robot que estava na despensa e que eu não usava há séculos - já sei, nem precisam de dizer: PÊLOS. Já sei que tenho de comprar um arranhador, uma caixa para ela deixar os seus presentes, uma caminha, mantinha; que vai levar vacinas agora em breve e todos os anos (é isso?); que tenho de a ensinar a não trepar para as bancadas da cozinha, etc, etc. Mas como é que isto se faz?

E é nesta parte que eu estremeço. Não percebo nada de gatos. A minha avó Rosel teve muitos gatos mas eu tentava não me afeiçoar muito a eles, ora porque morriam atropelados ora porque apanhavam doenças. Chorei tanto que deixei de sentir coisas fixes. Tenho até - não diria medo - respeito por eles. Fico assim sempre meio desconfiada quando um me vem parar ao colo. Não consigo relaxar. Não sou, pelo menos até agora, uma cat lover. 

Mas adoro que as minhas filhas gostem de todos os animais com que se cruzam. Que tenham este amor todo para dar. E não vou ser eu a passar-lhes este pequeno arrepio que se me dá. 

Por isso, aqui vamos nós para mais esta aventura (ainda está na minha cunhada até levar a vacina).

Deixem dicas, conselhos, lojas porreiras para comprar o material e comida, sosseguem-me, deixem histórias felizes que é para eu deixar de estar meio ansiosa com isto e passar a sentir só coisas boas.

Obrigada :)



11.03.2019

Ser mãe não é SÓ como nos anúncios

Agora que és mãe vamos dizer-te o que ninguém nos disse. 





Aqueles primeiros meses podem ser extenuantes. Queremos dar o máximo, ser a mãe que aquele ser precisa, queremos dar conta. Queremos estar bem. E, às vezes, fingimos dar conta. Fingimos estar bem. Damos o máximo, mas o máximo parece ser claramente insuficiente. No meio do caos de uma casa, do sono e da exigência, esquecemo-nos de nós. Temos vergonha de pedir ajuda.

Por isso, queremos dizer-te que é normal. É normal sentirmo-nos impotentes, cansadas e, até, desesperadas. Mas pedir ajuda é fundamental. E este é o nosso hino. Um hino à maternidade, mas principalmente um hino às mães.

A Meghan Markle, duquesa de Sussex, mulher do príncipe Harry, agradeceu ao jornalista que lhe perguntou se ela estava bem. Mais facilmente nos focamos no bebé do que na mãe. E não, não é vitimização. Não nos comparemos com as nossas avós ou bisavós que tinham de ir trabalhar no dia a seguir ao parto ou que os levavam para os campos e que "não estavam para aqui como mimimis” (expressão que até me dá comichão).

Claro que temos de “andar para a frente”, mas cuidar de nós, não nos armarmos em super mulheres e não fingirmos que está tudo bem, quando não está, é essencial. Falemos disto. Das coisas boas - que são inexplicavelmente boas - mas também das difíceis.

Estamos juntas?


Só para o caso de terem esbarrado connosco só agora, somos duas Joanas, uma com duas filhas e claramente mais cansada e lenta, uma com uma filha e claramente mais maluca: Joana Paixão Brás e Joana Gama respectivamente. Temos este blogue e podem seguir-nos também em www.instagram.com/amaeequesabe.pt e em www.instagram.com/joanapaixaobras e www.instagram.com/joanagama assim como no nosso canal de Youtube, onde abordamos os mais diferentes assuntos relativos à maternidade, mas não só.

Subscrevam este canal para conteúdos parvos e para outros de qualidade, que somos feitos de muita coisa, certo? Certo.

Ah! Só mais um recado: estamos a preparar mais um A Mãe É Que Sabe Ajudar, onde iremos a casa de uma recém-mãe ou grávida quase quase quase a parir, levar jantar, passar a ferro ou ajudar no que for preciso. Levamos presentes e, por isso, se as marcas desse lado se quiserem associar, são bem vindas. Email: amaeequesabeblog@gmail.com

10.30.2019

Casámos o meu mano!

Ainda ontem estávamos a partir a televisão lá de casa, a fazer ginástica acrobática na sala e a arrancar os olhinhos um do outro e agora já andamos a brincar aos adultos, como é possível? Foi com um orgulho enorme que vi o meu maninho mais novo (e único) a tornar-se numa pessoa responsável, dedicada, íntegra, lutadora, dona do seu próprio negócio e... agora... a casar. Como não chorar? Como não sentir coisas tão boas que nos deixam com lágrimas fáceis a quererem estragar a maquilhagem toda? Ver a nossa família toda ali reunida, a avó Rosel a dançar, os primos e tios com quem estamos tão poucas vezes, amigos do Porto, dos Estados Unidos, da Suiça, com quem vamos estando tão pouco, mas de quem gostamos tanto... aaaaaahhhh adoro casamentos.







E, pelos vistos, as miúdas cá de casa também. Já andavam a falar do evento do ano em loop há não sei quantos dias. Um excitex que foi ainda mais adensado quando fomos ao atelier da Helena tirar as medidas para que os vestidos (de princesa, acrescenta sempre a Luísa) ficassem impecáveis. Sabem o que vi ali? Uma entrega e um amor tão grande pelo que se faz, com atenção a cada detalhe e que culminou nestas meninas das alianças tão giras! E com uma combinação de tons que nem me teria lembrado sequer. Parece que foi tudo combinado para ficarem nos meus tons, mas as cores dos vestidos das miúdas foram sugeridas pela Helena, depois de me pedir briefing sobre o casamento, o sítio, mês, damas de honor, as cores (da quinta, da festa, do bouquet...). E, surpreendentemente, ficámos todas em pendant! Adorei, adorei, adorei. Tudo personalizado e escolhido ao nosso gosto, com sugestões de quem tem um enorme bom gosto e faz isto há anos! Os sapatos vieram da Hierbabuena, que nunca desilude. 

Mas voltando àquele dia especial, conseguem ver o entusiasmo da Isabelinha, mesmo com uma conjutivite a despontar, em ser a menina das alianças? Por ela teria logo dado as alianças no início da cerimónia! A Luísa só perguntava pela noiva, eufórica, e dizia que ia tapar os olhos quando "o tio beijasse com a tia", como ela diz. Adorável.













Ficha técnica :)

Elas
Vestidos - Peixinho do Mar
Sapatos - Hierbabuena

Eu
Saia - Uterque
Camisa - Sienna
Sapatos - Aldo
Maquilhagem e cabelos - Sparkl
Pestanas (extensão) e unhas - 2 Be Centro de Estética
Mamas - AHAHAHAHA

Fotografias - The Love Project
sempre presente nos momentos mais especiais (qualquer dia podes mudar-te cá para casa, Joana!) <3


10.29.2019

Temos uma grande novidade!

Há uns anos a minha vida não passava, nem um milímetro, perto disto. E, agora, poucas coisas me deixariam mais realizada do que este projecto: um diário, onde escrevemos livremente sobre tudo o que queremos, um blogue que se transformou também numa plataforma de partilha entre todos e até de ajuda, num podcast e num canal de Youtube. Somos tão felizes a fazer o que fazemos, palavra!

E uma das grandes novidades que andámos a preparar para fechar este ano em grande e que vos queríamos contar - sabemos que vão ficar felizes por nós - é (rufam os tambores):

- deixámos o nosso carimbo nos nossos
brinquedos favoritos da Science4you





É mesmo verdade - podem beliscar-me? - somos as embaixadoras das estufas de morangos, melancias e meloas, um brinquedo que os põe a semear, a mexer na terra, a ir todos os dias espreitar se já nasceram e que, no final - depois de aprenderem a esperar e a serem pacientes - irão colher e comer! Sim, porque os morangos não vêm do supermercado ;) Além de que, depois, podem aprender a fazer gelados, iogurtes, batidos e até a usar a ciência para inúmeras brincadeiras didáticas. Gostamos tanto disto!





A Mãe É Que Sabe que estes brinquedos vão plantar muitos sorrisos e, por isso, são uma excelente opção para presente neste Natal. 

E mais uma novidade: podem usar o código "amaeequesabe" para terem 10% de desconto, não só nas estufas e frutas mas em TODOS os brinquedos da Science4you.



Se já tínhamos orgulho de ter uma marca portuguesa de brinquedos com tanto sucesso até lá fora, imaginem agora que somos parceiros! Yeah!






10.27.2019

EXTREME MAKEOVER À JOANA GAMA - ou a rotina de beleza de que ninguém quer saber

Estão para aí todas histéricas - e histéricos - por saber o que este naco que é a Joana Gama põe naquela cara para ficar ainda mais linda, já sei. Por acaso a moça até tem jeitinho para se maquilhar, digo eu, praticamente leiga no assunto. Tirando o dia em que veio cá a casa, tinha a Irene um mês para aí, e , quando abri a porta, só vi umas maçãs do rosto muito marcadas e uns lábios muito rosa barbie (até hoje brincamos com isso), acho que a moça sabe não exagerar e ficar com uma make up leve que lhe realça a beleza natural. Juro que ela não me comprou com kinders para lhe fazer estes elogios.



Vejam lá este antes e depois, que vale imenso a pena, mais não seja porque filmei descalça dentro da banheira da Gama, arriscando-me a contrair pé de atleta ou assim.





Só para o caso de terem esbarrado connosco só agora, somos duas Joanas, uma com duas filhas e claramente mais cansada e lenta, uma com uma filha e claramente mais maluca: Joana Paixão Brás e Joana Gama respectivamente. Além deste bonito blogue, podem seguir-nos também  no instagram em amaeequesabe.pt e em joanapaixaobras e joanagama

Subscrevam este canal para conteúdos parvos e para outros de qualidade, que somos feitos de muita coisa, certo? Certo.

Ah! Só mais um recado: estamos a preparar mais um A Mãe É Que Sabe Ajudar, em que iremos a casa de uma recém-mãe ou grávida quase quase quase a parir, levar jantar, passar a ferro ou ajudar no que for preciso. Levamos presentes e, por isso, se as marcas desse lado se quiserem associar, são bem vindas. Email: amaeequesabeblog@gmail.com


10.24.2019

Falam do corpo com as vossas filhas?

Uma vez vi um programa na TV da Tyra Banks em que se falava de limites para aquilo que os nossos filhos conhecem sobre nós, sobre o nosso corpo e sobre a nossa intimidade.

Basicamente, entre outras coisas, toda a gente discordava da ideia de os filhos verem os pais nus em casa. Tomar banho com os filhos então, nunca. Apesar de compreender que não temos de ter todos o mesmo à-vontade com o corpo, de termos limites diferentes, de compreender que para algumas pessoas isso possa ser a forma de lhes ensinar que o corpo deles é íntimo e só deles – e que mais ninguém tem de ter acesso a ele - lembro-me de achar aquilo tudo impregnado de um puritanismo sem fim, sem qualquer contraponto. Parecia uma seita.

Se eu estivesse lá, teria dado o meu exemplo: vi várias vezes os meus pais nus, na casa de banho, tomei banho com os dois, ainda hoje tomo com a minha mãe se for preciso, e não é foi por isso que não aprendi que o meu corpo só a mim pertence, que sou eu que crio as minhas regras, e que não é por isso que a minha intimidade ou privacidade sai afectada. Pelo contrário, sempre vi nos meus pais – com as devidas ressalvas – uma família aberta a todo o tipo de conversas (uma versão mais soft da cena do Alfred Kinsley à mesa com a família a falarem sobre sexo, por exemplo). Isso ajudou-me a não ter medo de questionar, a não ter grandes tabus sobre nada. Não ter grandes tabus ajuda-nos a chegar a mais informação e a querer resolver uma série de questões íntimas.

Quero ter esse tipo de relação com as minhas filhas, respeitando, claro, a vontade e o direito delas a não quererem mostrar o corpo, a fecharem a porta da casa de banho, como é óbvio, ou a não quererem abordar alguns temas. Tudo legítimo. Mas, sinceramente, acho (ou espero) que o espaço de partilha e naturalidade com que abordo estes temas com elas lhes vai dar uma grande leveza.

Toda a gente sabe que nunca mais vamos sozinhos à casa de banho, desde que somos mães e, curiosas como são, já têm uma ideia, mesmo que por alto, para que serve um copo menstrual ou um penso higiénico. Acredito que isto levante para aí uma onda de criticas e o diabo a 4, mas eu prefiro ir-lhes explicando – em linguagem que percebam – o que nos acontece, mulheres. Que não tenham nojo do seu corpo. Que não tenham medo de perguntar. De falar sobre as coisas. [Não faço ideia se isto é ser demasiado liberal, mas cada vez gosto menos de rótulos]. É como funcionamos cá em casa. É aquilo em que acredito. Acho que esta abertura (tem piada esta expressão aqui) veio muito da minha mãe. O cuidado com a higiene íntima também. Desde sempre aprendi, com ela, que o produto com que lavamos o pipi não é o mesmo com que lavamos o corpo.

Que há todo um pH específico, uma flora a respeitar (e agora veio-me a Greta Thunberg à cabeça, desculpem-me a infantilidade) e sempre me lembro de ver o frasquinho ao lado do sabonete, na banheira. As minhas filhas também me vêem a usar produtos diferentes. E também elas já sabem que há um produto específico para elas, cor-de-rosa. Não sabia, mas descobri este ano a importância das nossas filhas usarem um gel ultrasuave para a higiene íntima diária. Usamos (usam elas) Lactacyd Girl. Tem de ser diferente do nosso porque elas têm um pH mais alcalino que o nosso. Além disso, é mesmo importante este cuidado porque têm a mucosa mais frágil, os grandes lábios são pequenos e não têm pelos púbicos, por isso estão mais susceptíveis. Sabiam que entre 80/90% das consultas pediátricas ginecológicas nas miúdas têm a ver com vulvovaginites? Eu já tive infecções e vaginites e sei bem o desconforto terrível que é, por isso, tudo o que puder evitar para que elas tenham, farei. Também não estão aconselhados banhos prolongados, de imersão; é importante usarem roupa interior 100% algodão, aprenderem a limpar-se (de frente para trás); e usar de preferência roupas largas e respiráveis é o melhor a fazer (as leggings dão imenso jeito, mas não são muito fixes, neste caso).

Esta é daquelas coisas em que ajuda muito darmos o exemplo. Assim, ficam com este hábito já enraizado, desde pequeninas, e ficam a saber que temos de tratar muito bem do
nosso pipi. Sem tabus, por favor.



*Pub - Post escrito em parceria com a Lactacyd

10.20.2019

Tive a Marie Kondo cá em casa!

Foi uma razia. A Joana Gama veio cá a casa com a Irene supostamente para as miúdas brincarem, mas quem se divertiu mesmo mesmo foi a Marie Kondo tuga. Eu já sabia que a Gama era toda organizada, mas não estava nada à espera que aquilo a que ela chamou "mandar as plantas mortas para o lixo" fosse uma limpeza daquelas à minha cozinha. Começou nas plantas, passou para as tentativas fracas de imitar tupperwares, pratos de plástico e copos das miúdas, decorações, foi tudo a eito, nem têm noção. 

Primeiro destralhar: "só precisas de 8 canecas!", depois tornar o espaço o mais minimalista possível, ganhando espaço para "esconder" tudo - até o azeite a Kondo bitchy me tirou do alcance. Já voltei a pôr no sítio, lamento, tem de estar ao lado do fogão. Mas foi divertido até. Eu tenho espírito para isto, se calhar se fossem vocês até lhe tinham dado um chuto no cu. Eu sei que preciso de ajuda nestas coisas. Apesar de achar que não tenho muitas coisas (roupa, sapatos nem grandes estantes, armários com tarecos e tralha), acabo por ter e - até - por ter dificuldade em me desfazer de muitas coisas. Vai-se a ver e sou acumuladora, num grau bastante reduzido, vá. Acho sempre "isto pode dar jeito para elas brincarem/colarem/recortarem" e vou guardando tralha. "Vou reciclar isto"; "vou pintar aquilo", "vou transformar isto em calções", "isto ainda vai dar jeito" e as coisas vão ficando, ficando, ficando. Acho que consumimos em demasia e custa-me deitar fora para comprar novo. Mas há um meio-termo que eu tenho de encontrar. 

Olhem, entusiasmei-me. A Joana Gama, em calhando, ainda dá uma perninha como personal organizer ou assim, que ela é talentosa para caramba nisto. Foi um alívio para mim e nem sabia que precisava mesmo disto. Cozinha já está bastante encaminhada (percebi que o destralhanço se vai dando com o tempo e não pode ficar só por aqui), móvel da sala foi hoje e - apesar de cansativo - foi ma-ra-vi-lho-so. Nunca pensei dizer isto sem estar a falar de uma viagem, de um filme ou de uma cascata de sushi, mas foi. Apetece-me viver. Ahah

Apesar das minhas graves dificuldades em desfazer-me dos tarecos, sobrevivi!
Percebem a postura da Gama, não é? Têm amigas assim duronas?


Racismo e homossexualidade: como explicámos às nossas filhas?

Bem, isto era para ser uma coisa e ficou outra. Deixámos a conversa fluir. A verdade é que, como pais, nunca temos certezas absolutas de como abordar certos temas, mas o mais engraçado é que, por vezes, nem temos de o fazer. Basta ver a forma descomplicada como eles resolvem os assuntos dentro deles e, afinal, somos nós que aprendemos uma grande lição: tudo é mais simples do que às vezes julgamos.



O que eu e a Joana Gama fizemos aqui foi um exercício sem termos aprofundado nenhum dos assuntos e sem estarmos sempre a tentar ser politicamente correctas no uso dos termos (as nossas opiniões são isso mesmo, com base na nossa sensibilidade e nos poucos documentários que fomos vendo, etc). Por isso, estamos à espera que venha desse lado mais alguma biblioteca sobre estes assuntos, sim? E até ajuda para a forma como nos referimos a "preto", "branco", se empregámos de forma errada a "etnia", etc. Queremos aprender. Sem "hate" desse lado, por favor.

Vamos a isso?





Entretanto podem seguir-nos também nos nossos instagrams: JoanaPaixaoBras e JoanaGama e claro, amaeequesabe.pt

Temos novo podcast, desta vez sobre sexo (estou corada só de pensar que vão ouvir, caraças).
Mas vá, coragem.

10.10.2019

À leitora: ando cheia de mim, sim, e ainda bem!

Olá leitora que disse que eu andava tão cheia de mim que até enjoava. 

E ando. Ando cheia de mim, finalmente. Não sei se vomidrine fará efeito nestes casos, mas talvez afastar-se de "mim" temporariamente (ou desistir por completo) e rever por que razão isto a faz sentir-se mal disposta fosse mais produtivo.

Finalmente ando a tentar encher o que andava vazio. Finalmente consigo ter mais auto-estima e ir ganhando mais confiança. Se todos conseguíssemos encher mais um bocadinho o que anda vazio - de emoções, não de coisas -, se todos pensássemos um bocadinho mais em nós, se conseguíssemos enchermo-nos de coisas boas, talvez o mundo ficasse um bocadinho melhor, talvez não andássemos todos tão frustrados, tão magoados, tão revoltados, a ver o que os outros têm e nós não; o que os outros são e nós não. Se isso lhe faz confusão, talvez devesse rever, em si, por que razão isso a faz sentir algo negativo. Normalmente projectamos nos outros inseguranças nossas.

Percebi que deveria - enquanto consumidora de conteúdos, de redes - deixar de seguir algumas pessoas quando estive na eminência de lhes enviar mensagens ou comentar a forma como aquilo que diziam ou mostravam me incomodava, de certa forma. Como tenho, além de dedos no teclado, alguma consciência, antes de carregar no enter, apaguei e fiz unfollow. Até que ponto tenho de ser eu a definir o que os outros devem ou não mostrar, dizer e pensar? Até que ponto a minha opinião seria construtiva ou traria algo de bom àquela pessoa? Por que razão eu iria continuar a sentir coisas negativas a respeito de pessoas que eu nem conhecia e às quais só acedo a uma ínfima parte? Era bom para quem aquilo? Eu respondo por si: para ninguém.

Que bom que é eu andar numa fase em que me sinto mais cheia de mim, sem tanto medo de fazer ou dizer o que bem me apetecer, de falar sobre os assuntos que me interessarem com o tom que me surgir, de me mostrar em biquíni quando eu bem entender ou enrolada num lençol amarelo às pintas. Liberdade, tão bom que é vivê-la. E nada disto tem a ver com humildade ou falta dela. Nem tudo o que publico, penso e digo gira em torno de mim e do meu ego. Não ando propriamente apaixonada por mim, a olhar-me no reflexo da lagoa. Mas - e já o disse aqui - tendo começado a resolver várias coisas que me afastavam de um amor-próprio que tanta falta nos faz (porque não me castra, porque me lança para a frente, me desafia), estou sim, mais consciente. Do meu poder em mudar aquilo que penso e sinto sobre mim e sobre o que me rodeia. Do que posso melhorar. Gustavo Santos encarnou em mim e manda um oi.

“A tua opinião sobre ti próprio torna-se a tua realidade. Se tens todas essas dúvidas, então ninguém vai acreditar em ti e vai correr tudo mal. Se pensares o contrário, o contrário vai acontecer. É simples.” 50 cent - falei sobre isso aqui.


Linda comó sol - e pode olhar-se de frente 


E só para não dizerem que estou cheia de mim, passo a publicidade à minha clega, que eu adorooooo (a ver se me perdoa a dívida do almoço do outro dia). A Gama vai dar espectáculo com a sua outra clega, aquela super gata, a Rita Camarneiro (que agora está com os olhos todos lixados que é para ver se aprende o que é ser uma pessoa que é só médio-gira). É no próximo dia 24 no Maxime Comedy Club e era giro se se sentassem ao meu lado na plateia, a mostrar que não é por sermos pais que não sabemos rir a bom rir (eheh malucos do riso). 




Domingo voltamos com vídeo novo no Youtube, stay tunned (tão jovem que ela é). Subscrevam, pá.
Ciau!!!


10.08.2019

Joana Paixão Brás: O que ando a ver #02

Tenho visto mais TV do que lido. Mesmo assim, consegui ler uns 5 livros este verão (um deles adorei - “Só o tempo o dirá”, do Jeffrey Archer, que já emprestei à minha mãe e que ela leu em três tempos - queremos os outros dele!!!). Bem longe da quantidade de livros que eu devorava antes, mas vá, já me voltei a entusiasmar. Agora estou a ler um mais técnico: Educar pela Positiva - quando acabar, digo.

Mas bem, vamos lá ao que ando a ver ou vi recentemente.

Oh para mim a VER.
Já decidi que esta rubrica vai ter sempre fotos
zero relacionadas com o assunto.
A ver.

Série UNBELIEVABLE
Minissérie na Netflix com 8 episódios, sobre uma miúda que é violada. Mas será que foi mesmo? A polícia acha que não. Aliás, acusa-a de mentir. Anos mais tarde, noutro estado, duas polícias [uma delas a Toni Collette, que eu amo], encontram casos semelhantes ao descrito. Ficaram convencidos a ver?


Documentários EXPLAINED (ou RESUMINDO)
São episódios curtos sobre os mais diversos temas: por que não resultam as dietas; cultos; milionários; crise da água; por que ganham as mulheres menos; música... e por aí fora. Super bem feitos, rápidos, interessantes! Tenho aprendido imenso a cada episódio, andei viciada a ver todos (até os que achava, pelo título, mais desinteressantes) E agora a Leonor da Cadeira da Papa disse-me que havia também episódios sobre o cérebro “The Mind - Explained” e já comecei a ver o dos Sonhos. A-D-O-R-O!


Filme CALL ME BY YOUR NAME
Foi seguramente o meu filme preferido de 2017 e já está na Netflix. É a história de um amor nos anos 80, com o Timothée Chalamet (que ator, Deus meu!). A banda sonora é fantástica, adoro as personagens e chorei baba e ranho no fim: a descoberta, a paixão, a impossibilidade. Nota para a conversa entre pai e filho. Li recentemente - vai ter sequela. Que boa notícia! Vejam, vejam e venham cá dizer o que acharam.

Próxima coisa que está na minha lista: Joker, claro. Tenho a certeza de que o Joaquin Phoenix está brilhante, estou em pulgas [o homem cá de casa já viu e ainda aguçou mais a minha curiosidade!].
Quero séries filmes e documentários para a troca, combinado?


10.06.2019

Piolhos?! Solução nova!

Tentem ler este post sem se coçarem. Já está, não é? Agora imaginem eu! Em Junho, as miúdas vieram de férias carregadinhas de piolhos. Se calhar já iam e eu não tinha reparado. Assim que vi um a passarinhar no cabelo da Luísa, o meu cérebro voltou até à minha casa de banho cor-de-rosa em Santarém, em 1992, e lá estava eu, de cabeça no colo da minha mãe, sobre uma toalha branca, e ela à caça de piolhos na minha cabeça. Horas daquilo. Horas! 

Já sabia o que tinha a fazer, agora que as minhas filhas tinham apanhado, pela primeira vez, piolhagem: Paranix(Loção de Tratamento, eficaz em apenas uma utilização) naqueles cabelos lindos e brilhantes e tentar não me enervar muito, enquanto me coçava toda. E foi quando, ao tomar banho com Champô de Proteção contra Piolhos e Lêndeas, numa de prevenção, me apercebi logo que também eu tinha apanhado. “Engraçado” (completamente entre aspas) que ter piolhos é super comum, já todos sabemos que não é sinal de falta de higiene e que acontece a todos, mas, mesmo assim, não consegui não entrar em paranóia. Lençóis a 60 graus, toalhas e mais toalhas, roupa e pijamas novos todas as noites, naqueles primeiros dias, e até peluches. Escovas bem lavadas, fechadas num saco e enfiadas no congelador. Claro que tive de fechar os olhos aos estofos do carro, ao sofá, às almofadas que não podem ir a lavar, ao capacete do skate e dos patins... e rezar.



Agora já não é preciso rezar (pelo menos por esta razão). Criaram Paranix Spray para o Ambiente, para ser precisamente usado em tudo o que não pode ir à máquina: desde carpetes, a sofás, a colchões... Mas como é que ninguém se tinha lembrado disto antes?! A ideia é evitar reinfestações - que foi o que nos aconteceu, claro, que um mal nunca vem só. Culpei o facto de dormirem juntas - e eu com elas, muitas vezes - culpei as toucas na natação, que às vezes trocam, culpei todas as crianças deste mundo que se cruzaram com elas, culpei-me a mim, que não lhes prendi o cabelo como deve ser todos os dias antes de irem para a escola. Vá, já passou. Inspira, expira. Ainda bem que há cada vez mais soluções para que estes bicharocos não levem a melhor. Acabei por lhes cortar o cabelo ainda um bom bocado, até para ser mais fácil passar os pentes durante o tratamento, etc, e foi o melhor que fiz.



Da próxima vez já tenho o kit completo Paranix, mas espero sinceramente que seja só daqui a muitos anos :) e, já agora, que a sorte não seja macaca só porque estou aqui na foto a mostrar-vos como usar Paranix Spray para o Ambiente sem precisar (que não seja como abrir o guarda chuva dentro de casa). Xô, piolhos! Já me cocei outra vez. E vocês?

*Post escrito em parceria com Paranix



Spray para o ambiente é 100% eficaz em 10 minutos, numa só aplicação - Brunton E., 2015. Apenas em piolhos.
Loção e spray de tratamento são 100% eficazes numa aplicação. Champô de tratamento é 100% eficaz - Estudos in vitro e ex vivo demonstraram a eficácia de Paranix Loção de Tratamento contra piolhos e lêndeas após um período de aplicação de 10 minutos. Paranix Loção de Tratamento é um dispositivo médico para o tratamento de pediculose. Leia cuidadosamente a rotulagem e as instruções de utilização.  Apenas para uso externo. Evitar o contacto com os olhos e as mucosas. Não usar em caso de alergia a algum dos ingredientes. No caso de irritação, comichão ou hipersensibilidade, suspender imediatamente o tratamento e lavar o cabelo com o champô normal. Indicado para crianças com mais de 6 meses. Manter fora da vista e do alcance das crianças. Paranix Champô de Proteção é um dispositivo médico utilizado para prevenção da disseminação da pediculose. Apenas para uso externo. Não engolir. Não utilizar em pele irritada. Evitar o contacto com os olhos e mucosas. Não usar em caso de alergia a algum dos ingredientes. Não indicado para crianças com menos de 2 anos. Manter fora do alcance e da vista das crianças. Leia cuidadosamente a rotulagem e as instruções de utilização.
Paranix Spray para o Ambiente é um produto Biocida. Não usar no couro cabeludo. Utilize os biocidas com cuidado. Leia sempre o rótulo e a informação relativa ao produto antes de o utilizar. Manter fora da vista e do alcance das crianças.

Não temos sossego com a Luísa!

Que tínhamos uma filha-furacão, já sabíamos. Não sabíamos que ia começar a partir cabeças, a por medicamento da avó na boca e o diabo a sete. A Luísa é fogo. Até termos a Luísa, não sabíamos o que era ter uma filha tão curiosa e destravada. Sempre pronta para o disparate e para a aventura. O nosso coração tem andado num sobressalto nas últimas semanas. 

Senão vejamos.

Ainda não vos contei o que aconteceu quando estávamos em Miami, pois não? Assim de forma resumida: parque infantil, queda (que não vimos), queixa-se da cabeça, fica sonolenta nas próximas horas, sem energia, vomita a caminho do hospital. Eu já a pensar que não tinha escapado a um traumatismo, a querer chorar desalmadamente, mas a tentar transmitir calma. Que nunca tenham de passar por nada disto, é o que vos desejo, principalmente por não estarmos no nosso país. Torna tudo mais assustador. Não foi nada, ficámos atentos, siga.

Anteontem, quando já estava na cama e eu saí para lhes ir buscar água, levanta-se e vai até às cortinas, puxa aquilo com força quando eu estou mesmo a entrar e vejo o varão a cair-lhe mesmo em cima da cabeça. Primeira coisa que diz, desatando num pranto: "desculpa, mãe". Meu amor gigante. Ao contrário da outra vez, nesta há sangue por todo o lado, eu com as duas sozinha a hiperventilar mas sempre com uma voz calma que me vem sei lá de onde "vai passar, meu amor. Tem calma, respira fundo". O caminho para a casa de banho parecia traçado a giz vermelho, pus toalha a estancar, fui buscar gelo, telefonei para a Saúde 24 quando vi que estava a estancar antes de sair para as urgências. O David entretanto chegou. O golpe foi pequenino (aquela zona deve ser mesmo mesmo irrigada, caraças), fechou por si, não a deixámos dormir na primeira hora, bem-disposta e sempre atentos. 

Entretanto, caiu sábado de uma cadeira (estão a ver o género, não estão? Estáaaaa sempre a acontecer alguma coisa, não pára quieta). Domingo pôs um comprimido da avó na boca (ainda bem que é amargo e mandou fora, mas já deu para imaginar que tinha engolido outros e que teria de levar uma lavagem ao estômago ou sei lá). 

A lista não tem fim. Sempre ouvi histórias de miúdos dados a cabeças partidas e idas ao hospital continuas mas, com a Isabel, calculei que nos tivéssemos livrado. Tirando o dente partido, não há assim muitos mais incidentes. ´
Com a Luísa? Talvez tenha começado comigo, quando caí com ela - bebé - para não pisar o cão (ela saiu ilesa, eu nem por isso).
- Caiu do carrinho das compras, na véspera de fazer um ano - nem vos conto o susto, fomos de ambulância para o hospital, todo um aparato e uma médica que só faltou chamar-me coisas feias.
- Uma vez, com um ano e meio, que furou a língua de uma ponta à outra, com uma colher, seria? [a língua quase se separava, eu ia caindo para o lado] de uma forma que ainda hoje se vê a cicatriz (no hospital não fizeram nada, se bem me lembro...). 

[Isto a juntar ao mês inteiro que ficou sem andar, com uma sinovite temporária da anca; mas, vá, já estou a falar de algo que nada teve a ver com a tendência para o desastre ;)]

Pronto, acho que já dá aqui uma lista grandinha de sustos. Era agora dar um descanso aos pais durante uns anos, já está bom.

E os vossos? Também vos dão dores de cabeças destas?



Fotografia: Joana Sepulveda Bandeira do The Love Project





10.01.2019

Não sei que atividades escolher para as miúdas!

E acho que nem elas sabem bem. A ideia vai ser experimentarem esta semana as várias para conseguirem escolher. A Isabel teve, no ano passado, expressão dramática. Gostou muito mas disse-me que, este ano queria mudar.

Elas já têm natação, 1 vez por semana. Já o disse aqui, não faço questão de enchê-las de actividades extra-curriculares. Gosto que tenham tempo em casa, sem horários, sem planos. Gosto de ter tempo com elas, sem andar na correria do ir levar - ir buscar. Coitados dos meus pais que andaram comigo para todo o lado, todos os dias da semana. Eu gostava muito, conseguia conciliar tudo e não deixava de ser boa aluna (óptima, na verdade) por causa disso. Mas agora - como mãe - vejo bem que era um exagero. Uma prisão para os meus pais também (e éramos dois filhos). 

Acho-as pequeninas demais para andarem em tudo o que existe. Claro que amava que andassem já na música, no teatro, a Isabel adoraria ir para o futebol, mas calma. Têm tempo. 

Todas as actividades que quero acrescentar à natação (que é à segunda-feira) são dentro da escola e ali por volta das 16h. Inglês, ballet, expressão dramática, yoga. Yoga está já excluído porque coincide com a natação. A Luísa quer ballet, mas é logo a actividade mais cara, 25€. [Por pouco mais andam as duas na natação e custa-me um bocado, confesso. Também por pouco mais, andariam as duas no inglês, na escola]. Bem, mas parece-me que vai ser essa mesma. Esta semana podem experimentar as aulas e decidir ou ajudarem-me a decidir. 

E vocês? O que escolheram este ano (se é que escolheram alguma coisa)? 

Fotografia: Joana Sepulveda Bandeira do The Love Project